29 de junho de 2006

PIMENTA PARA DOR DE CABEÇA E ENXAQUECA

Pesquisas mostram que o consumo de pimenta, alimento rejeitado por muitas pessoas, reduz o risco de doenças como câncer, catarata, mal de Alzheimer e diabete. Segundo o gastroenterologista e cirurgião da obesidade do Hospital Santa Rita de São Paulo, Almino Cardoso Ramos, há estudos que mostram que a pimenta não faz mal nenhum. "O consumo de pimenta é essencial para quem tem enxaqueca ou dor de cabeça crônica", afirma. O médico também informa que a substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. "Entre outros benefícios, a pimenta impede a coagulação do sangue e, portanto, evita tromboses. A pimenta contém vitamina E e seis vezes mais vitamina C que a laranja", diz.


Fonte: Ag. Estado, Anne Warth

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E viva a pimenta!!!
Aprendi a saborear no meu tempo de Belém, ia ao Ver-O-Peso escolher e preparar os molhos prá todo tipo de ardido. A turma que experimentava, gostava.

Conhecem a geléia de pimenta? Não se arrependerão se conhecer... ainda mais fazendo bem à saúde




Um julgamento por baixo da toga indecente

Um ex-juiz americano está chocando a conservadora sociedade de uma cidadezinha de Oklahoma. Donald D. Thompson, um veterano com bagagem de 23 anos na Justiça dos EUA, está sendo processado por usar uma bomba de sucção peniana a vácuo enquanto estava julgando outras pessoas em seu tribunal. Sim, debaixo da toga o magistrado fazia exercícios que a Justiça, cega, não podia ver.
Mas ele acabou denunciado pelo som peculiar do aparelho. As acusações vieram à tona quando um policial que estava na corte ouviu o barulho que o aparelho de sucção fazia. Durante uma interrupção de julgamento, o policial aproveitou para fotografar o objeto. Era o começo de sua magistral "decadência". E a pacata Bristow nunca mais seria a mesma!
Thompson, de 59 anos, recebeu quatro acusações de postura indecente, o que pode lhe render 10 anos de prisão e fazer com que sua recheada pensão de US$ 7.500 seja confiscada. Além disso, se condenado, ele figurará em uma lista negra de agressores sexuais.
Uma funcionária do tribunal onde Thompson atuava caiu em prantos ao descrever o som que o aparelho usado pelo juiz fazia na sala. No seu testemunho, ela disse que entre 2001 e 2003 viu magistrado estimular seu pênis pelo menos 15 vezes.
Em uma das vezes - acreditem vocês - Thompson fez o "exercício" peniano quando o avô de um bebê assassinado prestava um emocionado testemunho durante julgamento.
A estrela do processo agora é exposta ao júri sobre uma caixa. Volta e meia o promotor recorre a ela para mostrar o som que denunciou a prática ilícita do juiz. E arranca muitas risadas. Um membro do júri chegou a dizer tem visto um artefato idêntico em um filme da série "Austin Powers"... E a pacata Bristow nunca mais será a mesma!

Os EUA e sua moral, amoral e imoral...

28 de junho de 2006

LEVIATÃ? Que é isso?

Sabe o que é ou quem é Leviatã?
Clicando aqui saberá, mas se clicar em Outras Letras, entenderá.


Garoto...

Anibal Augusto Sardinha, mais conhecido como Garôto, era filho dos imigrantes Portugueses, Antônio Augusto Sardinha e Adosinda dos Anjos Sardinha.
Nasceu no centro de São Paulo em 28 de junho de 1915.
Quem poderia imaginar que naquele dia a Música Brasileira mudaria o curso de sua história, e o mundo em alguns anos teria a oportunidade de conhecer um dos mais brilhantes e talentosos violonistas/compositor de todos os tempos?
Garoto começou a trabalhar desde cedo. Aos 11 anos, já era ajudante de uma loja de música no Brás. Neste mesmo ano, ganhou de seu irmão seu primeiro instrumento, um Banjo. Pode-se dizer que naquele dia, Garôto iniciou sua carreira. Alguns meses depois, já estava tocando no Regional dos irmãos Armani, e começou a ser chamado de O Moleque do Banjo.
Em uma entrevista para o jornal Correio Paulistano, de Dezembro de 1949, Garôto relembra: "Em 1929, no Palácio das Industrias, tive minha primeira oportunidade, tocando com Canhoto, Zezinho e Mota, para um programa da General Motors. Éramos um grupo grande.
Tempos depois, formamos uma Orquestra, com uniforme, gravatinha preta e calça de flanela, e depois comecei a tocar sozinho, e com o falecido Pinheirinho Barreto e Aluisio Silva formamos um novo grupo. Foi quando gravamos Zombando da Morte, um Samba que se tornou muito popular. Em 1927, a vitrola chegou ao Brasil, e provavelmente Garoto fez sua primeira gravação em 1929 com Paraguassu (seu tutor na época). Daí em diante, Garôto começou a trabalhar intensamente, tocando por todo o Estado de São Paulo em todo o tipo de ocasião. Mas São Paulo ficou pequeno para seu talento, e foi para o Rio de Janeiro em 1938 com o firme propósito de dar nova direção à sua carreira.
Não imaginava que sua estadia no Rio seria breve, mas muito intensa. Começou a trabalhar na Radio Mayrink Veiga, que tinha um elenco de grandes estrelas, como Carmen Miranda e Laurindo de Almeida. Com Laurindo, formaram o duo de ritmo sincopado, e o grupo Cordas Quentes. O duo participou de várias sessões de gravação, para Henricão, Carmen Costa, Jararaca e Zé Formiga, Alvarenga e Ranchinho, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Carmen Miranda, para citar alguns. No final de 1939, a grande surpresa, os Estados Unidos.

Querido Garoto:
Espero que você tenha gostado da idéia de vir para cá, e aceite-a pois esta terra é a melhor do mundo, só você estando aqui é que acreditará. Estamos ansiosos para que você venha, eu e os rapazes.
Abraços da Carmen.

Êle aceitou o convite, e em 18 de outubro de 1939 embarcou no navio Uruguay para os Estados Unidos, para uma estadia que entre outras coisas rendeu-lhe o título de "O homem dos dedos de ouro", dado pelo organista Jesse Crawford.

Se tornou uma atração extra.
Enquanto Carmen atraía para si grandes platéias, ávidas para descobrir o que é que a Bahiana tem, que as outras mulheres não têm, uma platéia diferente composta de grandes nomes do Jazz e seus adeptos, compareciam aos shows, maravilhados pelo músico jovem e virtuoso vindo de uma terra distante. Êle não simplesmente acompanhava Carmen. Sua habilidade no instrumento, e seu estilo pessoal ao interpretar as Marchas e Sambas que Carmen Cantava, era o bastanta para projetá-lo. Duke Ellington e Art Tatum eram, entre outros, assíduos na platéia. Quando os shows de Carmen terminavam, Garôto se apresentava sozinho, para uma platéia ávida para tomar conhecimento daquela nova concepçãao que êle estava introduzindo no mundo da música. Após oito mêses trabalhando para Carmen, em diversas cidadesAmericanas, Broadway, filmes e até tocando para o Presidente Roosevelt na Casa Branca, Garôto voltou ao Rio, para começar a jornada mais longa de sua vida, que durou quize anos.

Nos últimos quize anos de sua vida, (Garôto faleceu aos 39 anos, em 3 de Maio de 1955), trabalhou muito, em sessões de gravação, fazendo concêrtos, e compondo algumas das mais lindas canções, choros e Sambas que os Brasileiros jamais tinham ouvido, algumas vendendo mais de um milhão de cópias.
Com sua maneira de interpretar o Samba e o Choro ao violão e de compor, Garôto foi o homem que deu novo rumo à Música Popular Brasileira, infuenciando alguns dos maiores nomes da nova geração, indicando o caminho que levou a alguns anos depois à chamada Bossa Nova.
Conta Waldemar Henrique, que viveu e compreendeu muito bem aquela época: " Não foi uma transformação. Foi um grande períodode gestação, conscientização, compositores lúcidos que estavam à procura da modernidade, quebra de regras, influências, lutando contra a pobreza e o preconceito. Desde Pixinguinha (Carinhoso), Ary Barroso (Faceira) Dorival Caymmi (Dora), Garôto (Duas Contas), Dolores Duran (Por causa de você), a "coisa" estava sendo criada, as flores brotando no jardim maravilhoso que hoje apreciamos.
O verdadeiro mestre, o guia modesto, a figura forte que preparou a concepção da Bossa Nova foi Garôto. Ao redor de seu violão maravilhoso, estavam Radames Gnatali, Chiquinho e alguns meninos, que "garimpavam" noite e dia; João Donato, João Gilberto, Tom Jobim, Ed Lincoln, Vandré, Luis Bonfá, Luiz Eça e Dolores Duran.
Mais tarde, Tom Jobim se juntou a dois excelentes poetas, Ismael Neto, do Pará, e Vinicius de Moraes, levando a Música Brasileiraà escalada magistral que Garôto não viu, porque a morte veio buscá-lo.


