26 de abril de 2006

Guilherme de Brito

Carioca, nascido no bairro de Vila Isabel em 3 de janeiro de 1922, Guilherme iniciou sua carreira como testemunha ocular da história da música brasileira.
Guilherme começou sua carreira de compositor com a música "Calça balão", onde abordava a humilhação pela qual passou ao entrar na Casa Edson com um terno mal ajambrado, praticamente reconstruído por sua mãe. Como sempre "desajeitado" (palavras do próprio) e magérrimo ...
-Bom, lá pelo meio da década de 50 eu tinha desistido de ser compositor - confessa Guilherme em tom memorialista.
Mas um concunhado que conhecia suas músicas, as levou ao conhecimento de Antônio Almeida, diretor da gravadora na qual tinha contrato o cantor Augusto Calheiros, que resolveu lançar duas valsas suas em meados de 1955: "Meu dilema" e "Audiência divina". Este début no mercado fonográfico abriu-lhe portas para atuar como cantor (Rádio Vera Cruz), passando ainda a fazer parcerias com autores como Pedro Caetano e Renato Gaetani. Até que ainda em 55, efetiva sua parceria com Nelson Cavaquinho num bar chamado São Jorge. Quando o conheceu, Nelson já tinha pelo menos um grande sucesso gravado, "Rugas" . Ali, a dupla iniciou parceria que alcançou o patamar dos clássicos de nosso cancioneiro popular.
Obras-primas, entre outras, como "Pranto de poeta", e "A flor e o espinho" (esta também com Alcides Caminha), cuja primeira parte - dos versos míticos "Tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor ..." - foi composta por Guilherme. Na voz de Elizeth Cardoso, a Divina.
- Nós sentávamos no Cabaré dos Bandidos, um boteco com a pior freqüencia da Praça Tiradentes, eu pagava a cerveja preta e ali compusemos canções como "Folhas secas". Guilherme fala de "Samba guardado" com enorme orgulho. Para ele, este é o "primeiro CD comercial de minha vida". Em 1973, aparece cantando em duas faixas do LP "Nelson Cavaquinho". Quatro anos depois, o compositor integra o time do LP "Quatro grandes do samba", ao lado de Nelson Cavaquinho, Candeia, e Élton Medeiros. Em 1980, lança pela Eldorado um LP que leva o seu nome, que ele rejeita em seu currículo devido ao número reduzido de cópias que foram lançadas. Na década passada, Guilherme teve ainda outro relançamento pela Rioarte de um disco com seu nome, com seus sucessos de carreria, que havia sido lançado no Japão. E ano passado foi relançado, agora em CD, o disco "Velhas companheiras - Mangueira & Portela", em que atua ao lado de outros bambas como Monarco e Nelson Sargento.



Você nos alegrou e cumpriu seu papel, a vida foi mais romântica com você.
Fica com Deus.

25 de abril de 2006

PRESENTE DA CHINA


Originário da Ásia e encontrado em mais de 800 variedades, com formas, texturas, cores e tamanhos distintos, o caqui conquistou o Ocidente

Originário da China, o caqui integra há milênios a dieta dos povos da Ásia onde é chamado de kaki. Sua polpa gelatinosa é saboreada in natura na alta temporada, mas fora da estação o caqui se transforma em geléia ou passa, apreciadíssimas pelos orientais. Não foi por acaso que os imigrantes japoneses iniciaram seu cultivo no Brasil. As crianças nipônicas se fascinam pela fruta logo cedo porque o folclore sobre a origem "mágica" do caquizeiro faz parte das histórias infantis tradicionais no país. A lenda, descrita em O Livro das Frutas, de Jane Grigson (Companhia das Letras, São Paulo,1999), envolve um grande líder samurai do século XII, Yoshitsune. Com astúcia, ele derrotou o gigante Benkei num único golpe. O samurai "não era maior que uma bota", porém tinha a valentia de um tigre e desferiu um golpe certeiro que fez o gigante cair no chão, abrindo um grande buraco. Ouviu-se enorme estrondo e da fenda surgiu uma árvore alta, repleta de frutas vermelho-alaranjadas e suculentas. O samurai e o gigante saborearam, juntos, o caqui e se tornaram amigos inseparáveis.

O caqui foi celebrado em versos por inúmeros poetas japoneses, mas, entre todos eles, quem realmente ganhou fama como o "grande poeta do caqui" foi Shiki Masaoka, que viveu entre 1867 e 1902. Mestre dos poemas de estilo haiku, sempre curtíssimos, ele recebia milhares de versos para apreciação. Generoso e paciente, passava horas a fio às voltas com as criações alheias. Fazia questão de ler todos, mas se outorgava uma compensação: a cada 3 000 poemas lidos, saboreava dois caquis. Shiki gostava tanto da fruta que a colocou no epitáfio escrito para o próprio túmulo, em estilo haiku: "Descreva-me/Como alguém que adorava poesia/E caquis". A fruta faz parte também da tradição casamenteira nipônica. Os noivos oferecem aos convidados docinhos feitos com ela, em sinal de amizade e de retribuição aos presentes recebidos. O ritual se repete há séculos. Na China, os confeitos de caqui integram o cardápio milenar do banquete do chá - são oferecidos na primeira parte do serviço. A fruta não pode faltar à mesa chinesa de Ano-Novo.

Além de se difundir no Oriente, o caqui, cujo nome científico é Diospyros kaki, espalhou-se pelo Ocidente. Atualmente, pode ser encontrado nos quatro continentes com grande variação de formatos, tons que vão do amarelo ao vermelho, e tamanhos distintos. É rico em vitamina C e em betacaroteno. A pele finíssima encobre a polpa alaranjada, que quando bem madura se assemelha muito à geléia. Pode ser doce ou adstringente, devido à forte presença de taninos, porém uma boa parte deles é absorvida durante o processo de maturação, conforme destaca Alan Davidson, em The Oxford Companion to Food (Oxford University Press,1999). Algumas variedades são de tal forma tânicas que a fruta precisa passar por um processo de tratamento até se adequar ao paladar humano.

Apenas no Japão, há registro de mais de 800 variedades. Em Israel se cultiva um tipo de caqui bastante popular chamado de sharon fruit. Na Espanha, a fruta tem até denominação de origem, na Ribera del Xúquer, perto de Valença. No Brasil, são três os grupos cultivados. O sibugaki, taninoso, de coloração amarelada com ou sem sementes, inclui as variedades taubaté, hachiya e trakoukali, entre outras. O amagaki, caqui doce de polpa firme, sempre amarelado e jamais adstringente, pode ter ou não sementes. Os principais são jiro, tuyu e hannagosho. E os variáveis, categoria que inclui os adstringentes com sementes e os não-adstringentes, sem (ou com pouquíssimas) sementes. A cor difere. São amarelados quando desprovidos de sementes; e escuros, com sementes. Os tipos mais importantes são chocolate, rama forte, guiombo, Luiz de Queiroz e hyakume.

Versátil na cozinha, o caqui se sai bem entre doces ou salgados e, por isso, tornou-se ingrediente indispensável em grande quantidade de pratos, no Oriente e Ocidente. Um dos mais brilhantes exemplos de preparo de caqui já provados por Gula são os delicados chips feitos pela nipo-brasileira Mari Hirata. A chef corta a fruta em fatias finíssimas, com a ajuda de uma mandoline, recobre com açúcar impalpável e leva ao forno baixíssimo para assá-las lentamente. Depois de prontos, os chips são armazenados e usados para acompanhar sorvetes, decorar sobremesas ou até ser saboreados puros. Não há limites para a utilização da fruta. Ela se presta à elaboração de mousses, sorbets, caldas, geléias, mas dá bom chutney, fica interessantíssima na forma de tempura e estrela o purê agridoce capaz de escoltar com distinção o peito de pato.

Os meses de março, abril e junho marcam a alta temporada do caqui no Brasil, o que coloca a fruta entre os ingredientes ideais para a composição de receitas nessa época do ano, quando está fresca, saborosa e pode ser encontrada a bom preço. Na hora de escolher o caqui, basta lembrar de um conhecido dito popular: as aparências enganam. A fruta alcança a forma ideal para ser apreciada quando a pele, translúcida, começa a ganhar manchas amarronzadas, a textura se torna mole e a fragilidade evidente. Tais características, comprometedoras para qualquer outra fruta, são justamente o atestado de que o caqui está em sua melhor forma.


Por: Patrícia Ferraz
Fotos: Codo Melletti
Adoro caqui, eu e todos aqui de casa. Nosso consumo chega a ser preocupante, trata-se de uma fruta suculenta, doce e saborosissima, mas sou suspeito de falar.
Um conselho para quem não conhece:
Junto com o mangustão, quem não comeu ainda não pode morrer!

