25 de julho de 2008

Pinçado lá do Blog do Ancelmo... Que maldade!

Gruta da internet

Sem moderação

Gaiatice do craque Quinho, que corre o território livre da internet, ainda sobre a Lei Seca:





Mas você aí já sabe: se dirigir...

13 de julho de 2008

Blog do Marona

Quinze piranhas a 20 reais cada


Dois casamentos já destruídos, o ambiente do clube prejudicado por uma suruba barata. Jogadores de futebol contratam 15 prostitutas de 20 reais cada uma e se acham muito espertos. E os nossos filhos pequenos pedem a camisa com o nome deles nas costas. São ídolos. (destaque meu)

Meus filhos vivem me pedindo para ir aos treinos para conseguir autógrafos, comprar camisas, entrar com o time no campo... Não importa qual é o time, o que vale é que os ídolos não são mais os mesmos!

28 de junho de 2008

DE REPENTE, NÃO MAIS QUE DE REPENTE...


SOU CANDIDATO A VICE-PREFEITO

Meus amigos,
Tenho repetidas vezes criticado e muito o governo federal. Muitas vezes, e alguns dos que me acompanham reclamam, que não critico nada, ou quase nada, o que acontece no Estado ou em Porto Velho. Sou porto-velhense por ter recebido o título de cidadão, o que muito me honra, mas, mais ainda, pelo amor que tenho pela cidade, uma cidade de enorme coração e calor que recebe as pessoas como uma grande mãe. Sou muito grato à Rondônia onde minha família, a partir de meu avô, que, em 1904, nas margens do Urupá, recebeu Ricardo Franco, tem uma trajetória que passa por Vanessa, minha irmã, que teve um filho e uma filha de Guajará-Mirim, por meus filhos, dois porto-velhenses nascidos que, hoje, estão em Londrina fazendo o caminho inverso dos migrantes. Por tudo isto não consigo falar mal de Rondônia nem de Porto Velho já há quem fale mais do que deve. Porém, isto é uma digressão.
Escrevo para dizer que, ontem, fui surpreendido pelo convite do ex-vereador Davi Chiquilito Erse que é candidato a prefeito de Porto Velho para ser seu vice. Confesso que não desejava mais, não tenho mais, muitas vezes, a paciência e a vontade de fazer política. Coloquei como empecilho a vontade de minha mulher que, para meu espanto, foi a favor de que saísse. Confesso que é um sacrifício para mim grande participar novamente de uma campanha. Sei o quanto isto é ruim. Como um conhecedor de marketing recomendo que se o candidato não tiver muito dinheiro 60 dias antes desista e, sei, por experiência própria, a única que tive que somente lhe oferecem dinheiro por interesse ou para denegrir a honra de alguém. O que me fez aceitar? O entusiasmo e a vontade de Davi Chiquilito, um jovem político, que, como disse o presidente do PR, Paulo Morais, “tem DNA de político”. Irei ajudá-lo no que for possível e considero que é uma oportunidade enorme para ele e para Porto Velho. Ele, entre as opções possíveis, é o mais democrático e com maior vontade de fazer coisas, de criar e de mudar. Para Porto Velho seria, é, uma oportunidade de ter uma administração realmente nova e competente. De forma que, hoje, na convenção do PC do B foi homologada por aclamação a chapa com o nome de Davi Chiquilito e Silvio Persivo de vice. Agradeço aos companheiros do PC do B e do PR a oportunidade de poder colaborar. A sorte está lançada e, apesar do partido ser o PC do B, seja o que Deus quiser!



Meu amigo Silvio volta à política, donde nunca se afastou, em grande estilo.
Eu conheci o Silvio em 1986 quando ele era o Secretário de Administração Municipal de Porto Velho e aprendi muito sobre administração pública, sobre a Região Norte e seus costumes, suas peculiaridades, nos longos papos que tínhamos entre uma cerveja e outra.
Um economista reconhecido como um dos maiores, senão o maior, especialista em Região Norte e Mercosul (ALCA), com vários livros escritos, pois é também um grande poeta e cronista. Uma grande escolha para a cidade, pena que saí de lá já há algum tempo e não posso colaborar com meu voto mas fica meu desejo de sucesso.

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Clique aqui ou no título para visitar o seu blog.

Novaes, no Jornal do Brasil

31 de maio de 2008

Taí, gostei...


Wagner vs Pânico

29/05 por Redação

RG leu na Globo.com uma carta aberta do ator Wagner Moura que vale a pena ler. Ela fala por si:

"Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo "que coisa horrível" (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

" O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice "

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

" Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência "

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a "cagada" que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?"


Boa, já passou da hora de respeitar profissionais!

27 de maio de 2008

Repassando...


Publicada em: 25/05/2008

NO PAÍS DOS REGINALDOS
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Brasil, um país de cornos. Calma, leitor(a). Essa é apenas uma humilde e desinteressada sugestão (quem sabe até uma constatação?) de slogan para o desgoverno rasgar logo a fantasia e cuspir na cara de todos que o rei está nu, mesmo, vai continuar andando nu e que quem não quiser olhar a constrangedora nudez do rei tem mais é que fechar os olhos – de um jeito ou de outro.