Em 1993, a produtora Brasileira "Projeto Memória Brasileira", patrocinada por Violões Di Giorgio, lançou um CD, com as únicas gravações feitas po Garôto tocando sozinho, e nunca antes lançadas.
É o único registro de seu talento.

Ouça alguns trechos do que você encontrará neste CD.

Jorge do Fusa(Garôto) - Real Audio

Inspiração (Garôto) - Real Audio

Gracioso (Garôto) - Real Audio

Lamentos do Morro (Garôto) - Real Audio


Talvez a mais popular (recente?) música do Garoto tenha sido Gente Humilde, com letra de Vinicius e Chico Buarque.
Nossa memória tem que ser preservada...

Aroeira, em O Dia




E viva nosso "gordo"!!!!!!
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26 de junho de 2006

Operação no Alemão termina com um morto, três policiais feridos e 'Caveirão' danificado

Rio - Um traficante ainda não identificado do Complexo do Alemão, na Penha, foi morto na tarde desta segunda-feira durante operação realizada pela Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core). Na ação, três policiais civis ficaram feridos e o veículo blindado da corporação, conhecido como Pacificador, foi danificado.




O veículo apresentou problemas na embreagem após ser atingido por três granadas, ficando impossibilitado de deixar o local. A pé, os policiais tiveram que pegar carona numa kombi de frete antes da chegada de reforços da Polícia Militar.
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Segurança Pública....
Fazer o quê, somos nós que escolhemos os que fazem as leis e principalmente quem é responsável pela execução...


Sony tenta recuperar identidade

Agência Estado

Quando Kumiko Ishioka fez seu seguro de carro no ano passado, ela preferiu a empresa que ofereceu o produto mais barato. Mas também ajudou o fato de que a marca da empresa era a mesma que emitira sua apólice de seguro de vida, da sua loção de pele favorita e até do seu aparelho de televisão.
"Sony é um nome no qual você pode confiar", afirmou Ishioka, 38 anos, proprietária de uma butique de roupas em Wako, subúrbio de Tóquio. "Mas, na realidade, não é mais somente uma empresa de produtos eletrônicos".
Nos Estados Unidos a Sony é conhecida como a gigante do setor de produtos eletrônicos que se expandiu para área de filmes e música, com resultados irregulares. Mas, no plano doméstico, no Japão, ela é uma empresa enorme e difusa, um conglomerado que se expandiu, vendendo os mais variados produtos, desde baterias para lanternas, serviços bancários online até foie gras.
O que é problemático. A Sony se ampliou para tantas áreas de negócios no Japão e no exterior que está confundido sua identidade original, de empresa inovadora na área da engenharia. Para os analistas, esta imagem mais obscurecida ameaça um dos ativos mais lucrativos da empresa: o chamado "ágio" Sony, ou seja, preços mais altos para seus produtos eletrônicos, que ainda representam 64% da receita da empresa, excluindo as vendas internas entre as divisões da Sony.
Restaurar esse ágio, acrescentam, é um dos mais prementes desafios com que se depara o principal executivo da Sony, o americano Howard Stringer, que assumiu o comando da empresa há quase um ano. Stringer tenta dar um novo vigor à empresa, depois de anos com produtos sem atração e lucros desapontadores. Entretanto, enquanto as receitas começaram a se recuperar, esse ágio continua encolhendo.

Código da Vinci
A Sony ainda é uma das marcas mais conhecidas do mundo. De acordo com os analistas, porém, mesmo nos Estados Unidos, hoje parece estar mais associada ao recém-lançado filme O Código da Vinci do que aos aparelhos portáteis de música, por ela criados em 1979, ou aos aparelhos Walkman, hoje superados pelo iPod, da Apple.
"O que é a Sony atualmente?", pergunta Hitoshi Kuriyama, analista da Merril Lynch. "Não sabemos mais. Os consumidores costumavam pagar mais porque a marca significava algo especial".
Embora a Sony tenha perdido grande parte do terreno no Japão, os analistas dizem que o ágio também encolheu nos Estados Unidos, onde a empresa precisou cotar seus produtos mais novos, como os televisores de alta definição, a um preço próximo do cobrado por rivais como Sharp, Panasonic e Samsung.
"A Sony precisa reduzir esse ágio" diz Paul ODonovan, da empresa de pesquisa de mercado Gartner. "O valor da marca, embora ainda alto, está nitidamente em queda na cabeça do consumidor." Para Stringer, restaurar a imagem da Sony é uma prioridade, para evitar que os problemas no Japão se espalhem para o exterior.
Stringer promete concentrar a atividade da empresa de novo nos produtos eletrônicos e na fabricação de "produtos campeões", que tornaram a Sony famosa. Em fevereiro deste ano, o executivo anunciou planos para vender diversas empresas não essenciais sediadas no Japão, incluindo uma fabricante de cosméticos, uma empresa de compras por reembolso postal, o Sony Family Club, e uma cadeia de restaurantes parisienses.
Embora tenha conseguido progressos, como ficou provado pela elevação das receitas, para os analistas o seu caminho ainda é longo. "Precisamos refazer a marca seriamente em termos de energia e percepção em todo o mundo", afirmou Springer em entrevista.
A empresa tem cerca de 1.000 subsidiárias e afiliadas em todo o mundo, das quais um terço não tem relação com suas atividades principais, relacionadas com produtos eletrônicos. Na verdade, a área mais rentável dentro do grupo Sony atualmente não é a de eletroeletrônicos, mas a financeira. No Japão, a empresa conta com três empresas da área financeira (duas seguradoras e um banco), que fazem sucesso graças aos seus baixos custos.

As informações são de O Estado de S.Paulo.
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É, o mundo capitalista e cada dia mais lucrativo está num crucial dilema.
Expansão, diversificação, identidade?
Será que ainda comeremos um macarrão Ferrari? Ou beberemos um vinho McDonald? Conseguem se imaginar vestindo uma roupa MicroSoft?
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Flagrante doméstico...

Minha filha Laiz e sua hamster Bijú, estudando e assistindo televisão.
As duas.

23 de junho de 2006

Li, gostei e copiei

Arca de Noé em Belo Horizonte

Um dia, o Senhor chamou Noé que morava em Belo Horizonte e ordenou-lhe:
Dentro de 6 meses, farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que o Brasil seja coberto pelas águas. Os maus serão destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal. Vai e constrói uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.
Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa, quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:
- Onde está a arca, Noé?
- Perdoe-me, Senhor suplicou o homem.
Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:
Primeiro tentei obter uma licença da Prefeitura, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, me pediram ainda uma contribuição para a campanha do PT para eleição do prefeito.
Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui empréstimo, mesmo aceitando aquelas taxas de juros absurdas, afinal, existia, desde 1996,
O comprimisso de doações ao PSDB.
O Corpo de Bombeiros exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.
Começaram então os problemas com o IBAMA e IEF para a extração da madeira. Ora, são os burocratas no poder que mandam. Eu disse que eram ordens Suas, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento " e um tal de "Plano de Manejo". Afinal, somente os fazendeiros poderiam explorar legalmente.
Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de animais guardados em meu quintal. Ora, o ramo é dos pecuaristas. Além da pesada multa, o fiscal falou em "Prisão Inafiançável " e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque, para este crime a lei é mais branda.
Ora, é assim que sobrevivem os advogados e nossa justiça
Quando resolvi começar a obra, na raça, apareceu o CREA e me multou porque eu não tinha um Engenheiro Naval responsável pela construção.
Ora, ora, pra que servem os " universitários "...
Depois apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida a Receita Federal, falando em " sinais exteriores de riqueza " e também me multou.
Finalmente, quando a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pediu o " Relatório de Impacto Ambiental " sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa do Brasil. Afinal, são especialidades dos nossos profissionais ( phd / mba ).
Aí, quiseram me internar num Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o INSS estava de greve... Aliás, a doença é publica, mas a saúde não.
Noé terminou o relato chorando, mas notou que o céu clareava e perguntou:
- Senhor, então não irás mais destruir o Brasil?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens
- Pelo que ouvi de ti, Noé, cheguei tarde!


O Político brasileiro, já se encarregou de fazer isso!





Li no blog da Stella, o Refletir e Participar ( http://refletireparticipar.blig.ig.com.br/ ), e compartilho com vocês.
Vale a pena visitar e colocar nos favoritos, é variado nas informações e muita gente boa comentando.

22 de junho de 2006

A quadrilha de São João

Dança de salão, aos pares, de origem francesa, e que no Brasil passou a ser dançada também ao ar livre, nas festas do mês de junho, em louvor a São João, Santo Antônio e São Pedro. Os participantes obedecem às marcas ditadas por um organizador de dança. O acompanhante tradicional das quadrilhas é a sanfona. Essa é a definição da quadrilha, dançada para agradecer as boas colheitas na roça.
A dança surgiu na França, no século 19. O nome vem do francês 'quadrilie', que significa companhia de soldados. Durante o Império, ela servia para abrir os bailes da corte. Com sua chegada ao Sertão, ganhou cores e se incorporou às festividades juninas, época de fartura devido à safra do milho. É comum ouvir durante as apresentações alguns termos franceses adaptados, como alavantur, anarriê, balancê, travessê.
Trajando roupas matutas e chapéu de palha - caracterizando as pessoas que moram na zona rural - os integrantes da quadrilha realizam movimentos alegres e, muitas vezes, irreverentes. O marcador é uma figura fundamental. É ele quem puxa os passos que devem ser executados por todos, de forma sincronizada.
Manifestação mais típica do São João, impossível. Seja tradicional ou estilizada, a quadrilha continua sendo o símbolo maior das festas juninas. Diferente das tradicionais, as quadrilhas estilizadas utilizam uma coreografia nas apresentações. Os passos são previamente ensaiados para determinada música. Nesse estilo, outras personagens aparecem, a exemplo de Lampião e Maria Bonita, o cigano, a espanhola, etc.
Se você quer aprender os passos de uma quadrilha tradicional, o
Portal ORM dá uma ajudinha! Leia os comandos a seguir e dance à vontade.

