30 de setembro de 2005

Porque Noel?

Para os amigos que me perguntaram, leiam o que o Boechat escreveu no JB.

"Um show de samba e MPB movimentará a Avenida 28 de Setembro, neste sábado, dentro dos festejos pelos 132 anos do bairro de Noel Rosa. Na esquina da Visconde de Abaeté haverá ensaio da Unidos de Vila Isabel e apresentação da Velha Guarda musical, com piano, bandolim e um violão de sete cordas." Ricardo Boechat, Jornal do Brasil

Receita de Boêmio. Viva o nosso Noel Rosa.

O compositor Noel Rosa era, antes de tudo, um apreciador de cerveja. À mesa, problemas para mastigar surgidos ao nascer levaram-no a preferir sopas e caldos. Mas, a julgar pela letra do samba "Conversa de Botequim", ele também gostava de uma boa média com pão e manteiga.

Muito mais do que comer, Noel Rosa gostava de beber. Era cervejeiro - e dos bons. Às vezes amanhecia o dia abraçado à garrafa. Na época, bebia a Cascatinha, da Brahma, que hoje já não existe mais. E procurava convencer os parceiros de boemia dos poderes nutritivos da cerveja. Certa vez, foi encontrado de manhã com um copo da bebida e outro de cognac. "Francamente, Noel, logo cedo?", disse o amigo que o flagrou. O genial sambista não se abalou. Começou a discorrer sobre o valor nutritivo da cevada, para ele um alimento que valia por um almoço. "Está bem, mas e quanto ao cognac?", indagou o outro. A resposta de Noel veio de pronto: "Bem, como eu não sei comer sem beber, estou tomando esta dose de cognac para acompanhar a refeição". Gozador, espirituoso, o carioca Noel Rosa foi o mais importante compositor popular de seu tempo (1910-1937). Inovou ao mostrar não só o amor (visto de forma bastante amarga), mas as mazelas da vida: a fome, a bebida, a prostituição, os assassinatos e as mentiras.
Ao lado de grandiosos parceiros, entre os quais se destacavam Lamartine Babo, Cartola e Ismael Silva, subiu o morro para tornar o samba mais elaborado. Da sua querida Vila Isabel, bairro onde nasceu e morreu, à Tijuca de Lamartine, à Mangueira de Cartola, Noel circulava sempre desprendido para viver e contar o que visse, sem dó nem piedade. Solto na boemia, perambulava pelas ruas com os amigos fazendo galhofa. Uma das preferidas da turma era roubar o leite dos vizinhos, que chegava às casas pouco antes de clarear, assim como eles. Em uma das noitadas, Noel voltava para casa com Lamartine e propôs um café-da-manhã ao companheiro. Cada um segurava uma garrafa de cerveja na mão e eles decidiram substituí-las pelas garrafas de leite colocadas na porta do vizinho. Feita a troca, foram embora felizes, mas não sem antes deixar um bilhete: "Alimentem-se com a nossa cerveja, enquanto nos envenenamos com vosso leite".
Bebedeiras à parte, Noel enfrentava problemas concretos na hora de comer. Seu nascimento foi complicado por um parto que precisou da ajuda de fórceps, o que lhe rendeu uma paralisia no lado direito do rosto. "Por conta do problema no queixo, ele mastigava com muita dificuldade", diz o crítico de música João Máximo, autor da biografia de Noel ao lado de Carlos Didier. Sendo assim, sopas, caldos, purês, mingaus e líquidos em geral eram mais convenientes para sua dieta. "Havia em Vila Isabel uma sopa famosa, feita com o resto de uma porção de coisas, que os boêmios gostavam por ser generosa e barata", informa Máximo. Noel tomava igualmente um caldo forte na casa do amigo Cartola, depois de homéricos porres conjuntos.
Recebidos por Deolinda, então mulher do compositor mangueirense (citada na biografia como o "anjo da guarda da dupla"), eram tratados como crianças. A mulher lhes dava até banho. Para alimentá-los, ela preparava um caldo, feito com osso de tutano, fervido com tomate e cebola e engrossado com talharim. Segundo Deolinda, a receita "levantava até caixa-d'água". Com todos esses cuidados, era muito comum Noel dormir no barraco do amigo Cartola. Apesar da dificuldade física, nem só de líquidos vivia o magrelo Noel. O cantor Silvio Caldas gravou um depoimento dizendo que o amigo também era adepto do bife com fritas. "Talvez fosse o prato mais comum da época", especula Máximo. "Todo bom carioca apreciava um filé com fritas. O Silvio também preparava peixadas para Noel e tinha orgulho de suas receitas."

