31 de março de 2007

O Botafogo botava para quebrar

"Quando a loura-burra Salomé deu ordens para decapitar João Batista, que havia batizado Jesus Cristo, não poderia imaginar a besteira que estava fazendo. Cinco séculos depois, inconformado com a strip-teaser Salomé, Portugal lançou ao mar um poderoso navio de guerra que batizou de São João Batista, com nada menos do que 200 canhões ou bocas de fogo. A rapaziada da beira do cais de Lisboa e os marinheiros do São João Batista logo apelidaram o novo barco de Botafogo, pois mandava bala em todas as caravelas inimigas que se aproximassem. E o rei de Portugal, entusiasmado com sua idéia, deu o nome de Botafogo à família de João Pereira de Souza, que veio ao Brasil para tomar posse da sesmaria que pertencera a Francisco Velho, que de velho morrera. João Pereira de Souza ganhou assim um novo sobrenome – João Pereira de Souza Botafogo. Malandro de guerra, fixado num casarão entre o Morro da Viúva e o Pão de Açúcar, ele, espertamente, andou ajudando Dom João VI a dar um pouco de consolo à dona Maria Joaquina, que pegava um barco na Praça XIV só para ir visitá-lo."....


Vale a pena ir ao
Blog do Roberto Porto ler até o final o comentário.


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Voa, canarinho, voa...

O Ique nos dá a visão mais clara do 'ético', na cabine do AeroLula, se divertindo...


29 de março de 2007

Sem comentários...

Créditos e definições na foto

25 de março de 2007

Região Norte ainda desconhecida para muitos


MARAJOARAS FORAM EMBORA SEM DEIXAR PISTAS

Entre os anos 400 e 1.300 da era cristã, a Ilha de Marajó abrigou uma das civilizações mais desenvolvidas de seu tempo. Os marajoaras, como foram denominados, viviam em uma sociedade dividida por classes sociais, praticavam a agricultura — cujas bases eram a mandioca e o arroz-bravo — e viviam em aldeias populosas, verdadeiras cidades com até 10 mil moradores. Um sofisticado sistema de aterros protegia-os dos alagamentos periódicos na ilha. A cerâmica marajoara, com seus padrões de decoração sofisticados, é o traço mais conhecido dessa civilização. Transformou-se em símbolo da região.
O desenho mais comum é o da serpente, representada por espirais. Está presente principalmente em peças sacras e urnas funerárias, onde eram enterrados os membros da elite. Alguns deles traziam o crânio deformado propositalmente, por meio de faixas amarradas à cabeça desde o nascimento — prática de status comum também em algumas culturas andinas.
O desaparecimento dos marajoaras, por volta de 1.300, é ainda misterioso. Quando chegaram, os portugueses encontraram o território habitado por índios aruaques.

Biquini de barro?
Mais de mil anos antes do biquíni, as marajoaras já usavam tangas feitas de barro. Eram presas ao corpo por meio de cordões. Podem ter sido usadas como roupas de festa, exclusivas da elite, ou mesmo como vestimenta diária, já que algumas foram encontradas com os furos gastos, o que indica uso freqüente.




Stonehenge brasileiro

A 16 quilômetros da cidade de Calçoene, no Amapá, foi descoberto um possível observatório astronômico do Brasil pré-colonial. O monumento é formado por 127 blocos de granito em intervalos regulares. Com cerca de 2 mil anos de idade, marcava provavelmente a chegada do solstício de inverno. O mistério está sobretudo na tecnologia usada para cortar e transportar as enormes pedras.


Extraído do "Almanaque Brasil"

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24 de março de 2007

Inversão conceitual de valores

Leiam um trecho de um comentário do Mosca Digital, blog do Roberto Andrade:

"Mas como quase tudo na vida, tecnologia demais também atrapalha. Agora escolas, educadores e autoridades públicas de diversos países deparam-se com a necessidade de regular e em alguns casos até proibir o uso de telefones celulares em salas de aula. O caso mais recente deste tipo de proibição ocorreu na Itália.

Chocados com cenas gravadas por uma câmera de telefone celular mostrando um aluno deficiente sendo atacado por colegas (o vídeo terminou, é claro, no You Tube) as autoridades educacionais da Itália simplesmente proibiram que as crianças entrem nas escolas portanto telefones celulares.

