30 de outubro de 2005

Considerações sobre o Sono

A pessoa que dorme está inteiramente só. *** Quando o homem dorme, o seu rosto se desmarca de todas as tramas e de todos os desgostos. *** Nada enternece mais uma mulher que o rosto do amante, dormindo. *** Ela se debruça sobre a face do amado e descobre que eram simples palavras todas as valentias que ele lhe vinha dizendo ou dando a entender. *** É quando a gente se parece menos com os mortos... é quando se está dormindo. *** Quanto mais pobre mais comovente o ser humano que dorme. *** No sono, a imobilidade das pessoas boas e confiantes é sempre desarrumada. *** Gente má dorme em posição de sentido. ***Cada travesseiro tem um lugar e uma importância definidos na vigência do sono. *** Não há nenhum abandono casual, nas pernas, nos braços ou na cabeça de quem dorme, porque o corpo realiza, desde que haja espaço, sua única posição realmente confortável. *** Experimente descobrir na mulher que dorme a seu lado, um ser infinitamente decente, muito além de sua capacidade de fazer-lhe uma razoável justiça. *** Quanta luz nos corpos despidos das mulheres claras! *** Seria uma demasia de requinte ou de louvação, fazê-las dormir sobre lençóis negros? *** A mais leve carícia de sua mão sobre o corpo da amada que dorme poderá quebrar a solidão do sono e a tranqüilidade da carne já não seria completa (contente-se em enternecer-se, sem tocá-la). *** Se for preciso despertá-la, que seja com ruídos aparentemente casuais. *** Ah, que intensos ciúmes, no passado e no futuro, sobre a nudez da amada que dorme! Só você a viu, só você a verá assim tão bela! *** Nas mulheres que dormem vestidas há sempre, por menor que seja, um sentimento de desconfiança. *** A amada tem sob os cílios a sombra suave das nuvens. *** Seu sossego é o de quem vai ser flor, após o último vício e a última esperança. *** Um homem e uma mulher jamais deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos, para que não perdessem, um no outro, o primeiro carinho de que desperta. *** Mas, já que é isso impossível, que ao menos chova, a noite inteira, sobre os telhados dos amantes.
Rio, 17/1/1956
Texto extraído do livro "O Jornal de Antônio Maria", Editora Saga - Rio de Janeiro, 1968, pág. 42.

Relembrando Antonio Maria, enquanto é Outubro.

Convidado, no começo de outubro de 1964, pelo compositor Miguel Gustavo, para ser seu parceiro na produção de um programa de televisão, respondeu com um bilhete nos seguintes termos: "Nome - Antônio, simples. Telefone: 36-1255, mas só até o dia 14, porque saio do ar..."
Antônio Maria Araújo de Morais nasceu no Recife, em 17 de março de 1921, filho de Inocêncio Ferreira de Morais e Diva Araújo de Morais. Maria (como era chamado), cardiopata desde a infância, faleceu fulminado por um enfarte do miocárdio na madrugada de 15 de outubro de 1964, em Copacabana, quando se dirigia para o Le Rond Point; mesmo tendo sido socorrido por amigos que o viram cair e que se encontravam na boate O Cangaceiro, em frente daquele restaurante. Bom de copo e de garfo, Maria se auto-intitulava "cardisplicente", uma mistura de cardíaco com displicente. Profissão: Esperança.
Transcrevemos abaixo a "Oração para Antônio Maria, pecador e mártir", escrita por Vinícius de Moraes em julho de 1968:

"Nós saíamos os dois do "Vogue", e depois de deixar Aracy no táxi que a levava ao seu subúrbio, seguíamos de carro até o Leblon, às vezes acompanhando a matilha madrugadora de vira-latas a transitar entre as calçadas do Jardim de Alá; havia sempre um que parava para fazer pipi, o que provocava o reflexo dos outros, e era aquela mijação feliz — que eu nunca vi raça de bicho mais contente da vida que vira-lata carioca ao nascer do Sol. Parecia, mal comparando, uma fileira de lingüiças semoventes, uma a cheirar o rabinho da outra.

Você ria uma grande gargalhada, contente com o seu Cadillac velho, com a explosão da aurora no mar, com os vira-latas transeuntes e com seu novo amigo e poeta. E depois de passar pela casa de Caymmi, para ver se o baiano ainda ralentava a noite, acabávamos nos Pescadores enfrentando um filé com fritas, ou uns ovos com presunto — os melhores de Copacabana, porque eram feitos para a nossa grande fome. O pão era fresco e a cerveja bem gelada. Depois você me deixava em casa, eu dilacerado de saudades de tudo: de você, das conversas na boate amiga, onde dois barões, von Schiller e von Stuckart, disputavam em carinho e gentileza. E sobretudo da mulher amada ainda não tida. Você, maciste ao volante, cantava a marcha que tinha feito para a minha infinita dor-de-corno:
É muito tarde pra esperar por ela
Ela não vem ouvir a tua voz
Esquece, amigo porque a vida é bela
A noite é grande e cabe todos nós...
Um elo forte e viril se fizera entre nossas almas, e nós passamos a ser imprescindíveis um ao outro. A noite — que esperança! — não era grande, era pequena para a nossa gula de vivê-la em toda a sua plenitude. Tudo passava tão rápido, nós olhávamos as moças dançando, Aracy cantava, surgia a figura amiga de Fernando Ferreira, de repente a porta da boate deixava filtrar a luz da manhã. "Ele", como dizia Américo Marques da Costa, tinha despontado. Mais um dia, mais uma morte. Muitas mortes morremos nós, meu Maria, antes que a sua acontecesse para deixar-me mais só vivendo as minhas. Tantos já se foram, atraídos pela Grande Noite... Evaldo Rui, Bicudo, Stuckart, Waldemarzinho, Louis Cole, Alzirinha, Mauro, Dolores, Ozorinho, Ismael Filho, Ari... Mas em compensação ai estão Paulinho Soledade e Carlinhos Niemeyer, respirando por um fole só, mas cada dia fazendo mais viração; Verinha, esse amor de Verinha, uma graça total, a nossa boa Araça, rainha das vagotônicas, e o querido Rinaldinho, que neste particular nada lhe fica a dever, ele e sua gargalhada que o rádio silenciou. E de vez em quando ainda acontece uma grávida, em geral moça do Norte. Porque a verdade, meu Maria, é que depois da pílula, moça carioca quase não muda mais de silhueta. Às vezes eu fico pensando. Não sei se você gostaria de estar vivo agora, meu Maria, depois de 1964. Tudo piorou muito, o governo, o meu caráter, a música. Agora só se faz música para Festival e perdeu-se aquela criatividade boa e gratuita da década de 50. Todo mundo faz música com objetivo: comprar apartamento, ter um carrinho, ganhar popularidade, dobrar o cachê, vencer Festival, namorar as moças, bater papo furado. Isso não quer dizer que os caras não sejam ótimos compositores: eles o são. Mas tudo é feito num espírito muito toma-lá-da-cá, cada-um-por-si-e-Deus-por-todos. Assim, a meu ver, perde a graça. Aliás, não é culpa deles. Em absoluto. É o "esquema", como está em moda falar. Eles têm que estar na onda, senão não tem apartamento, não tem carro, não tem cachê, não tem Festival, o papo micha e as moças não dão. Ficam, por assim dizer, marginalizados, e aí nem o "Globo" nem a "Record" querem nada com os infelizes. Em resumo, meu Maria, não se perdeu a música; perdeu-se a sua dignidade.
Mas por um motivo eu sei que você gostaria de estar vivo: as moças. Elas estão, meu Maria, cada dia mais lindas e esportivas, havendo mesmo uns espécimes de se espetar na parede com alfinete. E acho que você iria gostar do "Antonio's", um restaurante novo do Leblon onde todo mundo vai, e tem de certo modo o espírito do velho "Maxim's" dos anos 51/53.
De vivo mesmo, meu bom Maria, há Oscar Niemeyer e Di Cavalcanti, certamente os dois maiores homens do atual Brasil. Di está, nos seus 70, a coisa mais jovem, trêfega, inteligente e lírica do mundo, pintando cada dia mais lindo e batendo o melhor papo da República. E Oscar então, desse nem se fala. Elevou-se muito acima de todos, pelo gênio, pela consciência política, pela compreensão humana, pela simplicidade autêntica.E há os estudantes. Estão maravilhosos, e dando lição de cultura aos pais e professores. Saem à rua como um fogo que se alastra, fazendo comícios relâmpagos, topando as paradas com a polícia e conseguindo unir todas as camadas da população, com exceção dos milicos. Outro dia nós saímos em passeata cívica, e éramos 100.000 na Avenida Rio Branco: estudantes, intelectuais, clero, donas de casa, protegidos por um extraordinário esquema de segurança bolado pelos próprios garotos. Uma beleza. Se alguma coisa de bom tem que sair deste país, vai ser à base do novo movimento estudantil. E, naturalmente, Chico Buarque de Holanda."
Recomendo:
- Brasileiro, Profissão: Esperança, gravação ao vivo do musical de mesmo nome, com Paulo Gracindo e Clara Nunes, textos de Paulo Fontes e direção de Bibi Ferreira., I. E. M. Fábricas Odeon S.A., 1974.
Simplesmente maravilhoso, conheçam clicando aqui.

29 de outubro de 2005

Aroeira - Jornal O Dia

Até na tempestade o Rio é maravilhoso..

O Cristo visto do Mirante Dona Marta
Foto de Marcelo Carnaval, Fotogaleria de O Globo On Line

Aguaceiro inunda ruas e deixa 14 cidades e bairros do Rio sem energia

Rio - Raios, trovões e ventania anunciaram o temporal que surpreendeu cariocas na volta para casa. A chuva alagou ruas do Rio e Niterói, deixando o trânsito caótico. Na Zona Oeste choveu granizo. Pelo menos 14 municípios das regiões Metropolitana e Serrana e quatro bairros do Rio ficaram sem luz. Uma pessoa teve traumatismo craniano, atingida pela queda de marquise em Bangu. Em Niterói, o vento desprendeu a plataforma P-50, ancorada no Estaleiro Mauá Jurong, arrastando-a para o meio da Baía de Guanabara.


