30 de novembro de 2005

Dia Nacional da BENGALADA - 29 de novembro

Muito mais vergonhoso, confirmação da pouca vergonha!

Ligado no bicho

Quem quer dinheiro? O conhecido bordão imortalizado pelo megaempresário Sílvio Santos, dono e apresentador de uma emissora de televisão, não poderia retratar melhor o clima para o jogo Botafogo x Fortaleza, que será realizado domingo, às 16h, na Arena Petrobras, na Ilha do Governador, e poderá garantir um “gordo e feliz Natal” aos seus respectivos jogadores.
Afinal, os dois times têm concretas chances de classificação para a Copa Sul-Americana de 2006. Porém, são adversários diretos por uma vaga. No entanto, até mesmo um empate poderá classificá-los, caso aconteça uma combinação de resultados. Mas é certo que haverá uma generosa premiação caso a meta seja conquistada.
Mesmo que o Botafogo se classifique para a competição continental, o atacante Guilherme não deverá ser beneficiado pela partilha do prêmio. Dono de um dos maiores salários do Alvinegro, ele, segundo uma fonte do clube, teria rescindido seu contrato ontem.
Marcelo Bertoldo, Jornal dos Sports
MUITO MAIS VERGONHOSA A POSIÇÃO DOS DIRIGENTES E PROFISSIONAIS DE FUTEBOL.
UMA VERGONHA PARA QUEM ACREDITA QUE TEM UMA PAIXÃO E QUE OS PROFISSIONAIS SEJAM CORRETOS E ÍNTEGROS.
E PENSAR QUE ESTIMULO MEUS FILHOS...

Guilherme: R$ 160 mil por gol

O dinheiro investido na premiação de uma meta alcançada é bem gasto. Os dirigentes do Botafogo, às vésperas da conquista da vaga para a Copa Sul-Americana, não têm dúvidas em relação ao assunto. No entanto, o Alvinegro não se mostrou um bom investidor quando tentou contratar um ídolo para vestir a camisa do clube nesta temporada. Anunciado com status de grande artilheiro, Guilherme (foto) não confirmou sua fama no Botafogo.
Detentor do segundo maior salário do clube, cerca de R$ 80 mil, pois Ramon recebe aproximadamente R$ 120 mil (valores pagos com ajuda da fornecedora de material esportivo Kappa), Guilherme, segundo uma fonte do clube, rescindiu seu contrato na última segunda-feira depois de um acordo amigável com a diretoria. Seu contrato terminaria no dia 31 de dezembro.
No entanto, uma nova lesão havia antecipado seu melancólico adeus, precisamente uma inflamação no joelho direito, que apagou ainda mais sua passagem pelo Alvinegro. Das 56 partidas disputadas pelo Botafogo na temporada de 2005, Guilherme começou como titular em 25 oportunidades, marcando seis gols (cinco pelo Campeonato Carioca e um pelo Brasileiro).
Com o generoso orçamento de R$ 80 mil, o Botafogo desembolsou R$ 960 mil para contar com o futebol de Guilherme ou R$ 160 mil por cada um dos seus gols marcados ao longo da temporada.
Marcelo Bertoldo, Jornal dos Sports
V E R G O N H A

Passou dos limites... Pena de morte, já!

Rio - A polícia ainda investiga quantos homens que participaram do ataque a um ônibus, no fim da noite desta terça-feira, na Penha, Zona Norte, mas Dominique Catrine Carvalho de Jesus, 20 anos, uma das vítimas que teve os pés queimados, contou ao pai, o inspetor da Polícia Civil, Antonio Corsine de Jesus, que o ônibus foi invadido por 10 homens, logo depois que um casal fez sinal.
Dominique seguia do trabalho para casa, em companhia do namorado, Igor dos Santos, que também foi sofreu queimaduras no braço esquerdo, na mão direita e nas costas. Os dois, que ficaram internados no Hospital Getúlio Vargas, contaram ao inspetor, que os bandidos entraram no ônibus com duas garrafas de refrigerante cheias de gasolina, impediram a saída dos passageiros, agrediram o motorista, espalharam gasolina e tacaram fogo.
Houve uma explosão que assustou até os moradores das proximidades. Os passageiros entraram em pânico procurando um lugar para sair do veículo em chamas.
Rogério Mendes, que está internado no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital do Andaraí, depois de transferido do Getúlio Vargas, era um dos mais desesperados. Ele tentou de todas as formas retirar do ônibus, a mulher, Vânia, e a filha Vitória, de dois anos, mas não teve tempo. O fogo se alastrou rapidamente e ele assistiu as duas morrendo abraçadas. Outras três pessoas também não conseguiram sair e morreram completamente carbonizadas.
A maioria dos passageiros conseguiu sair por uma janela nos fundos do ônibus e do lado esquerdo, contou um morador. Segundo ele, as pessoas lutavam para deixar o ônibus e muitas se atiravam de cabeça. "As pessoas corriam desesperadas em todas as direções e tentavam buscar abrigo nas residências. Elas, em pânico, não sabiam dizer o que tinha ocorrido, contou o morador, que não quis se identificar.
De acordo com as investigações da polícia, o ataque ao ônibus da linha 350 ( Passeio-Irajá), que seguia para Irajá, aconteceu em represália a morte de um traficante do Conjunto Habitacional Guaporé, durante uma troca de tiros com policiais do 16º BPM (Olaria). Há ainda informações de que no grupo de invasores do coletivo, estaria também homens do Morro do Fé e do Quitungo, que fazem parte da mesma facção.
A polícia já sabe que a quadrilha vem tentando de todas as formas impedir a entrada da polícia nessas favelas. Na Rua Helvétia, um dos acessos ao Morro da Fé, os bandidos teriam fincado barras-de-ferro no asfalto para impedir a entrada da polícia.
Bombeiros da Penha e de Ramos estiveram no local e socorreram as vítimas, a maioria delas levadas para o Hospital Getúlio Vargas. A operadora de máquinas da Fundação Osvaldo Cruz, Áurea Rodrigues Regina, estava no ônibus e conseguiu deixar o veículo com o braço direito muito queimado. Ela procurou socorro em uma clínica particular e depois seguiu para o Instituto Médico Legal para fazer exame.

28 de novembro de 2005

"O problema social e o anzol"

Artigo escrito pelo Xico Vargas, no mínimo, oportuno para lembrar que os messias estão se preparando...

28.11.2005 Tão ao gosto dos políticos, que costumam servi-la a granel, a expressão problema social alcançou na semana passada o lugar de bordão pátrio do serviço público. Ganhou a vala comum pelo discurso de Carlos Antunes, valoroso comandante da Guarda Municipal. Nela viu Antunes adequada justificativa para a perda de controle da prefeitura sobre as ruas de quatro bairros do Rio hoje tomadas por camelôs. Não tem solução, ele disse.
Poderia ter depositado o distintivo sobre a mesa e deixado a sala, como faziam muito antigamente os xerifes fracassados. Preferiu conservar o contracheque e tomar a trilha de seu patrão, o prefeito, que botou na conta do problema social a favelização que engole a cidade. Deve-se à mesma causa, certamente, o hábito de subordinados de Antunes montarem guarda nas esquinas do Centro da cidade, justamente ao lado de tabuleiros onde se vendem DVDs, CDs e brinquedos de variada origem. Tudo pirata.
Talvez tenha tentado ser original em seu escalão o comandante da Guarda. Tivesse mirado no exemplo dos secretários municipais, poderia ter dito que lhe faltam recursos, tropas, viaturas, fiscais, enfim, o que costumam alegar os auxiliares do prefeito pilhados em delito. Quando escolheu a ficha do problema social Antunes virou só um arremedo do velho malandro da política. Aquele que diz aos jornais qualquer coisa que lhe tire a responsabilidade das costas.
Problema social era um dos carimbos preferidos de Leonel Brizola, quando Saturnino Braga era prefeito do Rio e preparava-se para anunciar que havia quebrado a cidade. Brizola embaralhava as velhas frases de sempre, salpicava um problema social aqui, uma perca internacional ali, um costeando o alambrado mais adiante e dava por explicada uma denúncia de desvio de dinheiro na carteira de Crédito Imobiliário do Banerj, então nas mãos de um administrador conhecido como “Paulinho 10%”.
Apesar do desgaste pelo uso, problema social acabou virando o novo recorta-e-cola da administração pública brasileira. Tudo é problema social, expressão que coalhou os discursos de Olívio Dutra no ministério das Cidades. Dutra é aquele senhor de bastos bigodes, que apresentou a soja transgênica aos brasileiros e introduziu a febre aftosa no governo do PT gaúcho. Quando foi para Brasília ajudar a aparelhar o Estado agarrou-se à tese do título de propriedade como redenção do problema social nas favelas.
No discurso do ministro o problema social começaria a ser debelado com a garantia de que o pobre seria dono do teto que tinha sobre a cabeça. Com a propriedade – ele dizia – poderia “alavancar dinheiro e melhorar de vida”. Evitou, porém, revelar que título de propriedade, com todos os levantamentos e registros necessários, custava 600 reais por unidade ou 10 vezes menos que uma casa popular. Daí por que seu ministério havia feito a escolha pelo embuste.
Como faltou apontar o incauto disposto a emprestar dinheiro tendo por garantia um barraco espetado num morro dominado por traficantes, o título de propriedade caiu do vocabulário político. O problema social se manteve. Foi essa a desculpa usada pela governadora Garotinho para enfiar nos programas Tudo o que você queria a um real recursos desviados da Saúde. Mas como não há mágica fora do palco, faz todo o sentido que três anos depois os hospitais públicos da rede estadual apareçam nos jornais em duas situações: caindo aos pedaços ou novos - por que erguidos por mão federal - e sem equipamentos ou pessoal - tarefa do estado - que os ponham a funcionar.
É também no problema social que mira o presidente da República, quando repete pela sabe-se lá quantas vezes “nunca se fez mais nesse país”. Só que, os favela-bairro, de César Maia, ou os sua vida a um real, dos Garotinho, ou ainda os fome-zero, de Lula, não são feitos para tirar o problema social do dicionário. Como não ensinam nada a ninguém, nem oferecem ferramentas, exercem uma modalidade sórdida de atendimento conhecida como assistencialismo de anzol. No caso do fome-zero já envolve 11 milhões de famílias ou 44 milhões de fisgados. É bom não perder de vista essa conta.

27 de novembro de 2005

Barão de Itararé - (Apparício Torelly)

"Al Barón de Itararé

un grande entre los grandes,

con respeto le saluda de pie

el poeta de los Andes: Neruda.

(Pablo Neruda, 1945)

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, nasceu na cidade de Rio Grande, no interior do Estado do Rio Grande do Sul, um local próximo à fronteira com o Uruguai, no dia 29 de janeiro de 1895.