Os comandos mais utilizados são:
Balancê (balancer) - Balançar o corpo no ritmo da música, marcando o passo, sem sair do lugar. É usado como um grito de incentivo e é repetido quase todas as vezes que termina um passo.
Anavan (en avant) - Avante, caminhar balançando os braços.
Returnê (returner) - Voltar aos seus lugares.
Tur (tour) - Dar uma volta: Com a mão direita, o cavalheiro abraça a cintura da dama. Ela coloca o braço esquerdo no ombro dele e dão um giro completo para a direita.
Para acontecer a Dança é preciso seguir os seguintes passos:
01. Forma-se uma fileira de damas e outra de cavalheiros. Uma, diante da outra, separadas por uma distância de 2,5m. Cada cavalheiro fica exatamente em frente à sua dama. Começa a música. “Balance” é o primeiro comando.
02. Cumprimento às damas: Os cavalheiros, balançando o corpo, caminham até as damas e cada um cumprimenta a sua parceira, com mesura, quase se ajoelhando em frente a ela.
03. Cumprimento aos cavalheiros: As damas, balançando o corpo, caminham até aos cavalheiros e cada uma cumprimenta o seu parceiro, com mesura, levantando levemente a barra da saia.
04. Damas e Cavalheiros trocar de lado: Os cavalheiros dirigem-se para o centro. As damas fazem o mesmo. Com os braços levantados, giram pela direita e dirigem-se ao lado oposto. Os cavalheiros vão para o lugar antes ocupado pelas damas. E vice-versa,
05. Primeiras Marcas ao Centro: Antes do início da quadrilha, os pares são marcados pelo nº 1 ou 2. Ao comando 'Primeiras marcas ao centro, apenas os pares de vão ao centro, cumprimentam-se, voltam, os outros fazem o 'passo no lugar” . Estando no centro, ao ouvir o marcador pedir balanceio ou giro, executar com o par da fileira oposta. Ouvindo 'aos seus lugares” , os pares de nº 1 voltam à posição anterior. Ao comando de 'Segundas marcas ao centro” , os pares de nº 2 fazem o mesmo.
06. Grande passeio: As filas giram pela direita, se emendam em um grande círculo. Cada cavalheiro dá a mão direita a sua parceira. Os casais passeiam em um grande círculo, balançando os braços soltos para baixo, no ritmo da música.
07. Trocar de dama: Cavalheiros à frente, ao lado da dama seguinte. O comando é repetido até que cada cavalheiro tenha passado por todas as damas e retornado para a sua parceira.
08. Trocar de Cavalheiro: O mesmo procedimento. Cada dama vai passar por todos os cavalheiros até ficar ao lado do seu parceiro.
09. O túnel: Os casais, de mãos dados, vão andando em fila. Pára o casal da frente, levanta os braços, voltados para dentro, formando um arco. O segundo casal passa por baixo e levanta os braços em arco. O terceiro casal passa pelos dois e faz o mesmo. O procedimento se repete até que todos tenham passado pela ponte.
10. Anavantur: A dama e o cavalheiro dançam como no “tur”. Após uma volta, a dama passa a dançar com o cavalheiro da frente. O comando é repetido até que cada dama tenha dançado com todos os cavalheiros e alcançado o seu parceiro.
11. Caminho da Roça: Damas e cavalheiros formam uma só fila. Cada dama à frente do seu parceiro. Seguem na caminhada, braços livres, balançando. Fazem o balancê, andando sempre para a direita.
12. Olha a Cobra: Damas e cavalheiros, que estavam andando para a direita, voltam-se e caminham em sentido contrário, evitando o perigo. Vários comandos são usados para este passo: 'Olha a chuva” , 'Olha a inflação” , Olha o assalto , 'Olha o (cita-se o nome de um político impopular na região)”. A fileira deve ir deslizando como uma cobra pelo chão.
13. É mentira: Damas e cavalheiros voltam a caminhar para a direita. Já passou o perigo. Era alarme falso.
14. Caracol: Damas e cavalheiros estão em uma única fileira. Ao ouvir o comando, o primeiro da fila começa a enrolar a fileira, como um caracol.
15. Desviar: É a palavra-chave para que o guia procure executar o caracol ao contrário, até todos estarem, novamente, em linha reta.
16. A Grande Roda: A fila é única agora, saindo do caracol. Forma-se uma roda que se movimenta, sempre de mãos dadas, à direita e à esquerda, conforme for pedido. Neste passo, temos evoluções. Ouvindo 'duas rodas, damas para o centro”, as mulheres vão ao centro e dão as mãos. Na marcação 'duas rodas, cavalheiros para dentro” , acontece o inverso. As rodas obedecem ao comando, movimentando para a direita ou para esquerda. Se o pedido for 'damas à esquerda” e 'cavalheiros à direita”, ou vice-versa, uma roda se desloca em sentido contrário a outra, seguindo o comando.
17. Coroar damas: Volta-se à formação inicial das duas rodas, ficando as damas ao centro. Os cavalheiros, de mãos dados, erguem os braços sobre as cabeças das damas. Abaixam os braços, então, de mãos dadas, enlaçando as damas pela cintura. Nesta posição, se deslocam para o lado que o marcador pedir.
18. Coroar cavalheiros: Os cavalheiros erguem os braços e, ao abaixar, soltam as mãos. Passam a manter os braços balançando, junto ao corpo. São as damas agora, que erguem os braços, de mãos dadas, sobre a cabeça dos cavalheiros. Abaixam os braços, com as mãos dadas, enlaçando os cavalheiros pela cintura. Dessa forma, se deslocam para o lado que o marcador pedir.
19. Duas Rodas: As damas levantam os braços, abaixando em seguida. Continuam de mãos dados, sem enlaçar os cavalheiros, mantendo a roda. A roda dos cavalheiros é também mantida. São novamente duas rodas, movimentando, os dois, no mesmo sentido ou não, segundo o comando. Até a contra-ordem!
20. Reformar a Grande Roda: Os cavalheiros caminham de costas, se colocando entre as damas. Todos se dão as mãos. A roda gira para a direita ou para a esquerda, segundo o comando.
21. Despedida: De um ponto escolhido da roda os pares se formam novamente. Em fila, saem no galope, acenando para o público. A quadrilha está terminada.
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Não consegui postar as fotos, bem que me falaram que o pior analfabeto é aquele que acha que conhece tudo e usa metáforas para se comunicar.

Simpatias, é hora de acreditar...

Festa Junina tem que ter simpatia, não é verdade? No Pará, a Feira do Ver-o-Peso é um dos lugares prediletos para quem aposta nas crenças populares. Mas até na literatura as simpatias são encontradas. O Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luís Câmara Cascudo, traz algumas delas. Câmara Cascudo, escritor e folclorista, nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 1898 e faleceu na mesma cidade, em 1986. É um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil. E é através da pesquisa dele, que reunimos algumas das simpatias mais realizadas pelo nosso povo.

Um chute do destino
Coloque duas agulhas em uma bacia d’água. Se elas se juntarem, indicam casamento. Escreva em papeletes os nomes de várias pessoas. Enrole os papéis. Depois coloque-os numa vasilha com água; o papel que amanhecer desenrolado indicará o nome da noiva ou noivo.

Banana e casamento
Introduza uma faca virgem numa bananeira. Depois disso, você tem que voltar pra casa sem olhar para trás. No dia seguinte, aparecerá na faca a inicial da noiva ou do noivo. Se não tiver nada, paciência: não vai ter casamento.

Será que vai ser um coroa?
Passe um ramo de manjericão na fogueira e atire-o ao telhado. Se na manhã seguinte o manjericão ainda estiver verde, o casamento é com moço. Se murchar, é com velho.

Água suja, água limpa
Separe três pratos: um sem água, outro com água limpa e outro com água suja. Quem faz a experiência aproxima-se com os olhos vendados e põe a mão sobre um deles; o prato sem água não dá casamento; o de água suja indica que o casamento será com um viúvo, e o de água limpa, com solteiro.


Frio na espinha
Ponha uma bacia ou tigela com água e olhe para dentro, rezando a Salve Rainha; deve aparecer a imagem do seu futuro par. Se nenhuma imagem aparecer, é porque você morrerá neste mesmo ano. Pode-se também fazer a experiência olhando para o fundo de uma cacimba.


Aliança bate-bate
Passe sobre a fogueira um copo virgem contendo água. Depois amarre a aliança de uma mulher casada enrolada em um fio de cabelo. Reze uma Ave Maria. Tantas são as pancadas dadas pelo anel nas paredes do copo quanto os anos que o pretendente terá de esperar para se casar.