24 de abril de 2006

Revisitando O Cruzeiro


Cacareco agora é Excelência

Cacareco, um pacato rinoceronte, virou candidato de um bairro paulista que cresceu demais: Osasco. A história de uma autonomia (negada) e as 100.000 células para vereador.
Texto de NEIL FERREIRA Fotos de GEORGE TOROK(Do Bureau de “O Cruzeiro” em São Paulo)


Dos 540 candidatos que “ofereceram suas vidas em holocausto ao bem-estar público” concorrendo às 45 cadeiras da Câmara Munipal de São Paulo, sòmente um - Cacareco - conseguiu empolgar, de maneira espetacularmente inédita o eleitorado paulistano. Sem prometer nada (êle não pode prometer: não sabe nem falar), sem partido politíco definido - sua legenda poderia ser objeto de confusões: PC (Partido Cacareco) e alguém ainda acabaria sem visto de saída para países da banda de cá do mundo - enfim, com sua candidatura lançada sòmente alguns dias antes do pleito, sua eleição está garantida. A soma de seus votos é um recorde nas eleições municipais de São Paulo, pois Cacareco, sozinho, totaliza muito mais do que a legenda mais poderosa. A média do seu eleitorado mantém-se firme, com 20 a 30 votos por urna, em todos os bairros, do mais pobre ao mais rico. Aliás, o fenômeno político encarnado por Cacareco é algo que sòmente poderia ser explicado por algum sujeito muito entendido em dialética: sua candidatura ganhou corpo no seio da massa, de maneira espontânea, conquistou o restinho da classe média que ainda não morreu de fome e atingiu as mais altas camadas da burguesia. Ainda assim, tudo foi tentado contra êle: as “forças ocultas que tentam combater as correntes populares” investiram, pelos jornais, rádios e TV, numa campanha ruidosa, com o objetivo precípuo de evitar o ingresso do “elemento perigoso ao regime” na versão paulista da Gaiola de Ouro. Tal campanha ficou sem resposta. Cacareco não tinha acesso às fontes de divulgação. Em compensação, êle também não se aborreceu: continuou sua vidinha de “playboy” pobre (o tal que não joga damas de nenhum andar, mas come e dorme e não faz nada). O seu comitê eleitoral continuou funcionando no Jardim Zoológico de São Paulo, e Cacareco sòmente se desnorteou quando um dos seus mais ferrenhos oponentes dedicou todo um editorial à sua candidatura, no jornal mais conservador da capital paulista. Depois Cacareco se zangou quando foi intentada (e conseguida) uma solução extralegal e antidemocrática para sua candidatura: a altura dos acontecimentos em que eleitor do Cacareco se portava como torcedor do Santos F. C. - peito estufado e ar de “já ganhou” - as “forças ocultas” conseguiram que o candidato popular fôsse “exilado”, dois dias antes da eleição, para o Rio de Janeiro. O “golpe” consumou-se na calada da noite, mas a coisa não foi tão calada assim: sem mais aquela, enfiaram-no num caminhão. Aí, sim, êle se danou. Ficou perigoso. Não só para o regime, mas (e principalmente) para quem estava por perto. Mas o “Povo” e as “Classes Oprimidas” foram magnificamente à forra e concederam, aproximadamente, cem mil votos a Cacareco. Êsse movimento orginal surgiu, agora se sabe, num bairro dos mais populosos de S. Paulo: Osasco. Êsse bairro crescera e desejava agora a sua autonomia. Um típico caso de gigantismo. Houve um legítimo movimento em prol da emancipação de Osasco. Com a proximidade das eleições paulistas, já subiam a 300 os candidatos do famoso bairro. Acontece que o Supremo Tribunal repudiou as pretensões dos cidadãos de Osasco. Daí a reação original: 100 mil cédulas foram impressas e tôdas com o nome do popular “Cacareco”, como candidato. Afirma-se agora que o movimento da gente de Osasco atingiu outras ruas e outros bairros. Virou candidatura nacional. Com isso, Cacareco virou “excelência”. Pode ser que êle não chegue a tomar posse, mas se transformou no vereador que mais come (sem aspas) no mundo. E quando Cacareco voltar do “exílio”, o PC (Partico do Cacareco, repetimos) “terá reservada para êle não uma simples vereança, mas uma cadeira de deputado”.

23 de abril de 2006

Dia Nacional do Choro

CHORINHO, CÂNDIDO PORTINARI



O Dia Nacional do Choro é comemorado hoje, 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha, uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do choro. Eventos lembraram a data em várias cidades do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Juiz de Fora, Niterói, Santos, São João do Meriti, Uberaba e Uberlândia, São José dos Campos, para citar algumas. Até no exterior, na França e no Japão, o Dia Nacional do Choro é comemorado.

O choro
O choro entra na cena musical brasileira em meados e finais do século 19, e nesse período se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana e européia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia. O século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.

Pixinguinha
Alfredo da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo, Proezas de Solon, Naquele Tempo, Vou Vivendo, Abraçando Jacaré, Os Oito Batutas, Sofres Porque Queres, Fala Baixinho, Ingênuo, estão entre algumas de suas principais composições.O apelido Pixinguinha veio da união de pizindim – menino bom – como sua avó o chamava, e bexiguento, por ter contraído a varíola, que lhe marcou o semblante. Mário de Andrade registrou a presença do mestre na cena carioca, criando em seu livro “Macunaíma”, um personagem: “um negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão” (Andrade, 1988). A passagem se dá quando o “herói sem nenhum caráter” freqüenta uma “macumba” em casa de tia Ciata. A caracterização de Mário de Andrade ficou difundida com a biografia de Pixinguinha elaborada por Marilia T. Barboza da Silva e Arthur L. de Oliveira Filho: “Filho de Ogum Bexiguento” (Rio de Janeiro, FUNARTE, 1979).




Chorinho, experimente com Paulinho da Viola.

No Rio a tradição continua

Devotos no mundo inteiro comemoram no dia 23 de abril, o Dia de São Jorge, o santo padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados, dos escoteiros, dos corintianos e celebrado em canções populares de Caetano Veloso, Jorge Ben Jor e Fernanda Abreu. No oriente, São Jorge é venerado desde o século IV e recebeu o honroso título de "Grande Mártir".

Guerreiro originário da Capadócia e militar do Império Romano ao tempo do imperador Diocleciano, Jorge converteu-se ao cristianismo e não agüentou assistir calado às perseguições ordenadas pelo imperador. Foi morto na Palestina no dia 23 de abril de 303. Ele teria sido vítima da perseguição de Diocleciano, sendo torturado e decapitado em Nicomédia, tudo devido à sua fé cristã.

A imagem de todos conhecida, do cavaleiro que luta contra o dragão, foi difundida na Idade Média. Está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito e contada de várias maneiras em suas muitas paixões. Iconograficamente, São Jorge é representado como um jovem imberbe, de armadura, tanto em pé como em um cavalo branco com uma cruz vermelha. Com a reforma do calendário litúrgico, realizada pelo papa Paulo VI, em maio de 1969, tornou-se opcional a observância do seu dia festivo. Embora muitos ainda suspeitem da veracidade de sua história, a Igreja Católica reconhece a autenticidade do culto ao santo. O culto do santo chegou ao Brasil com os portugueses. Em 1387, Dom João I já decretara a obrigatoriedade de sua imagem nas procissões de Corpus Christi. O Sport Clube Corinthians Paulista foi outra grande contribuição para a popularização de São Jorge, primeiro no Estado de São Paulo e depois no País, ao escolher o santo como seu padroeiro e protetor, em 1910.

A quantidade de milagres atribuídos a São Jorge é imensa. Segundo a tradição, ele defende e favorece a todos os que a ele recorrem com fé e devoção, vencendo batalhas e demandas, questões complicadas, perseguições, injustiças, disputas e desentendimentos.


Desde 1969, Igreja Católica tornou opcional a celebração a São Jorge

Embora muitos considerem que sua história não passe de um mito e outros até mesmo acreditem que o santo tenha sido cassado pela Igreja Católica, o martírio de São Jorge e o seu culto continuam sendo reconhecidos pelo catolicismo. A lenda do guerreiro que matou o dragão havia sido rejeitada no século 5 por um concílio, mas persistiu e ganhou enorme popularidade no tempo das Cruzadas. "A imagem atual é fruto de uma lenda. Isso não quer dizer, no entanto, que esse santo não existiu e que o martírio dele não foi significativo", diz o monsenhor Arnaldo Beltrami, vigário episcopal de comunicação da Arquidiocese de São Paulo. No dia 9 de maio de 1969, a observância do Dia de São Jorge tornou-se opcional, com a reforma do calendário litúrgico, realizada pelo papa Paulo VI. A reforma retirou do calendário litúrgico as comemorações dos santos dos quais não havia documentação histórica, mas apenas relatos tradicionais. Daí ter-se falado, naquele tempo, em "cassação de santos". Mas o fato da celebração do Dia de São Jorge tornar-se opcional não significa o não reconhecimento do santo.