No país de Reginaldo Rossi, a brasileirada (doravante denominada “Reginaldinhos”) torce por um campeonato de Stock Car que é “multimonomarca”. Explico: Por fora, o telespectador vê veículos com quatro bolhas multicoloridas diferentes. Uma exibe a marca Peugeot, outra exibe a marca GM, outra exibe a marca VW e outra exibe a marca Mitsubishi. No que o telespectador acredita? Que quatro marcas lutam entre si nas pistas para mostrar ao consumidor em potencial quem é a melhor e, assim, conquistar o seu bolso. As bolhas até se assemelham aos carros que andam nas ruas, para criar um clima de pseudo-competitividade ainda mais intenso.

Acontece que os “Reginaldinhos” estão vendo, em realidade, carros exatamente iguais voando sobre a pista. Nenhum deles, nem mesmo remotamente, possui motor GM, VW, Peugeot, ou Mitsubishi – nem mesmo versões mais potentes, preparadas por cada uma das fábricas ou equipes individuais, o que seria até natural em competições. Os “Reginaldinhos” estão torcendo por carros que possuem o mesmo chassi, o mesmo câmbio, o mesmo motor – tudo feito longe das quatro fábricas envolvidas nas competições. Daí a expressão “multimonomarca”. Pode-se inferir, a partir daí, que Stock Car é corrida de corno? É difícil precisar. Mas eu não colocaria a mão no fogo das caras-metades enquanto os “Reginaldinhos” estão babando por sua “marca” preferida nos autódromos.

Esses mesmos “Reginaldinhos” são contra a tecnologia nos estádios de futebol, apesar de adorarem um “replay instantâneo” das jogadas mais importantes enquanto estão afundados no sofá da sala. Com isso, todo o avanço tecnológico da eletro-eletrônica não avança quando o assunto é permitir aos técnicos de cada equipe três chances – por meio de “replays instantâneos” – de contestar decisões da arbitragem que sejam potencialmente catastróficas. O bacana, mesmo, é xingar a mãe do juiz a plenos pulmões das arquibancadas, enquanto o time, em campo, vê deslizar ladeira abaixo todo um esforço, todo um treinamento, toda uma programação, talvez até todo um longo e difícil campeonato, por causa de um simples erro do árbitro que não pode ser contestado.

Aliás, são alguns desses mesmos “Reginaldinhos” que reclamam, indignados, que a venda de bebidas alcoólicas é liberada nas estradas federais, e que por causa disso ocorrem os tenebrosos acidentes registrados ultimamente. Enquanto fazem força para tirar o sofá da sala, como todo corno que se preza, os “Reginaldinhos” ignoram que a bebida adquirida num supermercado dentro do perímetro urbano embebeda do mesmo jeito que a vendida na beira da estrada, e que a obrigação do motorista é não beber, ponto final. A carga que ele transporta pode até ser composta inteiramente de passageiros bêbados, mas ele, motorista, tem que estar sóbrio. Para continuar vivo, para não matar ninguém e para não ir parar na cadeia.

O fenômeno da ressurreição da CPMF também deixa os “Reginaldinhos” elétricos. Desmemoriados, eles ignoram que o novo imposto vá ter sua alíquota miudinha estuprada num futuro não muito distante, da mesma forma que a CPMF original, e que a parcela destinada à Saúde(?) acabará ficando na quinta parte do todo que, na realidade, deveria representar.

Fazer o quê? No fim das contas, o Brasil “é assim mesmo”…

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Veja as novidades no Blog do Lessa, atualizado constantemente, e... divulgue o site para os amigos! www.claudiolessa.com



Vamos acordar, vamos acordar...

O nosso Brasil está tendo uma crise de acomodação, onde cada um acha que está levando vantagem e não estamos preocupados com o que estamos criando.

Vamos acordar!

10 de maio de 2008

A última crônica de Artur da Távola: camarão com catupiri

"Ainda rapaz, minha mãe anunciava com alegria, ao receber o salário modesto de funcionária pública no fim do mês: “Hoje vai ter camarão com catupiri”.

Prato denso pela consistência daquele requeijão no qual, ademais, ela adicionava deliciosos palmitos. Não usava molho de tomate de lata (“muito ácido”, dizia), nem colocava ervilhas. O camarão era grande, gostoso e bem mais barato então. Falo de molho de tomate e ervilhas porque, depois, a especiaria ganhou fama e até estrelato em nobres cardápios, tornando-se, também, salgada no preço. Apareceu em jantares finos e restaurantes metidos. E com molho de tomate e ervilhas.

Aos poucos, porém, foi perdendo ‘status’. Dos jantares finos sumiu, porque se tornou lugar comum e, também, porque camarão é caro e rico não é besta.