"Pontas de Cigarros", "versos diversos" e "poemas bem humorados", o primeiro e único livro com seu nome verdadeiro, é publicado em 1916.

Aproveitando-se da data, em 13 de maio de 1926 abandona o emprego e funda seu próprio jornal, "A Manha", um tablóide de circulação nacional. O jornal é um sucesso completo, superando as fórmulas já velhas conhecidas dos leitores, como "O Malho", "Fon-Fon" e "Careta".

Historia contada sobre o autor: Corria o ano de 1928. Em Porto Alegre, uma conferência sobre pesquisa para descobrir a causa da aftosa (doença que ataca o gado) mobilizava um público atento. Getúlio Vargas, então deputado no Distrito Federal (Rio de Janeiro), estava presente. O conferencista, dono de argumentação técnica consistente, impressionava. No encerramento, disse: — É imperioso que desenvolvamos esse tipo de pesquisa, para benefício do Brasil, pois que uma vacina eficaz contra a aftosa tem grande significado econômico. Criado o clima de gran finale, aumentou a voltagem atmosférica, ao desafiar, subitamente:— Afinal de contas, quem é que somos nós? Repito: quem é que somos nós?Ato contínuo, frente a uma platéia literalmente hipnotizada, o conferencista começou a dançar e a cantar o conhecido hino: "Nós somos da pátria amada, fiéis soldados...". E dançando e cantando saiu da sala.

Sempre irreverente, em 1930, com a revolução, o autor proclama-se Duque de Itararé, herói da batalha que não houve. Semanas depois, rebaixa-se a Barão como prova de modéstia. No dia 02 de setembro de 1932 é preso pela 4º. delegacia auxiliar (responsável pela ordem política e social), após "delirante atividade revolucionária" mantida nas páginas d' "A Manha" e constantes estocadas contra o governo instalado pela revolução.

O ano de 1934 marca a abertura do "Jornal do Povo", em outubro, em companhia de Aníbal Machado, Pedro Mota Lima e Osvaldo Costa. Nos dez dias em durou, o jornal publica em fascículos a história de João Cândido, um dos marinheiros da revolta de 1910. O Barão é seqüestrado e espancado por oficiais da marinha nunca identificados. Depois do atentado retorna à redação e afixa uma placa na porta: "Entre sem bater".Preso, novamente, em 09 de dezembro de 1935, por ser militante e um dos fundadores da Aliança Nacional Libertadora, permanece "em cana" durante todo o ano de 1936, primeiro a bordo do navio presídio D. Pedro I, depois na Casa de Detenção do Rio de Janeiro; juntamente com Hermes Lima, Eneida de Morais, Nise da Silveira e Graciliano Ramos. Dona Zoraide, sua segunda mulher, falece nesse ano.

Candidata-se à Câmara do Distrito Federal pelo PCB e, provando sua popularidade, é o oitavo mais votado de sua bancada, a qual obtém maioria na Câmara de Vereadores. O slogan da campanha foi: "Mais leite, mais água, mas menos água no leite — Vote no Barão de Itararé, Apparício Torelly." A convite de Luiz Carlos Prestes, passa a colaborar com a "Folha do Povo". Faziam parte da equipe Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Jorge Amado e o jovem Sérgio Porto (posteriormente conhecido como Stanislaw Ponte Preta). No final do ano o registro do PCB é cassado e seus representantes eleitos perdem seus mandatos.

No dia 27 de novembro de 1971, falece aos 76 anos de idade, Apparício Torelly.

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Boemia, sabendo usar não vai faltar... E será prazeroso.

Bares lotados e lançamentos de cervejas confirmam: o carioca bebe cada vez mais
Solange Bagdadi
É um caso típico de segredo de Tostines: será que as cadeias de botequins estilizados tomam conta da cidade porque os cariocas estão cada vez mais sedentos por chope, ou as pessoas estão bebendo mais - já que estes novos bares vivem lotados - porque aumentou a oferta de casas simpáticas para beber? A resposta é difícil, mas inquestionável é o sucesso de redes como Devassa, Manoel & Juaquim, Informal, Belmonte e Conversa Fiada - ainda que muito boêmio da gema implique com a cara paulista de algumas delas.
Alguns números dão pistas sobre o fenômeno da multiplicação de botequins limpinhos por aqui. O estado do Rio de Janeiro é o maior consumidor de cerveja do Brasil. Enquanto São Paulo ingeriu 60,1 litros por pessoa, o Rio bebeu 90,4 litros, segundo dados de 2003 do Sindicato da Indústria Nacional da Cerveja (Sindicerv). De acordo com especialistas, as mulheres estão bebendo cada vez mais, ajudando a engrossar as estatísticas.
Dados do IBGE revelam que o brasileiro bebe mais também dentro de casa: em quase três décadas (de 1987 a 2003) o consumo médio de bebida alcoólica, por pessoa e por ano, duplicou.
Para abocanhar esse mercado crescente, vale apostar não só em decoração diferenciada e afastar os petiscos gordurosos, mas também criar cervejas diferenciadas. A próxima a lançar sua própria marca é a rede Manoel & Juaquim. ''Nem devassa, nem sacana, simplesmente leviana''. Com essa chamada, promete acirrar o competitivo mercado, em dezembro, quando lança Leviana, versão long neck e chope.
Meio sem querer, os empresários portugueses foram os precursores da febre de botequins arrumadinhos, que começou há cerca de 10 anos. Vá lá que no Rio o calor peça sempre uma gelada, mas hoje se bebe a qualquer hora do dia, da tarde e da noite também, é claro. E não é só cerveja. Dados do Sindiserv demonstram que a cachaça é a segunda bebida mais consumida no país. Só para ter uma idéia, os donos da Academia da Cachaça, principal ponto de venda da cidade, revelam que atualmente são servidas cerca de 2,4 mil doses de cachaça por mês. E no verão há um aumento de 15% nas vendas.
Para atender a esses consumidores, as cervejarias e donos de bares estão cheios de disposição. A marca Devassa, criada há dois anos e que tem hoje quatro tipos de cerveja (loura, ruiva, negra e, recentemente, sarará), vai lançar mais duas ano que vem e já conta com 170 pontos de venda no estado do Rio, além de bares no Leblon, na Barra, no Flamengo, em Niterói e outro recém inaugurado no Centro. Eles já comercializam para São Paulo e em bares de Londres, com direito a uma citação no Sunday Times, que a descreveu como a bebida mais badalada do Rio.
Os sócios da Devassa, Cello Macedo, Marcelo do Rio, Joca Muller e Tito Livio Macedo contam com o auxílio luminoso da mestre cervejeira Kátia Jorge, que trabalhou na Brahma e é testemunha ocular da revolução por que o mercado vem passando nos últimos tempos.
- Os números dos institutos de pesquisas estão certos, mas é preciso observar que o mercado cresceu, mas o consumidor amadureceu também. Hoje, ele é extremamente exigente e cobra do setor novidades com qualidade - ressalta Kátia.
A mestre cervejeira dá destaque para o segmento de cervejas especiais. Em 1998, havia 15 micro-cervejarias no país, hoje são 70, criando e produzindo novos sabores a cada temporada.
Inaugurado em 2001 e hoje contando com quatro casas, o Botequim Informal chega em novembro a Niterói e até o fim do ano inaugura mais dois pontos, um no Botafogo Praia Shopping e outro no Jardim Botânico. O Belmonte foi mais rápido. Em quatro anos, o cearense Antonio Rodrigues, abriu seis bares na cidade. Ele explica os excelentes resultados.
- O carioca bebe todos os dias, não tem hora e nem clima para ir ao bar. Em cinco anos, as coisas se transformaram completamente. Muitas casas noturnas fecharam e o público que freqüentava esses locais hoje está nos bares - argumenta o empresário, que recebe em torno de mil pessoas por dia nas seis casas.
Outro indício das altas temperaturas do mercado é o quiosque de chope da Brahma. Desde março de 2003, inúmeras unidades foram abertas, sobretudo em shoppings. O Rio lidera o ranking das cidades brasileiras que possuem esse modelo de franquia.
Os amigos e engenheiros Pedro Hermeto, 29 anos, Arthur Pimentel, 36, e Marcelo Prestes, 24, já aprovaram o quiosque perto do trabalho, assim como a assistente executiva Cristiane Carvalho, 31, e a advogada Luciara Ribeiro, 30.
- Toda sexta, tomamos um chopinho para desestressar. Aqui, é mais seguro e muito prático - diz Cristiane.
Ok, a festa é boa, mas é preciso pensar na questão sob todos os aspectos. Todo mundo sabe que o consumo de álcool é proibido a menores de 18 anos. Mas se sabe também que essa lei não é respeitada. De acordo com dados de 2001, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, 5,2% da população brasileira menor de 18 anos já são dependentes de álcool (e 11% da população maior de 18), sendo 7% dos homens entre 12 e 17 anos e 3,5% das mulheres com a mesma idade. A chefe do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia Analice Gigliotti faz uma análise do problema.
- O marketing da cerveja é claramente dirigido à população adolescente: meninas bonitas, caras sarados, todo mundo feliz. Afinal, refresca até pensamento, não é? As pessoas estão estressadas e o ser humano não tem síntese de neurotransmissores suficiente para tanto estresse. Além de vivermos uma cultura altamente permissiva, elas também estão deprimidas, portanto o apelo ao prazer imediato é muito forte. O problema é sério - adverte.
De acordo com a médica, não faltam medidas para reduzir o consumo, mas a cultura da cervejinha, do chopinho, da caipirinha - com exaustivo abuso do diminutivo - dá um caráter de quase ingenuidade à situação.
- O jovem não enxerga a cerveja como bebida alcoólica. Temos casos de pacientes que chegam ao consultório e dizem: ''Doutora, parei de beber, agora só tomo umas cervejinhas'' - conta Analice.
Ela afirma que a quantidade de jovens que ingressam em clínicas de dependentes químicos aumentou muito. A psiquiatra chama a atenção também para o fato de que as mulheres estão bebendo mais. A mulher começa a beber mais tarde que o homem, demora mais a abusar da quantidade, mas fica dependente mais rápido que eles.
Em média, o homem começa a beber aos 13 anos e fica dependente aos 40. Já a mulher inicia aos 25 anos e aos 35 já está dependente. Na mulher, a tolerância ao álcool é menor que no homem, porque ela tem menos água no organismo e, portanto, retém mais álcool.
O grupo de amigos freqüentador do Belmonte, do Jardim Botânico, formado por Guilherme Cola, 30 anos, Maíra Dias Moreto, 24, e Leonardo Cola, 25, não vê o abuso do inocente chopinho como regra.
- Conheço pessoas que bebem quatro vezes por semana, mas vejo muita gente cuidando da saúde - diz Guilherme, que acredita na filosofia de que beber sem excessos é um dos segredos do prazer.
Rio, campeão do chopinho
Pesquisas do IBGE apontam que as pessoas estão bebendo mais também dentro de casa. De 1987 a 2003, o consumo médio, por pessoa e por ano, duplicou.
A cachaça é a segunda bebida mais consumida no país. É no verão que se bebe mais a ''branquinha''. A Academia da Cachaça, principal ponto de venda da cidade, serve cerca de 2,4 mil doses da aguardente por mês.
5,2% da população brasileira menor de 18 anos já são dependentes de álcool (e 11% da população maior de 18 anos), sendo 7% dos homens entre 12 e 17 anos e 3,5% das mulheres, com a mesma idade.
As mulheres estão bebendo cada vez mais. Elas começam a beber mais tarde que o homens, abusam da quantidade mais tarde, mas ficam dependentes mais rapidamente do que eles.
Fontes: Sindicato da Indústria Nacional da Cerveja (Sindicerv) e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