22 de abril de 2006

Teclado virtual pega carona nos aparelhos móveis

Rio - O teclado é o periférico mais antigo para o PC e pouco mudou desde que o primeiro microcomputador de verdade surgiu em 1977. Mas agora, um fabricante quer tornar popular o ‘teclado virtual laser’ (http://www.virtual-laser-keyboard.com/), criado no fim da década de 90 para os Palms.

Um aparelho projeta um teclado em cima da mesa, através de raios laser vermelho. Ao tocar nas teclas virtuais, o sensor deste aparelho identifica a tecla que está sendo pressionada.

Apesar de pouco prático para um PC de mesa, o aparelho agora pega carona nos celulares, handhelds e outros portáteis com teclados de difícil uso.

Pena que custe, nos EUA, US$ 200 (se você for comprá-lo pela Internet pagará 60% de imposto de importação).





Fonte: O Dia Online

Insatisfeito com os políticos? Como votar?

Fui até o Alexandre, do Outras Letras, pedir um artigo referente aos tipos de votos para disponibilizar e encontrei o seguinte:



"Voto Nulo: a palavra oficial do TSE

Finalmente o esclarecimento sobre o assunto mais polêmico dos últimos tempos - o VOTO NULO.

artigo 224 do Código Eleitoral:
"Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias".

Para quem ainda tem alguma dúvida, recomendo a leitura do artigo em: http://www.srparlamentar.blogger.com.br/votonulo.html
publicado por Alexandre às
3:20 PM"


Valeu, encontrei o que procurava.
Só depende de nós.

Criatividade!

Genial, visitem o blog da Cris leiam o artigo e $onhem...

22 DE ABRIL - DESCOBRIMENTO DO BRASIL

O Descobrimento

Depois de 44 dias de viagem, a frota dePedro Álvares Cabral vislumbrava terra - mais com alívio e prazer do que com surpresa ou espanto

Na terça-feira à tarde, foram os grandes emaranhados de "ervas compridas a que os mareantes dão o nome de rabo-de-asno." Surgiram flutuando ao lado das naus e sumiram no horizonte. Na quarta-feira pela manhã, o vôo dos fura-buchos, uma espécie de gaivota, rompeu o silêncio dos mares e dos céus, reafirmando a certeza de que a terra se encontrava próxima. Ao entardecer, silhuetados contra o fulgor do crepúsculo, delinearam-se os contornos arredondados de "um grande monte", cercado por terras planas, vestidas de um arvoredo denso e majestoso.

Era 22 de abril de 1500. Depois de 44 dias de viagem, a frota de Pedro Álvares Cabral vislumbrava terra - mais com alívio e prazer do que com surpresa ou espanto. Nos nove dias seguintes, nas enseadas generosas do sul da Bahia, os 13 navios da maior armada já enviada às Índias pela rota descoberta por Vasco da Gama permaneceriam reconhecendo a nova terra e seus habitantes.

O primeiro contato, amistoso como os demais, deu-se já no dia seguinte, quinta-feira, 23 de abril. O capitão Nicolau Coelho, veterano das Índias e companheiro de Gama, foi a terra, em um batel, e deparou com 18 homens "pardos, nus, com arcos e setas nas mãos". Coelho deu-lhes um gorro vermelho, uma carapuça de linho e um sombreiro preto. Em troca, recebeu um cocar de plumas e um colar de contas brancas. O Brasil, batizado Ilha de Vera Cruz, entrava, naquele instante, no curso da história.

O descobrimento oficial do país está registrado com minúcia. Poucas são as nações que possuem uma "certidão de nascimento" tão precisa e fluente quanto a carta que Pero Vaz de Caminha enviou ao rei de Portugal, dom Manuel, relatando o "achamento" da nova terra. Ainda assim, uma dúvida paira sobre o amplo desvio de rota que conduziu a armada de Cabral muito mais para oeste do que o necessário para chegar à Índia. Teria sido o descobrimento do Brasil um mero acaso?

É provável que a questão jamais venha a ser esclarecida. No entanto, a assinatura do Tratado de Tordesilhas que, seis anos antes, dera a Portugal a posse das terras que ficassem a 370 léguas (em torno de 2 mil quilômetros) a oeste de Cabo Verde, a naturalidade com que a terra foi avistada, o conhecimento preciso das correntes e das rotas, as condições climáticas durante a viagem e a alta probabilidade de que o país já tivesse sido avistado anteriormente parecem ser a garantia de que o desembarque, naquela manhã de abril de 1500, foi mera formalidade: Cabral poderia estar apenas tomando posse de uma terra que os portugueses já conheciam, embora superficialmente. Uma terra pela qual ainda demorariam cerca de meio século para se interessarem de fato.


Os Tupiniquins

Ao longo dos dez dias que passou no Brasil, a armada de Cabral tomou contato com cerca de 500 nativos. Eram, se saberia depois, tupiniquins - uma das tribos do grupo tupi-guarani que, no início do século XVI, ocupava quase todo o litoral do Brasil. Os tupi-guaranis tinham chegado à região numa série de migrações de fundo religioso (em busca da "Terra Sem Males"), no começo da Era Cristã. Os tupiniquins viviam no sul da Bahia e nas cercanias de Santos e Betioga, em São Paulo. Eram uns 85 mil. Por volta de 1530, uniram-se aos portugueses na guerra contra os tupinambás-tamoios, aliados dos franceses. Foi uma aliança inútil: em 1570, já estavam praticamente extintos, massacrados por Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil.

Fonte: Eduardo Bueno/Zero Hora

21 de abril de 2006

Que Deus o receba, Telê.

No dia 26 de julho de 1931, na cidade de Itabirito (MG), nasceu Telê Santana da Silva, futuro ponta-direita que brilhou no Flu nos anos 50 e um dos maiores treinadores da história do mundial.
Assim podemos contar a vida de Telê Santana, uma pessoa acima de tudo honesta e determinada a vencer. Telê começou a carreira de jogador em 1951 nas Laranjeiras. Torcedor confesso do Fluminense, Telê permaneceu no seu time de coração até 1960, ano que se transferiu para o Guarani. No final de carreira, em 1963, "O Fio de Esperança", como era carinhosamente chamado pela torcida do Flu, foi defender o Vasco da Gama, seu último clube.
Apesar dos títulos conquistados na boa carreira como jogador (campeão carioca em 51 e 59 e campeão do Rio-São Paulo em 59), Telê Santana ganhou destaque trabalhando como treinador. A sua primeira importante conquista comandando um time foi o Brasileiro de 1971 pelo Atlético Mineiro.
A partir daí Telê foi sendo cada vez mais respeitado como um treinador de ponta do futebol brasileiro. Outra conquista importante dele nos anos 70 foi com o Grêmio, campeão gaúcho de 77. Na época, o Tricolor Gaúcho sofria com o forte Internacional (bicampeão brasileiro 1975/76), que tinha Falcão, Carpegiani, Valdomiro, Lula, Dario, Manga, Figueroa e companhia.
Antes de chegar à Seleção Brasileira, Telê realizou um excelente trabalho no Palmeiras em 1979. Na época, o time de Palestra Itália fez uma ótima campanha no Paulistão, mas acabou sendo prejudicado com a paralisação da competição, o que acabou favorecendo o também forte Corinthians de Sócrates, Palhinha, Amaral, Wladimir, Zé Maria e do presidente Vicente Matheus.
No mesmo ano, mas no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras aplicou uma goleada histórica por 4 a 1 sobre o Flamengo de Zico, em pleno Maracanã. Telê garantia assim sua ida para comandar o time canarinho, que nas suas mãos jogou um futebol bonito, ofensivo, como não se via desde 1970. No entanto, mesmo tendo uma equipe superior, o Brasil foi derrotado pela Itália, por 3 a 2, e acabou sendo eliminado tragicamente do Mundial da Espanha.
Em 1986, na Copa do México, Telê esteve mais uma vez dirigindo a Seleção Brasileira, que tinha um time envelhecido. O futebol de Zico, Sócrates e Falcão, maestros da equipe de 82, já não era o mesmo e o Brasil sucumbiu contra a França, nas penalidades máximas, na fase quartas-de-final.
A fama de "pé-frio" começou a perseguir Telê, porém ele nunca se abateu com isso. No final de 89, ele voltou a dirigir o Palmeiras, que o demetiu após fracasso no Paulistão de 90. No mesmo ano, o Mestre Telê assumiu o São Paulo no lugar do uruguaio Pablo Justo Forlan. A missão não era das mais fáceis, já que o Tricolor do Morumbi havia sido rebaixado para a segundona no estadual. Com a personalidade de sempre, Telê apostou suas fichas no talento de Raí, que por pouco não fora negociado com o Flamengo, e em novatos como Antônio Carlos, Cafu, Leonardo e Elivelton. O resultado foi bom e o São Paulo foi vice-campeão brasileiro perdendo na final para o Corinthians.
No ano seguinte, com mais entrosamento e com uma base montada do ano anterior, o São Paulo voltou a chegar na final do Brasileiro, mas desta vez conquistou o título e consequentemente um lugar na Libertadores de 92. No segundo semestre, o Tricolor, depois de uma mudança no regulamento, conseguiu entrar na disputa do Paulistão e faturou mais um caneco.
Os anos de 92 e 93 foram repletos de glórias para o São Paulo de Telê Santana. O Tricolor faturou o bicampeonato paulista, o bicampeonato da Libertadores e o bicampeonato mundial. Com isso, Telê calava definitivamente a boca dos que o chamavam de "pé-frio". O técnico trabalhou no São Paulo até 1996, quando foi obrigado a se afastar por problemas de saúde. Hoje ele mora em Belo Horizonte (MG), onde conta com o apoio da esposa e dos filhos. Aliás, um deles, Renê Santana, virou técnico.