Nos restaurantes (r)existe, porém, pálida lembrança: o (que era) ‘catupiri’ com camarão está mais para molho branco com farinha de trigo que para o velho e saboroso requeijão. E o pior! Caso se deseje usar o catupiri mesmo, ao vivo e a cores, este envelheceu, tornou-se ralo e aguado, dissolve-se e dessora uma gordura amarelada. Sucumbiu aos imitadores. E, depois destes, veio ainda a legião de copos e mais copos de requeijão cremoso, díspares na qualidade e malandros nos preços, porém mais práticos até pelo aproveitamento do copo que substitui a simpática caixinha redonda, de madeira. Mas sem a mesma consistência de quase queijo, com certeza.

Pobre vovô catupiri, que não conseguiu entrar com saúde na terceira idade! A vertigem do consumo o pilhou desprevenido, sem condições de reproduzir a classe de antigamente. Mesmo assim resiste, que bom! Apesar de soltar a amarela e assustadora camada de gordura liquefeita, para tais iguarias ainda é melhor que o requeijão de copo, pois este precisa ser engrossado com farinha; e o “catupa”, não.

Ele virou, porém, marca e símbolo de um modo de cozinhar acepipes: coxinha de frango com catupiri; rissole de camarão com catupiri; empadinhas de galinha ou camarão com catupiri. O nome prolifera e dobra o preço: rissole de camarão custa a metade de rissole de camarão com catupiri. E a imaginação criadora disparou, inventando até um deslumbrante croquete de aipim recheado com catupiri. Comi um na ‘Chez Anne’ e quase chorei de emoção.

Mas o camarão com catupiri inesquecível de minha mãe, este não existe mais.

O tempo o levou. E a ela, cuja perda não tem solução."

A coluna de Artur da Távola era publicada em O Dia D. Este é seu último texto inédito.





O Rio ficou muito, mas muito mais pobre. Foi-se um homem íntegro, inteligente, culto, um político com densidade que representou o Estado com verdadeiro peso. Apontem um político atual do Rio de Janeiro com tantas qualidades, eu desafio...

Artur da Távola era o pseudônimo do carioca Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros, nascido em 3 de janeiro de 1936. Formou-se em Direito em 1959, mas seu envolvimento com o movimento estudantil o levou, já no ano seguinte, a ser eleito deputado constituinte pelo estado da Guanabara.

Foi reeleito em 1962 e ingressou no PTB. Cassado pelo regime militar, exilou-se na Bolívia e Chile entre 1964 e 1968. Ao retornar, adotou o pseudônimo de Artur da Távola e começou a escrever sobre televisão no jornal ‘Última Hora’.
“Artur da Távola foi a primeira pessoa a fazer crítica de televisão a sério no Brasil”, recordou o cineasta Zelito Viana.
Ao longo da vida, publicou 23 livros e comandou programas de jornalismo e música clássica no rádio e na TV. Atualmente, dirigia a rádio Roquette Pinto, que passou por reformulação sob seu comando. “Era um craque em tudo o que se metia: rádio, TV, música, jornalismo, política... Ele fez uma revolução na Roquette Pinto. Agora abriu-se um buraco”, lamentou o jornalista Sérgio Cabral.

Em 1988, foi um dos fundadores do PSDB e se elegeu deputado federal constituinte. Em 1994, ao lado do ex-governador do Rio Marcello Alencar, concorreu e foi eleito ao Senado. “Fizemos a campanha juntos. Ele estava sempre alegre e brincávamos muito. Gostava da vida, era um homem romântico”, recordou Alencar.

Pensador independente, deixou o Senado em 2003, mas se manteve referência respeitada. “Artur era muita coisa numa pessoa só. Ele foi um exemplo de uma vida sem rasuras”, elogiou o presidente do PSDB no Senado, Arthur Virgílio. “É um dos grandes homens públicos de seu tempo, referência para minha geração”, afirmou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

“Nos deixou um dos melhores homens públicos do Brasil. Perdi um amigo íntimo e sábio”, lamentou o prefeito de São Paulo, José Serra, que foi com Távola para o exílio no Chile.

Meio cultural sente a perda do crítico

Artur da Távola foi um defensor incansável da cultura no Brasil. “Sempre o admirei pela coragem de suas posições políticas e pelas crônicas inesquecíveis que assinou, fazendo análises precisas, inteligentes e argutas das nossas novelas”, disse a novelista Glória Perez.

“Ele emprestou sua cultura para que a TV brasileira não se tornasse um subproduto”, lembrou a atriz Christiane Torloni. “Seu papel foi de grande importância cultural no rádio e TV da nossa cidade. Como político, manteve-se sempre coerente com seus ideais democráticos”, disse o autor de novelas Manoel Carlos.

“Sua trajetória de escritor, jornalista e político sério dedicado às melhores causas são exemplo a ser observado com muita atenção por todos que desejem uma vida pública séria e limpa”, comentou o presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni.

30 de abril de 2008

Não resisti e copiei do Claudio Humbero....