26 de novembro de 2005

O "bom moço" da cozinha

Confira curiosidades e benefícios do azeite de oliva para a saúde
Por Marcela Besson
Quem não pode freqüentar as butiques de azeite dos Jardins não precisa entrar em desespero. Os grandes supermercados da capital também disponibilizam boas marcas nas prateleiras. E o melhor: os preços também não estão pela hora da morte. Mas é preciso saber escolher. Latas guardam melhor o azeite do que o vidro, portanto, a primeira dica é pegar os vidros que ficam na parte de trás da gôndola porque estão mais protegidos da luz. Verificar o lote e a validade são medidas imprescindíveis. Quanto mais jovem, melhor é o azeite. Fechados, eles duram até um ano e meio. Depois de abertos, devem ser consumidos em até quatro meses. Infelizmente, os rótulos podem enganar. Veja se o produto informa o nome do fruto, se é virgem ou extra-virgem e o nível de acidez. Azeites extra-virgens (puros e de melhor qualidade) costumam ter de 0 a 1% de acidez.
Azeite de oliva: o líquido da vez
Produção: começa com a seleção das azeitonas, que devem ser firmes e não podem ter nenhum machucado. Depois de muito bem escolhidas, elas vão para uma espécie de tanque. Aí os frutos (polpa e semente) são prensados. A fase seguinte é a espadalagem, que nada mais é que a lenta mistura das polpas até a sua transformação em uma pasta homogênea, o que facilita a liberação de maior quantidade de azeite. Por último, a extração por prensagem ou centrifugação. Tarefa difícil, demorada e pouco rendosa, pois, para cada 5 quilos de azeitonas, se produz apenas 1 litro de azeite!
Saúde: devido ao seu elevado teor de ácidos gordos monoinsaturados (70%), o azeite ajuda a reduzir o "mau" colesterol (LDL), mantendo o nível do "bom" colesterol (HDL). A vitamina E e a provitamina A desempenham uma função antioxidante sobre as paredes das artérias, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares como arteriosclerose, trombose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais. Estudos realizados com povos mediterrâneos comprovaram um índice menor de mortalidade por enfarte do miocárdio. Além disso, há pesquisas que comprovam que o consumo de azeite de oliva está diretamente ligado à redução da incidência de três tipos de câncer: o coloretal, o de mama e o de próstata.
Beleza: para as mulheres preocupadas com a aparência, o produto apresenta uma vantagem: é considerado um dos elementos que retardam o envelhecimento contribuindo, inclusive, com a maior proteção à pele. Alguns povos mediterrâneos utilizam o produto em cosméticos, como ingrediente da formulação de cremes para a pele.
Gastronomia: os especialistas reconhecem três tipos diferentes de buquê nos azeites de oliva. Cada um deles é indicado para a produção ou acompanhamento de determinados pratos. Os herbáceos vão bem com vegetais cozidos, massas, molhos encorpados e carnes de caça. Os florais e frutados são perfeitos para as carnes brancas, legumes, sobremesas e risotos. Por último, os amadeirados acompanham carnes vermelhas, saladas, queijos, alguns molhos. Na hora do preparo, os chefs indicam a utilização do azeite virgem. O extra-virgem, por sua vez, deve finalizar o prato.

Curiosidades sobre as pimentas

* Os registros mais antigos do consumo de pimentas datam de aproximadamente 9 mil anos, resultado de explorações arqueológicas em Tehuacán, México. Outros sítios arqueológicos pré-históricos (2500 a.C.) são conhecidos no Peru, nas localidades de Ancon e Huaca Prieta.
* O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil. Com a imensa variabilidade de pimentas nativas, certamente pode-se supor que diversas tribos cultivavam e colhiam pimentas; e o plantio de pimenta por tribos indígenas continua até hoje, como entre os índios mundurucus, da bacia do rio Tapajós.
* As rotas de navegação no período 1492-1600 permitiram que as espécies picantes e doces de pimentas e pimentões viajassem o mundo. A globalização do conhecimento e do uso da pimenta tem, possivelmente, seu registro principal no livro De historia stirpium, escrito por Leonhartus Fuchsius em 1543, onde são apresentadas as primeiras ilustrações de pimentas com precisão científica.
* De 1500 para 2000, as sementes e frutos de pimentas e pimentões passaram a ser consumidas por povos de todas as origens, em quantidade crescente e em usos os mais diversos.
* As pimentas e os pimentões pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. Este gênero possui de 20-25 espécies, normalmente classificadas de acordo com o nível de domesticação. O Brasil destaca-se por possuir ampla diversidade em todas as categorias e contempla 4 espécies domesticadas: · Capsicum annuum var. annuum · Capsicum baccatum var. pendulum · Capsicum chinense · Capsicum frutescens
Existem ainda 3 espécies semi-domesticadas: · Capsicum annuum var. glabriusculum · Capsicum baccatum var. praetermissum · Capsicum baccatum var. bacctaum
· E também 8 a 10 espécies silvestres.
* As diferentes espécies e variedades (variação morfológica dentro da mesma espécie) domesticadas e semidomesticadas podem ser discriminadas por características morfológicas visualizadas principalmente nas flores.
* Há quem utilize a pimenta como tempero do amor, por acreditar que seja afrodisíaca, e também os que juram que ela afasta o "mau-olhado".
* Hoje, tailandeses e coreanos são considerados os maiores consumidores de pimenta do mundo; o consumo atinge até oito gramas por dia por pessoa. Por aqui, não há dados sobre o consumo, mas o cultivo é feito em praticamente todas as regiões, com destaque para Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. As espécies de pimenta do gênero Capsicum - do qual também faz parte o pimentão - pertencem à família
* A característica "ardida" da pimenta, chamada pungência, é exclusiva desse gênero e é atribuída a um alcalóide, a capsaicina, que fica acumulado na parte interna do fruto. A pungência das pimentas pode ser medida em Unidades de Calor Scoville (Scoville Heat Units - SHU), com aparelhos específicos. O valor SHU pode chegar a 300 mil, caso, por exemplo, da cumari-do-pará.
* Os frutos maduros são vermelhos, mas podem variar desde o amarelo até o preto, além de alaranjado, salmão e roxo. O formato varia segundo a espécie, e há frutos alongados, arredondados, triangulares e quadrados.
* As espécies do gênero Capsicum mais cultivadas no Brasil são:
- Bode (C. chinense) - frutos arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas.
- Cambuci (C. baccatum var. pendulum) - frutos vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas.
- Cumari-do-pará (C. chinense) - frutos triangulares e amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas.
- Cumari-verdadeira (C. baccatum var. praetermissum) - frutos arredondados ou ovalados, vermelhos e muito picantes.
- Dedo-de-moça (C. baccatum var. pendulum) - frutos alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa).
- Jalapeño (C. annuum) - originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
- Malagueta (C. frutescens) - uma das mais cultivadas é vermelha, mede de 1,5 e quatro centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para "esquentar" o acarajé.
- Pimenta-de-cheiro (C. chinense) - frutos alongados, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).
Receitas Básicas com pimentas
Pimenta no Vinagre
2 copos de vinagre branco de maçã ou arroz
1colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
pimentas selecionadas
Modo de preparo: Faça uma calda com o vinagre, o sal e o açúcar levando esta mistura para ferver por 2 minutos. Faça o branqueamento das pimentas. Coloque as pimentas num vidro esterilizado e jogue a calda quente de vinagre por cima. Deixe esfriar. Conserve na geladeira.
Pimenta no Azeite
1 xícara de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho picado
6 gotas de suco de limão
pimentas selecionadas
Modo de preparo: Retire as sementes, as veias e o talo das pimentas. Frite o alho no azeite até ficar levemente dourado. Cuidado para não queimar. Coloque as pimentas num vidro de conserva deixando um espaço livre de 2cm. Aqueça uma xícara de azeite a 300 graus C. Enfie o cabo de uma colher no meio das pimentas e abra um buraco. Despeje o azeite quente, lentamente, para evitar que o azeite suba. Complete o pote com azeite até atingir 0,5 cm da boca e tampe bem firme. Deixe esfriar naturalmente. Conserve na geladeira.
Fonte de pesquisa: Embrapa Hortaliças

Garota alérgica morre após beijo do namorado

Alérgica a amendoim, a canadense Christina Desforges, de 15 anos, foi hospitalizada depois de ter recebido um beijo de seu namorado, que havia comido um pão com pasta de amendoim momentos antes. Christina morreu alguns dias depois, no início desta semana, segundo informa e imprensa canadense.
A causa da morte ainda não foi confirmada oficialmente, mas os médicos acreditam que tenha sido mesmo uma reação alérgica potente. A adolescente, que morava em Saguenay (250 quilômetros ao norte de Quebec), teve um choque logo após o beijo do namorado e chegou a receber uma injeção de adrenalina, mas não se recuperou.
A especialista em alergias do hospital local, Nina Verreault, não quis fazer especulações sobre a causa da morte, mas afirmou à imprensa canadense que a alergia a amendoim é muito perigosa e tem alto potencial de causar mortes. Segundo ela, resíduos de amendoim podem ter ficado na língua e nos dentes do namorado de Christina, que acabou os absorvendo com o beijo.
Não há estatísticas disponíveis sobre mortes por estas alergias no Canadá, mas as autoridades citaram dados dos Estados Unidos, onde cerca de 100 pessoas morrem todos os anos por reações alérgicas a alimentos.
Agência Estado

25 de novembro de 2005

Nossos políticos refletem parte da sociedade, infelizmente é a verdade...

Hoje, aqui na Ilha do Governador/RJ, podemos ver que levar vantagem não é só preocupação dos políticos. Durante um engarrafamento vários motoristas invadiam a calçada para avançar alguns metros. Tirei as fotos enquanto aguardava por mais de uma hora para avançar um mil metros.
E ainda reclamam dos políticos... Eles são a perfeita representação de parte da sociedade.