No tempo do ilustre sambista, muitos boêmios passavam horas a fio nas mesas dos cafés, cena retratada em seu antológico samba "Conversa de Botequim" (em parceria com Oswaldo Gogliano, o Vadico). "Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa/uma boa média que não seja requentada/um pão bem quente com manteiga à beça", solicita a letra divertida. Mais adiante, faz uma ameaça marota: "Se você ficar limpando a mesa/não me levanto nem pago a despesa". Nesse momento, Noel faz uma clara referência aos garçons que queriam expulsar os fregueses do café. "Eles fingiam limpar a mesa para espantá-los, já que ficavam um tempão ali sem consumir", diz Máximo. "Hoje, ninguém tem mais tempo para isso. É uma pena, porque se perde o humor e a arte de fazer amizades." Mesmo tendo morrido prematuramente, aos 26 anos, vítima da tuberculose, Noel deixou um enorme acervo de criações, que não nos sai da memória, entre as quais vale lembrar "Último Desejo", "Dama do Cabaré", "Palpite Infeliz", "O Orvalho Vem do Campo", "Quem Ri Melhor" e "Com Que Roupa?". Concretamente, transformava em arte suas dificuldades, sem jamais perder o humor. "A mulher é o aperitivo que ajuda o homem a comer o prato indigesto da vida", escreveu ele em 1930.

Só para lembrar ...

Trabalha-se Quase 5 Meses do Ano Para o Governo!
Estado de SP.
Carga tributária total passa de 39% do PIB
Resultado é do primeiro semestre; IBPT prevê que no ano deve ficar em 37,5%
A carga tributária no País passou de 37,83% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro semestre de 2004 para 39,34% nos primeiros seis meses de 2005, conforme estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O aumento de 1,51 ponto porcentual abrange a arrecadação dos tributos federais, estaduais e municipais.
Com o número do primeiro semestre de 2005, o IBPT prevê que os impostos responderão por 37,5% do PIB no encerramento do ano, resultado que representaria, segundo o instituto, um recorde histórico. Copiado do blog do Cesar Maia

27 de setembro de 2005

Campanha do Dia Mundial do Coração ressalta o perigo da gordura abdominal

Sabe aquela barriguinha que há anos você cultiva sem se importar com a ameaça que ela faz à sua estética? Pois bem, é chegada a hora de vocês se despedirem. E não vai aqui um conselho baseado puramente na boa forma física. A questão é bem mais séria e urgente. A gordura concentrada na região abdominal é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
"Quem vê forma, vê coração". É com este slogan que entidades médicas e profissionais de saúde pretendem sensibilizar e conscientizar a população mundial sobre os riscos que uma cintura para lá de rechonchuda oferece à saúde.
- A gordura acumulada no abdômen é mais ativa, se acumula e se desfaz mais rapidamente. Ao se quebrar, ela libera ácidos graxos livres, que vão para a corrente sanguínea e, em excesso, aumentam demais os níveis de triglicerídios. Como é uma gordura ativa, está sempre liberando esses ácidos graxos livres nas pessoas que a têm em grande volume, oferecendo risco cardiovascular - explica o endocrinologista Alfredo Halpern. E não pára por aí. Halpern acrescenta que a gordura localizada na barriga produz uma substância chamada citoquina, que em níveis elevados no organismo contribuem para o quadro de síndrome metabólica, caracterizada por resistência à insulina, hipertensão, colesterol e triglicerídios altos. Uma combinação explosiva para o coração.
- É importante alertar que o excesso de gordura abdominal não é comum apenas naqueles indivíduos que estão acima do peso. Recomenda-se incluir esse procedimento de simples execução na avaliação clínica do risco cardiovascular, juntamente com a medição da pressão arterial e dos exames laboratoriais de rotina (níveis de glicose e lipídios). Até a própria pessoa, desde que devidamente orientada por um profissional de saúde, pode medir a sua cintura - comenta o diretor médico-científico do Grupo sanofi-aventis Jaderson Lima. Para checar se a medida da cintura está dentro do limite desejável basta usar uma fita métrica comum e comparar o resultado com os padrões recomendados. Se o resultado foi superior aos padrões oficiais estabelecidos pelas organizações de saúde mundiais, é hora de se mexer. Literalmente. Assim como a gordura que se acumula nas outras partes do corpo, a abdominal pode ser perdida com alimentação adequada e prática de atividade física. Quem já tem tendência genética a acumular gordura nessa região ou for mulher que já entrou na menopausa deve redobrar os cuidados. - Tanto para evitar quanto para perder essa gordura o ideal é manter uma atividade física regular, evitar gorduras, especialmente frituras e gorduras de origem animal e consumir alimentos ricos em fibras (verduras, cereais integrais) - recomenda o endocrinologista Ricardo Meirelles, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Fonte: Cintia Parcias - Globo Online

Ronald, estamos mais tristes.