Ideli tem razão: o governo muda as pessoas

ideli salvatti-1.JPG

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A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), afirmou ontem, em discurso no plenário do Senado que "o governo Lula está mudando a vida das pessoas". Ideli está certa, pelo menos no que diz respeito a ela própria. É só conferir, nas fotos acima, a evolução da ex-radical e histérica líder sindical dos professores catarinenses para a sofisticada parlamentar de hoje (foto abaixo) que chegou ao poder há poucos anos. Veja o cabelo, a perda do peso, a pele, as roupas... O que o dinheiro não faz, hein? Até milagre.

Brito, Ideli, medalha.JPG
Foto: Orlando Brito




6 de abril de 2008

Gostei e compartilho...

05/04/2008 10:25

Ziraldo e Herzog: diferença de 800%

Perseguido pelo regime militar, Ziraldo entrou com uma ação por reparação de danos e vai embolsar uma grana federal. Terá direito a uma bolada inicial de R$ 1.000.253, 24, mais uma aposentadoria de R$ 4.375,88 por mês, até o fim de seus dias. Jaguar foi vitorioso numa ação semelhante e vai receber R$ 1027.388,29. Também terá direito a uma pensão de R$ 4.375,88.
Acho que toda vítima da ditadura tem o direito a uma reparação. Autoridades que representavam o Estado cometeram crimes e é preciso que se pague por eles. Não discuto o direito. Discuto o número. Embora seja um grande admirador de Zirado, acho essa soma vergonhosa.
Não acho que o Brasil lhe “deve essa indenização,” como ele declarou no final do julgamento.
Jornalista, como Ziraldo, adversário do regime, como Ziraldo, Vladimir Herzog foi preso, massacrado pela tortura e assassinado. Sua família teve direito a uma indenização de R$ 120 000 reais. Mário Alves, que também era jornalista, foi preso e assassinado. A família recebeu a mesma coisa. Os herdeiros de Rubens Paiva, deputado sequestrado e morto pelo porão militar, também receberam R$ 120 000.
Ziraldo esteve preso, sofreu perseguições e perdeu empregos em diversas oportunidades em função de sua atividade política. As pessoas que mencionei acima – poderia apontar outros exemplos – também. Além disso, perderam a vida. A indenização de Ziraldo é 800% maior que a delas. Ele ainda terá uma aposentadoria especial, vitalícia, ao contrário das viúvas e herdeiros dos militantes assassinados.
Numa tese de doutorado defendida recentemente na Universidade de São Paulo, com o título de “O Preço do Esquecimento: "O preço do esquecimento: as reparações pagas às vítimas do regime militar (uma comparação entre Brasil, Argentina e Chile)"a cientista política Glenda Mezarobba faz um apanhado definitivo sobre as contradições que envolveram as reparações pagas aos perseguidos.
Ela mostra que essas somas milionárias não tem relação com a luta contra a ditadura, mas expressam nosso atraso político, nossa mania de confundir a esfera pública com a privada – e nossa dificuldade para consolidar direitos e liberdades, impedindo que os mesmos erros se repitam no futuro.
Glenda explica que o valor das indenizações não se baseia na gravidade do crime cometido pelo Estado, o que seria o natural numa ação por direitos políticos, mas numa barganha econômica, pela qual quem pode mais chora menos. Na prática, o valor foi fixado por critérios econômicos, pelo poder de pressão e prestígio das vítimas, fenômenos típicos de uma sociedade desigual e injusta, como a nossa -- como Ziraldo tantas vezes explicou em seus livros para crianças.
No país do "sabe com quem está falando?," um engenheiro de estatal podia pleitear uma compensação maior que a de um operário – embora os dois fossem militantes de uma mesma causa, e pudessem ter sido sofrido o mesmo tipo de violência, nas mãos dos mesmos carrascos.
Por que? Porque se estivesse fora da cadeia, teria uma renda mensal maior. Está errado. A luta contra a ditadura envolvia, acima de tudo, uma questão de consciência. Se esse critério fosse válido, ao sair da prisão o escritor Caio Prado Junior, cuja família já foi dona de uma das maiores fortunas do país, deveria ter herdado a Petrobrás, não é mesmo?
Em países como Argentina e Chile as pessoas receberam reparações fixas por cada dia em que ficaram presas sem julgamento. As pensões tinham um equivalente no serviço público. Jamais chegaram a somas iguais as que se paga no Brasil. Também davam direito a assistência médica do Estado.
As indenizações milionárias produziram uma distorção histórica, também. Ao embolsar somas fora de qualquer critério, muitos brasileiros que, em função de seu comportamento digno durante a ditadura, deveriam ser alvo de grande admiração, hoje são vistos como cidadãos privilegiados, com acesso especial aos cofres do Estado.
Fernando Henrique Cardoso declarou à Glenda Mezarobba que, no Brasil, “todo mundo quer uma boquinha no tesouro.” Qualquer que seja sua opinião sobre o político FHC, sobre seu governo e suas idéias, eu pergunto: você acha que ele está errado?

enviada por Paulo Moreira Leite


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Estamos mais tristes.