Para os boêmios... Li e gostei.

Em briga de marido e mulher...
Sandra Maia/Especial para BR Press
É interessante como os amigos, os familiares, os colegas de trabalho, todos, todos querem ajudar os seus queridos em tempos de crises conjugais. O problema é que querem ajudar tanto que acabam por atrapalhar.
Todos aqueles que já foram casados ou viveram uma relação a dois sabem do que estou falando. Imagine você que uma colega sua chega aos prantos ao escritório, ou que te liga tarde da noite para desabafar e contar todos os absurdos que ouviu de seu ex (sim porque a essa altura já estão quase separados...) e que tanto a magoaram. Nesse momento, o outro se torna um monstro, um déspota. Aquela alma fria, sem a capacidade de simpatizar com o melhor dos nossos sentimentos, ou seja de príncipe, rapidamente vai a sapo e lá estaciona. E, quando isso acontece imediatamente tomamos um partido. Ou apoiamos veemente nosso amigo ou amiga, orientando-o para que finalmente deixe o outro. Afinal, ela(e) não merece tantos maltrato.
Desconto
Outra alternativa comum é agirmos como a turma do deixa-disso e orientamos esse mesmo amigo a retomar sua relação, a dar um desconto, enfim, rever a situação.
Quando apoiamos o fim, não admitimos a volta. E, quando apoiamos a continuação do relacionamento, não aceitamos o fim. Ou seja: nós, os amigos, aqueles que só queriam ajudar, tornamo-nos indesejáveis. Aqueles que não entendem o par.
Sim, porque dependendo do formato da relação, brigar, ir, voltar, brigar de novo etc, etc, faz parte do contexto. É isso mesmo: reforça a relação.
Por isso, o ditado – em briga de marido e mulher não se mete a colher – continua muito atual. É impossível avaliar de fora tudo o que um e outro ganha ou perde.
Ouvir
Talvez, pudéssemos ter em mente que, muitas vezes, um dos parceiros só nos procura para desabafar. Só o que quer é ser ouvido. Falar alto, tirar um pouco da dor do peito comprimido e, ouvir, sem grandes expectativas, outros exemplos, outras histórias, outras situações.
Logo, se você quer ficar de bem desses nossos amigos, o melhor a fazer é relaxar. Não julgar, não se intrometer, não tomar partido. Simplesmente ouvir, orientar quando pudermos e, deixar os outros viverem suas vidas.
Assim, com idas e vindas, acertos e desacertos também se constróem relações saudáveis. Umas demoram mais para se ajustar, outras parecem já nascer ajustadas.
Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno, editados pela Celebris. Fale com Sandra Maia pelo e-mail pauta@brpress.net .

23 de novembro de 2005

Passo em frente todo dia, toda semana entro e me delicio... Salut!

Petiscos de primeiro escalão
Por Eduardo Maia e Isabela Bastos
Não há receita com bacalhau que seja de segundo escalão.
Ainda mais se quem assina são o Rei do Bacalhau, do Encantado, e o Adonis, de Benfica. O bolinho do Encantado já saciou a fome dos presidentes Médici, Geisel e Figueiredo e de governadores, como Carlos Lacerda. Mas também faz o povão entrar na fila, como a que se forma na porta nos dias que antecedem o Natal, para compra da massa.
— Já cheguei a vender 27 mil bolinhos prontos por dia — conta o português Antônio Mendes, que fundou e comanda a casa há 40 anos.
No Adonis, o bacalhau também é presença obrigatória nos pedidos dos clientes. No bar, que é um dos mais tradicionais da cidade, um chope geralmente vem acompanhado com uma porção de bolinho ou empada de bacalhau.

22 de novembro de 2005

Uma rua do Império se escondia no Rio

Arcos foram mantidos na arquitetura do restaurante

Rio de Janeiro - O restaurante Ferret, que será inaugurado hoje no centro do Rio de Janeiro, no número 109 da Rua da Quitanda, abriga uma preciosidade histórica da época do Brasil Império. Durante a reforma do imóvel, o novo proprietário encontrou um trecho de uma rua interna de serviço, com 7 metros de extensão por 5,5 de largura, e seis arcos que formariam parte da fachada de duas casas em estilo neoclássico, feitas com pedras e óleo de baleia, ocultas há mais de cem anos. A construção teria pertencido a um padre que traficava escravos.
Para o historiador Milton Teixeira, as ruínas são remanescentes do Segundo Império. ´Em 1850, naquele trecho, foram erguidas cinco casas idênticas. Apenas uma sobrou´, contou Teixeira. Uma arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) confirmou a avaliação do historiador.
Ele contou que, há 50 anos, três das cinco casas foram demolidas. A quarta, onde funcionou uma farmácia, foi descaracterizada. ´A partir de 1850, a Lei Eusébio de Queiroz proibiu o tráfico negreiro. O padre criou essa rua interna para que a carga passasse sem dar na vista´, descobriu.
Segundo Teixeira, a descoberta tem ´valor histórico inestimável´ e é única no País. ´Esse tipo de descoberta, comum em cidades européias, é rara no Rio e comprova a riqueza do patrimônio que pode estar oculto em velhos prédios do centro.´

Rodrigo Morais Fabiana Cimieri

Depois reclamam da pirataria... Vergonha!

Oficiais de Justiça apreendem camisetas vendidas irregularmente no Botafogo
Ana Paula Verly
RIO - Munidos de uma liminar expedida pela 28ª Vara Cível, oficiais de justiça apreenderam hoje 182 camisetas com obras do chargista Ique, do JB, vendidas irregularmente no Fogão Shop, na sede do Botafogo. Convidado pelo clube, o chargista criou a logomarca Botafogo Kids e duas ilustrações do cachorro Biriba, mascote dos botafoguenses, para a linha de produtos infantis do Botafogo.
Antes que fosse firmado um contrato estabelecendo o pagamento pela utilização dos desenhos, camisetas com a marca e estampas do personagem estavam sendo vendidas pelo na loja do clube e na Arena Petrobrás, na Ilha do Governador.
Torcedor do Botafogo, Ique exigia controle total sobre a qualidade dos produtos com a sua assinatura. "Desenvolvi, durante um ano, o personagem e a marca sem custo algum para o clube. Eles violaram os meus direitos e não me respeitaram em momento algum", reclama.
Em nota, o Botafogo informou que “o bom relacionamento do clube com o Ique e o adiantado processo de negociação entre as partes” fizeram com que o clube iniciasse a venda dos produtos durante os acertos finais do contrato de cessão de direitos autorais.
A assessoria de imprensa do Botafogo não se manifestou sobre o fato das etiquetas das camisetas não apresentarem o CNPJ do fabricante.
Fonte: JB On line

21 de novembro de 2005

Deu no Claudio Humberto...

Detector de revolta
Está dura a vida para a turma de Lula.
Reconhecido na fila do detector de metais no aeroporto de Brasília, há dias, o senador Sibá Machado (PT-AC) ouviu um gaiato gritar: “Revista a cueca dele!” E ainda foi vaiado e xingado.

Reflexões boêmias...

- Criticamos pessoas porque não nos colocamos no lugar delas. Quando achamos que nos colocamos é com o nosso pensamento e aí achamos que elas são inferiores...

- Sempre escutei que pessoas tinham “problemas de nervos”. Achava ridículo... Hoje, analisando meus problemas com pressão alta, o reflexo nas minhas percepções e o entendimento que tenho sobre o assunto vejo que existem “problemas de nervos”...

- Falamos em solidariedade e pregamos essa idéia, mas escutamos sem empatia os problemas de quem os relata. Será que não escutamos com a nossa percepção?...

- Porquê não aceitamos as pessoas como são? Com seus defeitos e virtudes? Se gostamos de alguém quando o conhecemos, porquê temos que ser exigentes para que ele mude?...

- Porque temos que abrir mão de coisas que queremos em função de padrões sociais? Onde está a liberdade de viver? A vida é uma só então porquê escolher o sofrimento?...

- A maior constatação... não queremos que nossa mulher mude, e ela muda. Nossa mulher que quer mudemos e aí nos frustramos. Se for uma posição machista, me falem, mas se for uma posição convencional, também me falem. Não dá pra ser meio termo?...

Para os que não sabem se divertir, gozar a vida...

Pernambuco adota Lei Seca em áreas violentas
RECIFE - Em busca de alternativas para reduzir os índices de criminalidade no Grande Recife, a segunda região metropolitana mais violenta do país, o governo de Pernambuco decidiu adotar, a partir desta segunda-feira, uma espécie de Lei Seca. O projeto irá vigorar em apenas algumas áreas da região, onde os índices de violência são considerados bastante elevados.
Em seis áreas chamadas de Regiões Especiais de Defesa Social (REDS), os bares, casas noturnas, ambulantes e até mesmo restaurantes, churrascarias e lanchonetes só poderão funcionar até as 23h. A divisão das áreas engloba bairros de quatro das maiores cidades do estado: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Abreu e Lima.
Apesar de polêmica, o secretário de Defesa Social, João Braga, acredita que a medida vai ganhar apoio da população, que ajudará ainda a fiscalizar se a determinação está sendo cumprida.
- A fiscalização será feita por batalhões especializados da Polícia Militar, além de agentes da Polícia Civil e pela própria população que poderá denunciar através do 190 - afirma.
Braga adianta ainda que os estabelecimentos irregulares serão fechados e só poderão voltar a funcionar com uma regulamentação.
- O estabelecimento que infringir a lei só voltará a funcionar quando estiver regulamentado pela Prefeitura, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Então é bom que os donos de bares obedeçam a lei para não perderem meses de trabalho.

Mulher tenta abrir porta de avião durante vôo para fumar

Uma francesa admitiu em um tribunal da Austrália ter tentado abrir a porta de um avião em pleno vôo para fumar um cigarro do lado de fora.

Sandrine Helene Sellies, 34 anos, que tem medo de voar de avião, havia bebido álcool e tomado remédio para dormir antes do vôo entre Hong Kong e Brisbane, na Austrália.
Ela foi vista andando em direção à porta do avião da Cathay Pacific com um cigarro apagado e um isqueiro na mão.
Ela começou a tentar abrir saída de emergência quando foi impedida por uma aeromoça.
A advogada de defesa, Helen Shilton, disse que sua cliente não tem memória do que aconteceu durante o vôo no sábado, e que ela tem histórico de sonambulismo.
Na Corte de Magistrados de Brisbane, Sellies se declarou culpada por ter posto em risco a segurança do vôo.
Ela recebeu uma multa de US$ 1 mil (cerca de R$ 1.633), que foi suspensa, mas poderá ser reaplicada se ela cometer qualquer crime nos próximos 12 meses.
A turista francesa estava começando férias de três semanas na Austrália com o marido.