O temporal começou por volta das 18h40. Moradores de Bangu, Realengo e Jacarepaguá tiveram que se proteger de inesperada chuva de granizo. “Meu quintal ficou coberto de gelo. Moro aqui há mais de 40 anos e nunca vi nada igual”, surpreendeu-se o aposentado Romildo Pereira, 58.

26 de outubro de 2005

Tirando o sofá da sala... Culpado é o exame.

26/10/2005 - 18h15
Exame da OAB reprova mais de 80% dos candidatos
Da Redação
Em São Paulo
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (26/10) o resultado final do Exame de Ordem nº 127, realizado nos dias 28 de agosto (primeira fase) e 18 de setembro (segunda fase). Do total de 17.978 inscritos, foram aprovados apenas 3.295, ou seja, 18,32% dos candidatos.
Para o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, o resultado está dentro da média. "Esse percentual supera a aprovação do último Exame (126), que apresentou o pior desempenho já registrado na história das provas, com apenas 7,16% de aprovados".
O Exame de Ordem concede licença para os bacharéis em direito atuarem como advogados. Ele é realizado em duas fases. Na primeira, a prova apresenta cem questões de múltipla escolha e, na segunda, quatro questões práticas e uma peça jurídica.

Proposta
Recentemente, o presidente da OAB SP condenou a proposta encaminhada à Câmara Federal pelo deputado Lino Rossi (PP-MT), sugerindo acabar com o exame e conceder habilitação para advogar a partir de dois anos de estágio em órgãos jurídicos federais.
O projeto não precisa ser votado pelo Plenário para entrar em vigor, basta ser referendado pelas comissões designadas para analisá-lo. "O PL altera o Estatuto da Advocacia e da OAB, autorizando o bacharel em direito a se inscrever nos quadros da Ordem sem prestar o exame, o que traz sério comprometimento à advocacia, em termos técnicos e éticos, uma vez que sem ele não se poderá mensurar a qualificação do bacharel para exercer a profissão. É uma proteção à profissão e aos interesses do cidadão, pois o desempenho do profissional despreparado pode trazer prejuízos ao jurisdicionado e à imagem da Advocacia", diz D'Urso.

24 de outubro de 2005

Ufa! Respiramos...




Recírio encerra romarias em louvor à N.S. de Nazaré

Cerca de 50 mil pessoas devem participar da procissão do Recírio. É a última das romarias oficias em homengem à Nossa Senhora de Nazaré. A imagem original da santa, achada pelo caboclo Plácido, retornou ao altar do Glória por volta das 6 horas. .A imagem original permanece até o próximo Círio. Em seguida, a imagem peregrina que participa do Círio é levada da praça Santuário em procissão até o colégio Gentil Bittencourt. Depois da procissão o arcebispo de Belém Dom Orani João Tempesta, celebra a missa. Durante a celebração acontece, também, a tradicional 'incineração das súplicas', onde pedidos em formas de promessas, tais como fitas, objetos de cera e outros são incinerados em sinal de devoção.
Num percurso de 6.500 metros saindo da praça Santuário até o colégio Gentil Bittencourt, na avenida Magalhães Barata, o fiéis se despedem de mais um Círio.

23 de outubro de 2005

CARLOS GARDEL, O GÊNIO DO TANGO

O cantor, compositor e ator Carlos Gardel, que morreu há 70 anos, fumava, bebia e comia sem remorsos, apesar da permanente luta com a balança

Setenta anos após sua morte, ocorrida a 24 de junho de 1935, em acidente de avião na Colômbia, o genial cantor, compositor e ator Carlos Gardel, pseudônimo de Charles Romuald Gardes, continua a ter o carisma imaculado. Arrasta multidões ao túmulo no cemitério La Chacarita, em Buenos Aires, onde o sepultaram após quatro velórios solenes, seus discos são vendidos aos milhares, encantando os fãs de todas as idades com uma voz de impostação natural e timbre caloroso, jamais igualada por outro intérprete do tango. Mas, sobretudo, ainda causa polêmica. Não se chega a um acordo sobre o ano e o local de nascimento de Carlitos, como o público o chamava afetuosamente. Os argentinos, que lhe concederam a nacionalidade, afirmam ter ocorrido em Toulouse, na França. Seria filho de Berta Gardes, uma mulher de vida airada que desembarcou com o garoto em Buenos Aires, no ano de 1893. Os uruguaios afirmam que o cantor veio ao mundo em Taquarembó, no norte de seu país. Seria filho do líder político local Carlos Escayola e de Maria Lelia Oliva, então com 13 anos. Logo após o nascimento, garantem eles, foi entregue a Berta Gardes, uma francesa que se prostituía numa mina de ouro vizinha. Argentinos e uruguaios exibem documentos comprobatórios. Impossível saber de que lado se encontra a razão.
O fato é que Gardel era portenho por adoção e esteve artística e sentimentalmente mais ligado a Buenos Aires que a qualquer outra cidade. Com base na capital argentina, viajou pela Europa e Estados Unidos, mas sempre voltou com prazer à cidade adotiva. Nos 20 anos anteriores a seu desaparecimento, foi aclamado por multidões e popularizou internacionalmente o tango. Aprendeu a interpretá-lo na zona boêmia, na qual passou a juventude, e difundiu seu arrebatador compasso binário simples, o andamento moderado e sincopado, pelo mundo afora. Gravou 1 500 discos de vinil, compôs em parceria com letristas cerca de 30 composições antológicas, entre as quais "El Día Que Me Quieras" e "Por una Cabeza", "Mano a Mano" e "Mi Buenos Aires Querido", atuou em 20 filmes, entre mudos, sonoros e curtas-metragens. Boêmio incorrigível, mulherengo contumaz, era também um notável sibarita - palavra de origem grega usada para designar uma pessoa dada à vida de prazeres. Fumava bastante - sua enorme estátua de bronze, no cemitério La Chacarita, apresenta-o com um cigarro na mão; bebia sem culpa, especialmente champagne; e se entregava ao prazer da comida. Não por acaso, vivia em litígio com a balança. Em 1916, chegou a pesar 118 quilos. Submetendo-se a uma dieta severa, à base de iogurte, fazendo ginástica sueca e correndo no Parque de Palermo, em Buenos Aires, conseguia emagrecer e voltar à antiga forma.
Revelava grande apetite, sobretudo diante dos amados pratos italianos. Aos domingos, dirigia-se à casa do amigo Guillermo Barbieri, na capital argentina, para saborear ravioles caseros preparados pela mulher do anfitrião. Eram feitos do jeito que ele gostava, ou seja, recheados com carne de vitelo. Em Nova York, em 1934, durante a filmagem de El Día Que Me Quieras, inspirado na composição homônima, comia os spaghetti feitos por dona Asunta, mãe de um coadjuvante, bandoneonista de talento promissor, chamado Astor Piazzolla. Cozinheira de mão-cheia, a massa da senhora colecionava apreciadores. Após a refeição, Piazzolla, que ainda não se dedicara integralmente ao tango, tocava músicas eruditas. Certa vez, tentando acompanhar Gardel, ouviu do cantor uma crítica desestimulante: "Garoto, tocando bandoneon és um fenômeno, mas no tango és um galego". Em Buenos Aires, a mulher de José Rozzano, com o qual formou dupla por 13 anos, preparava-lhe risotto de funghi e açafrão. O cantor se sentia em casa, até porque namorou Cristina, filha do casal. Paralelamente, apeteciam-lhe certas receitas típicas argentinas. Em 1932, enquanto rodava em Paris o filme Melodía de Arrabal, convenceu o cozinheiro francês a preparar-lhe um puchero criollo, o tradicional cozido dos pampas. Costumava igualmente pedir esse prato no El Tropezón, da capital argentina.
O pesquisador argentino Carlos Hugo Burgstaller, no Boletín Tango y Cultura Popular (Volume IV, Buenos Aires, 2003), arrola os restaurantes favoritos de Gardel e os pratos dos quais gostava. No El Tropezón, o cantor sentava invariavelmente na mesa de número 48, a conselho de seu motorista particular, El Aviador. O empregado recebera esse apelido por apertar demais o acelerador do carro. El Aviador orientava sua vida pelos ensinamentos do livro napolitano La Molfetta, que relacionava números, tragédias e sonhos. "Assim, por exemplo, se passava na frente de um incêndio, parava o automóvel, pegava o livro guardado cuidadosamente debaixo do banco e começava a análise a partir do número a que correspondia", escreveu Burgstaller. Lendo as especulações da obra, El Aviador atribuiu o 48 a Gardel. Além de freqüentar o El Tropezón, o cantor aparecia no El Conte, o mais luxuoso e caro restaurante da cidade, em companhia de Rozzano e outros três companheiros. Ali, pedia faisão ao Calvados (um dos mais finos destilados do mundo, feito na região da Normandia, com maçãs). Afinal, se era realmente francês, como querem os argentinos, tinha a obrigação de apreciar alguma receita da terra natal.

Revista Gula - Matéria publicada na edição 154 - Agosto/2005
Texto J. A. Dias Lopes
Fotos Luiz Henrique Mendes

22 de outubro de 2005

Irresponsabilidade!