Dizem que ficamos velhos quando começamos a ler o jornal pela página do obituário.
Hoje eu fiz e li...


06/04/2008 09:27

O mundo de Charlton Heston


Era bom viver no universo de Charlton Heston. Eu tinha menos de dez anos quando assisti a Ben Hur.
O filme tinha cenas que provocavam medo, daqueles de tapar os olhos com as mãos. Mas também exibia a célebre corrida de bigas, velozes e barulhentas.(Pais e professores cismavam que o nome certo seria quadrigas, já que eram formadas por quatro corcéis maravilhosos).
Como é possível esquecer tudo isso?
O cinema daquele tempo era o espelho de um mundo que queria dar a impressão de que vivemos num mundo organizado pela razão e pela ordem, a partir de valores sólidos e uma idéia clara de progresso. A realidade não era nada disso. Nada parecia provisório nem descartável.
Os personagens daquele cinema não eram tipos inseguros, no centro de um roteiro de passagens sem nexo e final ambíguo. Os filmes tinham o direito de contar mais uma vez a história da humanidade em apenas duas horas. O final era sempre feliz e quase sempre edificante.
Vivia-se a Guerra Fria. Hollywood queria ajudar a cimentar consensos, produzia histórias que eram exemplos para se contar aos filhos, os heróis pareciam pessoas de verdade.
Pensava-se que a vida era mesmo asssim.
Em 60 anos de carreira, Charlton Heston encarnou o início, apogeu e queda deste cinema. Antes de Ben Hur, foi Moisés nos anos 50. Uma década depois, em 1968, anunciou os novos tempos como protagonista de O Planeta dos Macacos, um dos primeiros e mais surpreendentes filmes a sustentar a idéia de que a passagem do homem sobre a Terra pode ser definida como um fiasco. Em 1975, fez Aeroporto, o início do cinema-catástrofe.
Com o passar dos anos, sua carreira de ator ficou escondida por sua atividade política, como cabo-eleitoral do Partido Republicano e lobista da industria de armas americana. O cinema e a política perderam.
Rosto de um mundo que não existe mais, Charlton Heston foi estrela de um cinema que tinha alguma coisa de templo, tamanha a reverência merecida por aqueles homens e mulheres que apareciam na tela depois que as luzes se apagavam. Vi Ben Hur no Cine Metro, na avenida São João, em São Paulo, então um local nobre da cidade que hoje é ocupado por famílias de trabalhadores pobres em convívio forçado com dependentes químicos, traficantes e pequenos bandidos de todas especialidades. São outros tempos – e não só para o cinema.


enviada por Paulo Moreira Leite

Polêmico, consciente sem hipocrisia. Tinha sua conveniência...
Estou ficando velho.


5 de fevereiro de 2008

Brincando de ser Deus, ou alterando a natureza? E se Deus for a natureza?

05/02/2008 - 19h38

Cientistas criam embrião com DNA de um pai e duas mães

Da BBC Brasil
Cientistas britânicos anunciaram ter criado em laboratório um embrião humano com cargas genéticas de duas mães e um pai.

A experiência foi realizada por uma equipe da Universidade de Newcastle, que usou dez embriões deficientes que não poderiam ser utilizados nos tratamentos de fertilização in vitro tradicionais.

No experimento, os cientistas removeram o núcleo celular do embrião, contendo o DNA do pai e da mãe, e o implantaram em um óvulo de uma outra mulher, com grande parte do material genético também retirado.

O único componente genético remanescente no óvulo doador foi uma pequena quantidade de mitocôndria - uma estrutura da célula responsável pela respiração celular e a produção de energia.

O embrião, formado com cargas genéticas de um homem e duas mulheres, começou a se desenvolver normalmente, mas foi destruído seis dias depois.

Doenças hereditárias

O bom funcionamento das mitocôndrias é essencial para a vida da célula. Elas são transmitidas somente pela mãe através do óvulo e, quando defeituosas, podem causar doenças hereditárias como cegueira, distrofia muscular, diabetes e surdez, entre outras.

Os especialistas acreditam que a descoberta poderia ser uma garantia de que mulheres com doenças mitocondriais não transmitam as enfermidades para a próxima geração.

"Nós acreditamos que a partir desse trabalho poderemos desenvolver a técnica necessária e oferecer tratamento no futuro para que famílias não transmitam doenças para as próximas gerações", disse Patrick Chinnery, um dos pesquisadores.

Os especialistas explicam que se o embrião se desenvolvesse teria elementos genéticos de três pessoas, mas a parte do DNA responsável por definir a aparência e outras características do bebê não viria do óvulo doador.

A nova técnica será testada apenas em laboratório e ainda não há previsões para que seja aplicada como tratamento.

27 de janeiro de 2008

Sem comentários... Precisa?

