19 de novembro de 2005

Bar da Amendoeira

Coluna Botequim do Padilha
Eu já conhecia a fama do Bar da Amendoeira junto aos adeptos de uma boa botequinagem. Muita gente se despenca da zona sul até o bairro de Maria da Graça para freqüentar essa relíquia carioca. Resolvi não ficar na vontade. Cheguei lá num sabadão de sol e dei de cara com um autêntico botequim de subúrbio, com o prato do dia escrito a giz no cavalete exposto na calçada. A decoração ainda é a original da inauguração, em 1953, com mesas pequenas sobre piso hidráulico e balcão que cobre toda a extensão do bar. Assim que me instalei, pedi um shinitt, o clássico chope na pressão em copo duplo e com espuma até a metade. No que desceu, entendi por que o Amendoeira está entre os melhores do Rio. Puxei conversa com o dono, seu Cezar Rezende, que herdou o negócio do avô. Contou que a chopeira, ali há 52 anos, é uma das únicas na cidade com cinco colunas de serpentina, resfriadas à mão com gelo. Mas a comida não fica atrás. A cozinheira Maria de Fátima é a mesma há 20 anos. O forte da casa é a carne seca. A dica é pedir sequinha. Experimente também o bolinho de carne, caseiro e saboroso. O bar serve outro emblema dos botequins de subúrbio, o prato do dia. Aos sábados é angu à baiana. Veio uma generosa porção de angu, coberta por molho de miúdos e finalizada com um farto pedaço de rabada. Bastou uma garfada para explicar por que o Bar da Amendoeira é cultuado em todos os roteiros de baixa gastronomia.
BAR DA AMENDOEIRA: Rua Conde de Azambuja 881 - Maria da Graça. Tel: 2501-4175.
De seg a qui das 7h à 1h. Sáb das 7h às 20h. Cartões: Dinners, Mastercard e Visa. Tíquetes: todos.
Fale com o Padilha no padilha@qonline.com.br
Foi lançado no Rio o jornal Q. É vespertino (sai do forno ás 17:30h) com notícias da manhã do mesmo dia. Uma opção de atualização para quem está voltando para casa e pode ler na condução. Vale a pena visitar.

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