Eurico: 'Desejo que o Flamengo se afunde cada vez mais'

Rio - O presidente do Vasco, Eurico Miranda, aproveitou a vitória sobre o Flamengo para tirar o típico sarro dos rivais.
"O Vasco disputa com o Flamengo um campeonato à parte e hoje fomos campeões. O resto é resto. Eu, diferente do Romário, não quero que o Flamengo se recupere. Desejo que se afunde cada vez mais", disse Eurico em entrevista coletiva após a partida.
Tanto Romário como Renato discordaram de Eurico e disseram que não querem ver o Flamengo na Segunda Divisão.
Fonte: O Dia On Line

Futebol é diversão, é confraternização, é uma ótima oportunidade para que amigos ou torcedores civilizados tirem 'sarro' uns dos outros. É isso que move a paixão de cada um e concordo inteiramente com a FIFA, que não pensa em disponibilizar o recurso da TV para que os árbitros possam utilizar no decorrer das partidas. Tiraria a emoção. Travaria a dúvida e racionaria a paixão. Coisa de americanos.
Agora, um dirigente esportivo fazer esse tipo de declaração é de uma irresponsabilidade ímpar. Já existem facções que agem pela violência gratuita nos estádios e na rua, não digo nem que são torcedores, são criminosos.
Declarações como a do Eurico Miranda, Presidente do Vasco da Gama, só alimenta a violência.
Sou botafoguense e tenho o direito de brincar com torcedores dos outros times, se falo isso não é ofensa, mas um dirigente falando gera violencia. Quantos criminosos fanáticos flamenguistas não irão descontar na torcida?
Lastimável que não possamos banir dirigentes irresponsáveis.
Banir da vida pública! Qualquer que seja a posição.

21 de outubro de 2005

Olha o tamanho do bichinho...

Essa recebi do amigo Thiago, da Via Norte - Concessionária GM:

Acreditem se puder.
Esta anaconda morreu eletrocutada na cerca elétrica que separa a Siderúrgica Thyssen, de Barra do Piraí, e uma fazenda vizinha.
Esse fato parou a fábrica e o dia inteiro foi o maior entra e sai de biólogos do Rio e de São Paulo, para analisarem a cena que trouxe muita preocupação a todos. Será preciso rever conceitos sobre acampar e passar a noite às margens da represa, pescando.
Reparem no formato de sua barriga que ela estava bem alimentada.
Segundo a turma da segurança da Thyssen e o pessoal da Prefeitura de Barra do Piraí, os órgãos responsáveis estão assustados, pois este animal, segundo os especialistas, só existe na Amazônia e no Pantanal.
É, os especialistas também se enganam.




19 de outubro de 2005

Pai bota filho na cadeia

Sem saber o que fazer com o rapaz envolvido com drogas, homem o entregou à polícia em Nova Iguaçu
Nádima Bonfim

O laminador desempregado Ronaldo da Silva Cassiano, 43 anos, tomou uma decisão difícil para um pai: denunciar o filho Sérgio Santos da Silva, 18, por tráfico drogas. Na segunda-feira, obrigou o rapaz a acompanhá-lo até a 58ª DP (Posse), em Nova Iguaçu, depois de encontrar dez trouxinhas de maconha que, segundo o pai, o rapaz estava escondendo na casa da família.
Na porta da delegacia, Ronaldo encontrou dois policiais militares e contou o que estava ocorrendo, e eles prenderam o rapaz. Sérgio negou fazer tráfico. Ele alegou ser usuário e que a droga apreendida era para consumo próprio.
Ronaldo desmentiu o filho e afirmou que ele vinha vendendo drogas, numa rua do bairro. Sérgio foi autuado e levado para a carceragem da 52ª DP (Nova Iguaçu).
Drama da família começou há cerca de dois meses
O drama de Ronaldo e a mulher dele, a empregada doméstica Angelita de Jesus Santos, 37 anos, que também está desempregada, começou há aproximadamente dois meses. Ele disse que ouviu comentários, no bairro, sobre o envolvimento do filho com drogas. “Nunca tinha visto nada, mas comecei a observá-lo ”, contou.
No mês passado flagrou o filho com uma trouxinha de maconha. Indginado, Ronaldo chegou a mandar o filho sair de casa, mas voltou atrás depois de três dias. Angelita contou que durante esse período, o filho ia em casa, mas só na ausência do pai, que faz biscates como pedreiro. “Nós conversamos com Sérgio, o alertamos sobre os riscos da atividade. E ele prometeu que não faria mais”, contou a mãe.
Promessa quebrada e novo flagrante com drogas
Menos de um mês depois, a promessa foi quebrada e Sérgio foi flagrado de novo com trouxinhas de maconha, segundo o casal. Os pais voltaram a conversar com ele, que fez nova promessa de mudar. Na segunda-feira, Angelita desconfiou da atitude do rapaz, que tentava esconder uma das mãos atrás das costas. Ela disse que conseguiu segurá-lo e arrancar uma trouxinha de maconha da mão do filho. Quando o marido chegou, Angelita contou o que aconteceu.
Indignado, Ronaldo chegou a bater no filho e ameaçou fazer “uma besteira”, caso ele não o acompanhasse até a delegacia. Angelita concordou com a decisão do marido. Ela disse que Sérgio, o mais velho dos cinco filhos do casal, só estudou até a quarta série do Ensino Fundamental. “Nós insistimos para que continuasse a estudar, mas ele não quis. Arrumou um emprego num lava jato, mas também saiu logo”, lamentou.

18 de outubro de 2005

GOL DE LETRA, por Roberto Porto

Lembrando Antônio Maria

Certa vez, irritadíssimo com uma derrota do Vasco, seu clube do coração, o jornalista-compositor Antônio Maria (1921-1964) escreveu uma crônica que ficou famosa na imprensa da época: “Não sou mais Vasco”. Tantos anos depois, após sofrer a 13ª derrota no atual Campeonato Brasileiro, tenho ímpetos de escrever aqui no glorioso JORNAL DOS SPORTS uma coluna com o título “Não sou mais Botafogo”. É óbvio que ainda não cheguei a esse ponto de desesperança. Mas que me dá vontade, isso dá.
O Botafogo pelo qual me apaixonei um dia – há bem mais de meio século – não é esse Botafogo de hoje, vestido de preto como se usasse luto prevendo sua própria morte como clube de futebol. Sei que os torcedores do simpaticíssimo Flamengo devem estar mais desesperados com a goleada sofrida diante do São Paulo. Mas sou obrigado a confessar que minha paciência está chegando ao limite.
Vejam bem meus poucos, mas fiéis leitores: em 2002, o ex-Glorioso despencou para a Segunda Divisão; em 2003, voltou à primeira graças ao êxito do Palmeiras; em 2004, foi literalmente salvo pelo gongo na última rodada, com um milagroso empate diante do Atlético Paranaense, na Arena da Baixada; e agora, em 2005, tal qual um cavalo paraguaio, vai parando na reta de chegada e dentro em pouco estará na briga com aqueles que serão rebaixados no Brasileiro de 2006.
A inacreditável derrota para o Fluminense (foto), que teve menos um jogador em campo, foi catastrófica e amanhã, mal refeito do tombo que levou, terá de enfrentar o Vasco, que está lá embaixo e louco para escapar da incômoda posição em que se encontra. Não espero nada, até porque o Botafogo sempre foi um freguês do Vasco. A essa altura, só há um jeito: esperar que São Carlito Rocha (1894-1981) olhe por nós.
Roberto Porto escreve às terças no Jornal dos Sports

Duda foi bom? Acreditar em qual?

17/10/2005 - 12h31m
Lula diz que países pobres devem dar exemplo ao mundo de honestidade e ética
Cristiane Jungblut - O Globo
ROMA - Ao discursar na cerimônia de comemoração dos 60 anos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a fome tem que se transformar num problema político para ser resolvido efetivamente, e não apenas em discurso em momentos de campanha eleitoral. Lula disse ainda que os países mais pobres devem dar um exemplo ao mundo de honestidade e ética. A declaração ocorre dois dias depois de o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, ter cobrado em Salamanca, Espanha, o combate à corrupção.
- Nos países mais pobres temos que dar exemplo de severidade, de honestidade e de ética para que possamos merecer os olhares solidários de milhões e milhões de seres humanos que muitas vezes gostariam de contribuir mas que têm medo de que o dinheiro não cumpra a finalidade para o qual foi doado - disse Lula.
O presidente foi aplaudido quando afirmou que a fome não é apenas um problema econômico, tecnológico ou de produção de alimentos:
- É um problema eminentemente político. E a fome no Brasil é acima de tudo um problema de exclusão social. Disso posso dar testemunho porque essa dura realidade aprendi da forma mais difícil, vivendo-a.
Lula fez questão de citar vários dados do programa Fome Zero, mas que na verdade tratam do programa Bolsa Família, como o fato de o programa já atingir 7,7 milhões de famílias. O presidente disse ainda que a fome é uma arma de destruição em massa.
- Ela mata mulheres, fetos, crianças e inocentes, que muitas vezes não aprenderam ainda nem a gritar que estão com fome. Esse desafio não é da FAO, não é meu, não é de nenhum de vocês, é de 6 bilhões de seres humanos - afirmou.
Na cerimônia, Lula recebeu a Medalha Agrícola por sua ação no combate à pobreza e à fome no mundo e reiterou a promessa dos países latino-americanos de acabar com a fome até 2020.

ACREDITAR EM QUAL LULA?
O DAS PROMESSAS DE ELEIÇÃO OU O DO PT?

Vergonhaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!













Beto Barata/AE
Ele deu no pé
Espelho, espelho meu, existe alguém mais corajoso do que eu, Paulo Rocha (PA), ex-líder do PT na Câmara, que há pouco renunciou ao mandato para escapar de uma eventual cassação?

Foi o único petista a fazê-lo. Os demais (Josias Gomes, João Magno, João Paulo Cunha, José Mentor e José Dirceu) preferiram ir para a briga.