Bronco, Pacífico, Bartolomeu Guimarães, Izolda...

Os vários Golias permitiram que diversas gerações tivessem momentos de alegria e diversão, sempre pautados no mesmo tipo de humor, de respeito ao telespectador. Eu também morro um pouquinho com a sua partida. Fica com Deus!

26 de setembro de 2005

Isca de fígado

Nada contra shitake, sushi, sashimi, todo esse tremelique que chia modernidade na cozinha e encanta jurados do Prêmio Rio Show de Gastronomia — mas, senhores, por mais finos e antenados com as últimas notícias que todos sejam, por mais experimentados que seus paladares tenham sido com a comida em movimento do espanhol Ferran Adrià, ou da cozinha molecular do inglês Heston Blumenthal, qual o problema com a santa rabada, a dobradinha, o fígado acebolado, o frango com quiabo e o filé com dois ovos, essas comidas que formaram a argamassa que mantém em pé a raça carioca e agora desaparecem das mesas elogiadas?
Eu vi a lista dos premiados em O GLOBO e, de entrada, achei assim meio pêra assada ao gorgonzola. Faltou uma sopa de músculo para molhar o pão. Será que não tem um tira gosto no capricho, um bolinho de aipim com carne seca desfiada, para começar os trabalhos?
Quem sou eu para reclamar de mais uma azeitona de ouro no currículo do bacalhau com natas do Antiquarius. Faço gosto. Ai de mim deixar de aplaudir nova comenda no peito do chef Salvatore Loi, do Gero, craque até na bolinha de manteiga do couvert. Feliz a cidade capaz de se banquetear com essa endívia holandesa em cima da mesa — mas, em meio a tanta bruschetta e supremo de frango orgânico ao ragout de favas e estragão, será que ninguém lamberá mais os beiços com o mocotó do Penafiel?
Será que todos esses senhores, mestres no uso do guardanapo antes de se levar o copo de vinho à boca, gourmets capazes de reconhecerem, sem perguntar ao garçom, todos os ingredientes que diferenciam uma salada lyonaise de uma chavignol — será que eles não passearam o apetite uma vez sequer pela capa de costela com feijão manteiga do Escondidinho no Beco dos Barbeiros?
A cidade, já se sabia, estava socialmente partida e agora é a vez de anunciar, como fez o Prêmio Rio Show de Gastronomia em suas entrelinhas, a mesa partida. A galinha caipira já era. O bife rolé com purê nem pensar. A língua com arroz está em falta faz tempo. Nenhum restaurante do Centro, celeiro fundamental de uma certa cozinha carioca, uma leitura popular do que trouxeram os portugueses e foi filtrado por índios e escravos, nada do que nos tem sido típico pasto e prazer consagrou-se no Prêmio.
Onde estão as estrelinhas de mérito glutão, senhoras autoridades tão compenetradas no uso do sorbet, que deveriam estar decorando o cabrito, alho frito e arroz com brócolis do Nova Capela?
Que cidade é essa que se faz blasé, pede um risoto de cevadinha com linguado a grenobloise, e esquece de se ajoelhar diante da lentilha garni do Bar Brasil na Mem de Sá?
Eu tenho como esporte urbano pescar restaurantes pelo Centro, caçar o que eles nos servem de História ao redor de seus pratos fartos e palitar os dentes com seus cardápios geniais. É aventura sem bússola. Os farejadores do Michelin, do Gault Millau e do Zagat não passaram por aqui com suas estrelas. Bato na porta e entro. Meu guia é o paladar cultivado na infância — e aqui abro travessão para agradecer a democracia lusitana que me cultivou ao azeite das sardinhas, ao bife de sangue das galinhas, ao alho nos miolos, ao charivari da morcela, ao sarrabulho étnico, ao cassoulet com paio, tudo regado ao vinho Dão. Quem passa por essa Coimbra do gosto, saúda o foie gras do Troigros, as trufas brancas do Gero. Sabe que são todos aparentados ao sabor exuberante do leitão à pururuca que enchia minha mesa infantil.
Ninguém pode fazer nada se em casa as crianças estão sendo educadas a miojo com ketchup. Nas ruas uma dessas autoridades dos arquivos culturais devia perceber que não só o que avista o olho é patrimônio. O paladar é memória também — e, como se viu pela opinião dos jurados do Prêmio Rio Show de Gastronomia, ninguém se lembra mais da peixada do Sentaí, das empadas da Lisboeta, do ossobuco do Senadinho e do pernil molhado que vem no sanduíche do Paladino.
No início do mês fecharam o Ficha, o alemãozinho da Teófilo Ottoni, e retiraram das nossas papilas gustativas o gosto forte do seu labskaus, um bolo de carne com ovos que alimentou a imaginação de várias gerações de cariocas. Será que ninguém percebe que é fato tão grave quanto roubarem um azulejo do Portinari no Palácio Capanema? Tão escandaloso quanto derrubarem um fícus do Glaziou no Campo de Santana?
Eu tenho fome de História e gostaria de continuar caçando meus restaurantes populares, de comida saborosa e barata pelas ruas do Centro, mas sinto que é esporte cada vez mais exótico e difícil de ser praticado. Os escritórios querem que seus funcionários voltem logo para o computador — e promovem o jogo rápido da comida a quilo. A bandidagem nas calçadas e a sujeira das ruas assustam — e deixam na Zona Sul os experts do Rio Show, protegidos ao doce do profiteroles farcies de glacê vanille et sauce chocolat do Garcia.
Se a memória afetiva na semana passada preservou para sempre as figueiras da Santa Luzia, urge que se crie um carimbo de memória gastronômica e conserve-se até a passagem do último furacão o que sempre nos foi gosto e língua com batata, civilização e miúdos de frango, carioquice e isca de fígado, patrimônio e bolinho de bacalhau.
O resto é a invasão bárbara do tomate seco e rúcula.