Em 2003, ele foi submetido à cirurgia para amputação de parte da perna esquerda. Três anos depois, dia 25 de março de 2006, voltou a ser levado para o Hospital Felício Rocho, na capital mineira. Telê, segundo boletim médico, apresentava infecção abdominal no intestino grosso. Foi internado em estado grave.
por Rogério Micheletti
Copiado do blog do Milton Neves
Um grande jogador, entre os maiores, e um treinador respeitado e vitorioso.
Um exemplo de homem e profissional. E que tenha um bom descanso, nos deu uma lição de seriedade, respeito e dignidade.

Feriadão!!!

20 de abril de 2006

Ataulfo Alves de Souza, em tempo.

Minas Gerais, o coração do Brasil. Um coração de ouro num peito de ferro, diz, orgulhoso, o mineiro, que trabalha em silêncio. Quem te conhece não esquece jamais. Seu ouro é do mais puro quilate. Para ficar só na música, Milton Nascimento, cidadão do mundo nascido nas Gerais, e seus companheiros. Pra ficar só no samba, enquanto Ary Barroso chorava suas mágoas "num copo de Ubá" e enaltecia a Bahia, Ataulfo (Miraí, MG, 02/05/1909 ­ Rio de Janeiro, RJ, 20/04/1969) cantava a pequena Miraí. Nasceu em uma fazenda e fazia versos, aos 8 anos de idade, para acompanhar os improvisos do pai, sanfoneiro e repentista.
Antes de se dedicar à música, fez um pouco de tudo. Acompanhando um médico, mudou-se para o Rio e para ele trabalhava dia e noite. Cansado, abandonou o médico e foi lavar vidros em uma farmácia. Tornou-se prático de farmácia e à noite, no Rio Comprido, onde morava, acompanhava as rodas de samba. Aos 19 anos tocava violão, cavaquinho e bandolim. Aos 19 anos, ainda, se casou com Judite. Organizou um conjunto e animava as festas do bairro. Aos 20 anos (1929) começou a compor e se tornou diretor de harmonia de um bloco organizado pelos moradores do bairro, o Fale Quem Quiser.
"O mais elegante", diziam de Ataulfo. Gentil e refinado. Conta o compositor: "Quando fui apontado como um dos dez mais elegantes pelo Ibrahim (Ibrahim Sued, colunista social), eu aparecia na fotografias com um terno de dez anos atrás. É que, naquela época, eu não podia pagar um bom alfaiate. Mas depois de eleito, surgiram grandes alfaiates que, interessados em ganhar publicidade, ofereciam-se para me fazer roupas de graça..."
Sexta-Feira foi sua primeira composição a ser gravada. Era o ano de 1933. Bide, que fazia sucesso com Agora é Cinza (c/ Marçal), ouviu algumas músicas de Ataulfo e apresentou-o a Mr. Evans, diretor americano da Victor. E Almirante gravou Sexta-Feira.
Conta Ataulfo: "OK, OK. Mr Evans me olhava e só dizia OK, OK. Eu não entendia bem. Mas o americano lá pelas tantas disse: ‘Vou telefonar pra cantora, para ouvir as suas músicas’. Veio a Carmen Miranda. Ela ouvia, ouvia e me olhava, até que disse: - Você não é aquele rapaz lá da farmácia? ­ Perfeitamente. ­ Mas você não era compositor! ­ Mas você não era cantora!" E os dois deram boas gargalhadas.
Em 1935, por intermédio de Almirante e Bide, Floriano Belham gravou seu primeiro sucesso, Saudade do meu Barracão. Menina que Pinta o Sete (c/ Roberto Martins) foi gravada pelo Bando da Lua, ainda no ano de 1935.
Sílvio Caldas (Saudade dela, 1936, e a valsa A Você, feita em parceria com Aldo Cabral) e Carlos Galhardo (Quanta Tristeza, feito com André Filho, 1937) foram os responsáveis por seus maiores sucessos. Galhardo viria a ser um de seus mais fiéis intérpretes.
Foi parceiro de Bide, Claudionor Cruz, João Bastos Filho e Wilson Batista (com este último venceu os carnavais de 1940 e 1941, com Oh!, Seu Oscar e O Bonde de São Januário e, ainda Eu Não Sou Daqui, Papai Não Vai, Terra Boa).
Orlando Silva foi outro grande intérprete de Ataulfo. Errei, Erramos, foi por ele gravado em 1938.
Como intérprete, as primeiras gravações de Ataulfo foram Leva Meu Samba... e Alegria na Casa de Pobre (com Abel Neto).
Em 1942, as dificuldades financeiras e o desinteresse dos intérpretes em gravar suas músicas, fizeram com que ele gravasse, para o Carnaval Ai, que Saudades da Amélia (c/ Mário Lago). A música foi feita a partir de 3 quadras que Mário Lago lhe dera. Ataulfo fez algumas alterações na letra original para adaptá-la. Mário Lago não gostou. A gravação contou com o acompanhamento do grupo Academia do Samba, um grupo organizado pelo compositor e com a abertura de Jacob do Bandolim. Foi um enorme sucesso. Três meses depois, Ataulfo voltaria a Odeon para nova gravação, agora com orquestra.
Com Mário Lago comporia ainda Atire a Primeira Pedra (Carnaval de 1944) e Capacho e Pra que Mais Felicidade (1945).
Criou o grupo Ataulfo Alves e suas Pastoras quando se definiu por interpretar ele mesmo suas canções. O nome foi sugestão de Pedro Caetano. Com Olga, Marilu e Alda, a primeira formação do grupo, lançou os sucessos Inimigo do Samba (c/ Jorge de Castro, 1943), Todo Mundo Enlouqueceu (c/Jorge de Castro), Boêmio Sofre Mais (c/ Floriano Belham, 1945) , Vá Baixar Noutro Terreiro (c/Raul Marques, 1945) e Infidelidade (c/ Américo Seixas, 1947).
Fim de Comédia e Errei, Sim, foram gravadas na década de 1950 por Dalva de Oliveira, relatando o fim de seu casamento com Herivelto Martins.
Em um show realizado na boate Casablanca, em 1954, lançou o samba Pois É. Inspirado na música, Pancetti pintou um quadro e o ofereceu ao compositor. Em contrapartida, Ataulfo compôs, com J. Batista, a música Lagoa Serena, em homenagem a Pancetti. Este fez outro quadro dedicado ao compositor, com o mesmo nome, Lagoa Serena. A música Pois É só foi gravada em 1955, pela Sinter, por problemas de contrato com a Victor
Na Sinter, foi gravado o LP Ataulfo Alves e suas Pastoras (1956). No ano seguinte ele compôs Vai, Mas Vai Mesmo, grande sucesso do Carnaval de 1958.
Meus tempos de Criança, composto ainda em 1957, no qual relembra sua infância e as pessoas que o influenciaram (Que saudades da professorinha/ Que me ensinou o bê-a-bá ...) mostra o lado nostálgico do compositor. Floripes Argenta de Souza era a professorinha. Uma bela e lírica canção.
Em 1961 foi para a Europa, convidado por Humberto Teixeira, integrando uma caravana de divulgação da música popular brasileira. Interpretou Mulata Assanhada e na Cadência do Samba. Um fato interessante ocorrido na excursão, narrado por Ataulfo: "Numa boate em Estocolmo entrei em cena sozinho, como estava ensaiado. Antes que começasse a falar, algumas vozes começaram a cantar: ‘Nunca vi fazer tanta exigência...’ Senti um nó na garganta, sem saber o que fazer. Aí lembrei-me de Chico Alves, que me dizia que nessas horas era bom se contrair todo e fazer figa. Assim que pude peguei o violão e comecei a cantar Amélia, com todos me acompanhando. Quando saí do palco, chorei de emoção"
Ainda em 1961 fundou a ATA (Ataulfo Alves Edições) e editava suas próprias músicas. Data dessa época o fim de Ataulfo Alves e suas Pastoras, então já integradas por Nadir, Antonina, Geralda e Geraldina.
Fez uma temporada no Top Club, no Rio de Janeiro, em 1964. Sentiu agravar-se uma úlcera no duodeno, mas voltou ao exterior em 1966 como representante do Brasil no I Festival de Arte Negra, em Dacar, Senegal.
O surgimento da bossa-nova e do iê-iê-iê nacional foram assimilados por Ataulfo. De outro lado, os jovens gostavam de suas músicas.
Assim, em 1967, veio um novo sucesso com Laranja Madura. Roberto Carlos gravou Ai, que Saudades da Amélia. E Ataulfo fez parceria com Carlos Imperial
Você passa e eu Acho Graça, Você Não é Como as Flores e sua última música, Mandinga, foram feitas com Carlos Imperial, que concluiu Mandinga, já que uma intervenção cirúrgica, em decorrência de sua úlcera, o impediu de terminar. Foi-se o grande sambista carioca, nascido em Minas. Clara Nunes, também carioca, nascida em Minas, gravou Mandinga e Você passa e eu Acho Graça, pela Odeon.
Os filhos de Ataulfo, Adeilton, o mais velho, e Ataulfo Alves Júnior, o mais novo, disputaram a herança artística deixada pelo pai. Adeilton lembrava uma frase sempre repetida pelo pai: "Os filhos são como música: os mais velhos, mais estimados, os mais novos, mais mimados". E acompanhava o pai com passista-ritmista. Mas o lenço branco com o qual regia seu conjunto foi entregue simbolicamente pelo compositor a Ataulfo Júnior para que ele defendesse "o que é nosso, de geração em geração" . Era uma competição sadia, como diria Adeilton., o primeiro a alcançar sucesso com Esperanças Perdidas, lançada em um compacto,
O Filho do Mestre. Vendeu mais de 100.000 cópias, interpretada pelos Originais do Samba. Uma das músicas, Herança, afirma: "Vi em sonho o seu ‘aceito’/ Vi em sonho que é direito/ Ocupar o seu lugar". Mais tarde Ataulfo Junior lançaria um LP cujo nome era uma sugestiva resposta: O Herdeiro Sou Eu. Na verdade, somos todos nós os privilegiados herdeiros da música de Ataulfo Alves.