"Em seu depoimento à Polícia Federal, o Sr. Marcos Valério informou que o Deputado Paulo Rocha recebeu, em espécie, das contas da SMP&B, na agência do Banco Rural em Brasília, a quantia de R$ 920 mil, por intermédio de seus assessores Anita Leocádia Pereira da Costa e Charles Santos Dias. Segundo a lista apresentada pelo Sr. Marcos Valério, os saques ocorrem nas seguintes datas:
07/04/2003

R$ 50.000,00
03/07/2003
R$ 50.000,00

04/07/2003
R$ 50.000,00
17/07/2003

R$ 50.000,00
06/05/2005
R$ 100.000,00
27/05/2003
R$ 300.000,00
16/12/2003

R$ 120.000,00
05/07/2004
R$ 200.000,00
Nos documentos bancários à disposição desta CPMI, localizamos os seguintes saques da Sra. Anita Leocádia, no valor total de R$ 420 mil:
26/06/2003

R$ 100.000,00
03/07/2003
R$ 50.000,00
04/07/2003
R$ 50.000,00
17/07/2003
R$ 50.000,00
18/07/2003
R$ 50.000,00
19/12/2003
R$ 120.000,00
Abordado pela imprensa, não apresentou explicações, dizendo estar aguardando manifestação do Diretório Nacional. O Deputado confirmou ter recebido dinheiro do esquema Delúbio/Marcos Valério, mas alegou que se destinava a pagamento de dívidas do PT no Estado do Pará. O tesoureiro do PT, sr. Delúbio Soares, ouvido na CPI mista da Compra de Votos, arrolou os diretórios regionais auxiliados pelo Diretório Nacional, não indicando o do Pará. Anita Leocádia, em depoimento prestado à Polícia Federal, informa que o deputado Paulo Rocha comentava que estava recebendo muitas cobranças de fornecedores que não haviam recebido os pagamentos devidos pelos materiais fornecidos na campanha eleitoral de 2002. Confessa os quatros saques realizados na agência Brasília do Banco Rural, afirmando que de posse do dinheiro, dirigia-se a bancos para efetuar as remessas a fornecedores, o que fazia através de depósito em conta, entregando os recibos dos depósitos ao deputado, que os repassava ao comitê do PT do Pará. Declarou ainda que em julho de 2004, o deputado lhe solicitou que fosse a São Paulo para receber R$ 200 mil para a campanha eleitoral de 2004 do PT do Pará. Lá, recebeu telefonema de Marcos Valério solicitando que fosse a seu encontro em um hotel, onde recebeu dele os R$ 200 mil, tendo, ainda em São Paulo, efetuado o pagamento de alguns fornecedores através de depósitos realizados em bancos, remetendo o restante do recurso através de depósito bancário, ao diretório do PT do Pará, em nome de seu tesoureiro, Sr. Elias, ou o secretário-geral Marco Antonio. Alguns comprovantes de pagamentos são recentes, não tendo sido registrada a receita junto à Justiça Eleitoral."


16 de outubro de 2005

Saudades da Mangueiras, ô terrinha boa...

Manga com leite Sim!
Por Scheilla Lisboa
Quem já não ouviu dizer: “Manga com leite não pode”. Pode sim, é tudo história. Assim, vale a pena aproveitar a safra que vai de novembro até janeiro e se esbaldar com a fruta, seja batida com leite, em saladas, molhos ou doces. “A combinação leite com manga não faz mal, mas existem outras combinações que ficam melhor com a manga”, afirma a nutricionista Milena Teixeira.
Mas, é preciso certa atenção em comer manga à noite. “Não faz mal pra saúde, mas algumas pessoas podem ficar com uma indisposição, com dor no estômago”, explica.
A mangueira, originária da Índia, é uma árvore tropical que pertence à mesma família do cajueiro. O fruto varia muito em tamanho e cor. As mangas menores são do tamanho de uma nêspera, enquanto as maiores podem pesar até 2 kg. Quanto a forma existem as redondas, ovais, alongadas e finas, do formato de um coração e até mesmo de um rim.
Em relação à cor, podem ter casca bem verde, amarela ou vermelha, de acordo com a variedade. A polpa da manga é suculenta, com sabor bem característico, algumas vezes fibrosa e de cor que varia do amarelo-claro ao alaranjado-escuro.
Variedades
Dentre as cerca de 500 variedades de manga existentes no mundo, seguem as mais conhecidas:
Bourbon – possui frutos grandes, saborosos e perfumados, caracterizando-se pela casca verde geralmente manchada de preto.
Coração de boi – essa variedade quase não tem fibra. É grande e arredondada; quando madura, apresenta uma tonalidade vermelho escura, com polpa tenra e aromática.
Espada – bastante fibrosa e muito doce, essa espécie tem fruto comprido e estreito, com casca esverdeada mesmo quando madura.
Espadão do norte – tem menos fibras que a espada, mas não é tão saborosa. Seu formato também é parecido, mas mais volumoso.
Háden ou Áden – considerada a mais bonita das mangas, tem a casca amarela e vermelha, quando madura. Sua polpa é macia e sem fibras.
Manga coquinho – é conhecida também por manguita, devido ao tamanho pequeno. Tem casca amarela e sabor delicioso.
Manga coração – seu formato lembra um pequeno coração. Possui casca rosada ou amarelo rosada e polpa um pouco fibrosa.
Keit – também quase não tem fibras. Sua polpa é macia e sua casca é verde arroxeada ou avermelhada.
Manga maçã – assemelha-se à manga manteiga no formato, mas sua casca é rosada e a polpa, também macia, é aromática e de sabor ácido.
Manga manteiga – é grande, arredondada, de casca verde clara amarelada e polpa macia, quase sem fibra.
Manga rosa – maior que a manga coração, por vezes é confundida com a manga maçã. Sua casca é rosada ou amarelo rosada e a polpa não contém fibras.
Compra e armazenamento
Ao comprar manga observe se a casca tem a cor bem típica da variedade a que pertence. É importante que, ao ser pressionada, ela apresente uma consistência macia.
A manga boa para o consumo tem de ter a cor bem típica (qualquer que seja a cor, dependendo da variedade) e deve mostrar-se macia quando apertada com os dedos, mas sem que a casca se rompa pela pressão.
Se tiver batidas, rachaduras ou estiver coberta com um líquido grudento, não é aconselhável o seu consumo, pois são sinais de que a fruta está passada. Por outro lado, quando está muito verde não tem sabor agradável. Também pode ser encontrada em calda, em forma de suco ou de purê doce.
O lugar ideal para guardar mangas maduras deve ser fresco e ventilado, mas na geladeira elas também ficam bem acondicionadas. Se estiverem verdes, embrulhe-as em jornal.
Propriedades Nutricionais
Encontra-se na manga um bom teor de carboidratos, betacaroteno (provitamina A), vitamina C, vitaminas do complexo B, ferro, fósforo, cálcio, potássio, magnésio e zinco. “A vitamina A é o principal nutriente da manga e faz bem para os olhos e para a pele, por exemplo”, diz Milena.
Uso no mundo
As mangas são também a matéria prima do famoso chutney de manga, de origem indiana e muito usado na Inglaterra e EUA. Trata-se de um molho para carnes feito de fatias da fruta cozidas com vários temperos como cebola, sal,m pimenta, açúcar, vinagre, curry, gengibre, coentro em pó, páprica e noz moscada.
Fonte: Milena Teixeira – nutricionista – tel.: (19) 38714892

15 de outubro de 2005

Oportuno...

Esse comentário está no sítio do Claudio Humberto:

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933

Carequinha, volta logo...

Deus e o resto
A cabeça de Lula funciona assim:
Saldo positivo na balança comercial graças à exportação de carne é mérito do governo.
Febre aftosa matando a boiada é lambança dos outros.

Viva o Carequinha!

Carequinha melhora e médico acredita que ele voltará a fazer shows
Leonardo Filipo
RIO - George Savala Gomes, o palhaço Carequinha, apresentou neste sábado uma leve melhora. Internado desde quarta-feira na Clínica São Gonçalo, o artista de 90 anos continua internado na CTI, mas a pneumonia diminuiu. O problema renal regrediu, porém ainda não está totalmente descartada a hemodiálise.
Carequinha ainda se alimenta através de sonda e toma antibiótico. Ele está sem sedativos há mais de 12 horas e respira sem o auxílio de aparelhos. Foi feita uma cistostomia, introdução de uma sonda na bexiga, para corrigir um problema antigo.
O médico Fernando Medeiros, que acompanha o palhaço, está otimista:
"Nosso bravo e valente Carequinha está tendo um quadro de melhora assustador para a idade dele. O fato dele não beber e não fumar e se alimentar está ajudando. Ele ainda vai voltar a fazer show."

14 de outubro de 2005

Carequinha, estamos com você no coração.

O BOM MENINO
(Irany de Oliveira- Altamiro Carrilho)

O bom menino não faz xixi na cama
O bom menino não faz malcriação
O bom menino vai sempre a escola
E na escola aprende sempre a lição
O bom menino respeita os mais velhos
O bom menino não bate na irmãzinha
Papai do céu protege o bom menino
Que obedeçe sempre sempre a mamãezinha
Por isso eu peço a todas as crianças
Muita atenção ao conselho que eu vou dar...


CANÇÃO DA CRIANÇA
(Rene Bittencourt- Francisco Alves)
Criança feliz
Feliz a cantar
Alegre a embalar
Seu sonho infantil
Ó meu bom Jesus
que A todos conduz
Olhai as ciranças
Do nosso Brasil
Criança com alegria
Igual um bando de andorinhas
Viram Jesus que dizia
Vinde a mim as criancinhas
Hoje no céu um aceno
Os anjos dizem amém
Pois que Jesus Nazareno
Foi criancinha também


14/10/2005 - 11h14m
Piora o estado de saúde de Carequinha
Patrícia Faria - O GloboRIO -
Piorou o estado de saúde de George Savalla Gomes, o palhaço Carequinha, ide 90 anos, internado no COG Hospital de Clínica de São Gonçalo desde o Dia das Crianças. Os médicos, que chegaram a pensar em tirar o respirador artificial nesta sexta, desistiram da idéia.
Segundo o empresário de Carequinha, Cherem, ainda nesta sexta, às 17h, o diretor-médico do hospital, Fernando Medeiros, dará uma entrevista coletiva.
Carequinha, que estava gripado, acabou contraindo uma pneumonia, desidratação e agora, com anemia, chegou a receber uma tranfusão de sangue. George Savalla Gomes está no CTI. Carequinha chegou a pedir aos médicos para ser liberado do hospital para fazer dois shows no Dia das Crianças.