Nome de mendigo
Ponha uma moeda na fogueira e, no dia seguinte, a recolha, entregando ao primeiro pobre que aparecer. O nome do pobre é o nome do noivo.



Vamos sair do caritó, gente...
Oportunidade de dar mais um tiro na macaca!

Fiéis conhecem cartaz oficial do Círio 2006

O povo paraense já começa a entrar no clima de Círio de Nazaré. Foi apresentado na noite desta quarta-feira (21), no Centro Social de Nazaré, o cartaz oficial do Círio de Nazaré. Imagem que será estampada nas portas das casas, fachadas de prédios, lojas, escolas, hospitais. Enfim, onde estiver um cristão paraense, o cartaz estará lá. Cartaz que é tradição. Afinal, o primeiro de que se tem notícia foi produzido há exatos 80 anos e um exemplar dele está exposto na sala da Diretoria da Festa de Nazaré.'O cartaz carrega uma simbologia muito forte, muito presente, com a imagem de Nossa Senhora e com ela a mensagem de Deus. E essa simbologia é de uma coisa boa, de uma paz, e o cartaz leva simbologicamente essa paz para as casas, para a cidade toda, que entra nesse clima de fraternidade, que é tão característico do Círio de Nazaré', explica o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Orani Tempesta.
O cartaz deste ano valoriza um ganho da Igreja de Belém neste ano. Na imagem, ao fundo de Nossa Senhora de Nazaré, está o interior da Basílica de Nazaré. Aliás, Basílica-Santuário, categoria à que foi elevada no último dia 31 de maio.A foto da imagem, que ilustra o cartaz, foi clicada em estúdio e doada pelo fotógrafo Octavio Cardoso. A arte, que valoriza o interior do Santuário, foi realizada pela Mendes Publicidade.
O ponto arquitetônico escolhido para ser o 'cenário' da Virgem de Nazaré é o conjunto da Bacia do Abside, que possui o maior painel de toda o Santuário, representado nele a Casa de Nazaré e a Sagrada Família.

Programação - Os próximos passos rumo ao dia da procissão do Círio de Nazaré já estão definidos. Em agosto, o Santuário de Nazaré terá inaugurado seu sistema de climatização. Depois, no dia 19, é a manhã de formação dos agentes de peregrinação. A programação é uma espécie de curso para os chamados agentes pastorais, das 53 paróquias de Belém, que terão o dever de organizar a celebração nas casas da imagem peregrina pelos bairros. Também é distribuído o Livro das Peregrinações 2006. Já no dia 25 de agosto, o Círio de Nazaré 2006 é aberto oficialmente, com a celebração da Missa do Mandato ou Missa do Envio.

Fonte: Portal ORM

Jaguar devolve medalha Pedro Ernesto

Os vereadores do Rio vão ter de criar uma Medalha Jaguar. Depois do que se passou ontem na Câmara, vai ser difícil encontrar cidadão de bem que aceite ser condecorado com a Medalha Pedro Ernesto, até então a maior comenda da cidade. O cartunista e colunista de O DIA tirou a quarta-feira para ir à casa legislativa devolver a medalha que lhe fora concedida há oito anos pelo então vereador Chico Alencar. A razão? Jaguar se recusa a ser “companheiro de medalha” de Roberto Jefferson, o deputado do PTB que teve o mandato cassado por corrupção no ano passado e foi condecorado na Câmara com a mesma medalha há oito dias.
“O sujeito é réu confesso, embolsou R$ 4 milhões e foi condecorado pela filha, num ato de nepotismo. Não deu para engolir”, explicou Jaguar antes de ir à Câmara, saboreando uma rabada e bebendo chope com Hermínio Bello de Carvalho, Chico Salles e Chico Paula Freitas, em um restaurante no Centro. “Essa medalha não serve nem para bolacha de chope”, disse, mostrando que sua tulipa não se equilibrava sobre o cobre.
Depois, com preguiça, cogitou contratar um ‘boy service’ para fazer a entrega, mas uma dose de Underberg o reanimou. Foi andando até a Câmara e deixou os servidores atônitos, ao pedir que protocolassem a devolução. “Isso é no segundo andar”, reagiu a balconista, como se existisse departamento de devolução de medalhas. A situação era inédita e foram tirar do plenário a presidente em exercício da Câmara, vereadora Leila do Flamengo.
Política, ela compromenteu-se a mudar os critérios de condecoração para evitar vexames e convidou Jaguar a ir a Plenário. “Não dá. Vou ver Argentina e Holanda no Amarelinho”, respondeu. Com a medalha em mãos, a vereadora prometeu que iria ao bar para entregar-lhe o protocolo. A caminho do Amarelinho, Jaguar era só indagações: “Você sabia que a Leila do Flamengo mora na Barra? Você acha que ela virá ao bar? Você confia em político?” No intervalo do jogo, duas saideiras depois, deve ter encontrado respostas. Despediu-se e partiu sem o protocolo mesmo.


Hermínio Bello quer seguir exemplo, vereadora achou ‘feio’
Hermínio Bello de Carvalho, que foi homenageado com a mesma comenda, também quer devolver a sua medalha. “Sinto o mesmo impulso do Jaguar. Só não devolvo a minha, porque ela me foi dada pelo Sérgio Cabral pai. Ou seja, só devolveria se o Sérgio fosse comigo à Câmara devolver.”
A filha de Roberto Jefferson, vereadora Cristina Brasil, comentou o ato de Jaguar. “Considero a devolução uma deselegância com o vereador que concedeu a ele a medalha e um desrespeito com a Câmara, que democraticamente representa o povo da cidade.”
No almoço, Jaguar falou com Chico Alencar pelo telefone e comunicou a decisão. “Vou ter que devolver a p... da medalha”. Chico disse entender que a indignação é “pessoal e intransferível”, mas admitiu que se tivesse mais tempo apelaria ao cartunista para demovê-lo da decisão. “Em nome de Pedro Ernesto, um prefeito honesto”. Jaguar comentou: “Político honesto é como mula sem cabeça. Ninguém vê.

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Grande Jaguar....
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21 de junho de 2006

Educação e altruísmo - O homem que sabia demais

O filósofo e educador Kung-Fu- Tzu (Confúcio é a latinização do nome em chinês, que significa Venerável Mestre Kung) nasceu em 551 antes de Cristo, numa pequena cidade do estado de Lu, onde hoje é a província de Shantung, na China. O cenário naquela época era assustador ­ o país havia sido fragmentado em um grande número de estados governados por nobres que tinham a guerra e a matança como seu principal passatempo. Sem contar que a corrupção corria solta e os governantes viviam explorando seus súditos. Enfim, tinha muita gente na miséria e pouca gente se dando bem.
Confúcio, que desde cedo se demonstrou um estudioso inveterado das tradições chinesas, começou a desenvolver seu pensamento diante desse pano de fundo absolutamente caótico. Para salvar a civilização do pandemônio, dizia ele, era preciso restaurar o mundo sob uma base ética. E o único jeito para isso seria inventar um novo código de conduta que todos deveriam seguir, a começar pelos governantes. “Se o rei for honesto, quem mais ousaria ser desonesto?”, perguntava.

O primeiro humanista
A base que permeia todo seu pensamento é o ren, que pode ser traduzido como benevolência ou humanismo.O que quer dizer isso? “A virtude está em amar todos os homens, sem exceção”, dizia. É bom lembrar que ele proferiu essa frase 500 anos antes do nascimento de Cristo, autor do “Amai-vos uns aos outros”.No pensamento confuciano, a frase é a síntese de dois conceitos: amor e altruísmo.O primeiro marca a idéia de afeição recíproca, compreensão e equilíbrio entre as pessoas. O segundo segue a linha da ajuda desinteressada, sem esperar nada em troca.
Mas como disseminar uma mensagem pacifista num mundo dominado pela guerra? Para Confúcio, o jeito era investir na educação. Embora seu sonho fosse conseguir um cargo de liderança, o sábio passou a vida toda lecionando. Ele ensinou suas idéias não apenas aos futuros governantes da China, mas a todos os que quisessem aprender. “Para ele, o principal motivo da degradação da humanidade estava na falta de educação. Se todos, sem exceção, fossem devidamente educados, saberiam como viver em harmonia”, diz André Bueno, sinólogo e professor de filosofia da Universidade Gama Filho (RJ). Sua linha de ensino levava em conta as aptidões individuais e pretendia desenvolver em cada aluno seu caráter e sua humanidade, sem que ele precisasse decorar fórmulas e conhecimentos técnicos. Confúcio certamente estaria se revirando no túmulo se soubesse a forma como os alunos estudam hoje para as provas do vestibular.