Fonte: Maria do Carmo Nogueira da Gama

O que os políticos fazem com o Povo Brasileiro

Porquê utilizar um símbolo agradável popularmente...






Se os políticos agem assim conosco?

18 de abril de 2006

"Um país se faz com homens e livros"

Monteiro Lobato

José Bento Monteiro Lobato nasceu a 18 de abril de 1882 —mas jurava de pé junto ter nascido em 1884— na cidade de Taubaté.
Filho do fazendeiro José Bento Marcondes Lobato e de dona Olímpia Augusta Monteiro Lobato, ele foi, além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, um dos personagens mais interessantes da história recente desse país.
Cético, tinha como um de seus ditos preferidos o de "não acreditar em nada por achar tudo muito duvidoso". Porém, contrariando sua frase predileta, acreditou em muitas coisas durante sua vida e uma delas foi a indústria brasileira do livro, fundando, em 1918, a "Monteiro Lobato e Cia", a primeira editora brasileira. Antes de Lobato todos os livros eram impressos em Portugal; com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro.
Em 1917, Lobato publicou o contundente artigo "Paranóia ou Mistificação?'', no qual criticou uma exposição de Anita Malfatti e a influência dos "futurismos'' nas obras da artista. Para ele, cada arte, como as ciências, tem suas leis (proporção, simetria etc.), e Malfatti era excelente artista quando as cumpria, tinha um "talento vigoroso, fora do comum", porém, o escritor não gostava quando a artista se deixava seduzir pelas vanguardas européias, assumindo, segundo ele, "uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia.".
Em 1926, ao comentar, no Diário da Noite, o lançamento de um livro de Oswald de Andrade, escreveu: "apareceu em São Paulo como o fruto da displicência dum rapaz rico (...): Oswaldo de Andrade''.
Em seguida a este artigo, Mário de Andrade publicou um artigo no jornal "A Manhã" no qual decretou a morte de Monteiro Lobato, porém, na década de 30, Lobato, Mário e Oswald fizeram as pazes e ele chegou a defender Mário em carta enviada a Flávio Campos na qual afirmava que "Mário, pelo seu talento no analismo criticista, tem direito a tudo, até de meter o pau em você e em mim''.
Nos anos seguintes, Lobato publicou seus primeiros livros: "Urupês", "Cidades Mortas" e "Negrinha". Segundo Marisa Lajolo, Lobato nestes livros traz o melhor de sua literatura, principalmente em "Urupês'' e "Negrinha'', nos quais, segundo ela, "comparecem os diferentes brasis que até hoje, sob diferentes formas, assombram as esquinas da nossa história. Os contos contam do trabalho do menor, do parasitismo da burocracia, da violência contra negros, imigrantes e mulheres, da empáfia dos que mandam, do crescimento desordenado das cidades, da degradação progressiva da vida interiorana; enfim, os contos contam do preço alto do surto de modernidade autofágica que desemboca na crise de 30."Os dois livros mostram a "aguda sintonia de Lobato com um tempo que reclamava novas linguagens" e marcam a vigorosa entrada no mundo literário brasileiro de um grande escritor que, segundo ele mesmo disse, "talento não pede passagem, impõe-se ao mundo".
Logo depois ao glorioso início da carreira literária, Lobato viajou para os Estados Unidos, voltando somente em 1931. Lá enfrentou sérios problemas. Seu livro "O Presidente Negro e o Choque de Raças" —uma história que narra a vitória de um candidato negro à Presidência dos EUA— não foi muito aceito e acabou por custar-lhe grandes desgostos, mas aqui, sempre foi um ardoroso defensor daquele país, chegando a afirmar, em carta enviada a Érico Veríssimo, que considerava os "Estados Unidos como uma dessas famosas composições musicais que são impostas a todos os grandes executantes a fim de tirar a prova dos noves fora do seu valor real, a rapsódia húngara de Lizt (sic), certas fugas de Bach".
Nessa mesma carta, ao comentar o novo livro de Érico, Lobato afirmou: "Escrever bem é mijar. É deixar que o pensamento flua com o à vontade da mijada feliz."
Quando regressou ao Brasil, em 31, Lobato chegou com mais uma crença: acreditava piamente nas riquezas naturais do país e na sua capacidade de produzir petróleo.
Sofreu por isso. Foi um dos maiores defensores de uma política que entregasse à iniciativa privada a extração do petróleo em solo brasileiro. Chegou a remeter uma carta ao presidente Getúlio Vargas na qual denunciava o interesse estrangeiro em negar a existência do "ouro negro" no Brasil e acabou detido no presídio Tiradentes de onde ele enviaria a seus amigos em todo o país cópias da carta que Getúlio considerara "ofensiva".
Monteiro Lobato seria preso novamente pelo mesmo motivo em 1941. Esta luta pelo petróleo acabaria por deixá-lo pobre, doente e desgostoso.
Foi também um dos mais fervorosos adeptos do "georgismo" (jornalista e economista norte-americano Henry George que propôs o imposto único sobre o valor da terra, conforme teoria exposta em seu livro "Progress and Poverty", publicado em 1879). No ano de 1948 publicou pela editora Brasiliense um folheto intitulado "O Imposto Único", no qual Lobato sintetizava a "maravilhosa solução" proposta pelo teórico norte-americano.
Grande parte da literatura de Monteiro Lobato sempre foi direcionada aos leitores pequeninos. Produziu durante toda sua carreira literária 26 títulos destinados ao público infantil. É um dos mais importantes escritores da literatura infanto-juvenil da América Latina e também do mundo.
Sua obra completa foi , em 1946, publicada pela Editora Brasiliense. Esta edição foi preparada e reformulada pelo próprio Monteiro Lobato, o qual, inclusive, reviu diversos de seus livros infantis.
Sua genialidade foi sempre à frente de seu tempo, pois se Laura Esquivel é atualmente famosa pelo seu "Como Água para Chocolate", onde faz da culinária um arte revolucionária dentro da sua literatura, Lobato, por sua vez, e muito antes de Esquivel, tem uma passagem genial na qual inventa livros comestíveis para serem devorados pelos leitores e uma outra onde Narizinho e Pedrinho perdem-se na floresta e, para não morrerem de fome, cortam uma palmeira e comem palmito com mel. Prato moderníssimo.
Também foi um defensor do cinema, de Walt Disney e da frenética velocidade da vida e da cultura norte-americana. Segundo ele "a velocidade no transporte do pensamento" dessa cultura e seus "maravilhosos espetáculos da arte muda" são "uma lição de moral que, se fora aceita, tiraria ao Rio o seu aspecto de açougue do crime passional. O cinema americano ensina o perdão..."
Progressista inveterado, Lobato escreveu certa vez a respeito daqueles que são contrários às coisas novas a seguinte frase: "O grande erro dessa casta de homens é confundir corrupção com evolução. Condenam as formas novas de vida, que se vão determinando em conseqüência do natural progresso humano, em nome das formas revelhas. Logicamente, para eles, o homem é a corrupção do macaco; o automóvel é a corrupção do carro de boi; o telefone é a corrupção do moço de recados".
Monteiro Lobato morreu, vitimado por um derrame, às 4 horas da madrugada do dia 4 de julho de 1948, deixando um legado de personagens que ficarão para sempre impregnados nas retinas de todos aqueles que tiveram e que terão contato com as histórias do Jeca Tatu, do Saci, da Cuca, da boneca Emília, do Visconde de Sabugosa, da Narizinho, do Pedrinho, da Tia Nastácia, da Dona Benta, entre outros tantos que habitam as obras deste que foi conhecido como "O Furacão da Botocúndia".
Renato Roscheldo Banco de Dados da Folha
Charges de Belmonte