Carequinha precisa de doadores de sangue
RIO - O palhaço Carequinha, internado desde quarta-feira na UTI com pneumonia e anemia, precisa de doações de sangue tipo 0 positivo. O médico Fernando Medeiros, que cuida do palhaço, disse que ele teve uma ligeira melhora após ser submetido a uma transfusão de sangue. Contudo, serão necessárias outras transfusões, e o banco de sangue do hospital COG Serviços Médicos não dispõe desse tipo sangüíneo em estoque. As doações devem ser feitas no Pronto-Socorro Municipal de São Gonçalo.
George Savalla Gomes, de 90 anos, foi internado nesta quarta-feira com pneumonia e desidratação e teve que desmarcar duas apresentações que faria no dia das crianças.
O palhaço se alimenta por sonda e toma antibióticos. “Não há previsão de alta. Temos uma batalha para vencer”, afirmau o médico, ressaltando que os cuidados devem ser redobrados por conta da idade avançada do paciente.
Na quarta-feira, o palhaço chegou a retirar os tubos de soro e monitoramento cardíaco dos braços porque queria ir embora do hospital. Sem nunca ter consultado um médico em seus 90 anos, Carequinha ficou assustado com a quantidade de exames. Para conter a agitação e não agravar ainda mais seu estado, os médicos o sedaram. Fonte: Jornal O Dia

História de 35 anos

Em minha rotineira passagem por São Paulo, ontem, fui entrevistado por um estudante de jornalismo que fará uma monografia sobre a substituição de João Saldanha (1917-1990) por Zagallo, como técnico para a Copa disputada no México, em 1970. Ele queria saber se houve razões políticas para a troca de um pelo outro e é claro que confirmei. João Saldanha (foto) sempre foi um comunista declarado. Mas expliquei ao rapaz que, em minha opinião, essa não foi a razão principal. E fundamentei minha resposta numa conversa que tive, por acaso, com o presidente da CBD, João Havelange, no Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, depois do Mundial do México. Nós nos encontramos por acaso e Havelange não me conhecia, até porque jamais cobri jornalisticamente a CBD. Falei com ele como simples torcedor. E Havelange me disse algumas coisas que soaram importantes naquele momento.
Ele me disse, por exemplo, que Saldanha estava armando o time num esquema ultrapassado (4-2-4), com Gérson e Clodoaldo no meio e dois pontas abertos, Jairzinho e Edu. E mais: afirmou que, daquele jeito, o Brasil não daria nem para a saída no México. E foi adiante: revelou que Saldanha estava descontrolado, tendo afirmado na televisão que Pelé estaria cego e, depois, invadiu a concentração do Flamengo, em São Conrado, querendo dar um tiro em Yustrich.
Hoje, com 35 anos de distância, acho que houve razões políticas, claro, com os militares no poder. Mas é insofismável que Saldanha acabou cavando sua própria saída com um esquema arcaico e com atos desatinados, como tentar balear Yustrich e levantar a hipótese de que Pelé não mais estaria enxergando. Quando Zagallo entrou, a primeira providência que tomou foi montar um miolo com Clodoaldo, Gérson e Rivelino e deixar apenas três homens na frente: Jairzinho, Tostão e Pelé. E ganhou, assim, a Jules Rimet.
Coluna do Botafoguense Roberto Porto no Jornal dos Sports

13 de outubro de 2005

ARI BARROSO - Comida em verso e música

Como bom boêmio, o compositor Ari Barroso apreciava os petiscos dos botequins cariocas, onde era freqüentador assíduo, saboreava galinha frita com as mãos e bebia whisky
Além da fama de genial compositor, Ari Barroso (1903-1964) é conhecido por ter sido um dos maiores farristas do seu tempo. Bom de copo, irradiava alegria entre os boêmios cariocas. Na mesa com os amigos, era dos mais falantes, sempre com ótimas tiradas e humor às vezes irônico. Ari chegava ao entardecer aos bares, com uma entusiasmada turma composta de gente como Vinicius de Moraes, Antônio Maria, Sérgio Porto, entre muitos outros. Naturalmente, bem acompanhado de uma generosa dose de whisky, servida com pedras de gelo e um pouco d'água. Muitas vezes optava pela cerveja. "Ele era o dono da mesa, muito espirituoso e engraçado", define o jornalista e escritor Sérgio Cabral Santos, autor da mais completa biografia do músico, No Tempo de Ari Barroso (Lumiar Editora, Rio de Janeiro, 1993).

Deliciava-se com os típicos pratos de botequim. Um dos seus favoritos, como relata Cabral, era a galinha frita do tradicional bar Cervantes, na Avenida Prado Júnior, em Copacabana. "Gostava de comer a galinha com a mão", lembra o escritor. Aberto em 1955, o Cervantes ainda é um dos lugares mais procurados na alta madrugada para tomar chope e saborear, principalmente, seu antológico sanduíche de pernil com abacaxi, de sabor único. A galinha da época de Ari continua a figurar no cardápio e o segredo, segundo a equipe do Cervantes, é cozinhá-la antes e fritá-la levemente na hora de ir à mesa. O que a torna mais macia e menos gordurosa.

Outro boteco memorável na vida do compositor foi o Villarino, conhecido como o bar da bossa nova, no Centro do Rio de Janeiro. Dizem que foi ali o memorável encontro de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. O primeiro de uma série histórica.
O espanhol Antônio Vasquez, hoje proprietário do bar, era garçom na época e serviu muito a mesa de Ari. "Ele chegava às 18 horas em ponto", conta. Esse horário fez Cabral chamar os encontros de "boemia vespertina". Segundo o espanhol, para acompanhar seu whisky White Horse, o compositor saboreava finas fatias de presunto cozido, servidas com pão preto e uma pasta de queijo roquefort. "Mas bebia mais que comia", diz Vasquez, de 71 anos. "Eles vinham todos os dias. Ficavam até as 21 horas e depois iam embora.

O Ari era muito alegre, cantava, dançava e tomava de três a quatro doses de whisky por noite", conta. "Antes de partir, sempre encomendava um pacotinho de frutas para levar para casa."Sim, eram seu encanto. Apreciava as frutas, principalmente as mangas de sua terra, Ubá, em Minas Gerais. "Era louco por elas", lembra Cabral. O compositor chegou ao Rio com 18 anos, para ingressar na Faculdade de Direito do Catete. Jovem do interior, foi tentar a vida na cidade grande. De cara, maravilhou-se com o mar. Ali, Ari fez de tudo um pouco. Foi jornalista, radialista, locutor esportivo. "Ele era um exagerado em tudo o que fazia; um compositor exageradamente bom", derrete-se Cabral. Antes de mais nada, contudo, é o compositor de "Aquarela do Brasil", que fez em uma tarde chuvosa e o tornou famoso no mundo todo.
Falava do Rio e da Bahia com peculiar familiaridade, como se pode ver em "Na Baixa do Sapateiro".
O compositor morou por muitos anos no Leme, na hoje chamada Ladeira Ari Barroso. Naquela casa, oferecia alguns almoços caprichados para amigos e pessoas importantes de passagem pela cidade. Era comum servir feijoada. Na redondeza de sua residência, freqüentava o Fiorentina, restaurante que agora tem sua estátua na porta, para brindar os visitantes com o cliente ilustre. O lugar havia fechado em 1992 e, no ano passado, voltou a funcionar.

Ari adorava tomar suas doses de whisky e contar histórias (nem sempre verdadeiras) nas mesas do bar. O encantamento com o álcool lhe causou uma cirrose. Faleceu num domingo de Carnaval, mas até a morte teve poesia. Seu último suspiro aconteceu quando sua escola favorita, a Império Serrano, desfilava na avenida.


"Boletim" do Carequinha

RIO - O palhaço Carequinha, que há décadas diverte o público infantil, este ano ficou de fora das comemorações pelo dia das Crianças. Intérprete do palhaço, George Savalla Gomes, 90 anos, continua internado na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, em São Gonçalo, e seu estado é grave. Com pneumonia e desidratação, no final da tarde ele precisou ir para respirador artificial. Ontem, dois shows tiveram de ser cancelados. Carequinha passou o dia lúcido, mas teve sua saúde se agravou no fim da tarde. “Estamos fazendo série de exames e monitorando seu quadro. Somente em 48h poderemos avaliar melhor a situação”, explicou o médico e diretor do Hospital das Clínicas, Fernando Medeiros. Mais cedo, ele havia arrancado os tubos de soro e monitoramento cardíaco dos braços porque queria ir embora do hospital. Sem nunca ter consultado um médico em seus 90 anos, Carequinha ficou assustado com a quantidade de exames. Para conter a agitação e não agravar ainda mais seu estado, os médicos o sedaram.
Carequinha foi internado às 4h20, após ter crise de falta de ar em casa, em São Gonçalo. De acordo com a filha Marlene, Carequinha, que mora a poucos metros do hospital, foi sozinho até o Hospital das Clínicas. “Ele sempre foi assim. Fica com medo de nos trazer preocupações. Minha irmã teve que ir correndo atrás dele”, contou ela. George inicialmente foi acomodado em quarto e, pela manhã, foi removido para a UTI, onde fez exames e recebeu medicação.
O Circo Alegre faria apresentações ontem no Sesc de Madureira e no Recreio Shopping. Os shows foram realizados mesmo sem a presença do palhaço Carequinha, pelo restante do grupo. No Sesc, mais de cinco mil crianças acompanharam a apresentação.Palhaço conta piadas na UTI do Hospital das Clínicas A família do ator contou que ele havia passado o dia bem disposto e humorado. “Chegamos na clínica e ele estava contando piadas, dizendo que ia sair para trocar de roupa e fazer shows, e que depois voltava” contou a filha Marlene Gomes, 60 anos. “Foi um susto para todos, um choque. Papai nunca foi internado antes, sequer ia ao médico para exames de rotina” acrescentou, ainda perplexa.Segundo Marlene, a única preocupação do pai era se conseguiria realizar a agenda de shows do Circo Alegre. Porém, médicos informaram à família de que o ator precisará de pelo menos mais quatro dias de internação antes de receber alta. Familiares receberam inúmeros telefonemas de solidariedade.