O ministro da educação, Giuseppe Fioroni, avisou que as punições serão rigorosas para os alunos que descumprirem a determinação, podendo passar pelo recolhimento do telefone e encaminhamento do assunto à justiça, chegando até à proibição do aluno infrator de fazer provas e exames."

Pergunto: A solução sempre será 'tirar o sofá da sala'? Proibir que se divulguem as falhas, os crimes?
Como diz o Ancelmo, "deve ser difícil viver em um País assim."


O FORTE APACHE DE IMPERATRIZ

"Caro(a) leitor(a), imagine um cabaré de cegos. Tudo na maior confusão. Ninguém enxerga nada. Todos se acotovelam, e de vez em quando alguém cai no chão, sendo pisoteado. O barulho é insuportável. A música, mais enlouquecedora do que esses bate-estacas de raves - um conjunto de ruídos que se torna suportável apenas se o ouvinte tomar alguma droga, em geral ilícita. De vez em quando, por puro acaso, algo dá certo ou começa a ter a perspectiva de dar certo, embora as chances, num ambiente desses, é de que tudo dê errado, mesmo.

Assim foi, assim é e parece que assim continuará sendo o Brasil. O mais recente exemplo a dar suporte à teoria de que o Brasil não passa de um cabaré de cegos vem do Maranhão. Está tudo nos jornais e, em resumo, é o seguinte: a família que manteve um domínio feudal sobre o estado durante quatro décadas entrou pelo cano nas últimas eleições para governador. Eis que das catacumbas surge a proposta de realização de um plebiscito para a criação do estado do Maranhão do Sul. O objetivo mais imediato, claro, é o de rachar ao meio o terreno conquistado pelos adversários. Perdida a cidade de São Luís, é chegada a hora de tentar montar um novo forte apache em Imperatriz.

É assim que as coisas funcionam no Brasil: aos arrancos, aos trancos e barrancos. Não é um conjunto de raciocínios claros e límpidos, mas sim um coração partido que acaba determinando mudanças muito importantes para o país, como essa de dividir em dois, três, quatro, cinco pedaços esses estados imensos que não têm a menor chance de se desenvolver se não forem retalhados. Num país desse tamanho, não há dinheiro que resolva, e, não se esqueça, não há capacidade administrativa instalada - em geral, o QI dos nossos donatários é simplesmente muito baixo, e quase todos eles demonstram compartilhar de uma miopia crônica difícil de ser erradicada.

Aí, chega-se à encruzilhada. Por um lado, é mais do que ótima a idéia de se partir em dois o Maranhão, logo contestada por aqueles que só vêem o inchaço da máquina pública, sem pensar no resto. Agora. Por outro lado, o Brasil só vai conseguir esse tipo de reformas geopolíticas, administrativas, quando alguém perder a eleição e fizer beicinho? Nesse ritmo, não vai haver PAC que agüente pra tentar empurrar o Brasil pra frente...

E já que estamos em estado alfa, caro(a) leitor(a), aproveite a onda e imagine um Brasil com cinqüenta e um estados - não é uma boa idéia? - com regime parlamentarista e sua maior estabilidade política em vários sentidos, e o voto distrital puro - ou seja, cada representante gastando a sola de seu sapato em uma pequena região, indo de casa em casa para explicar ao seu eleitor o que anda fazendo depois de eleito - sem falar na resultante de um aumento consistente do PIB de oito, nove, dez por cento, ano após ano.

Pronto, pode acordar. Nada disso acontece porque não se divide os estados em pedaços menores, não se implementa o voto distrital, não se adota o regime parlamentarista. Um dia, quem sabe? Vai ver que é, por causa disso tudo, que esse cabaré de cegos é considerado o país do futuro. No meio dessa confusão toda, parece que é por aqui que Deus ainda consegue escrever o certo por linhas tortas. Só que, vamos e venhamos, demora pra burro."




Estou devagar por motivos profissionais mas tenho acompanhado os blogs amigos, me aguardem...

4 de março de 2007

"Eu fui predestinada a quebrar tabus"

Entrevista: Dercy Gonçalves

"Dolores Costa Gonçalves, a Dercy Gonçalves, nasceu em Santa Maria Madalena (RJ), em 1907. Grande expoente do teatro de improviso no Brasil, estreou nos palcos em 1929, na Companhia Maria Castro, em dueto com Eugênio Pascoal. No Rio de Janeiro, vira estrela do teatro de revista nos anos 40 e 50. Nos anos 60, com a decadência do gênero, passa a se dedicar à comédia. Nos anos 80, ingressa na televisão, onde é jurada de programas populares. Atuou em mais de 20 longas-metragens.