Publicada em 27/01/2008 às 08:29

Gravações revelam que Tuchinha e sua quadrilha transitavam livremente na quadra da Mangueira

Camilo Coelho e Marco Antônio Martins - Extra

RIO - Escutas telefônicas feitas pelas polícias Civil e Federal comprovam que o traficante Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, transitava livremente na quadra da Mangueira. Segundo as investigações, ele tinha acesso ao camarote - com uma passagem secreta para a favela -, e até mesmo à sala do presidente da bateria. Na época, o cargo era ocupado pelo Cabelo Vermelho, como Tuchinha chamava carinhosamente Ivo Meirelles.

Ainda como Francisco do Pagode, Tuchinha também preparava a festa da vitória, antes mesmo de saber se seu samba ganharia. Durante a feijoada na quadra, no dia 13, data da escolha do samba-enredo, Tuchinha tira-onda com o comparsa. Ele diz gargalhando:

" Tô no ar-condicionado. Geladinho "

"Tô no ar-condicionado. Geladinho"

O comparsa orienta o chefe: "Tô aqui na parte superior, escondidinho" , e marca um encontro na "sala do presidente".

Em outra conversa, Tuchinha fala para um cúmplice que a quadrilha vai entrar "por cima". De acordo com a polícia, os bandidos usaram a passagem secreta para entrar na quadra, que estava lotada naquela noite.

" "Nós vamos tudo por cima hoje porque vai ficar sinistro lá embaixo". "

"Nós vamos tudo por cima hoje porque vai ficar sinistro lá embaixo"

Na madrugada, Francisco do Pagode venceu a disputa do samba. Ele comemorou no camarote "geladinho" com a quadrilha. O local tem três aparelhos de ar-condicionado, pista de dança, dois banheiros e freezer - a passagem liga a quadra à laje de uma casa, através de uma escada de madeira que, segundo a polícia, facilita a fuga de bandidos.

Encomenda de uísque dois dias antes da decisão

Ainda faltavam dois dias para a escolha do samba que a Mangueira levará para a Sapucaí este ano, mas o compositor Francisco do Pagode, como Tuchinha é conhecido no mundo do samba, já preparava a comemoração. Ele aparece em escutas telefônicas feitas no dia 12 de outubro do ano passado encomendando seis garrafas de dois litros de uísque ( clique aqui e ouça ). Na manhã de domingo, dia 14, o samba que tem como refrão "É frevo, é frevo, é frevo" venceu a disputa.

A encomenda das garrafas foi feita a um homem não identificado na tarde do dia 12. Tuchinha pede que ele compre o uísque com um "coroa" porque ele consegue mais barato ( clique aqui e ouça ). Como não conseguiu a compra, Tuchinha teve que insistir no dia seguinte.

Na outra ligação, já no sábado dia 13, véspera da escolha do samba, Tuchinha reclama com o comparsa - que diz estar na quadra da Mangueira comendo a feijoada - e diz que o uísque tem que ser comprado "hoje" ( clique aqui e ouça a parte em que ele diz sobre gelo de coco, energético e uísque ).

De uma localidade conhecida como "Via Show", onde estava, Tuchinha ordenou que ele comprasse o uísque para a comemoração.

Charutos cubanos para a comemoração

As escutas telefônicas feitas pela polícia mostram que Tuchinha não economizava no Morro da Mangueira. Bebia uísque e fumava charutos cubanos. Em uma gravação do dia 13 de outubro, um comparsa liga para o chefe pedindo charutos. Ele pede as melhores marcas. O bandido tinha certeza de que levariam a melhor na escolha do samba, que aconteceria no dia seguinte.

" Aê, tu tem charuto Cohiba lá? "

"Aê, tu tem charuto Cohiba lá?"

Tuchinha diz que não tem, mas vai usar alguns guardados:

"Vou usar o de lá. Vou usar o da caixa que tem lá." Cohiba é marca de um charuto cubano em que existem 24 tipos diferentes. Os preços variam. Uma caixa com cinco pode ser vendida por 49,57 euros (R$ 129,87) ou com 50 charutos a 993 euros (R$ 2.601).

O comparsa insiste e Tuchinha fala para ele pegar o charuto com Ivo Meirelles, ex-presidente da bateria. "O Ivo acho que tá com o Romeu e Julieta."


Confiram o áudio gravado pela Polícia nos links da matéria do jornal "EXTRA".

"Reação rápida"

27/1/2008 09:25:00

Assaltante é morto por motorista ao tentar roubar carro em Cascadura

Bartolomeu Brito

Rio - Na Rua Sidônio Paes, subida do Viaduto de Cascadura, na Zona Norte, um homem - ainda não identificado - que estava com duas pistolas, uma calibre 40 e outra 9 milímetros - foi baleado ao tentar roubar um carro. O motorista reagiu, atirou no marginal e fugiu. O ladrão foi socorrido por uma guarnição do 9º BPM (Rocha Miranda) e levado para o Hospital Salgado Filho, onde morreu . A ocorrência foi registrada na 28ª DP (Campinho).

E também....