12 de outubro de 2005

Liderança, o segredo do sucesso. Falta no meu time.

LANCEPRESS!
Um episódio chamou a atenção no banco de reservas do Botafogo, já no final do empate de 2 a 2 com o Cruzeiro, nesta quarta-feira.
O técnico Celso Roth chamou o meia Ramon para perguntar ao jogador se existia o interesse de entrar no jogo. Para surpresa de Roth, Ramon deu uma resposta negativa. O treinador botafoguense havia barrado tanto Ramon, como Ruy.- As ausências de Ramon e Ruy surtiram efeito, já que deixaram o time por opção técnica. Por enquanto, não temos (Roth e Ramon) nenhum problema de relacionamento. Vamos tentar contornar essa situação da maneira mais tranqüila possível - comentou o comandante do Botafogo.

Sem comentários....

Viva o Carequinha!!!!

Carequinha, estamos todos rezando e orando por você.
Continue segurando firme na mão de Jesus.

12/10/2005 - 11h52m
Carequinha está lúcido, mas sem previsão de alta
Ana Carolina Torres - ExtraRIO
Ainda não há previsão de alta para o palhaço Carequinha, internado desde a madrugada desta quarta-feira no COG Hospital de Clínica de São Gonçalo. Segundo o médico Fernando Medeiros, dono da unidade, Carequinha está com pneumonia e desidratação. O palhaço foi transferido pela manhã para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI), pois precisa de monitoramento constante.
- O quadro dele inspira cuidados, até mesmo por causa da idade. São 90 anos. Essas primeiras 48 horas são fundamentais para vermos como o quadro vai evoluir - disse o médico.
Ainda de acordo com Medeiros, Carequinha está lúcido, brincando e preocupado com os dois shows que faria nesta quarta, no Sesc Madureira e no Shopping Recreio.
- Ele queria sair do hospital, fazer os shows e voltar. Vê se pode! - disse a filha do palhaço, Marlene Gomes.
Fonte: O Globo on line

11 de outubro de 2005

Meu ídolo...


Numa noite de 18 de julho de 1915, na cidade de Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, a aramista e trapezista Elisa Savalla, durante uma apresentação noturna no Circo Peruano, sente as primeiras dores do parto. O seu marido, Lázaro Gomes, em pleno picadeiro, pede para ela descer do arame. Assim, num barraco de circo, nasce George Savalla Gomes, mais conhecido como Carequinha. Logo após o parto, seguindo uma bela tradição circense, ele recebe dos artistas os primeiros dos muitos aplausos, que se tornariam uma constante em sua vida.
O pai, que largou a batina pela atriz circense, morreu quando Carequinha tinha dois anos. Sua mãe casou-se novamente, com Ozório Portilho. Aos cinco anos, na cidade de Carangola, Minas Gerais, sua família trabalhava no Circo Peruano de seu avô, José Rosa Savalla, quando o padrasto Ozório, após alguns ensaios, colocou uma careca no pequeno menino e disse: “ Hoje você vai entrar ( no picadeiro ) carequinha “ e profético determinou que “ de agora em diante você será o Carequinha ”. Naquela ocasião tinha um palhaço que se chamava Careca e não podiam existir dois palhaços com nomes iguais. Então, dos cinco anos em diante, ele nunca mais deixou de ser o Carequinha. Devidamente batizado, o contato com o público foi imediato e pouco a pouco transformou seu caminho em sinônimo de alegria.


Minha mãe sempre lembrava de quando eu tinha dois anos e corria para esconder a chupeta porque ia começar o Programa do Carequinha. Eu não perdia um e era só começar a musiquinha "O bom menino não faz xixi na cama..." que eu ficava todo alegre.
Tenho uma grande relação de carinho e admiração com o Carequinha até hoje, me emociono quando o vejo na TV e amanhã vou levar meus filhos no Recreio Shopping para assistir ao seu show.
Será o ponto alto do Dia das Crianças para nós.
Tenho a certeza de que será mais um momento de emoção para mim.


Intolerância religiosa, LASTIMÁVEL!!!!!

Imagem de santa é apedrejada no Pará
Rio - A padroeira do Pará, reverenciada domingo no Círio de Nazaré por dois milhões de fiéis na maior festa religiosa do País, sofreu nesta segunda-feira duro golpe. Num acesso de loucura, homem tentou destruir a pedradas a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, guardada na Praça do Santuário, em Belém. O evangélico José Ubiratan Leite, 34 anos, foi preso em flagrante no momento em que apedrejava a santa.
Testemunhas contaram que Ubiratan entrou na praça sem que ninguém o impedisse. Usando bermudas e carregando duas pedras grandes nas mãos, Ubiratan jogou a primeira e quebrou o vidro que protegia a imagem. A segunda atingiu a imagem, de 28 centímetros, que se soltou do pedestal. A santa foi derrubada, e sua coroa ficou danificada.
Bastante agitado, Ubiratan disse aos policiais que recebeu “ordens de satanás” para atirar as duas pedras em Nossa Senhora de Nazaré. Em poder dele, que teria sido aposentado por sofrer de esquizofrenia, a polícia encontrou carteirinha da igreja evangélica Assembléia de Deus com validade até 2007. Ninguém da denominação quis comentar o caso. Mas alguns pastores condenaram o comportamento de Ubiratan. Segundo os evangélicos, ele sofre de distúrbios mentais.
O padre Francisco Silva, pároco de Nazaré, informou que a pedra atingiu o pino de sustentação da imagem. “Ela sofreu alguns danos na lateral e na coroa. Como é de madeira, saíram algumas lascas”, contou. Restauradores aconselharam a transferência da imagem para a Basílica de Nazaré, onde passará por reparos. No santuário da praça ficará réplica.
Em julho, outro homem invadiu o local e quebrou cópia da imagem com barra de ferro. O agressor foi autuado na delegacia de São Braz, mas não quis falar com o delegado Edimar Ferreira. A pena pelo crime de agressão a imagem religiosa vai de um a três anos de prisão.

10 de outubro de 2005

Valorizando nossas coisas...

GRM - A Cachaça Premium Brasileira

Cachaça premiada em São Francisco tem 80% de sua produção voltada para exportação.
A ‘branquinha’ tipicamente brasileira é produzida na Fazenda dos Verdes, em Araguari, no Triângulo Mineiro e seu processo de produção é todo artesanal, o que lhe dá uma excelente qualidade que já abocanha o mercado internacional.
A cada safra são produzidas 100 mil litros de cachaça, o que equivale a 120 mil garrafas. A produção que a princípio parece ser pequena é na verdade o primor pela qualidade, já que todo o processo de colheita da cana, despalha, moagem, filtragem e a limpeza da garapa é todo manual e sob a supervisão do Engenheiro especialista Marcos Peixoto Cruz. Após esta 1ª etapa a bebida é destilada em alambiques de cobre e depois passa pelo processo de envelhecimento em tonéis de carvalho, umburana e jequitibá rosa onde repousa por 2 anos para depois chegar ao mercado.
Hoje 80% da produção é destinada a exportação para os EUA e para a Europa. A cachaça GRM é encontrada no mercado em 2 versões: a prata, amarelada e envelhecida dois anos e a GRM Bronze, uma cachaça branca envelhecida no inox. A garrafa tem design exclusivo, fechada com rolha e tampa de vidro.

8 de outubro de 2005

Te vejo hoje na Chiquita


A festa mais irrevente da quadra nazarena premia o Veado de Ouro no Bar do Parque

Quem não for, ou está morta ou operada. O aviso é do artista multimídia e performer Eloy Iglesias a quem não comparecer à tradicional Festa da Chiquita, hoje à noite, no Bar do Parque. Classificada por ele como o “grande censo cultural” de Belém, a festa entra no 27º ano de realziação reunindo artistas, jornalistas, formadores de opinião, comunidade GLS e descolados em geral ao som de carimbó e música eletrônica. Como destaques da noite, a entrega dos prêmios “Veado de Ouro”, “Rainha do Círio” e a escolha das melhores drag queens de Belém.
Como tudo na Chiquita, a escolha dos homenageados é meio anárquica. “A gente também tem uma diretoria da festa, mas é totalmente esculhambada. Não tem nada em cartório. Nosso cartório agora é o Iphan, porque está tudo tombado. Até essa coisa da memória foi uma pouco complicado, porque as pessoas que fazem a Festa da Chiquita têm um pouco de amnésia. No outro dia, muitos não querem nem lembrar do que aconteceu”, se diverte Eloy Iglesias.
Eloy Iglesias diz que o povo se encarregou de incorporar a festa à agenda cultural da cidade e do Círio de Nazaré. “O Círio é profano. Não é da igreja, é uma manifestação popular. E ainda é mais profano quando tem uma diretoria civil que toma conta da festa. O Círio não precisa de mídia, não precisa de cartaz. Ele acontece de qualquer jeito porque quem faz o Círio são as pessoas.
A única restrição que ficou foi a de horário. “Não temos hora para começar, mas temos hora para terminar, por um termo de responsabilidade assinado com a DPA (Delegacia de Polícia Administrativa) e com a Ctbel (Companhia de Trânsito de Belém), por causa da procissão do Círio no domingo. A festa termina e as pessoas ficam pelo caminho. São os incluídos na exclusão”, ri.

Fonte: Portal ORM

Saudades da terrinha, dos amigos que lá estão


Bom Dia Belém
Edyr Proença/Adalcinda Camarão

Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de ausência me acordam
Luando telhados que a chuva cantou
O que é que tens feito
Que estás tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona do amor que te dei
Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rêde, meu tamba-tajá
A sesta o sossego da tarde descalça
O sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível na flôr se embrulhando
Com medo das asas do galo cantando
Um novo dia vai anunciando
Cantando e varando silêncios de lar
Me abraça apertado, que eu venho chegando
Sem sol e sem lua, sem rima e sem mar
Coberta de neve, lavada no pranto
Dos ventos que engolem cidades no ar
Procuro o meu barco de vela azulada
Que foi de panada sumindo sem dó
Procuro a lembrança da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó
Belém minha terra, minha casa, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro a suar
Me beija, me abraça que quero matar
A doída saudade que quer me acabar
Sem círio da virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a "chuva das duas " que não pode faltar
Cochilo saudades na noite abanando
Teu leque de estrelas, Belém do Pará!

