22 de maio de 2009

Conselhos de Dom Pedro II à princesa Isabel

Por Deonísio da Silva em 19/5/2009

"O sistema político do Brasil funda-se na opinião nacional, que, muitas vezes, não é manifestada pela opinião, que se apregoa como pública. Cumpre ao imperador estudar constantemente aquela para obedecer-lhe."

Assim, Dom Pedro II abre os Conselhos à Princesa Isabel de como melhor governar, escritos em 1871, às vésperas de ele viajar para a Europa e passar a regência à filha. O manuscrito, guardado no Arquivo Grão Pará, em Petrópolis (RJ), tivera uma edição em 1956. Com prefácio de Ruy Vieira da Cunha, as Edições GRD – iniciais de Gumercindo Rocha Dórea, o editor que lançou os primeiros livros de Rubem Fonseca – colocaram nas livrarias, em 1985, sua edição fac-similar. Assim, o leitor degusta até a caligrafia do imperador e as vacilações que teve para escolher esta ou aquela palavra, pois foram mantidos os borrões e os rabiscos.
A releitura deste belo opúsculo pode ajudar muito a entender certo divórcio entre a opinião quase consensual que a grande mídia tem do governo Lula, igualmente tida como pública, e a opinião nacional, isto é, o que o Brasil acha de Lula. Sua eleição e reeleição já o tinham aprovado nas urnas, mas os indicadores de sua avassaladora popularidade medem tal aprovação a partir de outros mirantes.
Parodiando Dom Pedro II, a quem o governo deve prestar atenção? À opinião nacional ou à opinião pública, que pode não estar em sintonia com a da grande mídia? Pois parece óbvio que já há algum tempo a opinião pública não vem sendo adequadamente espelhada pela grande mídia nem ela tem sido capaz de aumentar sua quota de influência na formação da opinião nacional, que dá conta de um consenso do povo sobre aqueles que o governam.
Cláusulas pétreas
A internet trouxe o fenômeno dos sítios e blogues e de numerosos outros recursos que contrariam a grande mídia, sem medo e com muito mais eficiência, como se comprova pelo papel decisivo que tiveram na recente eleição de Barack Obama.
Textos como o de Dom Pedro II contribuem para fixar um norte nos debates. Do contrário, até figuras sensatas como Cristovam Buarque (PDT-DF) correm o risco do deslize, de que é exemplo o disparate proferido pelo senador, no dia 6 de abril passado:
"Deixo o povo comentar quem é a favor ou contra um plebiscito e se deve ou não fechar o Congresso. Até porque as razões para fechar não são apenas as dos escândalos. São as razões da inoperância e são as razões do fato de que estamos hoje em uma situação de total disfunção, diante do poder, de um lado, das medidas provisórias do Executivo e, de outro, das medidas judiciais do Judiciário. Somos quase que irrelevantes".
É verdade que, questionado a seguir, emendou: "Um Congresso ruim aberto é melhor que um Congresso fechado". Mas o mal já estava feito. Quem propõe fechar parlamentos é ditador, que, aliás, não apenas propõe, fecha! Este foi o único atenuante de sua infeliz declaração: manter aberto ou fechado o Congresso seria uma decisão tomada em plebiscito.
Visto com mais rigor, o atenuante é quase um agravante, pois dá ao povo um poder que ele não tem. Em momentos de grande comoção nacional, o povo pode querer a pena de morte, a execução de índios, o linchamento para certos crimes e até as revogações de cláusulas pétreas e artigos protetores da liberdade, garantidos pela Constituição. Ora, o que vale, num Estado de Direito, é lei. Dura Lex, sed Lex. E ninguém pode estar acima dela.
Falas e atos
O manuscrito tem outras passagens memoráveis, como esta:
"O Conselho de Estado deve compor-se das pessoas de ambos os partidos constitucionais, isto é, que respeitem nosso sistema de governo, e que sejam honestos, e de maior capacidade intelectual e conhecimentos dos negócios públicos".
Parece muito bonito e talvez seja, mas "o nosso sistema de governo" considerava legal a escravidão. A Lei do Ventre Livre viria a 28 de setembro daquele ano de 1871. E a dos sexagenários somente em 1885, também no dia 28 de setembro.
Ainda hoje, nem as escolas nem a mídia informam por que razão há tantas ruas chamadas 28 de Setembro nas cidades brasileiras, principalmente naqueles estados da Federação onde o trabalho escravo se fez mais presente.
Dom Pedro II reforça também neste manuscrito a necessidade de instruir o povo, que deve incluir a educação política, mas ele e sua filha pouco fizeram de concreto por aquilo que em tese defenderam. E de um governante a opinião nacional quer atos, não apenas falas. E de resto a mídia brasileira ainda hoje dá mais atenção às falas do que aos atos, esquecendo que nas democracias o soberano não é o imperador, é o povo, e de que é muito importante educar o soberano, do contrário ele é vítima de hábeis manipuladores e demagogos.