25 de setembro de 2005

Eurico, o probo. Tem que ser banido.

O mar de lama envolvendo a denúncia de armação de resultados atingiu três dos quatro grandes clubes do Rio. Entre os jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho no Brasileiro, há dois jogos de Vasco (Botafogo e Figueirense), Fluminense (Juventude e Brasiliense) e Botafogo (Vasco e Cruzeiro).
Eurico acredita que e alguns jogos o árbitro não teve influência, como na vitória sobre o Figueirense por 2 a 1, embora o pênalti a favor do Vasco não tenha acontecido, fato comprovado pela própria torcida vascaína nas arquibancadas. Esse foi um dos jogos citados no grampo da Polícia Federal.
Já sobre o clássico, a postura muda. “Não estamos envolvidos e sim somos vítima do esquema. Contra o Botafogo o pênalti marcado contra nós não existiu, ficou claro que o resultado estava comprado. Esse jogo sim deveria ser anulado”, disse.
Ao saber das declarações do rival, inconformado, Bebeto respondeu de forma agressiva e fez duras acusações: “O Eurico não tem argumento para falar de fraude e armação no futebol enquanto ele manipular receitas da Federação com conivência da presidência da entidade. Ele faz o que quer na Ferj”. Fonte: Ataque - O Dia

Ainda dá tempo, vamos acreditar e torcer juntos

O Paysandu está à beira de uma crise. Apesar de o presidente Arthur Tourinho fugir das entrevistas, o cabeça-de-área Vânderson afirmou que o dirigente tem atrasado o pagamento dos salários com freqüência e o clima de descontentamento impera no clube. Inclusive, não está descartada a possibilidade de o elenco entrar em greve na próxima semana.
Vânderson contou que Arthur Tourinho prometeu pagar pelo menos um dos dois meses em atraso de salários antes da partida contra o São Paulo. Mas até o momento o dirigente não cumpriu com a sua palavra e nem deu satisfação ao elenco.
'Os jogadores estão chateados com essa situação. A diretoria precisa ver o nosso lado. Temos famílias para sustentar e dívidas para pagar. A situação está cada dia mais difícil e o clima no clube ficou insustentável', afirmou Vânderson. Fonte: Diário do Pará

Informo aos amigos paraenses, em especial ao Alcir e Ana Paula, que ainda acreditamos no Papão apesar de alguns jogadores já jogarem a toalha, um desrespeito à torcida. O Tourinho sempre envolvido, querendo faturar politicamente para no fim aparecer como o salvador da pátria.

24 de setembro de 2005

Vote NÃO!

E nos chamam de vida mansa, que só queremos praia...

"De terno e gravata, saco plástico e ao celular, um homem vai trabalhar num triciclo de carga para enfrentar a Rua do Resende, no Centro do Rio, tomada pela água. Um ciclone extratropical foi a causa da inundação de vários bairros da Capital e outras cidades litorâneas do Estado, que se mostraram despreparadas para resistir às chuvas fortes. O alerta meterológico, desta vez, não foi dado a tempo: o radar que ajudaria a prever a tempestade está em manutenção desde agosto e os satélites, no momento da chuva, monitoravam o furacão nos EUA"

Assim o jornal O Globo, em primeira página, mostrou que o CARIOCA é antes de tudo um respeitável cidadão TRABALHADOR.