20 de novembro de 2005

Remistas, Parabens!




A prova de amor que a torcida azulina deu ao Remo a cada partida, lotando o Mangueirão foi recompensada. O domingo, 20 de novembro de 2005, entrou para a história do Clube do Remo. O Leão Azul é Campeão Brasileiro da Série C, o primeiro título nacional dos azulinos.
A entusiasmada e numerosa torcida azulina, que durante toda a noite faz a festa na Doca de Souza Franco, com buzinaço e fogos, deverá lotar o Aeroporto Internacional de Belém nesta segunda-feira (21), com a chegada do Remo, prevista para às 13 horas.
Ao que tudo indica, em 2006 teremos os dois maiores times do Pará disputando a mesma competição. A Série B.

Ah! É Ricardinhoooo

Choveu o tempo todo na Ilha mas a torcida foi fiel. Aos 41 min do segundo tempo, atendendo os apelos da torcida, Celso Roth colocou Ricardinho em campo.

Resultado, um gol aos 48 que enlouqueceu todos.

Botafogo 2 X 1 Cruzeiro

19 de novembro de 2005

Bar da Amendoeira

Coluna Botequim do Padilha
Eu já conhecia a fama do Bar da Amendoeira junto aos adeptos de uma boa botequinagem. Muita gente se despenca da zona sul até o bairro de Maria da Graça para freqüentar essa relíquia carioca. Resolvi não ficar na vontade. Cheguei lá num sabadão de sol e dei de cara com um autêntico botequim de subúrbio, com o prato do dia escrito a giz no cavalete exposto na calçada. A decoração ainda é a original da inauguração, em 1953, com mesas pequenas sobre piso hidráulico e balcão que cobre toda a extensão do bar. Assim que me instalei, pedi um shinitt, o clássico chope na pressão em copo duplo e com espuma até a metade. No que desceu, entendi por que o Amendoeira está entre os melhores do Rio. Puxei conversa com o dono, seu Cezar Rezende, que herdou o negócio do avô. Contou que a chopeira, ali há 52 anos, é uma das únicas na cidade com cinco colunas de serpentina, resfriadas à mão com gelo. Mas a comida não fica atrás. A cozinheira Maria de Fátima é a mesma há 20 anos. O forte da casa é a carne seca. A dica é pedir sequinha. Experimente também o bolinho de carne, caseiro e saboroso. O bar serve outro emblema dos botequins de subúrbio, o prato do dia. Aos sábados é angu à baiana. Veio uma generosa porção de angu, coberta por molho de miúdos e finalizada com um farto pedaço de rabada. Bastou uma garfada para explicar por que o Bar da Amendoeira é cultuado em todos os roteiros de baixa gastronomia.
BAR DA AMENDOEIRA: Rua Conde de Azambuja 881 - Maria da Graça. Tel: 2501-4175.
De seg a qui das 7h à 1h. Sáb das 7h às 20h. Cartões: Dinners, Mastercard e Visa. Tíquetes: todos.
Fale com o Padilha no padilha@qonline.com.br
Foi lançado no Rio o jornal Q. É vespertino (sai do forno ás 17:30h) com notícias da manhã do mesmo dia. Uma opção de atualização para quem está voltando para casa e pode ler na condução. Vale a pena visitar.

'Fala sério!'

O projeto 'Luladepelúcia', que o artista plástico Raul Mourão expõe a partir de hoje no Rio, brinca com a imagem do presidente e leva a arte contemporânea à boca do povo
Cleusa Maria - Caderno B do Jornal do Brasil
Se depender dos feirantes Ailton Ribeiro, 37 anos, duas filhas, morador de Bangu; Paulo Roberto Vieira, 30 anos, morador de Irajá; ou Ana Cristina Pereira Vasconcelos, 33, também de Bangu, o Luladepelúcia criado pelo artista plástico Raul Mourão vai continuar dependurado na parede da Lurixs Arte Contemporânea, em Botafogo, até cansar. Não tanto pelos preços salgados dos múltiplos para quem fatura uma média de apenas R$ 600 por mês – cada um custa R$ 1 mil. Nem tanto também por não terem apreciado a obra, que consideraram “engraçada”. Mas porque, para eles, três entre os 52 milhões 790 brasileiros que elegeram o presidente da República, em 2002, a imagem de Lula já não parece deslumbrante como outrora.
– Ele foi uma ilusão – reclama o vendedor de panos de prato Paulo Roberto, que tem o apoio imediato da vendedora da barraca de biscoitos amanteigados Ana Cristina:
– O Lula era um herói que virou um brinquedo “treque-treque”.
Se tivesse ganhado um boneco de presente quando o presidente foi eleito, ela o teria guardado no seu quarto de dormir com as mordomias do ar-condicionado. Já o parceiro de banca, Ailton Ribeiro colocaria o múltiplo na estante da sala, para impressionar as visitas. Atualmente, se ambos tivessem um Luladepelúcia o destino não seria tão amável com o presidente.
– Depois dessa crise, eu dava para minha filha de 3 anos brincar, ela gosta de arrancar cabeça de boneca – diz Ailton.
Ana Cristina completa:
– Eu botava na casinha do cachorro, o meu vira-latas Lulu.
Não seria muito diferente na casa do carregador de feira Adilson Hilário dos Santos Júnior, 12 anos, morador do Morro Dona Marta.
– Antes, eu enfeitaria a parede da sala com ele. Agora, teria de jogar fora, minha mãe não ia deixar um Lula dentro de casa – diverte-se o garoto.
Isso confirma as palavras do criador da obra, Raul Mourão, na apresentação do trabalho. Quando pensou o projeto, em 2003, ele se baseava na banalização da imagem do presidente idolatrado pelo povo. Sem intenção, acabou realizando uma obra que usa o humor para falar da crise política: “Luladepelúcia é um brinquedo assassino”, escreveu o artista em suas anotações iniciais.
O povo assina embaixo. Ao serem apresentadas ao cartaz da exposição, que reproduz a cara de 16 múltiplos, três alunas do terceiro ano do Colégio Carmela Dutra – em visita pedagógica à Escola de Artes Visuais do Parque Lage – reagiram como se fosse piada. Juliana de Magalhães, 19 anos, petista decepcionada e colecionadora de ursos de pelúcia, foi rápida na percepção da idéia do artista:
– Ele parece fofinho. Todo mundo acha que bicho de pelúcia é fofo. Mas nem tudo o que parece é. Essa obra é uma grande ironia.
A estudante Daiane Xavier, 19 anos, colega de turma e também dona de uma coleção de 25 bichos de pelúcia, aproveita a deixa.
– Mas se o brinquedo fosse feito hoje, o material deveria madeira – ironizou, contando que tentou convencer o pai a não votar no Lula, sem sucesso, porém.
Nem Juliana, nem Camila Freitas, 16 anos, da mesma turma, queriam ganhar um Luladepelúcia. Mas Daiane, sim:
– Eu queria para poder descarregar minha raiva nele. Fala sério... Lula!
De passagem pela Rua Paulo Barreto, carregando Ana Clara ao colo e segurando Leonardo de 3 anos pela mão, a mãe Graciane Sousa Silva, dona de casa, 27 anos, disse que daria o múltiplo de Raul Mourão de presente para o filho.
– Tenho uma simpatia por ele (Lula).
O pequeno Leonardo, por sua vez, agarrado ao boneco, não entendia bem se era uma promessa real ou apenas uma pegadinha. A cada pergunta que lhe era feita (se gostara do boneco, se sabia quem era?), respondia:
– Esse? Esse?
Dentro da galeria, que ainda não abrira a mostra na tarde de quinta-feira, Marcela Carrion, 19 anos, estudante de Direito e freqüentadora de exposições de arte no Centro Cultural Banco do Brasil, era uma espectadora privilegiada. Viu a instalação antes até dos convidados da inauguração de hoje.
– É um trabalho bem interessante. Pode ser visto por dois aspectos. Tanto se refere à idéia que todos temos na cabeça, a de que o Lula está na mão dos outros, como também por esse lado fofo dos bichinhos de pelúcia. Bem ou mal, o presidente continua sendo um símbolo e sua imagem está espalhada pelo Brasil – refletiu a estudante ainda hoje petista.
Privilegiados como Marcela só mesmo alguns dos comentaristas políticos mais incensados do país, que receberam um múltiplo, antes de qualquer colecionador, como estratégia de divulgação da mostra carioca. Entre eles estão os jornalistas Hélio Gaspari, de O Globo, e Diogo Mainardi, da Veja, que fez uma coluna inspirado no boneco.
E os artistas plásticos, o que dizem do atual trabalho de seu contemporâneo Raul Mourão? Professores da escola de Artes Visuais do Parque Lage – onde Raul estudou – o pintor Chico Cunha e o performático Bob N analisaram o Luladepelúcia. Com a palavra, Chico Cunha:
– O interessante do trabalho é justamente o fato de ele ter sido concebido no contexto Lulinha Paz e Amor e apresentado no extremo oposto, do Lula quase bonequinho de vodu, um Judas. É uma brincadeira interessante que tomou força e ganhou outra leitura, uma leitura amarga – assinala Chico – A figura do presidente, mais ou menos como o Chucky do filme, é um brinquedinho assassino.
Bob N diz que o projeto Luladepelúcia é um trabalho muito feliz e bem “sacado” já que o presidente (tão admirado por ele no tempo de sindicalista) se revelou, segundo ele, uma imagem a ser usada.
– De bichinho de pelúcia ele se mostra como está na realidade: uma figura ilustrativa. Na verdade, o Lula já não é tão real. Desde a época da eleição é um fantoche de uma encenação. O que o Raul fez ao usar o brinquedo é quase que uma bem-sacada redundância. Não estou chamando a obra de redundante. O que quero dizer é que o artista não fez uma subversão, não precisou fazer uma grande manobra para mostrar o que não se está vendo – arrematou Bob N.