Sou fã desta música com Lucinha Bastos, a melhor cantora paraense, mas como não tenho disponível com ela disponibilizo com Jane Duboc e Sebastião Tapajós, aproveitando para convidá-los a ouvir outras músicas paraenses no mesmo link.

Um excelente Círio a todos!

Amanhã é o grande dia...

Círio de Nossa Senhora de Nazaré ou Círio de Nazaré ou, simplesmente, Círio.
Seja qual for o nome exato, a maior festa religiosa do Pará é, também, símbolo da nossa cultura, seja através da culinária típica, das homenagens, da reunião da família, das festas, do arraial.
Cobrir todas as facetas desta festa, que envolve milhões de pessoas na sua principal procissão, é um desafio difícil de ser cumprido, mas o
Portal ORM preparou um especial que conta um pouco do que o Círio e do que Nossa Senhora de Nazaré representam para os paraenses.

O Almoço

O almoço do Círio à moda antiga: tradição e requinte na panelaOs dias que antecedem a grande procissão deixam Belém mais agitada. A cidade ganha um aspecto novo, cheia de turistas e com muitas atrações para apresentar a quem vem passar o Círio. Se nas ruas o movimento é grande, nas cozinhas o corre-corre não é menor. Para quem pode manter o costume de colocar na mesa o tradicional almoço do Círio – que tem tudo a ver com a fartura que a natureza amazônica oferece – dois pratos não podem faltar: maniçoba e pato no tucupi. Prepará-los não é tarefa das mais fáceis e é preciso muita atenção a detalhes aparentemente insignificantes, mas que deixam a comida com um gostinho especial.
Em torno da alegria de reunir familiares e amigos para uma refeição, no segundo domingo de outubro, cresce a tradição do almoço. Enquanto a berlinda não passa,os anfitriões costumam servir salgadinhos, doces e bolos, acompanhados de refrigerantes, sucos ou bebidas alcoólicas. Na hora do almoço, que não tem sido, nos últimos anos, necessariamente, meio-dia, todos aguardam pelo pato no tucupi e pela maniçoba. Para recuperar a maneira como as cozinheiras mais antigas, aquelas do “tempo da vovó”, faziam esses pratos, basta acompanhar os passos da preparação.
Maniçoba: o aspecto estranho esconde um sabor essencialmente amazônico

Quem nunca viu uma travessa com maniçoba, ou um panelão fervendo, não haverá de ter boa impressão. O aspecto visual não é dos melhores. Mas o sabor... humm!!! É inesquecível. O preparo não chega a ser difícil, mas fazer maniçoba dá muito trabalho. O ideal seria voltar no tempo e cozinhar em panelões de barro sobre fogão a lenha. Como é complicado recorrer a uma época mais romântica na cozinha, se a modernidade oferece comodidades, melhor é esquecer a panela de barro e cair na real.
A maniva, retirada da mandioca ou da macaxeira, deve ser moída (sem os talos, por favor!) até três vezes. Comprá-la précozida é meio caminho andado para apresentar prato mal feito. Maniva na panela, é hora de colocar água e toicinho cru e deixar ferver por sete ou oito dias, até que, de verde, as folhas moídas enegreçam.
Quando for secando, deve-se acrescentar mais água e mais toicinho, para que a gordura vá ganhando espaço. Após uma semana de fervura (algumas famílias desligam o fogo à noite e, pela manhã, reiniciam o trabalho. Quem usa fogareiro, pode dormir sem preocupação), é chegada a hora de dessalgar as carnes. Primeiro devem ser colocadas as que custam mais a amolecer: bucho, mocotó, orelha e rabo de porco, além do charque, do paio, das costelas e dos chouriços.
Quem gosta de pimenta-do-reino e alho pode usar. Está pronta a maniçoba, que deve ser servida com arroz branco (quanto mais branco melhor!) ou farinha. Uma pimentinha sempre vai bem.O chef de cozinha moderno precisa observar as folhas: se forem de mandioca, o tempo de fervura dobra. Há quem coloque uma cuia média de puro leite de Castanha do-Pará novinha. A castanha antiga contém muito óleo e não serve. Outro cuidado de quem vai comer maniçoba preparada fora de casa diz respeito à cor: quanto mais verde estiver, menos tempo passou no fogo.
Isso significa riscos para a saúde. Quanto mais preta, tanto mais gostosa e menos danos poderá causar aos intestinos. Sobretudo aos mais sensíveis, que não conhecem a preciosidade do sabor.
O pato no tucupi tem lugar especial no almoço paraense do dia do Círio
Outro prato que desperta fortes emoções é o pato no tucupi. Prepará-lo com requinte e acerto exige prática e cuidados especiais. Talvez mais especiais que os empregados para cozinhar a maniçoba. Primeiro passo é esquecer o chester, o peru e o frango, indignos substitutos do pato-cada-vez-maiscaro.
Como a receita é de pato, fale-se apenas dele.Primeiro passo é encontrar um patarrão (ou dois, ou três). Quem tem parente no interior até consegue. Quem depende das criações locais, vai precisar andar mais. Um aviso: pato congelado não combina com esta receita. Com a ave em casa, é hora de matá-la. Em vez de sacrificar o bicho, cortando-lhe, impiedosamente, o pescoço, o certo é depenar um pouquinho essa parte do corpo e, com uma seringa enfiada na jugular, ir retirando o sangue lentamente. Dá trabalho, mas é o jeito.
Para quem for impaciente há outro conselho: cortar um pedacinho do pescoço, até que vá perdendo as forças e morra sem violência. Quem sabe fazer pato, garante que esse tipo de sacrifício impede que carne seja “envenenada” por toxinas.
Com o pato morto, o trabalho a seguir consiste em depená-lo e tirar as tripas e os miúdos. O mau cheiro da proximidade do “sobre” também deve ser excluído,lavando a ave apenas com água. Limão nem pensar: endurece a carne. Realizada esta operação, o pato deve ser enxuto e, se ainda restarem penas renitentes, retirá-las com fogo. Os temperos são sal grosso, alho e pimentado-reino. A recomendação de usar vinho ou vinagre deve ser considerada uma bobagem, assim como envolver o pato em tiras de bacon. Esses sabores entram em violento conflito com o do tucupi. Quem tem tucupi, pode se dar ao luxo de dispensar o resto. Quanto mais tempo passar descansando, numa assadeira, (de barro, de preferência) melhor. Nahora de ir para o forno, o ideal é assar,utilizando apenas a gordura que escorre.
Quando estiver dourado e com aquele cheirinho delicioso, nada de colocá-lo para esfriar sobre o fogão. O certo é “esquecê-lo” no forno até que fique frio. Mudanças de temperatura são ótimas para ressecar a carne. O tucupi é um capítulo à parte. Como quase ninguém tem tempo para tirar tucupi em casa, o jeito é comprá-lo na feira ou na casa das senhoras que ganharam fama, em Belém, vendendo tucupi de boa qualidade. É bom preferir uma “freguesa” que não adicione anilina para deixá-lo mais amarelo.
Por incrível que pareça, ele deve ficar clarinho na parte de cima e, em baixo, ter uma espécie de concentrado. Tucupi na garrafa, com amarelo intenso, o tempo todo, é tucupi adulterado. Não serve. Para fervê-lo, convém adicionar alho e chicória. Para mexer, mais original (e tradicional) é preparar uma “vassourinha” de alfavaca. O ritual de preparação não termina aqui. O pato deve ser cortado em seis pedaços, que serão adicionados ao tucupi. Depois, acrescenta-se o jambu, que foi cozido, previamente, no vapor e não na panela.Dá mais trabalho, é verdade, mas tem que ser assim para ficar especial. O pato dorme sobre o fogão (não na geladeira) e, na manhã seguinte, antes de sair para ver o Círio passar ou acompanhar a procissão, a cozinheira dá uma última fervura. Depois, é esperar a hora do almoço e fazer um pirão de farinha, tucupi e pimenta para acompanhar esse quitute raro, talvez o mais saboroso da cozinha paraense.