Li toda a obra infantil e adulta e viajei muito na imaginação, coisa que a TV não permite pela rapidez das cenas.
Ainda hoje acho que a educação infantil deveria começar com Monteiro Lobato, as crianças lendo em voz alta na sala de aula, comentando e desenhando o que entenderam... A vida seria mais bela!
Minha homenagem ao Mestre Monteiro Lobato.

17 de abril de 2006

Polo Norte, Sol e Lua

Minha amiga Márcia, de Brasília, enviou por e-mail...

16 de abril de 2006

Aceitam?

Moqueca paraense


Ingredientes:

- 01 kg de filé de peixe
- 200 g de camarão rosa;
- 200 g de patas de caranguejo;
- 02 batatas cortadas em pedaços;
- 01 maço de jambu pré-cozido;
- 01 litro de tucupi;
- 100 ml de azeite extra virgem;
- realçador de sabor a gosto;
- folhas de manjericão a gosto;-
sal, pimenta do reino e alho picado a gosto;
- rodelas de cebola e de pimentões verde, amarelo e vermelho;
- mix de pimentinha, pimentão, cebola e tomate triturados;
- mix de cheiro-verde, salsa, chicória, coentro e alfavaca
- 2 tomates em rodelas;
- 2 ovos cozidos cortados


Modo de preparo:

Os pedaços de peixe previamente lavados com limão e depois em águacorrente devem ser colocados num refratário e regados com azeiteextra-virgem, pimenta-do-reino, sal e alho a gosto. Devem ficardescansando nesta mistura por meia hora. Depois de aquecer a panela,coloque o azeite, alho, o mix de pimentinha, tomate, cebola e pimentãotriturados e logo em seguida os pedaços de peixe. Acrescente um poucode tucupi, o mix de cheiro-verde, salsa, chicória, coentro e alfavaca,as batatas e mais tucupi. Coloque o realçador de sabor. Folhas demanjericão à gosto e deixe cozinhar por dez minutos.

O chefe de cozinha dá uma dica. Durante os dez minutos é precisomanter a panela tampada. Isso ajuda a acelerar o cozimento e a preservaro sabor e o aroma dos ingredientes.

Passados os dez minutos, coloque as rodelas de cebola e de pimentõescoloridos, o jambu, as patas de caranguejo, os camarões, um pouco maisdo mix verde, as rodelas de tomates e os pedaços de ovos. Aí é só regarcom azeite e deixar ferver por mais cinco minutos. Depois disso a moqueca está pronta.
Fonte: Portal ORM

As Cerpinhas já estão sendo consumidas, o Creme de Cupuaçu já está gelando, vamos almoçar...

Depois do cochilo eu volto.



2,5 milhões de falsificados. Até a classe A já se rendeu

"...Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Rio (Firjan), pelo menos metade dos consumidores das classes A (47%) e B (49%) admitem que compram piratas..." (cliquem e leiam a matéria completa do Dia)



Indignados com Caixa 2? Com Delúbios, Okamotos e Valérios?
A representação política reflete bem o caráter de boa parte da população, daquela que compra produtos piratas em vez de agir para reduzir a carga tributária, daquela que utiliza celular enquanto dirige, daquela que abre pacotes em supermercados para tirar uma lasquinha dos produtos, daquela que sabe dar um jeitinho na hora em que precisa do seguro do seu automóvel, que não paga IPTU, IPVA porque sabe que terá descontos no ano seguinte, que não paga o condomínio porque a multa é pequena e onera os demais que cumprem suas obrigações.
Vamos continuar a mostrar nossa indignação com os políticos e autoridades, mas vamos também fazer nossa parte. Não adianta continuar com o discurso que o 'ético' oficializou de que todos fazem...
Tem gente que não faz.
Aproveitando a Páscoa, vamos lembrar que a máxima do Cristianismo é "não faça com os outros o que não quer que façam com você".

15 de abril de 2006

Botafogo, Botafogo campeão.

Apesar de ter figurado com maior ou menor intensidade na obra de autores consagrados como Paulo Mendes Campos, Nelson Rodrigues, João Cabral de Mello Neto, Eduardo Galeano e até Albert Camus – que foi goleiro –, o futebol ainda é um assunto tabu quando se discute literatura. Há quem diga que é impossível abordar um tema tão popular com textos de alto nível, da mesma maneira que não é incomum encontrar críticas aos cronistas esportivos que injetam doses de erudição em suas análises cotidianas do velho esporte bretão. Quem discorda de tudo isso ficaria em êxtase diante de “Botafogo – Entre o Céu e o Inferno”, livro de Sérgio Augusto. Com análises precisas como um lançamento do Gérson, conhecimentos enciclopédicos dignos de um Nilton Santos, a picardia dos dribles de Garrincha e a sofisticação de um Didi conduzindo a bola pela meia-cancha, Sérgio Augusto concebeu uma obra capaz de agradar até mesmo quem não torce pelo Botafogo – inclusive aqueles três ou quatro brasileiros que não gostam de futebol.

Em brilhante prefácio da obra, o amigo e fanático botafoguense João Moreira Salles chamou a atenção dos leitores para uma frase do autor, que resume perfeitamente a filosofia alvinegra: “Torcer por time de massa é como ler apenas best seller”. Meu padrinho literário Sérgio Augusto leu muita coisa – e felizmente pouquíssimos best sellers. Graças a isso, seu estilo é elegante e apaixonado, sem deixar de lado a informação bem pesquisada e acima de tudo o bom humor. Ele tem razão: ser Botafogo não é para qualquer um. O botafoguense é aquele sujeito que não precisa do apoio moral da maioria como o flamenguista, que não pretende ser o arquiinimigo e o contraponto do clube mais popular como o vascaíno e, ainda que sem flertar com o populismo, não se considera de elite a ponto de ser Fluminense. O torcedor alvinegro é, portanto, essencialmente diferente dos demais.

Um torcedor diferente porque, ao longo da história, construiu uma relação muito especial com o sofrimento. Quando ouve um rubro-negro queixar-se da dor de não conquistar um título nacional desde os tempos de Júnior, um tricolor desfilar seu rosário de rebaixamentos consecutivos até a terceira divisão e um vascaíno comentar o suplício de torcer por um clube governado por um déspota, o botafoguense deixa escapar um sorriso de superioridade e fala baixinho, como que para si mesmo: “vinte e um anos...”. Pois é. Sofrimento é uma coisa, mas vinte e um anos sem títulos é algo que desafia os limites da fé. Quem é capaz de torcer por um time que passou duas décadas sem uma volta olímpica está pronto para tudo. E assim é o torcedor do Botafogo: foi ao inferno, viu o diabo de perto, retornou – e agora vive com a paz dos sábios, sem esperar de seu time mais do que ele pode oferecer.

Além do jejum mais longo da história do futebol carioca, das superstições intermináveis, dos ídolos trágicos como Garrincha e Heleno, o torcedor alvinegro teve que se acostumar com uma outra vicissitude: aquela do “há coisas que só acontecem com o Botafogo”. Juntem todos esses ingredientes num mesmo caldeirão, adicione-se uma final com o Madureira, clube que jamais foi campeão carioca e era a grande zebra da decisão, e o leitor poderá ter uma idéia do estado de espírito dos botafoguenses nos últimos dois finais de semana. E se para alguns a vitória na primeira partida representou alívio, para outros, pessimistas profissionais, a vantagem de 2 x 0 era apenas uma prova cabal e irrefutável da derrota trágica na finalíssima.