Dercy Gonçalves não acredita em livre-arbítrio. Defende que se está aqui hoje, prestes a completar 100 anos (em 23 de junho) e após chocar gerações subvertendo normas de comportamento, no dia-a-dia e no palco, é porque foi "predestinada" a sair da pequena Santa Maria Madalena, no interior fluminense, ainda menina, para ganhar o mundo. E seu destino foi se rebelar. A irreverente atriz, conhecida pela linguagem desbocada no teatro e em programas de TV como Dercy de verdade (Globo) e Fala, Dercy (SBT), também não acredita em amor ou amizade. Segundo ela, o que vale é preservar os bons relacionamentos e cultivar a honestidade. Com uma filha, dois netos e dois bisnetos, mora apenas com acompanhantes, em Copacabana. Não espera nada de parentes. Afirma que criou a família para o mundo e que não crê em obrigações. E assim vai vivendo, sem mais planos, mas com muita saúde e joie de vivre. (Rachel Almeida)

Como pretende comemorar os 100 anos?

Não posso deixar de ir a Madalena (que fará três dias de festa para Dercy). E existem outros projetos (o Jockey Clube de São Paulo planeja uma homenagem e uma produtora carioca, uma mostra cinematográfica), mas são sonhos, né? Não planejo muito porque não sei se vivo. Com 100 anos, você não pode fazer projetos. Nem para amanhã, quanto mais para junho.

Quais as vantagens e as limitações da idade?

A felicidade da idade é esquecer. Eu não sei o que é mal, o que é bem, o que é ruim, o que é bom. Então, eu vivo em um mundo de felicidade. Eu vivo tão feliz que chego a ter medo dessa felicidade. Não tenho uma doença! Isso é um prêmio. A cabeça só não é igualzinha à do começo da vida porque conquistei mais cultura e educação. Na infância, não tive educação, nem pai, nem mãe, nem família, não tive ninguém.

Você começou a vida sozinha e, ao longo da carreira, parece não ter se identificado com grupos específicos também.

Nunca tive grupo. Saí de casa ao me envolver com um rapaz (Eugênio Pascoal) de uma companhia teatral. Fui duetista com ele. Cantava músicas lindas! Vivi cinco anos com ele como mulher, mas sem ser sua mulher.

Como assim?

Nunca fui chegada a sexo. A primeira vez que fiz, saiu sangue e eu fiquei muita aflita. Levei o rapaz pra cadeia, ele foi preso! Pensei que casar fosse dormir junto. Era uma ignorância...

E como supriu a falta de cultura?

Vendo e aprendendo. Tive bons amigos, que me ensinavam, corrigiam, como o Homero Kosac, o Luís Carlos, a Dulcinéia, o Boni, o Danilo (Ribeiro, jornalista com quem se casou), que abriram minha cabeça e os olhos.

Viajou muito?

Ninguém viajou mais que eu. Quando estava na Globo, ganhava passagem todo ano para o exterior. Aprendi muito. E também com o teatro, claro, que dá uma cultura danada. Imagine que liam para mim, pois não sabia ler. Aprendi sozinha. E mesmo sem saber o que era uma família criei uma exemplar.

Quem é a sua família hoje?

Tenho uma filha, dois netos e dois bisnetos. Tive minha filha por acaso. O pai (Ademar Martins) foi à Casa de caboclo (o espetáculo em que Dercy despontou) e me convidou para almoçar. Eu vivia com o Pascoal, que estava tuberculoso, na cama. Nesse almoço, tossi, saiu sangue, e ele descobriu que eu estava tuberculosa. Fiquei sete meses num sanatório. Quando saí, fui morar em um apartamento que ele alugara na Praça Tiradentes.

E como é a sua relação com a família?

Minha filha e netos querem viver a vida deles. Não acredito em obrigação com parentes. Obrigação é sacanagem com os filhos. É a minha filosofia.

Tem uma vida confortável financeiramente?

Sim, muita boa. Ganhei muito dinheiro na Excelsior, Globo, SBT... Tive grandes empregos. Até hoje tenho um contrato vitalício com o SBT. Eles me pagam muito bem, mas não me chamam. Não faço nada, só ganho um ordenadão.