A Lenda, Procissão e Devoção


Lenda - No Pará a própria devoção à Virgem é envolvida em lenda. Plácido, o precursor do culto, teria encontrado a pequena imagem em madeira de Nossa Senhora de Nazaré às margem do Igarapé Murutucu, que corria pela atual travessa 14 de Março onde hoje ficam os fundos da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
Imaginando que algum devoto da cidade de Vigia havia esquecido a imagem ali, levou-a para casa. No dia seguinte não a encontrou. Ela havia retornado ao igarapé. Nova tentativa, novo retorno da imagem ao nicho que havia escolhido. A imagem então teria sido levada para a capela do Palácio do Governo da Província, onde ficou guardada por escolta. De manhã, não havia nada na capela, a imagem havia retornado ao igarapé. Obedecendo os desejos da Virgem, à beira do igarapé foi construída uma ermida, que deu início à romaria e à devoção do povo paraense à Virgem de Nazaré.
Procissão - A primeira procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré saiu na tarde do dia 8 de setembro de 1793. Na noite anterior, a imagem da Santa havia sido transferida de sua ermida na Estrada do Utinga para o Palácio do Governo. Tempos mais tarde, a procissão passou a sair no segundo domingo do mês de outubro.
A primeira procissão foi acompanhada por toda a tropa aquartelada na cidade, os cavalheiros montados em seus melhores cavalos, as damas carregadas em seges, o povo a pé em torno do carro que transportava a Santa. A imagem ia no colo do padre capelão e o próprio governador da Província, Dom Francisco de Souza Coutinho, acompanhava o cortejo trajado com uniforme de gala. Dom Francisco Coutinho, que havia organizado a homenagem à Santa, estruturou também aquela que iria ser a maior manifestação religiosa do Pará e uma das mais impressionantes demonstrações de fé religiosa dos católicos no mundo.
Com o passar dos anos, a procissão sofreu algumas modificações, como a inclusão do Carro dos Milagres, que lembrava a salvação do fidalgo português Dom Fuas Roupinho, o barco que lembrava a salvação dos náufragos do brigue São João Batista, a corda que substituiu a junta de bois que puxava o carro da Santa, e o carro dos fogos, que com muito barulho precedia o cortejo religioso. Já neste século, o poeta maranhense Euclides Farias compôs o hino "Vós Sois o Lírio Mimoso", que se consagraria como o Hino do Círio, e hoje identifica a procissão sempre que é cantado.
O primeiro Círio mobilizou gente de toda a redondeza de Belém, principalmente em função da feira que o governador determinou que fosse instalada no terreno que circulava a ermida, para a venda de produtos regionais. A cada ano é maior o movimento de romeiros. Hoje calcula-se em mais de um milhão o número de pessoas que saem às ruas para celebrar a Virgem de Nazaré.
Devoção - O culto à Virgem de Nazaré entrou na cultura portuguesa desde os primórdios do cristianismo. Foi fortalecido pelo fidalgo português Fuas Roupinho que afirmou ter sido salvo da morte ao invocar o auxílio da santa. A devoção a Nossa Senhora de Nazaré veio com os primeiros religiosos jesuítas ao Brasil e no Pará seu culto disseminou-se a partir da cidade de Vigia. Em Belém foi fortalecido graças à devoção de Plácido.
As celebrações religiosas hoje começam em setembro, com a celebração da Missa do Mandato em que os católicos são mandados proclamar a glória da Mãe de Jesus. Até o dia do Círio, réplicas das imagens percorrem as casas, onde são feitas orações
comunitárias e acontecem novenas para Nossa Senhora de Nazaré. Nazaré é nome de gente, de rua, de bairro, de escola, de colégio, de produtos das mais variadas espécies, de lojas, farmácias, hospitais. É essa ligação tão forte com a Santa que faz do Círio de Nazaré um dos mais impressionantes espetáculos de massa do mundo católico. Mesmo quem não não professa a mesma religião sente a energia mística que toma conta das ruas por onde passa o Círio.

A Procissão, a Corda, a Fé.

A procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Belém do Pará é uma das maiores manifestações de fé do mundo católico. Uma pequena imagem da Virgem de Nazaré é transportada da Catedral de Belém para a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Um trajeto de aproximadamente 4 quilômetros que percorre as principais ruas da cidade. Por onde passa, a Santa é homenageada com a queima de milhares de fogos de artifício. Junto com a Santa vai um cortejo de centenas de milhares de pessoas.
Nas ruas outra multidão se acotovela para ver a berlinda com a Santa passar. Mais de um milhão de pessoas unidas pela fé na Virgem. Esse fenômeno se repete há duzentos e treze anos - uma demonstração do fervor religioso de um povo. Mais que isso - uma demonstração da cultura de um povo. O Círio de Nazaré mobiliza durante meses a população de Belém, do pará e do Brasil. Tem gente que vem de longe para paraticipar da festa.
O Círio não é só uma procissão - é uma festa que dura quinze dias e que para muitos paraenses tem mais ou tanta importância quanto o Natal. Na semana que antecede o Círio os romeiros vão chegando a Belém. De barco, canoa, navio, carro, ônibus e avião. Muitos trazem consigo os ingredientes para o almoço do domingo do Círio, todos à base de comidas típicas: pato, maniva, farinha d'água, jambu, tucupi - nomes exóticos que compõem o mais brasileiro dos banquetes. Banquete dos deuses - deuses indígenas da Amazônia.
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré remonta ao início da colonização portuguesa. Em Belém, tomou uma dimensão maior no século XVIII, por intermédio de um caboclo de nome Plácido, que em sua própria casa fez um oratório em louvor à Virgem. A devoção de Plácido atraiu novos fiéis, histórias de milagres foram se sucedendo, as lendas foram surgindo e com a morte de Plácido foi erguida uma ermida - pequena capela - para a continuação do culto à Santa. O Governador da Província do Grão-Pará e Rio Negro na época, Dom Francisco de Souza Coutinho, rendeu-se à devoção do povo, e determinou a realização de grande festa com feira de produtos regionais nas imediações da capela. A imagem de Nossa Senhora de Nazaré seria transportada para o Palácio do Governo e de lá retornaria em grande procissão para sua casa. No dia 8 de setembro de 1793 acontecia a primeira procissão, com toda a pompa da época. Foi o primeiro Círio, que viria a se tornar um elemento marcante em toda a cultura paraense e da própria Amazônia.

Limpando a lama...

JOSIMAR
Há dois anos o ex-lateral-direito Jorginho chamou Josimar para participar de um jogo de seleção de Masters. Depois da partida, os jogadores se reuniram para botar o papo em dia, mas Josimar se afastou de fininho. Jorginho foi atrás e o encontrou chorando no quarto. Os dois se abraçaram, choraram juntos e Josimar desabafou: \"Eu preciso de ajuda, estou lá embaixo, no fundo do poço. Ninguém acredita mais em mim.\" Eles mantiveram contato e, há três meses, o ex-lateral-direito do Botafogo, que encantou o Brasil com dois golaços na Copa de 86, dá aulas para meninos e meninas do Instituto Bola pra Frente, ONG dirigida por Jorginho. \"Eu fui banco dele em 87! O Josi era um ídolo, não podia ficar naquela situação\", diz Jorginho.
Hoje, Josimar mais ri do que chora. Sente que a vida lhe deu uma segunda chance e não quer desperdiçá-la. \"Caras como o Jorge mantiveram uma linha, enquanto eu vacilei. Era pobre, de repente tinha tudo. Chegava nos lugares e todo mundo me conhecia. Perdi tempo com bobagem. Mais que isso: perdi dinheiro, credibilidade e contato com meus filhos\", afirma. Notícias sobre noitadas, drogas e bebidas fazem parte do passado. Há três anos ele começou a fazer trabalho voluntário em Goiânia, para onde foi por não encontrar oportunidades no Rio. Josimar diz que, também nesse período, voltou pouco a pouco a fazer parte da vida dos filhos, Felipe, 21 anos, Júnior, 17, e Sasha, 16. \"Júnior é lateral-direito dos juvenis do Botafogo, já esteve em duas seleções de base. Os três estudam e me receberam de braços abertos\", diz, enquanto escuta com atenção o aviso que Jorginho dá aos jogadores de hoje: \"Eles têm que abrir os olhos porque não são tão bonitos, poderosos e interessantes quanto pensam.\"

Copiado da revista Placar.

6 de outubro de 2005

Parque Natural Municipal da Freguesia - Jacarepaguá - Rio de Janeiro

Muito mais do que um espaço de preservação do verde de Jacarepaguá, o Bosque da Freguesia é uma área de lazer de 31 hectares. Há trilhas para caminhadas (2,5Km), quadras com atividades esportivas, oficinas, biblioteca, auditório, anfiteatro. A área foi muito cobiçada pela especulação imobiliária. Depois de mobilização dos moradores da Freguesia, que fizeram passeatas e referendo popular organizados pelo GRUDE, AMAF (Associação de Moradores e Amigos da Freguesia), AMJU (Associação de Moradores do Jardim Urussanga) e SOS VERDE, a prefeitura criou, por decreto em 1992, o Parque do Bosque da Freguesia.Feita a urbanização, o local hoje é mantido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.O Bosque da Freguesia é um símbolo da luta ambiental para o GRUDE e para a Freguesia, tanto que a ONG pretende transferir sua biblioteca ecológica para o parque e continuar lutando pela preservação do espaço.

Eu quero entender uma coisa:
Qual o motivo que levam as pessoas, em nome da preservação ambiental, a derrubar árvores selecionadas para embelezar o contorno da mata que dizem querer proteger? Moro junto ao Bosque, fotografei para que algum de vocês vejam como é cercado o "espaço de proteção ambiental e ecológico" e me expliquem.
É necessário selecionarmos espécies para decorarmos a preservação de outras que definimos como mais nobres? Não seria uma forma de brincar de ser Deus, definido o que pode ou não viver? Será que estamos nos transmutando para o escorpião da fábula?

Com a palavra os ecologistas...

4 de outubro de 2005

Enquanto isso, nossos vizinhos...

JP Morgan: investir na Argentina é mais seguro do que no Brasil
O banco de investimentos JP Morgan causou surpresa nesta segunda-feira (03) ao informar que o risco-país da Argentina atingiu um nível inferior ao do Brasil. O índice argentino, segundo o banco, chegou a 341 pontos na abertura desta semana – um ponto a menos do que o brasileiro.
A notícia deixou alguns analistas intrigados. Afinal, como explicar que a Argentina, um país que aplicou um calote de US$ 82 bilhões em sua dívida pública em dezembro de 2001, ofereça maior segurança aos investidores do que o Brasil – que vem honrando seus pagamentos em dia?
"O mercado enxerga o Brasil como um dos piores locais para se investir", afirma o economista Silvio Persivo, especialista em Mercosul. Segundo ele, muitos investidores vêem o Brasil como uma região de instabilidade para os investimentos, onde a legislação pode mudar a qualquer momento e atrapalhar acordos comerciais. E isso pesa no índice. "Por aqui, seguidamente, as regras tributárias são modificadas, a legislação é pouco respeitada e a burocracia para abrir e fechar empresas é enorme", critica Persivo. Os investidores entendem que a Argentina, apesar do calote, oferece hoje um cenário mais estável para as negociações.
Erik Farina, revista Amanhã, Link relacionado: http://www.jpmorgan.com/
Silvio Persivo, amigo do blog, está em links ao lado. Vale a pena conhecê-lo, cientista político, poeta, escritor, boêmio e um excelente contador de histórias. Salut!