O silêncio
Apesar de passar boa parte da vida estudando ­ e ensinando ­, Confúcio nunca escreveu um tratado contendo suas idéias. Seu pensamento foi condensado em frases curtas e organizado por seus discípulos depois de sua morte no livro chamado Os Analectos. O livro contém breves afirmações, diálogos e até anedotas ­ pode- se dizer que os Analectos estão para Confúcio assim como os Evangelhos estão para Jesus. Com certeza, você já ouviu ou leu algumas dessas frases, seja no dito popular, seja nos biscoitinhos da sorte que vêm com a comida chinesa. E foram esses pequenos conselhos que se tornaram um conjunto de normas de comportamento seguidas até hoje pelos países asiáticos ­ ou seja, por mais da metade do planeta.
Mesmo que para nós seus conselhos possam soar como sabedoria de bolso, Confúcio detestava blábláblá. Para ele, quem fala muito tem um pensamento superficial ­ à medida que a reflexão sobre algum assunto se aprofunda, o silêncio aumenta. “Quem possui a suprema virtude da humanidade reluta em falar”, dizia. Não era raro ele recusar-se a responder alguma questão: apreciava o silêncio. Considerava-o imprescindível e necessário, assim como o espaço vazio na pintura. A busca pelo silêncio tornou- se tão profunda em sua vida que, certo dia, pouco tempo antes de morrer, disse a seus discípulos: “Desejo não mais falar”. Os discípulos, perplexos, perguntaram de que forma então ele iria continuar a propagar seus tão sábios ensinamentos. A resposta não tardou: “O céu fala? E mesmo assim as quatro estações seguem seu curso e centenas de criaturas continuam a nascer.O céu fala?”

Na boca do povo
Pérolas de Confúcio em nossa vida:• “A virtude está em amar todos os homens”
• “Não faças aos outros o que não desejas para ti”
• “Quem diz o que não deve perde o amigo; quem não diz o que deve perde a palavra. O sábio não perde nem o amigo nem a palavra”
• “Um cavalheiro deveria ser lento ao falar e pronto no agir”
• “A virtude não é solitária ­ ela sempre tem vizinhos”
• “Quando a natureza prevalece sobre a cultura, obténs um selvagem; quando a cultura prevalece sobre a natureza, obténs um pedante. Quando natureza e cultura estão em equilíbrio, obténs um cavalheiro”
• “Nunca vi ninguém que amasse tanto a virtude quanto o sexo”


Extraído de Vida Simples, por Mariana Sgarioni
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E D U C A Ç Ã O... Mais de 2.500 anos de alerta.
Fica claro que não é interessante para governantes que a população tenha cultura suficiente para saber o que quer, que tenha valores morais. Para a grande maioria deles a miséria, o assistencialismo e a ignorância é que determinarão sua 'fortaleza'.
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Há 17 anos Botafogo quebrou jejum histórico

O dia junho 21 de 1989 está marcado para sempre na história do Botafogo. Foi nesta data, após 21 anos de jejum, que o clube conquistou pela primeira vez, de forma invicta, um título no Maracanã. A final do Carioca daquele ano foi com o arqui-rival, o Flamengo, diante de mais de 60 mil torcedores.
Este foi o último jogo oficial de Zico pelo clube da Gávea. O atacante Maurício fez o gol do título, aos 12 minutos do segundo tempo, após receber um cruzamento de Mazolinha pela esquerda. Maurício usava justamente a histórica camisa número 7, que tantas alegrias já deu ao torcedor alvinegro quando usadas por Garrincha, Zequinha, Jairzinho entre outros.
Naquele dia, o poeta da bola botafoguense Armando Nogueira escreveu: “Bem-aventurada a estrela que nunca se apagou na travessia de tantos infortúnios, eles merecem, em plenitude, um lugar no reino dos campeões.”

Ficha técnica
Local: Maracanã
Árbitro: Pedro C. Bregalda
Botafogo: Ricardo Cruz, Josimar, Wilson Gottardo, Mauro Galvão e Marquinho; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha).
Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Zé Carlos II e Leonardo; Aílton, Renato e Zico (Marquinhos); Alcindo (Sérgio Araújo), Bebeto e Zinho.

Jaguar vai devolver a medalha Pedro Ernesto

O cartunista Jaguar, colunista do O DIA, vai devolver nesta quarta-feira a medalha Pedro Ernesto, que recebeu da Câmara de Vereadores.
Confira a coluna de Jaguar desta quarta-feira:

"Como poucos sabem, sou fissurado em morangos e aspargos. Guardo no meu arquivo tudo que se publica sobre essas rosáceas e liláceas. Li avidamente os relatos dos 550 coleguinhas que foram cobrir a Copa. Todos, sem exceção, naquelas aldeias de esdrúxulos nomes teutônicos que hospedaram a seleção, só falavam nisso nos dias que antecederam os jogos. Depois foram as bolhas no pé de Ronaldo Fenômeno, também assunto interessantíssimo. Os consagrados Armando Nogueira e Tostão e outros luminares da crônica esportiva que me desculpem, mas a Cora Ronai arrebentou a boca do balão.
Parabéns para o editor genial que a convocou para ver o primeiro jogo de futebol de sua vida nesta Copa na Alemanha.
Hoje (ontem) continua no alto do pódio, enquanto Alemanha e Equador se enfrentam, curto sua coluna com informações fundamentais. Por exemplo, xampus e cremes devem ser comprados sempre no local ondese está, nunca traga na sua bagagem.
E agora, mudando de assunto, hoje, quarta, às três horas da tarde, vou devolver a medalha Pedro Ernesto que a Câmara de Vereadores me deu. Se é que tem alguém trabalhando lá a essa hora. Desconfio que o Ancelmo Góis tem um olheiro no Bracarense. Falei de sacanagem no boteco que me recusava a ser colega de medalha do Roberto Jefferson, a notícia saiu no dia seguinte na coluna dele.
Coisa parecida aconteceu quando joguei ovos na Academia Brasileira de Letras no dia da posse de Roberto Campos. Depois que o presidente da ABL disse “Jaguar é covarde, não vai fazer isso”, Ancelmo publicou e lá fui eu, “pressionado pela mídia”, como Ronaldo Fenômeno, aliás Fenô, porque não está jogando nem metade do que sabe.
Aluguei no Mundo Teatral um fardão de imortal, troquei de roupa no Vilarinho e, depois de tomar algumas doses para espantar a covardia, joguei meia dúzia de ovos nas paredes do vetusto prédio, devidamente cozidos para não emporcalhar mais ainda a cidade.
E por falar em sacanagem, pô, Bussunda!"



Esse é meu ídolo, etílicamente responsável pela limpeza da cidade... ovos cozidos!


20 de junho de 2006

Verdade ou mentira?

Ratos velhos viram morcegos, sapos lançam veneno nos olhos das pessoas, cobras podem comer bois inteiros... Ufa! Quantas lendas existem sobre os animais! Se você parar para pensar, aposto que vai lembrar de mais algumas, envolvendo aranhas, sapos, cobras ou qualquer outro bicho temido. Afinal, eles são presença certa na imaginação popular. Sabia, porém, que poucas dessas histórias são verdadeiras?


Não podia mesmo ser diferente, já que lendas desse tipo são criadas pelas pessoas. Pensando que o desconhecido é o que estimula a invenção de histórias assim, o Zoológico do Rio de Janeiro criou um projeto para tentar esclarecer dúvidas sobre alguns animais e mostrar que muitos não devem ser temidos, porém, respeitados.
Como explica Adarene Motta, bióloga do zoológico e coordenadora do projeto Quem tem medo do lobo mau?, mitos como o do rato velho que vira morcego ou o do sapo que lança veneno são muito antigos e, por mais que às vezes pareçam absurdos, como são muito repetidos, acabam virando verdade para as pessoas. “Desde pequenos, os mais velhos ouvem essas histórias”, diz a bióloga. “Por esse motivo, os adultos tiveram mais medo ao interagir com alguns animais do que as crianças, que ainda estão aprendendo sobre esses bichos.”
Interagir? Pois é, quem visitou o zôo durante esse projeto teve a oportunidade de tocar em cobras e morcegos. Os mais corajosos se adiantavam e tinham que ser contidos pelos biólogos para darem vez aos outros. Já os receosos precisavam de um certo estímulo para mexer com esses animais. Porém, o objetivo principal era tirar dúvidas sobre esses bichos. Então, vamos esclarecer algumas das mais comuns:

Pó de asa de borboleta pode cegar
Ao manusear uma borboleta, fragmentos da asa deste inseto podem ficar presos na sua mão. Se você coçar o olho depois, é possível que ocorra uma reação alérgica e nada mais. “Aconteceria o mesmo se entrasse poeira no olho”, explica Adarene.

Gambá que bebe cachaça
Em alguns lugares do interior, para evitar que o gambá ataque as galinhas, algumas pessoas deixam um copo de cachaça perto do galinheiro. Elas pensam que, assim, o animal vai consumir a bebida, ficar bêbado e não conseguirá correr atrás da criação. Mal sabem elas, no entanto, que o bicho pode esbarrar na bebida, derramá-la e sequer atacar as galinhas. O que ocorre, na verdade, é que o gambá é um animal noturno e fica bastante sonolento ao ser perturbado durante o dia, dando a impressão de que está bêbado. Daí que vem a expressão “bêbado como um gambá”.

Sucuris podem comer um boi
Algumas fotos na internet mostram enormes cobras engolindo bois. Porém, elas não passam de montagens. De acordo com Adarene, as maiores sucuris, que podem medir até doze metros, conseguem apenas comer bezerros ou animais de porte semelhante. “Por mais que elas tentassem, não conseguiriam abrir a boca o suficiente para engolir um boi”, explica a bióloga.