O suvenir da crise
O criador da série Luladepelúcia, o artista plástico Raul Mourão, carioca de 38 anos, é uma das boas revelações da geração 90. Ele trabalha com desenhos, esculturas, vídeos, fotografia, performances e instalações e vem compondo um repertório com ênfase em elementos visuais deslocados da paisagem urbana para o espaço da arte (referências a botequins, sinalização de obras públicas, as grades que cercam a cidade).
Raul foi um dos fundadores, junto com Ricardo Basbaum e Eduardo Coimbra, do grupo Agora-Agência de Organismos Artísticos, com o objetivo de ampliar a produção e a circulação da arte contemporânea no Rio. A sua atual mostra na galeria Lurixs, em Botafogo, é composta por uma instalação que reúne mais de 100 bonecos do presidente, projetados por ele em três dimensões e encomendados a uma fábrica paulista de bichos de pelúcia. Além dos múltiplos, a exposição mostra o projeto em 3D, assim como um conjunto de desenhos a grafite a quatro mãos com Carlos Vergara, Luiz Zerbini, Barrão, Lenora de Barros, Marcos Chaves e Fábio Cardoso. Os Lulas serão vendidos a R$ 1 mil a peça e em caixas de 10 e 20 bonecos, custam R$ 15 mil e R$ 30 mil respectivamente.
-Nas primeiras anotações do trabalho, em dezembro de 2003, você se propunha a ''fazer um Lula de pelúcia, entregá-lo à população deslumbrada e deixar ou esperar o homem trabalhar''. Mas para esta reportagem, fez ressalvas à saída de um dos múltiplos da galeria para ser apreciado pelo público comum. Por quê?
- O contexto deste trabalho é o espaço da arte, daí eu não querer deslocar só uma das peças. Na verdade, a idéia é que se veja o conjunto, montado como uma instalação na galeria.
- Uma queixa habitual dos artistas é de que o público não freqüenta mostras de arte contemporânea, talvez até por ter dificuldades de entender a proposta dos trabalhos. Como você vê o Luladepelúcia nesse quadro?
- Evidentemente, esse é um trabalho com potencial de comunicação alto. Mas realizei outros projetos com a mesma característica. Já venho trabalhando esta questão, como fiz em A grande área, uma escultura de dimensões reais com a imagem de um jogo de futebol mostrada na Bienal do Mercosul, há duas edições. Também busquei neste projeto, intencionalmente, a comunicação direta com o espectador.
- O Lula idolatrado de quando você iniciou este projeto não existe mais. A imagem do presidente sofreu um desgaste brutal. Como a mudança do contexto real interferiu no trabalho?
- A crise e os acontecimentos políticos recentes ampliaram as leituras possíveis e transformaram o personagem. Me lembrei disso pensando no filme do João Moreira Salles, Entreatos, que vi de novo outro dia. E aí vi um outro filme. A mudança de contexto enriqueceu as abordagens do meu projeto e como artista acho que ele se realizou de forma mais completa. Já no primeiro momento, eu tratava com ironia a massificação da imagem de um ídolo. O Lulinha-paz-e-amor já era um personagem criado pelo marketing político. A figura do Lula, hoje, é a do presidente omisso, é a imagem da frustração de todo um país. Vivemos a pior crise brasileira, pior até do que a do Fernando Collor, não é?
- Você votou no Lula?
Votei, mas isso não vem ao caso. O que interessa é falar do trabalho e Luladepelúcia tem esse caráter político, que dialoga, por exemplo, com o humor das obras de artistas como Maurizio Catalan e Jeff Koons. Ou, para citar os brasileiros, Nelson Leirner e os engajados dos anos 60.
- A aproximação com o real é uma preocupação sua?
- Às vezes, o trabalho parte do ateliê para a rua, outras vezes do lado de fora para o ateliê. Eu diria que a gente atua entre o documentário e a ficção.
- Você acredita que o público comum vai entender o Luladepelúcia como obra de arte?
- Espero que sim. Mas o artista não pensa no público, está preocupado com as questões internas da obra. Ninguém sabe o que o público vai pensar.
- E qual é a questão interna do Luladepelúcia?
- É o suvenir oficial da crise. É isso que eu quero marcar.
- E se os camelôs fizerem um arremedo do boneco?
- Não pensei nisso. Mas acho que não vai acontecer. (C.M.)
Fonte: Caderno B do Jornal do Brasil

17 de novembro de 2005

Heitor Villa-Lobos

Heitor Villa-Lobos, compositor brasileiro, nasceu em 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro, e faleceu na mesma cidade em 17 de novembro de 1959.
Aprendeu as primeiras lições de música com seu pai, Raul Villa-Lobos, funcionário da Biblioteca Nacional, que morreu em 1899. Ele lhe ensinara a tocar violoncelo usando improvisadamente uma viola, devido ao tamanho de Tuhu (apelido de origem indígena que Villa-Lobos tinha na infância). Sozinho, aprendeu violão na adolescência, em meio às rodas de choro cariocas, às quais prestou tributo em sua série de obras mais importantes: os Choros, escritos na década de 1920. Casou-se em 1913 com a pianista Lucília Guimarães.
Após viagens pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste, no final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio, mas não chegou a concluir o curso, devido à sua desadaptação - e descontentamento - com o ensino acadêmico. Suas primeiras peças tiveram alguma influência de Puccini e Wagner, mas a de Stravinsky foi mais decisiva, como se vê nos balés Amazonas e Uirapuru (ambos de 1917). O meio acadêmico desprezava o que escrevia, até que uma turnê do pianista polonês Arthur Rubinstein pela América do Sul, em 1918, proporcionou uma amizade sólida, que abriria as portas para Villa-Lobos ir morar em Paris em 1923.
Na Semana de Arte Moderna, em 1922, fica famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento.
Passou duas longas temporadas na França, o maior reduto musical da época, através da ajuda financeira da família Guinle. Fica em Paris entre 1923 e 1924 e de 1926 a 1930, quando veio a participar de um programa de educação musical no Governo Vargas. Nesse tempo, a influência de Stravinsky foi sobrepujada pela da música brasileira, seja a indígena, seja a dos chorões. Essas duas vertentes são bastante marcantes nos catorze Choros. Os temas nordestinos viriam a se fazer mais presente na década de 1930, ao lado da inspiração reencontrada em Bach.
A música de Villa-Lobos, sobretudo, é sui generis e ele nunca chegou a possuir um estilo definido. Se muito, é possível encontrar preferências de utilização de alguns recursos estilísticos: combinações inusitadas de instrumentos (que muitas vezes prejudicaram a expressividade da música), arcadas bem puxadas nas cordas, uso de percussão popular, imitação de cantos de pássaros (recurso no qual era mestre, só tendo um único concorrente: o francês Olivier Messiaen; ambos nunca se conheceram, a bem da verdade).
Não defendeu nem se enquadrou em nenhum movimento, continuava desconhecido do público no Brasil e atacado impiedosamente pelos críticos, dentre os quais Oscar Guanabarino, seu eterno opositor. Ainda assim, sempre foi fiel a seu próprio impulso interior para compor: "Minha música é natural, como uma cachoeira", disse certa vez. Essa obediência a seu instinto o fez criar tantas obras como nenhum outro músico no século XX; somente alguns barrocos, como Telemann, possuem mais obras do que Villa-Lobos.
Esse instinto, pela natureza mesma da palavra, não era disciplinado, e essa indisciplina se manifestou muitas vezes numa harmonia (uso de acordes) excessivamente livre, quando fazia uma peça deliberadamente tonal, e numa orquestração inadequada - sua vida desprogramada, às vezes tendo de se render às necessidades do dia-a-dia, colaborou para que diversas obras ficassem sem um melhor acabamento.
Villa-Lobos, porém, sempre recusou a fazer revisões, aceitava seus "monstros" (como ele chamava os rascunhos que rabiscava em guardanapos) como fossem e nunca usou a palavra "acabamento": não se concentrava numa obra só e logo passava às idéias novas que lhe surgiam, na sala de sua casa, em meio a crianças brincando, num navio ou num trem. Por outro lado, é possível encontrar composições onde recorreu a melodias já usadas antes, tal qual em Magdalena.
Tais defeitos, por exemplo, não existem em três de suas peças mais conhecidas. O Trenzinho do Caipira é uma magistral amostra de uso dos instrumentos de uma orquestra para imitar o som de um trem. A Cantilena das Bachianas nº 05, originalíssima em sua instrumentação, possui um contraponto simples, mas muito correto. A Introdução das Bachianas nº 04 - matéria-prima do Samba em Prelúdio, de Baden Powell e Vinícius de Morais - apresenta progressões harmônicas bem trabalhadas e que casam perfeitamente com o clímax romântico do meio do movimento.
O ano de 1930 dá novo rumo à vida do compositor, pois consegue concretizar seu projeto de canto orfeônico (coral), por intermédio da confiança depositada pelo interventor do Estado de São Paulo, João Alberto, aliado de Getúlio Vargas. Desse projeto, destacaram-se os concertos ao ar livre com a participação de milhares de alunos - um desses concertos, no estádio de São Januário, contou com 40 mil vozes e a presença do presidente. Em 1936, pede separação de sua primeira esposa e se une com Arminda d'Almeida Neves, a "Mindinha", com quem viveu até ela tornar-se viúva.
Na década de 1940, Villa-Lobos conheceu os Estados Unidos. Teve ótima aceitação de suas obras e a definitiva aclamação. Diversas orquestras americanas lhe encomendaram novas composições, bem como instrumentistas renomados que lá moravam ou se apresentavam. Na metade de sua vida, seu eixo fora Rio-Paris, agora passa a ser Rio-Nova Iorque. Mesmo com o sucesso, nunca foi rico; também não teve filhos. Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que iria tirar-lhe a vida doze anos mais tarde, pouco mencionado em suas biografias: o câncer de estômago. Recupera-se e ganha mais vigor para compor.
Na sua última década de vida surgem as cinco últimas sinfonias, os seis últimos quartetos de cordas, quase todos os concertos (exceto o primeiro para piano e o primeiro para violoncelo), sua ópera Yerma, a suíte A Floresta do Amazonas e diversas obras de câmara, como a Fantasia Concertante para Violoncelos (1958) e o Quinteto Instrumental, para flauta, violino, viola, violoncelo e harpa (1957). Em nova viagem a Paris, em 1955, grava suas obras mais importantes regendo a ORTF (Orquestra da Rádio-Teledifusão Francesa), resultando em mais de sete horas de música, remasterizadas na década de 1990 e hoje disponíveis em CD. Em 1959, rege sua última gravação, à frente da Symphony of the Air, justamente A Floresta do Amazonas, e volta para o Rio de Janeiro, onde vem a falecer poucos meses depois em sua casa.
Entre os títulos mais importantes que recebeu, está o de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova Iorque; foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Música e regeu 11 orquestras brasileiras e quase 70 na Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Dinamarca, [[Espanha], Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, México, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela.

15 de novembro de 2005

Tragédia anunciada

Passo regularmente pela Estrada do Gabinal em Jacarepaguá e paro no sinal de trânsito que aparece na foto (Olha a Lei de Murphi aí).
Reparem no estado do tronco da árvore, resultado das ultimas chuvas, na inclinação excessiva sobre a pista, localização próxima ao sinal e sustentação ajudada pela fiação da rede elétrica.
Já comuniquei com fotos para a Defesa Civil, para os jornais O Dia e O Globo e até agora não fizeram nada. Está prevista uma forte chuva no final de semana, espero que não aconteça uma tragédia anunciada.
Fica o meu registro... E preces... E prudência...

Recordar é viver....