27/1/2008 09:31:00

Menor é baleado por desconhecido após assaltar casal em Copacabana

Bartolomeu Brito

Rio - Três homens - um deles menor - assaltaram na madrugada deste domingo, Leandro da Silva, de 21 anos, e Fabíola da Silva, de 22 anos, à porta de um prédio, na Rua Bulhões de Carvalho 513, em Copacabana, na Zona Sul. Eles levaram R$ 150, um celular, documentos e cartões de crédito.

Quando eles fugiam, foi feito um disparo de arma de fogo por uma pessoa desconhecida e que desapareceu. O tiro atingiu a barriga um dos marginais, menor de 17 anos. Os dois homens comparsas conseguiram fugir.

Em poder do menor baleado foram encontrados os pertences do casal. O assaltante ferido foi levado para o Hospital Miguel Couto e a ocorrência registrada na 12ª DP (Copacabana).


O Rio está reagindo e fazendo justiça com as próprias mãos.
Tenho observado que aumenta o número de reações às tentativas de assaltos com êxito pelas vítimas, apesar das recomendações para não reagir, que nada vale mais que a vida, que o bandido não tem nada a perder. O que está acontecendo é que cada vez mais estamos sendo assaltados com armas de brinquedo, sendo alvejados após assaltos sem nenhuma reação, sem que haja aumento do policiamento, com notícias e fotos diárias sobre a corrupção policial, com a defesa dos bandidos pelos grupos sociais de direitos humanos, com a impunidade e legislação de redução de penas para condenados com antecedentes.
O que está ocorrendo é muito perigoso, muitos vão se aproveitar para fazer justiça e injustiça, não vamos mais saber quem é 'mocinho' ou 'bandido', em quem confiar o trabalho que pagamos através dos impostos, enfim, a inversão de valores está em curso a passos rápidos.

Vamos ver qual o destino do Juvenal Antena na novela para sabermos para onde iremos. A mídia, em especial a Rede Globo, sabe muito bem como conduzir a sociedade.

A luz ao final do túnel está cada vez mais parecida com um trem em sentido contrário.


20 de janeiro de 2008

20/01: 1983 - O fim solitário de Mané Garrincha


"Se há um deus
que regula o futebol,
esse deus
é, sobretudo,
irônico e farsante,
e Garrincha
foi um de seus delegados
incumbidos de zombar
de tudo e de todos,
nos estádios."

Carlos Drummond de Andrade

Apenas um esparadrapo com o nome Manoel da Silva identificava o corpo de Garrincha, 49 anos, na Casa de Saúde Dr. Eiras, onde foi hóspede habitual desde o agravamento de seus problemas com o alcoolismo e morreu no início da manhã vítima de um edema pulmonar. Velado no saguão do estádio Maracanã, foi enterrado no dia seguinte na cidade de Pau Grande, no interior do Rio, de onde saiu para driblar o mundo.

Esse foi o fim solitário de Mané Garrincha, aquele que foi um dos maiores craques do futebol em todos os tempos, herói de duas Copas (1958 e 1962), e conquistou o sucesso desorientando os adversários com os seus lances geniais. Um anjo de pernas tortas, que conduziu com seus pés o melhor de uma das maiores paixões do povo brasileiro: o futebol. Um ídolo que encantou multidões, mas ficou esquecido quando precisou de ajuda e não teve forças para se ajudar.

Ao mundo restou a penitência pelo abandono: os gramados jamais voltariam a ser palco para o espetacular futebol da estrela Mané Garrincha.

Da glória ao anonimato doloroso
"O Garrincha precisa de um trabalho de reencontro consigo mesmo e de saber que há gente interessada em seu bem-estar. Ele é, na verdade, muito imaturo e sofre quando as pessoas se aproveitam dele". A frase, dita pela psicóloga Tânia Barreto em 1977, com poucas variações repetiu-se centenas de vezes desde o começo da decadência do craque no final dos anos 60. E acentuou-se a partir de 1973, depois que Garrincha se despediu oficialmente dos campos de futebol em um amistoso no Maracanã numa queda gradativa

O dia em que o povo perdeu Garrincha, sua maior alegria no futebol

Gabriel Santos


Arquivo JS




Há 25 anos, o povo brasileiro perdia um pouco de sua alegria. No dia 20 de janeiro de 1983, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial morreu no Rio de Janeiro, vítima de uma cirrose hepática, deixando todos os torcedores, não só os do Botafogo, saudosos de sua magia e dribles desconcertantes, que tanto encantaram o público.

Vindo de uma família humilde, Garrincha começou no futebol apenas aos 20 anos, quando, depois de ser recusado em vários clubes pela perna torta, fez um teste no Botafogo e foi aprovado.