21 de maio de 2009

E agora, preconceituosos?

Gene protege contra tumores
Síndrome de Down revela pista no combate ao câncer
Publicada em 21/05/2009 às 06h28m

WASHINGTON - Pessoas com síndrome de Down raramente desenvolvem a maioria dos tipos de câncer, e cientistas dos EUA agora descobriram por uma razão: elas têm cópias extras de um gene que ajuda a impedir os tumores de se autoalimentarem.

A descoberta pode levar a novos tratamentos contra o câncer, segundo artigo publicado na quarta-feira na revista "Nature".

Pesquisadores de várias universidades, inclusive a Harvard, usaram um novo tipo de células-tronco semelhante à embrionária, chamada célula-tronco pluripotente induzida (iPS), que é obtida da pele e pode ser induzida a agir como células-tronco, os "manuais de instrução" capazes de gerar qualquer tecido do organismo. Usando células iPS de um voluntário com a síndrome de Down e ratos geneticamente alterados para desenvolverem uma versão da síndrome, os pesquisadores localizaram um gene que protege contra tumores.
A síndrome de Down é a causa genética mais comum de retardamento mental, e ocorre em cada 1 de 700 bebês nascidos vivos.

A teoria ligando o câncer à síndrome de Down foi muito estudada pelo professor de Harvard Judah Folkman, que morreu em 2008 e cujo nome consta no estudo. Ele desenvolveu teorias sobre como as células cancerígenas desenvolvem vasos sanguíneos para se nutrirem, num processo chamado angiogênese. Ele também notou que o câncer é raro entre portadores de Down, exceto a leucemia. Um estudo com 18 mil pessoas com síndrome de Down apontou uma incidência de câncer de apenas 10 por cento do previsto na população geral.

A síndrome de Down se caracteriza pela presença de três cópias do cromossomo 21, em vez de duas cópias, como nas demais pessoas. Isso lhes dá versões extras de 231 genes diferentes.
Um desses genes, chamado DSCR1 (ou RCAN1) codifica uma proteína que suprime o fator de crescimento endotelial vascular, um composto necessário para a angiogênese.

Tanto os pacientes com Down quanto os ratos geneticamente modificados tinham quantidades adicionais da proteína DSCR1, e os ratos também eram mais resistentes aos tumores.
"Esses dados fornecem um mecanismo para a incidência reduzida de câncer na síndrome de Down", escreveram os pesquisadores. Mas, "como o cromossomo humano 21 contém mais de 200 genes, seria surpreendente se o DSCR1 fosse o único gene do cromossomo 21 implicado na supressão de tumores em indivíduos com síndrome de Down", acrescentaram.


Sabemos que sempre existiu preconceito com os portadores da Síndrome de Down. Comprovada a teoria, como a Sociedade que exerce seus preconceitos se sentirá?

9 de maio de 2009

Teoria define 2012 como a nova data para o fim do mundo

No dia 21 de dezembro de 2012, um raro alinhamento do Sol com o centro da Via-Láctea dará início a uma série de eventos desastrosos. São esperados terremotos, dilúvios, pragas e distúrbios eletromagnéticos que culminarão com o fim dos tempos. Não há como ignorar os sinais de que o fim se aproxima: crise econômica mundial, gripe suína, aquecimento global, alterações no ciclo solar, guerras e desigualdade.