O dia em que o Botafogo goleou o Flamengo-1972

Era o dia 15 de novembro de 1972, aniversário do Flamengo. O presente foi de grego – Botafogo 6 x Flamengo 0.
Se a torcida do Botafogo já tinha o habito de contar até três para rimar com freguês, depois desse jogo passou a contar até seis para lembrar a goleada histórica. Fizeram até bandeiras e faixas alusivas ao jogo.
Se pudesse acreditar em previsão, poderíamos ter aconselhado aos rubros negros para não irem ao maracanã , pois Carlito Rocha disse que tivera um sonho e que Nossa Senhora de Aparecida profetizara a goleada.
Logo aos 2 minutos, Roberto perdia um gol feito para o Botafogo. Aos 8 Ademir Vicente também perdia outro gol. Mas, aos 15 minutos veio o primeiro gol através de Jairzinho. O Flamengo já estava desesperado e sua defesa toda atrapalhada. Aos 35 minutos Fischer fez o segundo gol depois de jogada entre Jairzinho e Zequinha. Aos 41 minutos novamente Fischer aproveitou um cruzamento de Zequinha e completou o marcador do primeiro tempo. Para a etapa complementar, Jairzinho virou rápido e fez 4x0 aos 23 minutos. Aos 38 minutos mais um gol, Jairzinho marcou de letra. Finalmente, aos 42 minutos Ferreti completou o vexame do Flamengo.
O juiz foi José Assis Aragão e o publico de 46. 279 pagantes.
O Botafogo goleou com Cao. Mauro Cruz. Valtencir. Osmar e Marinho Chagas. Nei Conceição e Carlos Roberto. Zequinha. Fischer. Jairzinho e Ademir Vicente (Ferreti).
O Flamengo perdeu com Renato. Moreira. Chiquinho. Tinho e Rodrigues Neto. Liminha e Zanata (Mineiro). Rogério (Caio). Fio. Humberto e Paulo Cesar Cajú.

Estávamos cursando o último ano do Curso Técnico de Eletrônica, no CEMEB - Brasília. A turma resolveu assistir ao jogo na casa do Mendez, um flamenguista doente e o canguinha do grupo. Quando o Botafogo fez o terceiro gol, ele nos expulsou da casa e tivemos que correr para ver o final do jogo em um boteco, nas proximidades.
Foi uma festa, eu, Javan, Botão, Gatão, Bicho, enfim uma turma de respeito.
Viver é ter histórias para contar, as boas porque as ruins os nossos inimigos contam prá nós.
Uma homenagem aos amigos que perdi o contato mas permanecem no coração, aos que tenho contato e fazem parte da minha vida e a todos que contribuem com a minha existência.

Força extra?



























Charge do Aroeira no Jornal O Dia

13 de novembro de 2005

Peter Drucker, pai da moderna ciência da administração, morre aos 95 anos

Drucker, que "nunca precisou ser um showman para conquistar a audiência dos mais importantes homens de negócios do mundo", faleceu na sexta-feira.

Peter Drucker, um dos mais respeitados especialistas em gestão e administração de empresas, morreu aos 95 anos em sua casa na Califórnia (Estados Unidos). Drucker, que freqüentou as páginas de EXAME como fonte e como entrevistado de empresários (clique aqui e releia a reportagem de capa de 2001 Uma conversa com Peter Drucker) morreu na manhã de sexta-feira (11/11), mas a notícia foi confirmado neste sábado pela Universidade de Claremont Graduate, que ele contribuiu para fundar.
O guru de muitos empresários e executivos no Brasil e no mundo parece ter imprimido uma de suas marcas - a discrição - como um de seus últimos desejos. Há poucas informações sobre o motivo de sua morte. Ao comunicar o falecimento, o presidente da Universidade Claremont Graduate, Robert Klitgaard, não forneceu detalhes, afirmando: "É com muita dor que anuncio o falecimento de Peter Drucker, reconhecido autor e consultor internacional, o pai da administração moderna". Nos últimos anos, ele raramente saía do seu refúgio em Claremont, e segundo informações não oficiais, ele vinha recebendo cuidados para doentes terminais.
Ao longo de quase 75 anos de carreira, escreveu 35 livros, entre eles os célebres "The Concept of the Corporation" (Conceito da Corporação, 1946), "The Practice of Management" (A prática da administração, 1954) e "The Effective Executive" (Executivo eficaz, 1964). Seu último livro, "O Executivo Eficiente em Ação", em co-autoria com Joseph Maciariello, será publicada no início de 2006.
Jornalista e intelectual nascido em 1909 em Viena (Áustria), Drucker fez doutorado em direito público e internacional na Universidade de Frankfurt (Alemanha), e trabalhou como jornalista econômico em um jornal local antes de emigrar para Londres em 1933, fugindo do nazismo. Trabalhou também como professor de Ciências Sociais e Administração em Claremont entre 1971 e 2003. Desde 2003, não dava aulas mas continuou como consultor da faculdade até sua morte. Deixa a esposa, Doris, quatro filhos e seis netos.
Fonte: Portal Exame

Os Administradores, Gerentes e Executivos de todo o mundo estão orfãos. Gestão do Luto, do Vazio.
Minha formação e experiência profissional está fortemente ligada aos seus ensinamentos e palestras que tive a honra de participar.

12 de novembro de 2005

Filho, e é a cara do Rei dos Reis!

Filho sueco de Garrincha visita General Severiano
Ulf Lindberg teve um emocionante encontro com o ídolo Nilton Santos
LANCEPRESS!
Ulf Lindberg, filho sueco de Garrincha que está no Brasil pela primeira vez, continua vivenciando de perto um pouco da história de seu pai. Após ter visitado o Maracanã na segunda-feira e ter conhecido de perto o palco onde seu pai dava espetáculos, Ulf foi nesta nesta sexta-feira a General Severiano, sede do Botafogo.
Ele recebeu uma aula sobre a história do clube e de seu pai e teve um emocionate encontro com um dos maiores jogadores alvinegros de todos os tempos e ícone do clube, Nilton Santos.
O ex-lateral botafoguense e da Seleção Brasileira, que era um dos melhores amigos de Garrincha, não conseguiu segurar a emoção ao conhecer Ulf e ficou espantado com a semelhança física com o Anjo ds Pernas tortas. Em determinado momento, a emoção foi tão grande, que Nilton Santos teve que receber auxílio, após quase desmaiar.
A "Enciclopédia do Futebol", como é conhecido, contou para Ulf sobre a amizade que tinha com seu pai e que Garrincha era um amigo especial.
- Garrincha não era só meu amigo, era um grande homem. Não me arrependo de nada que fiz por ele e faria tudo novamente - disse.
Como fez no Maracanã, Ulf foi ao campo de General Severiano. Ele vestiu a camisa sete do Botafogo, bateu bola com seu filho, Martin Lindberg, de 16 anos, e com Nilton Santos e escutou dele que suas pernas são tortas, como eram as do seu pai.
Ulf disse que está impressionado com a importância que Garrincha tem no Brasil e afirmou que na Suécia não dá para ter noção do que é Garrincha.
- Fico muito feliz pelo reconhecimento que meu pai tem aqui no Brasil. Na Suécia, ele é conhecido, mas não chega nem perto do que ele representa aqui - contou.
Na visita de Ulf à General Severiano, o presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, não se encontrava, assim como nenhum membro da diretoria do clube. (Lamentável)

e mais isso...

Jogadores não dão bola à visita de filho de GarrinchaTreinador do Botafogo diz que festa é bonita, mas que atletas têm que pensar apenas no Paraná
LANCEPRESS!
Enquanto o filho de Garrincha tinha uma recepção festiva na sede de General Severiano, os jogadores do Botafogo se se preparavam para o confronto contra o Paraná, neste sábado, na Arena Petrobras. O foco na partida foi logo visto nas palavras do lateral Ruy, que não está dando muita bola para a crise e nem para a presença do filho do idolo alvinegro. (Menosprezou a história)
– Nada vai atrapalhar a nossa atuação contra o Paraná. A pressão vai ser a mesma e fica por conta da promessa de classificação para a Copa Sul-Americana. Se perdermos, vamos sair da zona dos classificados e a situação ficará mais complicada – disse.
O técnico Celso Roth concorda. Segundo ele, a visita de Ulf é um fato marcante na história do clube, mas não influenciará no resultado do confronto de sábado à noite (Poderia ser inspiração).
– Os problemas extra-campo não podem afetar o trabalho dentro das quatro linhas. As crises não afetam e as coisas boas também não. Essa festa toda aqui é muito bonita, histórica, até, mas os jogadores devem esquecer isso (Porquê? E onde ficam os ídolos , nosso orgulho e glórias?). Precisamos pensar apenas no Paraná, que será um adversário difícil – disse.
Comentário meu: Não valorizar ídolos é não respeitar a história e comercializar a emoção. Qual será o futuro do futebol?

Parabéns Paulinho da Viola

Onde a Dor Não Tem Razão
Paulinho da Viola
Composição: (Paulinho da Viola - Elton Medeiros)
Canto
Pra dizer que no meu coração
Já não mais se agitam as ondas de uma paixão
Ele não é mais abrigo de amores perdidos
É um lago mais tranqüilo
Onde a dor não tem razão
Nele a semente de um novo amor nasceu
Livre de todo rancor, em flor se abriu
Venho reabrir as janelas da vida
E cantar como jamais cantei
Esta felicidade ainda
Quem esperou, como eu, por um novo carinho
E viveu tão sozinho
Tem que agradecer
Quando consegue do peito tirar um espinho
É que a velha esperança
Já não pode morrer
Paulinho da Viola ou Paulo César Batista de Faria, violonista e compositor brasileiro, nasceu em 12 de Novembro de 1942 no Rio de Janeiro.
Filho de Cesar Farias, músico do grupo de choro Época de Ouro, já traz o gosto pela música do berço presenciando durante sua infância rodas músicos da primeira linha da MPB. Paulinho consegue ao mesmo tempo ser um excelente instrumentista, um compositor genial e um sensível poeta.
Uma característica marcante de Paulinho da Viola é sua capacidade de ser inovador e tradicional ao mesmo tempo. Seus sambas e choros trazem invações melódicas e harmônicas, sempre desenvolvendo e modernizando e evitando que estes gêneros fiquem congelados no tempo.Paulinho tem por costume gravar em seus discos músicas de nomes às vezes esquecidos do samba como Silas de Oliveira e Wilson Batista, assim como de de novos compositores. Seu convite para que o grupo Época de Ouro participasse de seu show Sarau na década de 70, transformou o Choro novamente em mania nacional. Chegaram a acontecer até festivais na televisão. Sempre tomou iniciativas para resgatar o melhor da música brasileira, desde fundar um escola de samba não competitiva a hoje em dia promover shows de Choro em uma casa noturna do Rio de Janeiro.
Sua música fala do dia a dia das pessoas com uma poesia toda especial. Gravou músicas falando de ecologia antes do assunto virar moda. Teve várias outras censuradas durante a ditadura militar. Um dos poucos artistas que fazem uma elegia da negritude brasileira. Compôs sambas como "Foi um Rio que Passou em minha Vida" e "Sei Lá, Mangueira" que viraram hinos de escolas de Samba. Paulinho da Viola é um artista único, indubtavelmente um dos maiores nomes da história da MPB. Sua elegância se deve não apenas por seu extraordinário talento e sofisticação musical, como também por sua postura e caráter.