Como é seu dia-a-dia? Não tem vontade de voltar à ativa? Não posso abusar. Poderia fazer um talk-show fácil, afinal converso bem, só que tenho medo. Mas não fico em casa. Em casa, a velhice e a doença me pegam. Aceito quase todos os convites que me fazem para participar de eventos. Principalmente agora que gravei um DVD (que não foi lançado nas lojas). Vou aos eventos e em troca compram meu DVD. Vendi quase 2 mil! Estou na moda! Também vou a bingos quase todo dia (ela defende a legalização do jogo). É um lugar que emprega jovens e onde a velhice não é discriminada.

Como descobriu o talento para a comédia?

Virei comediante por acaso, não tive escola e ninguém me ensinou. Improvisei e vi que levava jeito pra coisa. E, naturalmente, eu já vim traçada para isso.

E vem de que época esse seu linguajar despudorado?

Isso sempre foi intuitivo. Sou liberada e não gosto de comando. Quero ter liberdade total, inclusive no palavreado. E nunca me incomodei com palavrões.

Você tem alguma grande saudade?

Não tenho saudade de ninguém, nem tenho amor a ninguém. Nem ódio. Eu acredito em respeito, não em amor. O respeito é que é importante. Também não acredito em amigo, mas em bom relacionamento. Existe a felicidade da boa convivência ou a infelicidade da má.

O que acha positivo e negativo neste novo século?

Não acho nada ruim, não tenho esse direito. Eu vivi o meu. Se o país está neste estado é porque não chegou a hora dele. Você tem que esperar com dignidade e tranqüilidade a sua vez. Ninguém tira o que é seu. Ninguém evita o inevitável.

Que inovações tecnológicas a atraem?

Não sei mexer em computador, nem sei ligar a televisão. Só uso o celular, ainda assim não escuto direito. Mas sei que a tecnologia gerou um avanço. A juventude era tímida, inocente e pura. Hoje está pervertida. Não há mais respeito à família.

Mas você também foi rebelde na adolescência...

Já havia a ventania deste século em cima de mim. Fui predestinada a quebrar tabus. E não fiz nada para me glorificar. Era para ser.

Você é vaidosa?

Eu me enfeito e uso peruca o dia inteiro. Não recebo ninguém como eu durmo, esculhambada.

Ainda vai ao teatro?

Não tenho ido não. Mas sei que as cópias estão aí. A Bibi Ferreira fez a Edith Piaf, a Marília Pêra, a Carmem Miranda. São pessoas que receberam uma mensagem para fazer a cópia. Eu, por outro lado, não copiei ninguém."


Interessante a atual fonte de rendimentos e emprego dela, demonstra preocupação com um artista que já deu muito lucro aos donos... Sílvio Santos, caladinho e fazendo a sua parte.



Cidade Maravilhosa sem praias

Juliana Anselmo da Rocha

"Até o ano 2100, a Cidade Maravilhosa pode perder um de seus maiores encantos: as praias. A partir da opinião de especialistas, o JB projetou um cenário crítico para o futuro da cidade com o aquecimento global.

Pesquisas sobre o impacto do efeito estufa no Brasil divulgadas pelo ministério do Meio Ambiente colocam o Rio de Janeiro entre as áreas mais vulneráveis à subida do nível do mar - entre 40 centímetros e 1,5 metro.

- O Rio é particularmente frágil pela número de atividades na costa - observa o professor de meteorologia da UFRJ, Isimar Santos. - Suas montanhas restringem a faixa de terreno que pode ser ocupada. A produção industrial e a população se concentraram à beira-mar.

Prainha, Macumba, Praia da Barra, São Conrado, Leblon, Ipanema e Arpoador sofrerão mais com a erosão. Grandes ressacas - hoje a cada dois ou quatro anos - se tornarão anuais e "comerão" a faixa de areia. Em anos atípicos, a fúria do mar ocorrerá de duas a três vezes.

- Ressacas violentas como a de 2002, que tomou a praia da Barra, se tornarão freqüentes - garante o professor do departamento de análise geoambiental da UFF, Júlio César Wasserman. - A água avançará até duas quadras em bairros como Leblon e Ipanema, alcançando vias principais como a Ataulfo de Paiva e a Visconde de Pirajá.