A tese catastrofista se espalha e avoluma, incendiada pela internet, e há quem acredite piamente que até 2012 o mundo irá, mas de lá não passará. Até Hollywood embarcou na onda e lança uma produção milionária em novembro explorando o tema. A origem distinta para previsões coincidentes seria a prova cabal para o fim trágico da humanidade. O rol de tragédias identificadas com a data está descrito em profecias das mais variadas culturas: oráculos romanos e gregos, o calendário maia, textos de Nostradamus, a Bíblia, o I Ching e até um programa de computador que filtra a internet atrás de tendências de comportamento.

É assim, misturando realidade com ficção e ciência com religião, que se criou a mais nova profecia para o fim do planeta. Mas o que há de real nessa confusão de história, astronomia, astrologia e religião? "Muito pouco", diz o professor de física da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Walmir Thomazi Cardoso. Segundo ele, o argumento que serve de base para boa parte das profecias - o alinhamento do Sol com o centro da Via-Láctea em 21 de dezembro de 2012 - é fraco. Esse fenômeno vai, de fato, acontecer, mas será mais um entre tantos outros. Para nós, humanos, ele poderá parecer inédito, porque acontece uma vez a cada 26 mil anos, mas, para o planeta Terra, que tem 4,5 bilhões de anos, já aconteceu pelo menos 173 mil vezes. "Se alguém espera que as tragédias descritas pelas profecias se concretizem por desequilíbrios astrais, está perdendo tempo", explica Cardoso.

Especula-se que a disseminação da mística do dia 21 de dezembro de 2012 tenha partido de um erro de interpretação. Tudo começou quando alguém entendeu que o fim do calendário dos maias - uma extinta civilização indígena da América Central -, que acaba nesta data, era uma indicação de que o mundo ia acabar.

O raciocínio afobado ignorou a noção cíclica que os maias tinham do tempo - para eles, o fim estava ligado ao recomeço. "O que se seguiu, depois dessa interpretação errada, foi a distorção do que outros profetas disseram para que o conteúdo se encaixasse com o que se supunha que os maias haviam dito", explica o astrônomo Alexey Magnavita. No caso de Nostradamus, por exemplo, foram interpretadas, à imagem da tese do fim em 2012, sete folhas perdidas do livro Profecias com desenhos do profeta francês. Nelas, estaria descrito o alinhamento galático de 2012 e suas consequências.

Já na Bíblia, o livro escolhido para ser interpretado foi o Apocalipse de São João, um dos mais alegóricos e recheados de imagens que, fora de contexto, se encaixam em quase qualquer cenário de destruição. No I Ching foi concebido um modelo de análise dos resultados dados pelo jogo chamado Timewave theory. Nele, picos de atividade em anos específicos são detectáveis e apontam para grande movimentação em 2012. Todos métodos pouco específicos e amplos demais para corroborar uma tese tão precisa quanto a que crava o fim do mundo para daqui a três anos. (Revista Isto É)

5 de maio de 2009

Botafogo aparece à frente do Flamengo no ranking da IFFHS



Glorioso ocupa a 84ª posição, enquanto o rubro-negro está em 144º


Nem mesmo as três conquistas seguidas do Campeonato Carioca sobre o Botafogo fizeram o Flamengo ultrapassar o Alvinegro no ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). O Glorioso aparece na 84ª posição e o Rubro-Negro está bem atrás, ocupando o 144º lugar na tabela atualizada no dia 30 de abril. O São Paulo é o único clube brasileiro entre os dez melhores colocados na lista da IFFHS, ocupando a nona posição, com 223 pontos. O Botafogo está com 124 pontos e, no Rio de Janeiro, perde apenas para o Fluminense, em 70º lugar, com 135 pontos. O Flamengo tem 92 pontos e o Vasco, com 90 pontos, ocupa 150ª posição.

O ranking da IFFHS é baseado nos resultados nacionais e internacionais dos clubes no período dos últimos 12 meses. Campeonatos estaduais não contam pontos.