"Começaria tudo outra vez..."

Confesso que não sou bom em datas. A homenagem ao meu eterno ídolo fica por conta da Elaine, que além de ser atenta, tem muito mais competência para tal. É só clicar no nome dela ou no título que terão o caminho para relembrar um dos maiores Compositores da nossa época.
"Viver, sem ter a vergonha de ser feliz!"

23 de setembro de 2005

AMD e FIC produzem computador de baixo custo no Brasil

A fabricante norte-americana de chips para computadores AMD anunciou na sexta-feira o início da produção de um computador de baixo custo no país, voltado ao acesso discado à Internet por usuários iniciantes ou de baixa renda.
O computador, anunciado pela primeira vez no final de março deste ano, é produzido no Brasil pela fabricante taiuanesa de eletrônicos Phihong/FIC e está sendo distribuído pela Telefônica, em um projeto piloto na cidade paulista de Bauru, e pela integradora nacional MTech, em um plano de inclusão digital junto ao governo do Estado do Mato Grosso.
A máquina, chamada de PIC (Personal Internet Communicator), foi lançada pela primeira vez na Índia no ano passado por preço de 185 dólares (cerca de 420 reais). O equipamento faz parte de estratégia da AMD para levar a Web a países em desenvolvimento e ganhar participação de mercado frente à rival de maior porte Intel .
Na cidade de Bauru, o PIC --uma unidade do tamanho de um livro grande e equipada com disco rígido de 10 gigabytes, chip AMD Geode, sistema operacional Windows CE e monitor de 15 polegadas-- é vendido por 890 reais à vista ou em 36 vezes de 39,90 reais, informaram executivos da AMD e da FIC.
O preço à vista é 36,4 por cento menor do que os 1.400 reais do valor máximo do computador proposto pelo governo federal --equipado com HD de 40 gigabytes e sistema operacional livre -- na iniciativa PC Conectado de inclusão digital.
Apesar do preço baixo, os executivos presentes no anúncio não divulgaram expectativas de vendas. O presidente da FIC no Brasil, Luciano Lamoglia, justificou a cautela no lançamento do produto: "Estamos apalpando o mercado. Estamos cautelosos porque estamos estudando o produto e o mercado há pelo menos um ano e não queremos cometer erros."
Já o vice-presidente de Marketing e Vendas para a América Latina da AMD, José Antonio Scodiero, afirmou que o PIC explora um mercado novo de pessoas que ainda não acessam a Internet no país por falta de renda para terem um computador tradicional.
"O potencial (do produto) é fantástico, mas nesse momento os fatos são esses", disse Scodiero sobre distribuição inicial do PIC apenas em Bauru e no Mato Grosso e não em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Ele espera que o produto comece a ter uma distribuição "para todo o mercado" até o final do ano.
Fonte: Agencia Reuters

Carro brasileiro vai conquistar a América: é Obvio!

Foi divulgada nesta quinta-feira a assinatura de um acordo entre a empresa carioca Obvio! e a ZAP, da California, para a distribuição de 50 mil carros por ano nos Estados Unidos, a partir de 2007. A parceria prevê a produção de dois modelos com alta performance e eficiência no consumo de energia, cujos protótipos estarão prontos até o final de 2005.
O design ficará a cargo do legendário Anísio Campos, ex-corredor e responsável por inúmeros projetos automobilísticos de sucesso. Anísio promete incorporar nos dois modelos – um econômico e outro na versão de alto desempenho – o que há de mais atual em termos de tecnologia e materiais para agradar consumidores urbanos, ávidos por novidades e preocupados com as questões ambientais.
O processo da produção, localizada em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, será totalmente inédito, através de uma forte colaboração da Obvio! com os fornecedores envolvidos no projeto.

Feira Moderna, o blog do Beto Largman no Globo on line

Todo casal deveria ler...

"Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga.
Tudo o que todos querem é amar. Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado. Tem algum médico aí??
Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar.
O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta.
Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência.
Amor, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar, "solamente", não basta.
Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"
Arthur da Távola
Texto enviado pela amiga Lucia Helena, via e-mail.

21 de setembro de 2005

Foi. Foi porque nunca deveria ter vindo!