Mais freqüentes serão as tempestades. Os ventos atingirão velocidades de ciclones. O professor do programa de engenharia oceânica da Coppe-UFRJ, Paulo Cesar Rosman, acredita que "as janelas dos prédios na orla serão arrebentadas".

Uma mureta de contenção com cerca de 40 centímetros de altura seria necessária para assegurar o passeio tranqüilo em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas daqui a 100 anos. Mas estragaria a vista do espelho d'água.

- A proteção não precisaria ser muito alta porque nas lagoas a força das ondas é pequena - explica Wasserman.

As mudanças se somarão à poluição do despejo irregular de esgoto na Lagoa Rodrigo de Freitas para causar um aumento da mortandade de peixes. Mas, para o especialista, mais afetada seria a Lagoa da Barra.

- Os manguezais do entorno serão dizimados - aposta. - Os pescadores, que já reclamam da escassez de peixes, terão ainda mais dificuldade.

Enise Valentim, da Coppe-UFRJ, completa que as ressacas poderão provocar o rompimento do cordão frontal de areia da Lagoa da Barra, "permitindo que o mar galgue para dentro e altere sua salinidade".

Sem a cobertura vegetal nos morros ocupados pelas favelas, a terra das encostas fica fofa, e os deslizamentos "matarão centenas", para Wasserman. O alerta vale para quedas constantes de barreiras em estradas da Região Serrana por causa das chuvas.

Mas a água não é o único problema. Com o calor, aumentam os mosquitos e os surtos de dengue e até de febre amarela.

Embora admitam os impactos na geografia carioca, os pesquisadores divergem quanto à sua intensidade.

- Não é como se o mar fosse engolir as cidades litorâneas - alerta o pesquisador Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, José Antônio Marengo. - Apenas a faixa de areia das praias encurtará.

Dúvidas também surgiram na divulgação em janeiro na França do relatório do Painel Internacional do Clima. Só há um consenso: as mudanças serão lentas, com tempo para criação de estratégias que reduzam os prejuízos."



Que futuro para os nossos filhos, netos... sem contar com o lulismo.


2 de março de 2007

Leis existem, são cumpridas????

Carro tem dívida de R$ 2 milhões no Paraná

Escort ano 1991 tem mais de 600 multas e não paga IPVA e licenciamento desde 1994.
Detran informa que veículo pode
(?) ser apreendido.

LUCIANE SCARAZZATI Do G1, em São Paulo

Um Escort L, ano 1991, com placas de Curitiba (PR), está com uma dívida de R$ 2.043.291,79 em multas, licenciamentos e impostos não-pagos. Segundo avaliação da Assovesp, a associação dos revendedores de veículos de São Paulo, um carro desse modelo e desse ano pode ser vendido por um preço que varia entre R$ 6.900 e R$ 7.300. Ou seja, com o valor do débito, é possível comprar pelo menos 279 veículos desse tipo.

Essa reportagem foi produzida a partir da sugestão de um leitor, enviada ao Fale Conosco. Você também pode enviar sua proposta.

O Escort pertence a um restaurante. A dívida é referente a cerca de 600 multas anotadas desde 1998 e ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e licenciamentos que não são pagos desde 1994, segundo o Detran do Paraná. A última infração foi registrada no dia 30 de janeiro deste ano, por excesso de velocidade. O valor é de R$ 85,13.

De acordo com levantamento do Detran-PR, a maioria das multas é por estacionamento em local proibido e por ultrapassar o limite da velocidade. O órgão estadual de trânsito não tem um ranking dos principais devedores, mas assegura que essa é uma das maiores dívidas registradas no sistema. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) também não tem um controle das dívidas, pois as multas e os impostos são cobrados pelos estados.

O Detran-PR informa que existe uma ordem judicial para apreensão do veículo. Se o carro for flagrado pela polícia ou por fiscais de trânsito, ele deve ser recolhido. Nesse caso, o Escort pode ficar no pátio por até 90 dias. Se o débito não for quitado nesse período, o automóvel vai a leilão e o nome do dono é incluído na dívida ativa do estado. Entre outros problemas, quem está nessa lista fica proibido de participar de licitações e fechar contratos com órgãos públicos.

O proprietário do restaurante (e do carro) não foi encontrado para comentar o assunto.



Copiado integralmente do G1




Meus amigos, essa não dá nem prá comentar....