2 de maio de 2009

Domingo eletrizante



Fomos em todos os jogos do Fogão, nos dois turno, e assistiremos de casa a grande finalíssima.

Os ingressos esgotaram rapidamente e não consegui comprar, e de cambista eu não compro. Paciencia (difícil).

Só nos resta a TV, sem a emoção viva da torcida.

Que seja um jogo justo, disputado e com a vitória do Fogão.

A cara de pau é multicultural....

Alemão é processado por não engravidar a mulher do vizinho


Frank Maus, que vive na Alemanha, foi processado por não conseguir engravidar Traute, mulher do vizinho Demetrius Soupolos, depois de ser contratado por cerca de R$ 5,7 mil para isso. Apesar de Frank receber a quantia, descobriu-se depois de seis meses de tentativa que ele é estéril.
O casal queria ter uma criança, mas descobriu que Soupolos não poderia ter filhos. Por isso, decidiram contratar Maus, na esperança que o homem, que é casado e tem dois filhos, pudesse engravidar Traute.
Depois de seis meses e nenhuma gravidez, com uma média de tentativas de três vezes por semana, Soupolos insistiu para que Maus passasse por exames médicos. Os testes mostraram que o vizinho também é estéril. Por isso, a mulher de Maus foi obrigada a admitir que as duas crianças não eram dele.
De acordo com o jornal alemão "Bild", a Justiça de Sttutgart ficará responsável pela decisão sobre o caso. Outras agências dizem que, no processo, Soupolos pede seus R$ 5,7 mil de volta. O vizinho, no entanto, não quer devolver a quantia, porque não havia dado garantias de gravidez.

Nosso Governo está realmente dando atenção ao perigo?

Ique, charge do dia - JB




A gripe dos porcos e a mentira dos homens
01/05/2009 - 00:04 Enviado por: Mauro Santayana
Por Mauro Santayana


O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso.
Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente. Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.
O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno.
Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco. Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.
As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada “ação social”. Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.
O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína.
O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.


Copiado do Jornal do Brasil - JB, de hoje

Nosso Governo ainda recebe com honras o Presidente do Irã. Pode?

Irã é criticado por enforcar jovem condenada por assassinato
02/05/2009 - 09:11 - BBC Brasil


Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos protestaram contra a execução, na sexta-feira, de uma jovem iraniana condenada por um assassinato cometido quando ela tinha apenas 17 anos de idade. O enforcamento de Delara Darabi, de 23 anos, ocorreu apesar de a jovem ter sustentado durante seu julgamento que era inocente.
Ela havia confessado inicialmente a morte de um primo de seu pai, mas posteriormente disse ter feito a confissão para salvar o namorado.
A Justiça iraniana havia recentemente concedido uma suspensão da execução por dois meses, mas o advogado da jovem disse que as autoridades prisionais ignoraram a ordem e a enforcaram sem aviso prévio.
A Anistia Internacional se disse "escandalizada" com a execução e disse que Darabi não teve direito a um julgamento justo. Segundo a organização, desde 1990 o Irã executou 42 pessoas que haviam cometido crimes antes dos 18 anos, em desacordo com as leis internacionais.Atenção internacional
O caso de Delara Darabi gerou grande atenção internacional após pinturas e desenhos dramáticos criados por ela em sua cela serem divulgados pelo mundo.
O correspondente da BBC em Teerã disse que na manhã de sexta-feira Darabi fez uma ligação telefônica desesperada para seus pais, dizendo que podia ver o carrasco por perto."Mãe, eles vão me executar, por favor, me salve", disse ela, antes de um carcereiro tomar o telefone e afirmar: "vamos executar sua filha e não há nada que vocês possam fazer sobre isso".
Hassiba Hadj Sahrahoi, sub-diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África, disse que a execução rápida foi uma ação cínica para evitar protestos internacionais. "A Anistia Internacional está escandalizada com a execução de Delara Darabi, particularmente com a notícia de que seu advogado não foi informado", disse. Segundo Sahrahoi, a organização não considera o julgamento de Darabi como justo, "já que os tribunais se recusaram a considerar novas provas que seu advogado dizia que poderiam ter provado que ela não cometeu o assassinato".