Apesar do histórico de tragédia, de pessimismo, de má sorte e de amargura, domingo os botafoguenses de todos os matizes comemoraram feito loucos. Não comemoraram apenas porque o título carioca era muito ansiado em General Severiano. Mas comemoraram, sobretudo, porque ele chegou de forma maiúscula e incontestável. O Botafogo não tomou conhecimento do Madureira. O primeiro grande título da gestão de reconstrução que Bebeto de Freitas faz no clube foi obtido em meio a cinco gols e muita festa nas arquibancadas, nas duas partidas. O Alvinegro colocou a força de sua tradição em campo, como já havia feito na segunda etapa da decisão da Taça Guanabara, contra o América. O Botafogo ganhou com hierarquia. E quando um clube com a grandeza do Botafogo faz valer sua hierarquia, o desfecho é inevitável. Para alegria dos torcedores mais arrumados de cabeça – e para desconcerto dos pessimistas retintos. Parabéns Botafogo. Quando jogas assim, não podes perder. Perder pra ninguém.
no mínimo, Marcos Caetano
"O ferro enferruja pela falta de uso, a água estagnada perde a sua pureza e no frio fica congelada - do mesmo modo, a ociosidade exaure a vitalidade da mente." - Leonardo da Vinci, (15 de Abril de 1452 - 2 de Maio de 1519), Pintor, escultor, arquiteto e engenheiro italiano do Renascimento.

Charge do jornal carioca O Dia

14 de abril de 2006

Páscoa época de repensar os rumos...

Collor responde Lula!!!

Em entrevista, Collor ouve resposta de Lula ao Milton Neves sobre Collor e responde a mesma pergunta:
Fernando Collor, voce tem pena de Lula???
Ouça
AQUI>>>
Imperdível!! Published by gusta.


Pesquei lá no Reaja Brasil, blog da Gusta (aproveitem e conheçam, atualizado, livre e corajosamente atuante).
Em 1992, logo após o impeachment, o Milton Neves perguntou ao Lula se ele tinha pena do Collor. Hoje o Collor responde se ele tem pena do Lula. Muito boa a postura do ex- Presidente, a entrevista tem cerca de 20 min e é agradável até o final.

13 de abril de 2006

O significado dos coelhos e dos ovos de Páscoa


O coelho, apesar de ser um mamífero e por conseguinte não botar ovos, assumiu o papel de produtor e entregador dos ovos de Páscoa. Isso devido à notória capacidade de reprodução desses animais que se tornaram símbolo da fertilidade. Já o ovo, representa o surgimento da vida e a origem do mundo. Daí sua relação com a ressurreição de Cristo e a Páscoa.

A tradição de presentear a família e os amigos com ovos coloridos é um costume antigo dos chineses. Esses povos decoravam ovos de galinha e davam de presente a pessoas queridas, em comemoração à Festa da Primavera, que no hemisfério Norte, coincide com os meses de março e abril, próprios da Páscoa. Ao longo dos anos, o costume foi sendo passado às demais culturas do mundo todo e os ovos de galinha passaram a ser substituídos por ovos de madeira, de prata e de ouro decorados com pedras preciosas e, por fim, pelos de chocolates em decorrência principalmente, da chegada das indústrias de chocolate.

Atualmente, o chocolate é como o tender de Natal ou o quentão da Festa Junina, tem que estar presente em toda Páscoa, seja no formato de bombom, de barra, de coração, de coelhinho ou da maneira mais tradicional, que é a de Ovo de Páscoa.

ORIGEM E SIGNIFICADO DA PÁSCOA

......A origem da celebração da Páscoa está na história judaica relatada na Bíblia, no livro chamado “Êxodo”. Êxodo significa saída, e é exatamente a saída dos judeus do Egito que esse livro relata.
Quando Ramsés II, rei do Egito, subiu ao trono, apavorou-se com o crescimento do povo de Israel, achando que esse crescimento colocava em risco o seu poder. Essa preocupação, deu início a uma série de ordens e obras levaram os judeus a um período de grande sofrimento.
......Conta a Bíblia que Deus, vendo o que se passava com seu povo, escolheu Moisés para tirá-los dessa situação, dando a ele os poderes necessários para o cumprimento da missão. Na semana em que o povo de Israel iniciou sua jornada para sair do Egito, Deus ordenou que só comessem só pão sem fermento e no último dia, quando finalmente estariam fora do Egito seria comemorada a primeira Páscoa, sendo esse procedimento celebrado de geração em geração.
......Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em judaico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa.
......Jesus Cristo deu novo significado à Páscoa. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe a receita para que o povo se libertasse dos sofrimentos e das maldades praticadas naquela época.
......A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos. A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, iluminada e regrada pelos preceitos de Deus.
......O domingo de Páscoa marca a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz.
......Hoje, o domingo de Páscoa representa uma oportunidade de fazermos uma retrospectiva em nossas vidas, e estabelecermos um ponto de recomeço, de sermos melhores, de sairmos do "Egito".

A DATA DA PÁSCOA
......A Páscoa é comemorada no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera, ou seja, depois de 21 de março. Por isso, a celebração ocorre sempre entre 22 de março e 24 de abril. A partir dessa data, é que fica estabelecido o período de 46 dias, conhecido como Quaresma, que vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa.
......A celebração da Páscoa dura cerca de 50 dias. Tem início no Domingo da Ressurreição e se estende até o fim de Pentecostes, quando se relembra a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, sob a forma de línguas de fogo.



Uma excelente Páscoa a todos e que Deus continue nos abençoando.

11 de abril de 2006

"Lula e Luxa, tal e qual"

"Na festa de ontem, da Federação Paulista de Futebol, Lula derramou-se em elogios a Vanderlei Luxemburgo.
Em 2001, no entanto, quando o Corinthians contratou o técnico, Lula, ainda candidato à presidência da República, ligou para Alberto Dualib e para Roque Citadini para protestar contra a contratação.
Argumentou que era um péssimo exemplo por causa do que as CPIs haviam apurado.
Até um manifesto de protesto chegou a ser planejado por seus assessores mais diretos.
Luxemburgo soube e quando lhe perguntaram em quem votaria nas eleições presidenciais declarou que não seria em Lula "que não gosta de mim como eu não gosto dele".
Ontem trocaram abraços e elogios.
Luxa estava no papel dele, mas Lula...bem, pensando melhor, também.
Ele não tem nenhum compromisso a não ser com ele mesmo."
Escrito por Juca Kfouri

10 de abril de 2006

Enfim, legalizada...


Após tantas prestações de serviço o reconhecimento chegou!
Foi legalizada a atividade comercial responsável pela alegria e sucesso de muitas festas-mix (fins particulares com meios públicos) no amâgo do poder.
Será que irão compartilhar com a população o Programa Atraso-Zero? Ou distribuirão cremes para as mãos dos mais necessitados?

9 de abril de 2006

O 100º Campeonato Carioca, com trilha sonora, tem dono


"Madureira chorou
Madureira chorou de dor
Quando a voz do destino
Obedecendo ao divino
A sua estrela chamou
Gente modesta
Gente boa do subúrbio
Que só comete distúrbio
Se alguém os menosprezar
Aquela gente que mora na zona norte
Até hoje chora a morte da estrela do lugar"


"A vedete principal do subúrbio da central foi a pioneira
E um trem de luxo parte
Para exaltar a sua arte que encantou Madureira
Mesmo com o palco apagado apoteose é o infinito
Continua a estrela brilhando no céu"

"Esse é o Botafogo que eu gosto..."

"É hoje o dia... da alegria..."



Já estou no clima da decisão, me aguardem após o jogo.
O Junior veio de Brasilia para ver ao vivo. Estaremos todos lá, o Cezinha fez um caixão e a Laiz uma estrela para levarem ao Maraca.
É cam-pe-ão....

8 de abril de 2006

Ainda repensando nosso Brasil...

Alertado pelo Alexandre, continuo a colocar minha posição frente ao comportamento da mídia e autoridades com relação à inversão de valores.

Durante bastante tempo fomos orientados a não reagir a assaltos, a avisar ao assaltante o que estamos fazendo e agir com cautela, a andar com dinheiro no bolso para evitar que o assaltante fique com raiva, enfim, fomos orientados a ficarmos passivos durante o assalto.
Não é minha pretensão dizer o contrário, que devemos reagir, o que quero é deixar claro que os criminosos também vêem televisão e lêem jornais. A audácia atualmente praticada pelos assaltantes é tamanha, já partem do pressuposto que a sociedade está avisada e deve deixar a coisa fluir normalmente. Prá que ficar com essa publicidade que somente o assaltante leva vantagem. Qualquer ser vivo, é instintivo, luta para preservar sua vida e foge quando está em desvantagem. Prá que tirar o fator surpresa que deixava o criminoso na dúvida.