Vale a pena visitar Paulinho da Viola, escutar e saborear o lirismo das suas letras.
Acompanhado de uma cervejinha para comemorar seu aniversário.
É só clicar no título...

11 de novembro de 2005

Militantes ou Militrouxas?

Essa está na coluna Reporter 70 de O Liberal, de hoje:
"Sacola
Será de 13 de novembro a 13 de dezembro o período em que o PT vai passar a sacolinha entre seus filiados para se safar do rombo de 54 milhões de reais que arrasa sua contabilidade. Petistas otimistas esperam arrecadar mais de 15 milhões de reais. O partido vai divulgar o número da conta corrente para depósito. Que, aliás, deve ser no Banco do Brasil, parceirão de todas as horas do partido."

E essa, na Coluna do Ucho Haddad, também de hoje:
"Mina de ouro
Na esteira da corrupção petista, outro fato que merece investigação é a onda de dívidas perdoadas pelo presidente Lula. Não existe diferença entre perdoar a dívida de um país para com o Brasil ou deixá-la no setor de contas a receber. Lula rasgou o próprio discurso ao perdoar, sem explicação de qualquer espécie, a dívida de alguns países pobres do continente africano, tendo, inclusive, colocado no rol de beneficiados alguns que são comandados com mão de ferro por ditadores sanguinários. Essa história de perdão de dívida pode ser uma nova e rentável fonte de caixa 2 do PT, pois Lula pode ter usado seu discurso bravateiro de Sassá Mutema planetário para entupir os cofres do Partido dos Trabalhadores, pois as referidas dívidas podem ter sido trocadas por algumas polpudas doações em dinheiro depositadas lá fora. Vale investigar."

Trabalho do cartunista Manga, na coluna do Ucho Haddad

Happy hour no Centro do Rio resgata Rock dos anos 80

O Centro do Rio será palco, nesta sexta-feira, de um happy hour para matar as saudades dos Anos 80. Os responsáveis pela festa são os integrantes da Banda Lado Beko, que vão animar a noite com muitos sucessos do do rock nacional.
Ao contrário das tradicionais festas Ploc, onde se toca de Sidney Magal a Trem da Alegria, o ''Maior happy hour do Rio'' será agitado exclusivamente com os grandes sucesso do Rock anos 80, as boas músicas da época. Não é festa Ploc, é festa Rock.
O happy hour acontecerá no Salão Luxo do Prédio da Associação dos Empregados no Comércio, na Avenida Rio Branco 120 - 2º andar. A Banda Lado Beko tocará muito Paralamas do Sucesso, Titãs, Barão Vermelho, Capital Inicial, Biquini Cavadão, Nenhum de Nós, Dr. Silvana e Cia, Lobão, entre outros.
JB Online - Variedades
E hoje tem... Minha amiga Bia me convidou e recomendo:
Olá Amigos,
como sabem, meu niver é dia 08/11 e para celebrar meus 21 aninhos d vida, nada melhor do que voltar a infância, por isso vou comemorar na Festa Ploc 80`s + TUDO! sexta feira dia 11/11, no Espaço Marun (Rua do Catete 124), a partir das 23h. Bia
Imperdível... diversão garantida!

Chope na medida

No Mike's Haus, as tulipas têm uma marca para garantir a quantidade certa de chope e espuma
Bruno Dias Carlos Braga
Há poucos donos de bar no Rio tão exigentes quanto o alemão Michael Wanke, chef de cozinha que vive no Brasil há 12 anos e praticamente mora em seu bar, o Mike's Haus, em Santa Teresa. Exímio conhecedor de cerveja, ele leva a loura tão a sério que todos os copos da casa têm uma marca que indica a quantidade de chope - sem a espuma - que foi servida. Dessa marca à borda do copo é que vai a espuma.
''Aqui no Rio a gente pede uma tulipa de 300ml, mas só bebe uns 270ml de chope, porque a espuma conta como se fosse a bebida'', afirma Mike.
Uma das marcas que mais saem é a germânica Erdinger, clara ou escura, de trigo (R$ 6, a pequena, e R$ 10, a grande). A cerveja alemã Paulaner Original (R$ 15, a garrafa de 500ml) também faz muito sucesso entre os apreciadores da bebida. Uma boa opção nacional é a Wäls (R$ 2,80, a tulipa de 300ml).
Tudo o que é servido no bar é provado por Mike antes de chegar à mesa dos clientes. Dos embutidos às bebidas. Esse controle de qualidade o fez dispensar uma famosa cervejaria alemã. Ao experimentá-la, sentiu um gosto diferente. ''Perguntei o que tinha mudado. Eles responderam que passaram a fabricar o chope na Argentina. Estava ruim'', lembra.
Para acompanhar os ótimos chopes e cervejas, uma dica é o kassler aperitivo (R$ 14,90).
Mike's Haus- Rua Almirante Alexandrino, 1.458, Loja A, Santa Teresa (2509-5248). 3ª a 5ª e dom., das 12h à meia-noite; 6ª e sáb., das 12h às 2h. Capacidade: 50 pessoas.
JB Online, Coluna Bares

Como antigamente

POUCOS SÃO os lugares do mundo onde ainda se pode tomar uma cerveja e comprar uma vassoura. Ou uma sandália havaiana. Ou 200 gramas de milho em grãos. Pois saiba, caro leitor, que uma dessas pérolas está bem ali, no Centro do Rio, e responde pelo nome de Armazém Senado. Com quase 80 anos, é dos últimos secos e molhados da cidade que ainda não se renderam à impessoalidade dos supermercados.
Como antigamente, o Armazém Senado guarda, em seu amplo salão, um pé-direito de cinco metros de altura e um balcão de mármore espaçoso o suficiente para se manipular produtos a granel. Prateleiras cobrem todas as paredes, oferecendo grãos, frios, embutidos, produtos de limpeza, centenas de garrafas de vinho e muita cachaça. No chão, o gato da casa passeia entre as mesas onde, volta e meia, fregueses jogam carteado.
Nos anos 40, o armazém era um dos mais prósperos do Centro. Tinha 12 empregados. Hoje, a casa é tocada pelo dono, seu Antônio, e os dois filhos. Foram os rapazes que perceberam, há três anos, que o velho mercadinho tinha charme suficiente para ser também um botequim de respeito. A revitalização da Lapa, logo ali, também ajudou. Hoje, o lugar abriga boêmios da antiga, cerveja muito gelada e porções generosas de salame e mortadela. Aos mais chegados, seu Antônio permite trazer comida de casa. E cede a cozinha para o preparo do tira-gosto. Sem cobrar nada, só na confiança. Como antigamente.
Armazém Senado: Rua Gomes Freire 256, Centro — 2509-7201. Seg a sex, das 8h às 22h; sáb, das 8h às 16h. C.C.: Nenhum.
Pé-Sujo
Juarez Becoza
Blog do Colunista juarez@oglobo.com.br

Fiódor Dostoiévski

Fyodor Mikhaylovich Dostoevsky (Фёдор Михайлович Достоевский, às vezes escrito Dostoyevsky) nasceu em 11 de Novembro de 1821 em Moscou, Rússia; faleceu em 9 de Fevereiro de 1881 em São Petersburgo, Rússia. Escritor, uma das maiores personalidades da literatura russa. Às vezes nominado como o fundador do existencialismo.

"Chamam-me de psicólogo; não é verdade, sou apenas um realista no mais alto sentido, ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana."
Seu pai era médico e sua mãe morreu quando ele era ainda muito jovem. O suposto assassinato de seu pai, o Dr. Mikhail Dostoievski, pelos próprios servos de sua propriedade rural em Daravoi, exerce enorme influência sobre o futuro do jovem Dostoievski e motivará o polêmico artigo de Freud: Dostoievski e o Parricídio.
Estudou contra a vontade numa escola militar de Engenharia e entregou-se febrilmente à leitura dos grandes escritores de sua época.
Teve sua primeira crise de epilepsia aos 17 anos, depois de saber que seu pai fora assassinado pelos próprios colonos, que viam nele um homem demasiadamente autoritário. Deixou o exército aos 22 anos para consagrar-se na carreira literária.
Em 1849 é preso por participar de reuniões subversivas na casa de um agitador profissional, Petrachevski, foi preso e condenado à morte. No último momento, já no patíbulo, teve a pena comutada. De fato, passou nove anos na Sibéria, no presídio de Omsk foram 4 anos, e mais cinco como soldado raso. Descreveu a terrível experiência no romance Recordação da Casa dos Mortos. Estudos médicos permitiram diagnosticar que sofria de epilepsia temporal. Suas crises sistemáticas, que ele atribuía a "uma experiência com Deus", tiveram papel importante em sua crise religiosa e em sua conversão durante o desterro, quando a Bíblia era sua única leitura.
Essas dificuldades pessoais sem dúvida ajudaram a fazer de Dostoievski um dos maiores romancistas de todos os tempos. Inspirado pelo cristianismo evangélico, passou a pregar a solidariedade como principal valor da cultura eslava
Aos 25 anos publica seu primeiro romance, Pobre Gente, onde trata da vida simples dos pobres funcionários da burocracia russa, com extraordinário sucesso em toda a Rússia.
Aclamado como gênio pelos mais exigentes críticos da época, entre eles Bielínski, que o considera o primeiro romancista social da Rússia, e Nekrassov que vê em Dostoievski um novo Gogol, em homenagem ao primeiro romancista russo moderno.
Entre suas obras de maior importância destacam-se os romances O Idiota, Crime e Castigo, Os Demônios e Os Irmãos Karamazov.
Publica também inúmeros contos: O Mujique Marëi, Sonho de um Homem Ridículo, Bobock e outros; além de novelas: O Senhor Prokhartchin, O Homem Debaixo da Cama, Uma História Suja e O Pequeno Herói. Cria duas revistas literárias: O Tempo (Vrêmia) e Época, e ainda colabora nos principais órgãos da imprensa Russa.
O reconhecimento definitivo de Dostoievski como escritor universal surge somente depois dos anos 1860, com a publicação dos grandes romances: O Idiota e Crime e Castigo. Seu último romance, Os Irmãos Karamazov, é considerado por Freud como o maior romance já escrito.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.