Sapo que lança veneno nos olhos das pessoas
O sapo cururu têm duas glândulas chamadas paratóides que ficam atrás de seus olhos. Nelas, realmente há uma substância venenosa, porém, o bicho não tem capacidade de lançá-la em ninguém. O que pode acontecer é um cachorro desavisado morder o sapo nesse local. Quando acontece isso, a glândula é espremida e o líquido sai.

Aranha que faz teia não é venenosa
Não é bem assim. Segundo a bióloga, apenas as aranhas que fazem teias simétricas, aquelas bonitinhas, com desenho uniforme, não são venenosas. Aranhas que têm veneno também fazem teias, só que as que produzem são meio “bagunçadas”. A viúva-negra, por exemplo, é uma aranha extremamente venenosa e faz teias.

É importante saber também que alguns animais podem ser realmente perigosos. Adarene conta que, no zoológico, as crianças também foram orientadas a não mexer com animais sem saber quais os riscos que eles podem oferecer. Às vezes bichos aparentemente inofensivos, como insetos, podem transmitir graves doenças. Então, nada de aprisionar insetos em vidros para mostrar aos amigos ou levar pequenos bichos para casa sem conhecê-los muito bem. Estamos combinados?


Júlio Molica


Uma base científica prá explicar para os filhos... ou netos.

19 de junho de 2006

Aguardando o Japão, conhecendo e bebendo com moderação,

Sake ou nihonshu é uma bebida alcoólica japonesa, basicamente feita de grãos de arroz e água. A palavra sake no Japão também é usada para designar qualquer bebida alcoólica.

Fermentado com arroz e água, essa é a bebida alcoólica japonesa desde os tempos antigos. O teor alcoólico do sake, que pode ser bebido gelado ou quente, varia entre 15% e 20%. Para produzir um sake refinado e de bom sabor, é necessário um arroz de alta qualidade, água mineral, tonel de boa qualidade, como o fabricado com pinheiro de Yoshino, um competente especialista em fabricação, temperatura propícia para a fermentação, entre outras condições.

A história do sake remonta ao século VIII, ano em que foram admitidas em Heiankyo (atual Kyoto) pessoas encarregadas de produzir sake para o Palácio Imperial. O sake era uma importante oferenda nas atividades religiosas e, era comum saboreá-lo após a oferenda. Muito utilizado em festividades ligadas à agricultura, em casamentos e despedidas, o sake refinado tornou-se popular na segunda metade do século XVIII (Período Edo). Há duas variedades de sake refinado: karakuchizake (sake seco) e o amakuchizake (sake doce).


Aguardando o Japão, respeitando o ritual do sushi.



Pegue o sushi com o lado mais estreito do hashi. Mas use o lado largo se for pegar comida de um prato comum.







Pode-se pegar o sushi com a mão. O importante é virar o arroz para cima e o peixe para baixo para sentir o sabor.









O gengibre deve ser comido separadamente para limpar o paladar entre uma variedade e outra de sushi.






O shoyu deve ser servido em pequena quantidade, no potinho individual. Deve-se molhar o peixe do sushi no shoyu.





Apoiar os pauzinhos paralelos sobre o pote de shoyu indica o final da refeição. Nos intervalos, apóie só as pontas.




Texto Patrícia Ferraz
Fotos Codo Meletti

Aguardando o Japão, sem cometer gafes...




Jamais esfregue os hashis para "limá-los". Este gesto é ofensivo, pois bons restaurantes têm hashi de qualidade.










Não misture wasabi ou gengibre no shoyu, o tempero excessivo ofusca a delicadeza do sabor do sushi.









Passar sushi para alguém com o hashi é um tabu. O gesto remete ao ritual de passar restos mortais nos funerais.









Não morda metade do sushi nem deixe o resto no prato. Sushi deve ser colocado na boca de uma só vez.











Jamais dê dinheiro ao sushiman - a conta deve ser paga a outro funcionário. Não peça outros pratos ao sushiman.







Texto Patrícia Ferraz
Fotos Codo Meletti

Pascal

Blaise Pascal
(Clermont-Ferrand, Puy-de-Dôme, 19 de Junho de 1623 - Paris, 19 de Agosto de 1662).

Extraordinário filósofo, físico e matemático francês de curta existência, que como filósofo e místico criou uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos posteriores, O coração tem razões que a própria razão desconhece, síntese de sua doutrina filosófica: o raciocínio lógico e a emoção. Filho de um professor de matemática, Etienne Pascal, foi educado sobre forte influência religiosa e tornou-se extremamente ascetista, escrevendo várias obras religiosas. Seu talento precoce para as ciências físicas levou a família para Paris, onde ele se dedicou ao estudo da matemática.
Foi um prodígio infantil e, quando adulto, tornou-se um dos maiores matemáticos da história. Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras pesquisas
no campo da Física. Realizou experiências sobre sons que resultaram em um pequeno tratado (1634) e no ano seguinte chegou à dedução de 32 proposições de geometria estabelecidas por Euclides. Publicou Essay pour les coniques (1640), contendo o célebre teorema de Pascal.
Excelente matemático, especializou-se em cálculos infinitesimais e criou um tipo de máquina de somar que chamou de La pascaline (1642), a primeira calculadora manual que se conhece, conservada no Conservatório de Artes e Medidas de Paris.
De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar, etc, no vácuo e sob pressão atmosférica. Aperfeiçoou o barômetro de Torricelli e, na matemática, publicou o célebre Traité du triangle arithmétique (1654). Juntamente com Pierre de Fermat, estabeleceu as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória (1654), que o neerlandês Huygens ampliou posteriormente (1657).
Neste mesmo ano, após uma "visão divina", abandonou as ciências para se dedicar exclusivamente à teologia, e no ano seguinte recolheu-se à abadia de Port-Royal des Champs, centro do jansenismo, só voltando às ciências após "novo milagre" (1658). Neste período publicou seus principais livros filosófico-religiosos: Les Provinciales (1656-1657), conjunto de 18 cartas escritas para defender o jansenista Antoine Arnauld, oponente dos jesuítas que estava em julgamento pelos teólogos de Paris, e Pensées (1670), um tratado sobre a espiritualidade, em que fez a defesa do cristianismo e marcou o início de seu afastamento dos jansenistas, facção católica inspirada em Santo Agostinho.
Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e irracionalismo modernos e sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley, fundadores da Igreja Metodista. Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só foi publicado postumamente, um ano após sua morte (1663). Esclareceu finalmente os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: em um líquido em repouso ou equilíbrio as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da massa líquida. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal (1Pa = 1 N/m²; 105 N/m² = 1 bar).




"As alegrias passageiras encobrem os males eternos que elas próprias causam."
"Quanto maior o intelecto da pessoa, mais originalidade ela encontra nos seres humanos. Pessoas comuns não vêem diferenças entre elas."
"Poucas amizades subsistiriam se cada um soubesse aquilo que o amigo diz de si nas suas costas."
"Benefícios demais irritam: queremos ter com que sobrepagar as nossas dívidas."
"Tudo o que é incompreensível nem por isso deixa de existir."
"A meditação é um luxo, ao passo que a ação é necessária."
"Há duas espécies de homens: os justos, que se julgam pecadores e os pecadores que se crêem justos."
"A nossa dignidade consiste no pensamento. Procuremos, pois, pensar bem. Nisto reside o princípio da moral."
"É o coração que sente Deus e não a razão. Eis o que é a fé: Deus sensível ao coração."
"Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto do meu cachorro."
"A consciência é o melhor livro de moral que temos; e é, certamente, o que mais devemos consultar."
"O amor é cego; a amizade fecha os olhos."
"O pensamento é a grandeza do homem."
"De que lhe vale ao homem conquistar o mundo, se perde a alma?"
"Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes."
"Dois excessos: excluir a razão; não admitir a razão."
“Todas as aflições humanas decorrem da incapacidade de nos sentarmos sozinhos e em silêncio em um aposento.”
"Todas as máximas já foram escritas. Resta apenas pô-las em prática."
"Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os interessados entendem essa linguagem."
"Pluralidade que não se reduz à unidade de confusão; unidade que não depende de pluralidade é tirania."