Empresa testa pílula que conterá todos os remédios do paciente

Jerusalém, 19 set (EFE).- Uma empresa israelense de biotecnologia está testando uma pílula que conterá em uma mesma cápsula todas os remédios tomados pelo paciente durante o dia, informa hoje o jornal Yediot Aharonot.
Esta cápsula, segundo uma pesquisa desenvolvida pela empresa Intec-Pharma, permitirá a administração lenta e cuidadosa de cada um dos remédios que o paciente precisa tomar, informou a empresa.
Quando a cápsula chega ao estômago ou aos intestinos, libera o medicamento necessário. Isto, segundo a pesquisa, reduzirá a quantidade de ingredientes ativos contida nas diversas pílulas que o paciente ingere, e também os efeitos colaterais do remédio.
Segundo um porta-voz da empresa, a cápsula poderá ser usada no tratamento da aids, doenças gastrointestinais, Mal de Parkinson, doenças imunológicas e outras.
"Isto - acrescentou a fonte - sem contar a vantagem para os idosos, que com a cápsula não serão obrigados a lembrar de tomar diversos remédios separadamente".
A ciência a serviço do bem-estar da humanidade....

20 de setembro de 2005

A COISA PÚBLICA E A PRIVADA

Entre a coisa pública e a privada achou-se a República assentada.
Uns queriam privar da coisa pública, outros queriam provar da privada, conquanto, é claro, que, na provação, a privada, publicamente, parecesse perfumada.
Dessa luta intestina entre a gula pública e a privada a República acabou desarranjada e já ninguém sabia quando era a empresa pública privada pública ou pública privada.
Assim ia a rês pública: avacalhada uma rês pública: charqueada uma rês pública, publicamente corneada, que por mais que lhe batessem na cangalha mais vivia escangalhada.
Qual o jeito? Submetê-la a um jejum? Ou dar purgante à esganada que embora a prisão de ventre tinha a pança inflacionada? O que fazer? Privatizar a privada onde estão todos publicamente assentados? Ou publicar, de uma penada, que a coisa pública se deixar de ser privada pode ser recuperada?
— Sim, é preciso sanear, desinfetar a coisa pública, limpar a verba malversada, dar descarga na privada. Enfim, acabar com a alquimia de empresas públicas-privadas que querem ver suas fezes em ouro alheio transformadas.
Affonso Romano de Sant'Anna
Copiado do excelente blog Por Um Novo Brasil: Sem PT!

19 de setembro de 2005

Jogo 'Escândalo!': tabuleiro é uma pizza, deputados são corruptos e celebridades pés-de-cana

Leticia Rio Branco e Marcella Sobral
Imagine um tabuleiro de pizza ao qual deputados corruptos e juízes ladrões tenham trânsito livre. Metáfora da realidade brasileira? Para os publicitários que criaram o jogo "Escândalo!", sim. De uma rodela de tomate partem os participantes do jogo em que o pior do ser humano pode aparecer. Um caminho de intrigas, acusações, corrupção - moral e financeira - até a vitória. Por bem ou por mal.
- É um jogo inovador e que pretende mostrar como fazer escândalo e ganhar dinheiro com isso - explica Saboya. O resultado é, de fato, um jogo recheado de armações, intrigas, chantagens. Foram seis meses trabalhando no projeto até definir quais seriam os personagens, as estratégias e regras. Durante os testes, Marcos tentou aproximar ao máximo o jogo da realidade. 'Escândalo!' aborda temas muito conhecidos por parte dos brasileiros, como corrupção, lavagem de dinheiro, pedofilia e outros atos imorais ou ilegais.
- Sistemas corruptos sempre existiram, estiveram presentes em vários outros governos, desde a civilização portuguesa. Mas o jogo tem um humor meio cítrico, meio ácido. Eu mesmo já passei por uma situação de corrupção. Estava de carro com os meus filhos e fui parado por um policial, que me ameaçou com uma arma se não pagasse a ele uma propina. O que você faz nessa hora? Dá cinco pratas para o guarda ou deixa seu carro ser apreendido por causa da falta de um extintor? Todos já cometeram e cometem atos corruptíveis - admite Marcos.
Mal foi lançado e "Escândalo!" começa a despertar opiniões distintas. Para alguns, o jogo é apenas uma crítica bem-humorada do atual sistema político. Outros acreditam que deslizar tais personagens pelo tabuleiro e premiá-los por atos ilícitos seja uma péssima influência.
O jogo teve tiragem de cinco mil exemplares e pode ser encontrado nas livrarias Letras & Expressões, Livraria da Travessa e Dante, no Rio de Janeiro. Em breve, haverá pontos de venda em São Paulo e Brasília e países como Estados Unidos e Itália já demonstraram interesse em revender o jogo. Se cuida, Bush...

