6 de fevereiro de 2006

Justiça...

Juíza é condenada a 12 anos, mas fica em liberdade
Agência Estado

Acusada de desviar mais de R$ 3 milhões de 157 contas bancárias quando atuava como juíza entre os anos de 1995 e 2000, a desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Pará, Ana Teresa Murrieta, foi condenada nesta segunda-feira a 12 anos e nove meses de prisão em regime fechado pelo crime de peculato. Esse tipo de crime é o furto ou apropriação indébita praticado por funcionário público.
O juiz Paulo Jussara, responsável pela condenação da desembargadora, levou em conta a condição de ré primária da acusada e ausência de antecedentes criminais para concluir que ela deve aguardar em liberdade o trânsito em julgado da sentença.
A defesa de Murrieta ainda tentou inocentá-la, alegando que ela sofre de distúrbios psicológicos, mas exame feito por uma psiquiatra do Centro de Perícias Renato Chaves provou o contrário. De acordo com o laudo, a desembargadora é "capaz de entender o caráter delituoso de seus atos e discernir o alcance de suas ações".

Conheci a Juíza quando morei em Belém. Não tem nada de desequilibrada, era de uma arrogancia e empáfia que dava medo nas audiências.
Se entendessem que era desequilibrada, suas sentenças seriam anuladas?

Uma dúvida: É a Justiça que está punindo seus membros ou alguns estão acreditando na impunidade e extrapolando?

Um comentário:

Anônimo disse...

LC, os franceses exportaram para o mundo o espírito de corpo, que gerou o conceito de corporativismo, muitas vezes necessário na defesa honesta de interesses coletivos. Já algumas castas brasileiras, entre elas o poder judiciário, pratica o que o Millôr genialmente definiu como "porcorativismo", baseado no espírito de porco. Tomar condenação de 12 anos e cumprir em liberdade é algo fenomenal, que seguramente não está ao alcance de seres humanos comuns, como nós.