Extraído do Wikipédia

18 de junho de 2006

Montanha no Pólo Norte conservará sementes com risco de extinção

Agência EFE

Uma abóbada escavada dentro de uma montanha rochosa situada nas ilhas norueguesas de Svalbard, próximo ao Pólo Norte, abrigará cerca de três milhões de amostras de sementes de todo o mundo, para "garantir a sobrevivência destes cultivos alimentares" diante de possíveis catástrofes naturais.
Assim explicou à Efe o autor principal do estudo de viabilidade da "abóbada do fim do mundo" e secretário-executivo do Fundo Global para a Diversidade Agrícola, Cary Fowler, que visitou Madri esta semana.
Fowler afirmou que o fundo, financiado inicialmente por US$ 3 milhões do Governo norueguês, faz parte de uma estratégia mundial para proteger a provisão de alimentos do planeta, já que abriga sementes de todas as partes do mundo, "dos trópicos até latitudes mais altas".
A abóbada de sementes, localizada a cerca de 50 metros de profundidade, permitirá restabelecer os cultivos que desaparecerem no futuro por causa de fenômenos naturais, como a mudança climática, terremotos, maremotos e furacões, disse o idealizador do projeto.
"A idéia é que as sementes preservadas só sejam colocadas em circulação se todas as outras fontes de sementes forem destruídas ou esgotarem", afirmou Fowler.
As amostras, que serão conservadas em caixas-pretas e congeladas a uma temperatura ambiente entre -20ºC e -10ºC, permanecerão dentro da abóbada em "perfeito estado" durante centenas de anos.
Segundo Fowler, a sobrevivência destas amostras está garantida, "mesmo que a eletricidade falhe", já que as camadas que nessa região da terra estão permanentemente congeladas atuam como um "refrigerador natural".
Além disso, a localização remota da abóbada, que estará pronta em setembro de 2007, faz desse lugar "o mais seguro do mundo", com uma cerca nos limites do terreno e uma porta de segurança.
No entanto, para a manutenção da instalação durante os próximos anos, representantes do fundo - uma organização internacional sem fins lucrativos - acreditam que obterão ajuda de diversos países.
Por enquanto, a iniciativa conta com o apoio de cinco Estados nórdicos, e "espera-se que mais 160 de todo o mundo comecem a apoiá-lo em breve".
Segundo o Fundo Global para a Diversidade Agrícola, a sobrevivência de algumas variedades de semente únicas no mundo está ameaçada e sua situação é "desesperadora", especialmente por causa da mudança climática.


Preocupação com as futuras gerações.
Uma medida que certamente irá desencandear outros mecanismos protecionistas.

A alma do Rio forjada nas mesas dos botequins

Era década de 50 quando o Café Nice, na Avenida Rio Branco 174, esquina com Rua Bittencourt Silva, no Centro do Rio, funcionava como uma espécie de bolsa de valores do samba. Ali encontravam-se sambistas e compositores, que negociavam a venda de músicas. Refugiavam-se no Nice, entre outros, Mário Lago, Pixinguinha, Ataulfo Alves e Villa-Lobos. O Café Nice é somente um exemplo da efervescência cultural que poderá se perder no tempo com o desaparecimento dos tradicionais bares e botequins, como atesta José Octávio Sebadelhe, pesquisador e um dos autores do “Guia do botequim”.
Mas para que histórias como a do Café Nice não se dissolvam da memória com o passar dos anos, Zé Octávio, vai eternizá-las no livro “Memória afetiva dos botequins cariocas”, ainda sem data para ser lançado. A publicação dedicará uma página aos principais bares e botecos que, de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento cultural do Rio. Na relação, só para citar alguns, estão Zicartola, Jangadeiros, Taberna da Glória, Zepellin, Sovaco de Cobra, Antigo Capela, Real Astoria, Luna Bar, Antonio's e Casa Pardellas.
— A idéia é transmitir a atmosfera da boemia carioca em diferentes épocas, criar um documento que revele a influência cultural do botequim no inconsciente coletivo carioca — resume Zé Octávio, que também é jornalista.
Conversa com Tom Jobim
Entusiasta do projeto, o compositor Moacyr Luz lembra com nostalgia do dia em que encontrou Tom Jobim, na esquina das ruas Santa Luzia e México. Ali funcionava a Casa Pardellas, uma espécie de quitanda, mas que lá nos fundos, lugar que era impossível se ver da calçada, abrigava um botequim, daqueles bem tradicionais.
— Entrei naquele lugar despretensiosamente e lá estava o Tom Jobim, bebendo sozinho. Foram duas horas de papo, sem interrupções — orgulha-se Moacyr Luz. — Isso foi em 1981, tinha 23 anos, mas o momento está eternizado na lembrança.
Para Moacyr Luz, lugares como a Casa Pardellas não podem ser esquecidos:
— O projeto do livro é genial. Os bares de hoje não têm identidade. As cadeiras de plástico e os letreiros padronizados de distribuidoras de bebidas em nada lembram o ambiente aconchegante dos antigos botecos, com suas cadeiras de ripa, balcão de mármore e o garçom te chamando pelo nome. Os donos de bar tinham orgulho das luzes de néon que ostentavam.
Habitué dos bares de intelectuais como Zeppelin e Jangadeiros, o poeta Ferreira Gullar recorda da época em que não era preciso marcar hora nem local para estar com os amigos:
— Era só chegar e lá estavam eles. Os bares fazem parte da vida da cidade, é um local que reúne pessoas interessantes, com bom papo. E no Rio botequins envolvem a história da Música Popular Brasileira, da poesia brasileira, do cartunismo.
Das lembranças mais aguçadas do poeta estão os bate-bocas e brigas protagonizados por Roniquito, figura lendária da Ipanema dos anos 60:
— Era divertido quando estávamos nos bares e chegava alguém que não costumava freqüentá-los. Roniquito era muito engraçado, inteligente, mas também muito cruel com essas pessoas, dizendo que não deveriam estar ali, que não era lugar para elas. Umas se sentiam constrangidas e iam embora, outras partiam para a briga.
Samba e comida no Zicartola
Fundado por Cartola, o Zicartola teve uma vida curta, mas gloriosa na década de 60. Funcionou por dois anos (de 63 a 65), amparado em duas vertentes: a boa música, comandada pelo compositor mangueirense, e a boa comida, liderada pela mulher dele, Dona Zica. No número 53 da Rua da Carioca, a memória do Zicartola mantém-se viva numa placa afixada onde hoje funciona o Pilão de Pedra, um restaurante a quilo. Na parede, há o registro de que foi ali que Paulinho da Viola ganhou seu primeiro cachê.
E como falar em botecos sem lembrar da Lapa, reduto da malandragem carioca? Uma das histórias trágicas do livro de Zé Octávio é que bem ali, no Antigo Capela, o compositor Geraldo Moreira morreu durante um briga com João Francisco dos Santos, o Madame Satã.
Segundo o jornalista, foram diversos os motivos que o levaram a contar a história dos bares, mas o maior deles foi a falta de consciência do valor histórico e cultural da cidade:
— Tenho saudade de uma época que não vivi (Zé Octávio tem 34 anos) e que merece ser eternizada.


Onde a tradição ainda é mantida

Se por um lado a grande maioria dos bares não conseguiu resistir ao tempo, outros se mantêm firmes e ainda conservam o status da época de glórias. O Adonis, de Benfica; a Casa Villarino, no Centro; e o Belmonte estão nessa lista. O primeiro foi fundado em 24 de junho de 1960, por Antero Alves da Silva, e funcionava como um escritório para os integrantes do Fundo de Quintal e, bem antes deles, do Bafo da Onça
— Era criança quando esse pessoal começou a freqüentar o bar. Cresci ouvindo samba — orgulha-se Joaquim Antero, de 51 anos, filho do fundador do Adonis, que atualmente comanda o bar.
Antero faz questão de dizer que ainda hoje o lugar é procurado por bambas como Beth Carvalho e Martinho da Villa. O segredo para a vida longa? Antero explica:
— É um bar tradicional, sem frescuras e onde o freguês é igual a mãe: sempre tem razão. Além disso, procurei acompanhar a modernidade, mas sem deixar para trás a atmosfera do botequim, que o carioca gosta.
O Villarino é um pouco mais velho que o Adonis, completou 53 anos no último dia 1, mas já tem lembranças para a eternidade. Foi naquele bar da Avenida Calógeras 6 que Tom Jobim foi apresentado a Vinicius de Moraes, há 50 anos, e montaram o espetáculo “Orfeu”.
O Belmonte não só resiste bravamente a 54 anos na Praia do Flamengo como já se firmou em outros cinco pontos da Zona Sul e da Lapa. A atmosfera do boteco carioca da matriz foi o filão percebido por Antonio Rodrigues, proprietário da rede. O balcão de mármore, o chope bem tirado e as cadeiras de madeira são elementos indispensáveis num bom boteco. Além do banheiro, que, se for limpo, está tudo certo, como diz Antonio.
— As pessoas freqüentam o Belmonte por causa do serviço e do ambiente aconchegante. Também é um lugar onde gasta-se de R$ 5 a R$ 200. Bares bonitos, que se preocupam só com a aparência, passarão. Mas o Belmonte vai ficar — afirma Antonio Rodrigues.

Extraído de O Globo Online

17 de junho de 2006

Tá tudo dominado

"O Ministério Público, na Bahia, interpela a Rede Globo, sob alegação que a novela “Sinhá Moça” tem cunho racista. Senão falha a memória, a dita novela está sendo exibida em nova montagem, na anterior ninguém reclamou de racismo.

Um movimento dissidente do MST mantém 28 reféns em fazenda no Mato Grosso do Sul e promete resistir a desocupação judicial.

Presos rebelados em São Paulo mantém 19 reféns, no Espírito Santo acontecem rebeliões em presídios e se queimam ônibus coletivos, dia sim, dia não.

No Pará, na região de Santarém os conflitos armados se avolumam. O Ministério Público e as Polícias Federal e Civil reconhecem que existem milícias contratadas para defender fazendas de possíveis invasões de sem terra.