18 de setembro de 2005

A dobradinha não é uma droga



PF apreende quase duas toneladas de cocaína escondidas em peças de dobradinha (bucho), em depósito do Mercado de São Sebastião, na Penha





O uso heterodoxo da tripa do boi - "mas podem me chamar de bucho" - pela quadrilha de traficantes que mandaria para Portugal duas toneladas de cocaína embalada no miúdo do animal não deve ser interpretado, erronea e apressadamente, como um sinal de que comer dobradinha faz mal à saúde. Muito pelo contrário. Pelo menos não a dobradinha ortodoxa, uma jóia adotada pela culinária carioca.
Preparado à moda portuguesa na sua versão mais comum, ou com variações de acordo com o incremento de cada nacionalidade (o restaurante Polonesa, em Copa, serve uma receita polaca que vale a pena conferir), o prato é uma delícia. Se algum mal faz, é o de estimular a gula. Trata-se de uma especialidade que o carioca adotou como sua, peça de resistência de alguns dos melhores pés-sujos do Rio, assim como de alguns respeitados guetos da boa mesa inspirada no gosto popular.
Portanto, cocaína no bucho é uma contrafação, e dobradinha ao pó não combina com os padrões culinários dos nossos santos butecos - assim como, por exemplo, pizza não bate bem com cachaça. Citando assim de memória, e me socorrendo na erudição gastronômica de alguns amigos, vão aqui alguns lugares (butecos e restaurantes) onde se pode conferir que a dobradinha não é uma droga: Rio-Brasília, na Almirante Gavião, Tijuca; Bar Adonis, na São Luis Gonzaga, em Benfica; Amendoeira, em Maria da Graça; Penafiel, na Senador Passos, no Centro, e Nova Capela, na Mem de Sá, ali na Lapa.
DOBRADINHA À MODA DO PORTO COM FEIJÃO BRANCO
Ingredientes
500 gr de bucho
3 xícaras, das de chá, de feijão branco cozido
2 paios
1 cebola pequena picada
cebolinha
1 dente de alho socado
Sal
Pimenta-do-reino
Pimenta vermelha
Óleo
2 tomates

Modo de fazer
Limpe o bucho, ferva e corte em pedaços compridos. Refogue os temperos no óleo e junte o bucho. Acrescente um pouco de água e deixe cozinhar. Quando estiver quase mole, acrescente o paio cortado, em rodelas, e o feijão branco já cozido. Deixe no fogo até tudo ficar macio.

Blog No Front do Rio - Cesar Tartaglia, O Globo online

Cheguei, feliz e cantando..olééé!!!


Botafogo vence, de virada, e sobe na tabela
O Botafogo não sabe o que significa a palavra derrota há quatro jogos. Na tarde deste domingo, na Arena da Ilha, a equipe do técnico Celso Roth não só derrotou o Goiás por 3 a 1, de virada, como também subiu duas posições na tabela de classificação do Brasileiro.
Zé Roberto (2) e Ramon marcaram para o alvinegro, enquanto Souza, ex-Vasco, abriu o placar para os goianos. Com o resultado, o Botafogo se aproxima dos líderes do Brasileiro, ocupando a sétima colocação, com 40 pontos ganhos. Já o Goiás, cai da terceira para a quarta colocação, com 44. As duas equipes voltam a jogar agora na rodada de meio de semana. Na quarta-feira, o Goiás recebe o Paysandu, no Serra Dourada, enquanto o Botafogo, na quinta, enfrenta o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

O "Mensalão" é nosso!

Recebi um e-mail da minha amiga Lucia Helena, Professora Universitária e Consultora de Empresas, e quero dividir com vocês. É muito oportuno para refletirmos sobre tudo que está acontecendo no nosso Brasil de hoje.