Outra coisa é falar em Direitos Humanos para os criminosos. Claro que não precisam ser tratados como bichos, devem ter uma atividade educadora e produtiva para pagar pelos seus erros, mas justificar seus atos como desequilibrio social é demais. Foi isso que originou a celébre frase dos meninos que pedem esmola em sinais: "Poderia estar roubando mas estou só pedindo".
Tenho visto a audácia nos assaltos aqui no Rio, com substancial aumento da sensação de impunidade. Falam abertamente em atacar quartéis, cabines de Polícia, carros e rondas. Posam para fotos sempre com menores ao lado para enfatizar a desigualdade social.
Pagamos e caro para o Governo manter uma política social e educacional e aí o Governo trata os benefícios como esmola. Através de uma política paternalista permite, entre outras coisas, que os pais façam vista grossa no trabalho dos seus filhos menores junto ao tráfico. Sabem que se forem pegos terão o Estatuto que os livrarão de penas correspondentes aos crimes praticados.

Porque não punir os pais com suspensão das "esmolas" governamentais e obrigar a serviços comunitários, respondendo pelos erros dos filhos menores. Se colocaram no mundo são responsáveis até que completem a maioridade.
Chegam ao cúmulo de ridicularizar a Polícia com acusações falsas de chachinas e covardias com traficantes, de serem responsáveis pelas balas perdidas. Claro que existem distorções mas a generalização das acusações e banalização da Polícia só dá vantagem para os criminosos. Isso vale também para a mídia.

Outubro está chegando.
Comente com que estiver ao seu alcance sobre as maracutais dos políticos, sempre citando os nomes e fatos.
Os governantes e suas políticas sociais, de segurança e referentes à qualidade de vida da população. O que está sendo feito, de bem e de mal, sempre com nomes.
Vamos demonstrar nossa indignação e escolher pessoas comprometidas, de preferência novatos na vida pública. Vamos tentar começar tudo de novo, se vai levar uma ou mais décadas, vamos dar o primeiro passo, vamos amadurecer...


Exemplo de inversão de valores:

A Assembléia do Rio acaba de aprovar uma anistia de 90% dos valores das multas e IPVA atrasados. Acabei de pagar o meu IPVA e fico sabendo que se atrasasse um ano só pagaria 10% do valor total. É mole?

7 de abril de 2006

Precisamos repensar o nosso Brasil...


Copiado do blog do Claudio Weber Abramo, A COISA AQUI TÁ PRETA:

"Horror
Pedindo desculpas antecipadas aos eventuais visitantes, reproduzo abaixo texto de e-mail proveniente do esgoto e que está circulando.

DE MÃE PARA MÃE
Hoje vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.
Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de comissões, pastorais, órgãos e entidades de defesa de direitos humanos.
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver se abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...
Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila viu?.... que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem, tá?

Circule este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil!
Direitos humanos são para os humanos!!!!!!!!!!!


Como, evidentemente, a carta é apócrifa (é claro que não foi nenhuma mãe que a escreveu), fica-se imaginando quão doentia deve ser a mente (e a postura ideológica) de quem produziu tal coisa. Com absoluta certeza, é alguém que despreza igualmente as mães pobres com filhos enterrados em cemitérios de periferia.
Reproduzo a mensagem só para lembrar que há pessoas por aí capazes de tudo, desculpando-me, de novo, por tê-lo feito." Comentário do Claudio Abramo

Ingressos esgotados para final do Carioca


Rio - O torcedor do Botafogo que quiser assistir o jogo decisivo contra o Madureira, pela final do Carioca, agora terá que comprar com cambista ou ver pela televisão. Nesta sexta-feira, todos os 44.550 bilhetes colocados à venda se esgotaram.
O Dia Online

6 de abril de 2006

Divulgando o que é bom e importante

"O INÍCIO DO FIM


Há tempos assistimos a desconstrução das bases do Estado Democrático, levada a efeito pelo PT.

Tudo faz parte do projeto de perpetuação no poder que visa a instalação de um Estado Totalitário, e isso eles estão conseguindo, pois o povo se volta contra o Parlamento e contra o Judiciário neste momento, enquanto o supremo mandatário é preservado de forma indecente pela “oposição” pusilânime e conivente.

Caso reeleito, "NoveDedos" e sua gang se acharão com “respaldo popular” para extinguir estas duas instituições ou encabrestá-las definitivamente, a exemplo do ocorrido na Venezuela.

Não podemos cair em mais esta armadilha petralha - a demolição dos alicerces da democracia pela via da corrupção de seus membros.

Estamos assistindo ao “início do fim”."




Comentário do Alexandre, blog Outras Letras (é so clicar, vale a pena ler outros comentários dele), claro e objetivo sobre os riscos que corremos. Temos que ter uma opinião formada e baseada em fatos para divulgar os perigos que corremos.
O Alexandre tem feito um proveitoso e profundo estudo sobre o momento político, com pesquisa séria e opiniões que nos ajudam a entender o grave momento que estamos passando. Tão objetivo quanto o que faz o Silvio Persivo, meu guru.
O conhecimento e grito de cada um de nós confirmando a necessidade de mudanças para um País melhor e mais justo através do voto em Outubro é a condição ao nosso alcance para o desenvolvimento do Brasil, com o Povo livre e satisfeito.

Lastimável!

Estamos com nossos valores em baixa...
Estamos celebrando até o o correto...
A coisa anda tão mal que o simples fato de relatar os erros deve ser comemorado...

Quem somos nós, hoje? A geração que defenestrou o Collor morreu? Esquecemos que lutamos por um País melhor?

A comemoração é tão emblemática quanto a filmagem do cara dos Correios colocando a grana no bolso.

Por falar nisso, o que aconteceu com ele?

5 de abril de 2006

Prevenção....

O Ministro da Saúde de Portugal mandou jogar no lixo todos os frangos que estavam à venda em supermercados, açougues, etc...
Motivo: no pacote estava escrito:
" Frango resfriado"

Colaboração da minha amiga Márcia, lá de Brasília.

Luto!

Carequinha, nosso Educador Divertido, acaba de nos deixar.
Que siga em Paz, de mãos dadas com Jesus.


"Rio de Janeiro
Morre o palhaco Carequinha
RIO - Morreu no início da manhã desta quarta-feira, aos 90 anos, George Savalla Gomes, o Palhaço Carequinha.
Ele se sentiu mal em casa, no município de São Gonçalo, com falta de ar e dores no peito. Carequinha foi medicado em casa e foi levado ao Hospital das Clínicas, que fica próximo a sua residência, para a realização de exames. No entanto, não resistiu e morreu." JB Online

4 de abril de 2006

Em Belém...

"Uma menina de apenas 2 anos ficou refém de um assaltante por quase uma hora no bairro do Jurunas. Após praticar assalto à embarcação “Souza Sobrinho”, que faz a linha Belém-Limoeiro do Ajuru, Jonathan Góes Teixeira, 18 anos, foi perseguido por uma viatura da Policia Militar e invadiu a residência, localizada na passagem Jacób, 11. No momento da ação, a mãe da menina estava no quintal estendendo roupas, enquanto a criança dormia em uma cama.

As negociações ficaram a cargo do tenente Marcelo, da 4ª Zpol. Após cerca de 20 minutos de conversa, Jonathan exigiu um colete à prova de balas e a presença de sua esposa e da imprensa. Atendidas as exigências, o assaltante se entregou e foi conduzido à Seccional da Cremação. Na Seccional a esposa do assaltante, M.S.F, 17 anos, carregava no colo a filha recém-nascida do casal." Fonte: Diário do Pará


Reparem na tranquilidade do assaltante. Ele sabe que não haverá reação porque a mídia diariamente assim prega. Concordo que é perigoso a reação mas conseguiram até matar o senso de proteção maternal, espalharam tanto medo que o ladrão está tranquilo na sua ação.
Vejam a negociação, o ladrão cheio de direitos, com filho pequeno igual à vítima, porém clamando por Direitos Humanos.
Precisamos repensar, estamos caminhando por covardia a aceitar que o mundo retorne à bárbarie, se é que um dia foi igual aos dias de hoje, com todo conhecimento acumulado.
Leiam toda a notícia antes de falarem em desigualdade social.
E o Presidente não sabe de nada...

"Ratos", pela Saramar

"Se apodera de muitos corações
Pra tomar volumosas proporções
No caminho do luxo e do prazer
Todo mundo quer ouro, quer crescer
Com a máfia da vil corrupção
Suga o povo e os cofres da nação
Que estão explorados e falidos
E o Brasil dominado por bandidos
Quanto mais poderoso mais ladrão”

“Potentado nem um vai pra cadeia
Num país que só há democracia
Para a classe da alta burguesia
Que está sempre de mala e bolsa cheia
Só o pobre vai preso e leva peia
Quando rouba alguma coisa pra comer
Mas o rico é o dono do prazer
Amparado por todo esse regime
Mata, rouba, faz tudo quanto é crime
Equipado nas armas do poder”


CPI, mensalão e ratos brasileiros, cordel de Mestre Azulão

Cópia integral do comentário da minha amiga Saramar, lá no Escrevinhações, tão bom que merece a maior amplitude.
Aproveitem para visitar também a Casa do Escritor e conhecer o trabalho dela e de outros escritores.