Ainda, no Pará o comércio clandestino de madeira vai de vento em popa. As toras são transportadas por veículos de fabricação artesanal, que contrariam toda a legislação de trânsito do país.

No Norte, Nordeste e Centro-Oeste a exploração sexual infantil cresce assustadoramente. Em quase todas as cidades médias das três regiões, nas proximidades das rodoviárias existem pequenos lupanares que exploram meninas entre 12 e 17 anos.

Produtos piratas, que vão do DVD a Viagra são comercializados no país inteiro a vista complacente das autoridades policiais.

O jogo do bicho e as máquinas de caça-níqueis fazem parte do cotidiano da maioria das cidades brasileiras.

No Norte e Nordeste, candidatos a cargos eletivos nas próximas eleições são alvo de assaltos. Os bandidos descobriram que eles guardam dinheiro “não contabilizado”, fruto de corrupção em suas casas ou escritórios. O assunto já foi denunciado até na tribuna do Senado. Essa semana, mais um político foi assalto em Teresina, os bandidos levaram R$ 1,6 mi em moeda sonante.

Operações espetaculosas da Polícia Federal acontecem toda semana em todo o país. Em média, os supostos criminosos permanecem cindo dias em prisão provisória e depois são liberados. Até agora a Justiça não julgou nenhum dos envolvidos nestas operações.

Os bingos funcionam irregularmente graças à benevolência de alguns juízes, através de liminares.

Balas perdidas ceifam vidas em todos os quadrantes do país.

Greves de servidores federais emperram a máquina burocrática e ninguém toma uma providência.

Produtores rurais se queixam que estão pagando para produzir. Fazem protestos, fecham estradas e ninguém resolve a questão.

Dissidentes do MST isolam o estado do Acre. Outros promovem um quebra-quebra no Congresso Nacional.

Enquanto tudo isso acontece, a pátria calça as chuteiras.

Tá tudo dominado
."



História...

O Cruzeiro - 3 de outubro de 1964

Carta aberta ao Presidente da República
Rachel de Queiroz


Senhor Presidente:
Uma grande mulher brasileira, D. Maria Celeste Flôres da Cunha, acaba de me escrever uma longa carta, que tomo a liberdade de resumir para o Presidente, porque, suponho, os ouvidos bons de escutar a saga dos que lutam pelo menor abandonado, no Brasil, são os seus e não os desta sua criada, que nada pode fazer por coisa nenhuma, senão clamar.
Conta D. Maria Celeste que, no comêço da década de 50, como presidente do Departamento de Ação Social da UDN, teve que vistar o Serviço de Assistência a Menores - o famigerado SAM -, e de lá saiu prêsa de profundo horror. Movimentou amigos, contou o que vira, solicitou ajuda do nosso grande e saudoso Odilon Braga; e Odilon se encarregou de preparar um projeto à Câmara, propondo criação de órgão nôvo, já que, no consenso geral, o SAM se revelava irrecuperável. Formou-se, então, uma equipe que se pôs a estudar sèriamente o problema e começou a agir. Dificuldades de todos os lados. Crise política. Queda de Getúlio, nôvo govêrno Café Filho nomeia para diretor do SAM a Paulo Nogueira Filho, já conhecido pelo seu interêsse ante o problema do menor. E Paulo se apavorou com o que viu, e escreveu o livro bem conhecido de todos que se embrenham nesse labirinto: “Sangue, Corrupção e Vergonha”, onde relatava o que encontrou no SAM. Ajudado então por Prado Kelly, Paulo Nogueira elaborou um anteprojeto de lei que extinguia o malfadado Serviço e o substituía pelo Instituto de Assistência ao Menor (INAM). Em cinco dias estava o projeto na Câmara! Ia haver o milagre - mas o que houve foi novembro de 55 e o “retôrno” do General Lott. Parou tudo, sumiu o projeto.
Nessa altura a Ação Social Arquidiocesana (ASA) resolveu entrar na briga. Formou uma equipe excelente, de gente provada no assunto - D. Anita Carpenter, Guiomar Mancini, a própria Maria Celeste e Prado Kelly. Foi essa equipe desenterrar o projeto desaparecido na Câmara. Modificaram-no, atualizaram-no, e o projeto voltou ao Parlamento. Os maiores nomes da Câmara o apoiaram, entusiasmaram-se com êle - mas aí, estava-se em plena era Juscelino. Interferiu a política, tumultuou-se o projeto, deram nome diferente ao futuro órgão (já agora seria o CONSELHO DO BEM-ESTAR DO MENOR) e, sob diferentes pretextos, pararam com tudo.
O grupo da Asa, entretanto, não desanimou e, bem ajudado por gente de bom coração e boa cabeça, teimou em furar o bloqueio oficial. O SAM vivia um dos seus piores momentos. Mas o Senhor sabe, Presidente, como é difícil fazer o Congresso andar quando não está em jôgo algum interêsse grande da maioria - e aqui no Brasil as maiorias parece que não consideram o problema do menor como de interêsse nacional! Afinal, o grupo obstinado conseguiu desencantar o projeto Kelly (o do INAM); Pedro Aleixo tomou a si apresentá-lo; mas vieram as eleições, e pouco depois morreu Odilon Braga, um dos comandantes do movimento pró-menor. Parou tudo outra vez.
Govêrno Jânio Quadros: nôvo escândalo nacional com revelações sôbre o SAM, inquéritos, o Presidente manda que se estude um órgão para substituir a horrenda instituição. Na comissão nomeada para êsse fim entram dois veteranos do combate - Pedro Vieira e Paulo Nogueira Filho. E a comissão recomenda ao Presidente que envie ao Congresso aquêle dito projeto, já pronto e perfeito... nas logo depois Jânio renuncia.
Serenada um pouco a confusão daquela fase tumnultuosa, foi-se desentranhar na Câmara o projeto do menor - de nôvo desaparecido! Jango, apesar de tudo, se interessou e, depois de nomear para diretor do SAM Eduardo Bartlett James, um dos lutadores da campanha, nomeia o mesmo James presidente de nova comissão destinadas a estudar o problema do menor. Tudo parecia, afinal, sanado, e os cruzados se encheram de esperança.
Foi então que, num assalto noturno, dois meninos, duas crianças matam outro menino - o môço herói Odylio Costa, neto. O confôrto único do pai, naquela hora de grande desgraça, foi dedicar-se à solução do drama do menor abandonado, para que tragédias como a sua não se repetissem - e assim a batalha em prol do menor ganhou um dos seus mais preciosos recrutas. (Já nela estavam empenhadas outras grandes figuras, como D. Cândido Padim e Helena Iraci Junqueira, nome conhecido internacionalmente no campo da Assistência Social). Recrudesceu o trabalho. A Comissão vivia a correr de Brasília para o Rio; João Mangabeira, Ministro da Justiça, pràticamente oficializou o velho grupo de combatentes, chefiados por James. Trabalhavam dia e noite, literalmente, e de graça, claro. Mas então morreu Bartlett James, outro! E João Mangabeira demitiu-se, sendo substituido por Abelardo Jurema.
A essa altura, o grupo no poder tinha outros gatos a açoitar, - e desinteressou-se do menor abandonado. Voltaram os teimosos à Câmara. Pedro Aleixo, líder da Minoria, releu o projeto, que as vicissitudes sucessivas iam aperfeiçoando cada vez mais, e prometeu dar-lhe andamento sem mudar uma vírgula; assim o fêz, mas aí Deus Nosso Senhor e os chefes militares suscitaram o 31 de março de 64 - e Jango caiu.
Assumiu o Ministério da Justiça essa flor do gênero humano que é o mineiro Milton Campos. Nôvo alvorôço dos cruzados, nova busca do projeto que, na Câmara, mais uma vez tinha desaparecido! Milton arranjou nova cópia, adotou o projeto sem alterações, ficou tudo pronto... e então o projeto parou. Agora só pode andar se receber uma palavra do Ministro da Fazenda. É só uma linha e meia do projeto que precisa da aprovação do Dr. Bulhões. - uma linha só atrasando solução de tal gravidade. (Trezentos mil menores só no Estado da Guanabara!) Odylo e D. Maria Celeste foram ao Ministro, que os ouviu e disse sim (pouco depois Odylo teve também o seu enfarte do qual se recupera, graças a Deus) - o Ministro disse sim, mas o projeto está parado, sumido sabe-se lá em que assessoria, falam até que no Ministério do Planejamento.
E, Presidente, assim termina D. Maria Celeste a sua corajosa carta: “Cheguei a esta conclusão: a maior fôrça dêste País, desde 1941, chama-se SAM. Tudo se altera, menos a crescente desgraça da criança abandonada. E entretanto creio que nada há mais trágico do que vemos crianças (são internadas em geral aos 7 anos), que estão sob a guarda do Estado, serem transformadas em assassinos”.
Presidente, pelo amor de Deus, ouça D. Maria Celeste e os seus dedicados companheiros de luta. Mande apressar as tecnicalidades, os vagares burocráticos - o senhor mandando, tudo corre! Aliás esta carta é só um lembrete - ninguém precisa lhe dar lições de patriotismo e amor ao bem público. E assim, depois de lhe contar o caso, sinto-me tranqüila.
Confio e espero.
R. de Q.





Para reflexão dos candidatos atuais...