Depois disso, no dia 21 de junho de 1953, ele estreou com a camisa alvinegra — que usaria por 579 vezes, marcando 249 gols — num amistoso contra o Avelar, vencido por 1 a 0, gol dele. Porém, mais do que os gols, não há quem tenha visto e não se lembre dos dribles, por muitas vezes humilhantes, que o jogador protagonizava. Jogando contra o Olaria na Rua Bariri, ou em Wembley, ou contra a Inglaterra numa Copa do Mundo, o espírito alegre e irreverente dentro de campo era o mesmo.

Durante a carreira, o camisa 7 venceu três torneios Rio-São Paulo, dois pelo Botafogo e um pelo Corinthians; três Campeonatos Carioca; duas Copas do Mundo, 58 e 62, além de torneios amistosos fora do Brasil com a camisa do Botafogo. Pela Seleção Brasileira, jogou 61 partidas e perdeu apenas uma vez, contra a Hungria, na Copa de 1966. Além disso, foi eleito pela Fifa para a seleção de todos os tempos, em 1998.

O Mané ainda vestiu as camisas de Corinthians, Flamengo, Portuguesa (RJ), Millonarios (Colômbia) Olaria, Goiás e Bangu antes de encerrar a carreira, em 19 de setembro de 1973, quando tentou um retorno ao Botafogo, porém, sem sucesso. Mesmo assim, foi aplaudido de pé por um Maracanã lotado na despedida deste que foi um dos maiores gênios da bola.


14 de janeiro de 2008

Li no Diário do Pará de hoje

Formigas carnívoras atacam cidade do Amazonas

Os moradores de Novo Aripuanã, município distante 220 quilômetros de Manaus, sofrem com a infestação de formigas carnívoras. Quintais que eram utilizados para roças foram praticamente abandonados. Grilos, lagartos e ratos estão desaparecendo da cidade e até atividades simples, como brincadeiras no pátio e conversas embaixo das árvores, representam risco à população, segundo informações da Agência Brasil. As formigas que estão causando transtornos em Novo Aripuanã são chamadas formigas de fogo ou lava-pés. A primeira colônia chegou em toras de madeira que desceram das cabeceiras de rios e, rapidamente, os animais se espalharam pelo município. Vítima dos insetos, o bancário Raimundo Nonato afirma que 80% da cidade está infestada pelas formigas. “Elas atacam principalmente os animais domésticos, como cachorros, gatos, galinhas. É difícil a gente ter esses animais porque elas atacam”, afirma. Segundo ele, as formigas não poupam nem as pessoas. “É uma coisa horrível. A qualquer momento, elas estão no pé da gente”, afirma. O agrônomo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Marcos Garcia esteve no município. Segundo ele, as formigas são nativas da região. Garcia diz que as condições da zona urbana favorecem a proliferação dos insetos e orienta a população a acondicionar o lixo de forma adequada. “É uma espécie de formiga que aproveita todo tipo de material orgânico. Por exemplo, resto de peixe, ossos, carne em geral são consumidos por essas formigas”, explica.





Estamos perdendo para mosquitos e agora formigas...
E pensar que vamos ajudar os vizinhos antes de cuidar da própria casa.
E ver nossa Sociedade recebendo um péssimo atendimento quando procura assistência à saúde. E não vamos nem falar dos nossos indios.
Êta Brasil abandonado.

12 de janeiro de 2008

Bom dia, Belém. Um hino de amor à cidade morena.

Belém, 392 anos. Parabéns!


Manuel Bandeira

Bembelelém

Viva Belém!

Belém do Pará porto moderno integrado na equatorial

Beleza eterna da paisagem

Bembelelém

Viva Belém!

Cidade pomar

(Obrigou a polícia a classificar um tipo novo de delinqüente.

O apedrejador de mangueiras)

Bembelelém

Viva Belém!

Belém do Pará onde as avenidas se chamam Estradas:

Estrada de São Jerônimo

Estrada de Nazaré

Onde a banal Avenida Marechal Deodoro da Fonseca de todas as cidades do Brasil

Se chama liricamente

Brasileiramente

Estrada do Generalíssimo Deodoro

Bembelelém

Viva Belém!

Nortista gostosa

Eu te quero bem.

Terra da castanha

Terra da borracha

Terra de biriba, bacuri, sapoti

Terra de fala cheia de nome indígena

Que a gente não sabe se é de fruta pé de pau ou ave de plumagem bonita.

Nortista gostosa

Eu te quero bem.

Me obrigarás a novas saudades

Nunca mais me esquecerei do teu Largo da Sé

Com a fé maciça das duas maravilhosas igrejas barrocas

E o renque ajoelhado de sobradinhos coloniais tão bonitinhos

Nunca mais me esquecerei

Das velas encarnadas

Verdes

Azuis

Da doca de Ver-o-Peso

Nunca mais

E foi pra me consolar mais tarde

Que inventei esta cantiga:

Bembelelém

Viva Belém!

Nortista gostosa

Eu te quero bem.

(Estrela da Manhã - Belém, 1928)



5 de janeiro de 2008

Sacanagem...




O Alexandre não perde uma chance.
Falem bem ou mal, mas falem do meu Fogão! O Cariocão vai começar, veremos, veremos...