O mensalão de todos nós
"Numa tarde de sexta-feira, recebi um telefonema de um amigo me convidando para ir a um churrasco na sua casa. O churrasco seria a despedida de umoutro amigo nosso que havia sido transferido de cidade.
Acontece que na naquela noite eu tinha que dar aula na faculdade. Melhor, eu tinha que dar quatro aulas na faculdade e, por isso, não poderia ir ao churrasco de despedida do amigo. O problema é que eu queria ir aochurrasco e, também, não queria dar as aulas que eu tinha que dar. Instalou-se,então, um conflito. De um lado gritava o desejo de não dar aula e deestar junto dos amigos em uma comemoração e de outro reinava a obrigação quedeveria ser cumprida. Como solucionar o problema de uma forma que euganhasse nas duas frentes era o que eu tinha que fazer. Mas, como?
Bem, eu agi como, geralmente, todos nós agimos: fiz de conta que estavacumprindo com a minha obrigação quando, na verdade, fui de encontro à satisfação do meu prazer e me menti várias vezes dizendo aos amigos que havia deixado os alunos estudando na biblioteca da faculdade. Parecia que eu queria me convencer transformando em verdade uma mentira que eu sabia que era mentira, já que tinha sido eu o seu protagonista.
O churrasco iria começar às oito horas da noite e a aula às sete e meia.
Ora, fui para a faculdade, registrei a aula, fiz a chamada e inventei uma aula de leitura na biblioteca com a desculpa (ou melhor, mentira) que eles (os alunos) precisavam ler mais e mandei que se dirigissem à biblioteca, abandonando a turma. Depois, fui à outra turma (a que iria assistir aula depois do intervalo) e fiz a mesma coisa. Depois disso, saí para o churrasco querendo acreditar que havia cumprido religiosamente com o meu dever de professor.
No churrasco, fiquei numa mesa com o dono da casa, que é médico, o amigo que estava sendo homenageado, que é policial, um amigo do homenageado que é advogado e político e a sua esposa que é universitária e estuda no período da noite.
Entre muita cerveja e pouca carne o assunto era um só: a roubalheira dos nossos políticos e a passividade da sociedade (todos nós) mediante a podridão do episódio do mensalão.
Todos nós estávamos revoltados e propondo soluções para o melhor funcionamento da máquina pública e para o resgate da ética entre a classe política.
O dono da casa receitou para o país o seguinte tratamento: "precisamos renovar a classe política. Há trinta anos que no Brasil os políticos são os mesmos e há trinta anos que eles fazem as mesmas coisas".
Lógico, que todos nós concordamos e assinamos em baixo da sua receita mostrando-lhe apoio e solidariedade.
Depois disso, surge no grupo o plano da universitária. Segundo ela, "ou resgatamos os valores morais da sociedade ou estaremos condenados, para sempre, ao subdesenvolvimento".
Mais uma vez, todos nós concordamos e quase aplaudimos. Principalmente eu, que "sou professor".
Lá para tantas, o policial homenageado decretou: "o problema do Brasil é a impunidade. Os políticos roubam e nada acontece com eles".
Nesse momento todos nós falamos, citando exemplos, que corroboravam com a verdade falada pelo amigo militar deixando claro que acreditávamos que ele estava com a mais pura razão.
Depois disso, falou o político. Começou defendendo a classe, dizendo que"nem todos os políticos são corruptos, mas que alguém deveria, sim, promover uma limpeza nas instituições nacionais e em todos os níveis para o bem geral da nação". Em tese, ele aperfeiçoou a receita do amigo anfitrião.
Num dado momento, o telefone do dono da casa tocou e ele se afastou um pouco para atender. Não deu para ouvir o que ele falava, mas era notório que ele vociferava bravo. Cerca de um minuto depois ele retornou à mesa e, com raiva, falou que "não dava para trabalhar com certas pessoas". O telefonema que ele havia recebido era do hospital. Naquela noite ele estava de plantão, mas ele já havia passado no trabalho e, para o meu consolo, havia usado a mesma tática usada por mim na faculdade. Chegou cedo no hospital, visitou alguns pacientes e leu "por cima", os prontuários dos outros. Depois de uma hora foi para casa e deixou a seguinte recomendação:"só me liguem em caso de extrema emergência ou se aparecer pacientes particulares". Sendo assim, era um absurdo a enfermeira lhe telefonar só porque chegara um senhor de sessenta e quatro anos de idade com suspeita de infarto. "Se, ao menos ele estivesse sido diagnosticado, ela poderia me ligar", desculpou-se. Ele "receitou" alguns medicamentos pelo telefone e disse que a enfermeira podia retornar a ligação (se ela tivesse coragem para isso), caso acontecesse alguma coisa.
Na tentativa de aliviar o clima, perguntei ao amigo que estava recebendo a homenagem se ele já havia feito a sua mudança. Ele respondeu que sim e, satisfeitíssimo, contou que a mesma não tinha lhe custado nada.
Intrigado, pois sabia que ele estava indo morar em uma localidade distante quase quinhentos quilômetros da nossa cidade, perguntei como isso havia acontecido.
Segundo ele, o dono de uma transportadora lhe havia retribuído "um favor", já que ele, meses antes, tinha "resolvido" uns probleminhas de multas nos seus carros que poderiam lhe custar a habilitação e, até mesmo, a sua empresa!
De repente, a esposa do político liga para uma colega que estava assistindo aula para saber se tinha dado certo "aquele plano". Ou seja, o plano da colega responder a chamada por ela enquanto ela estava no churrasco, pois ela já estava "pendurada nas faltas" na disciplina em questão e não poderia, "por nada", ser reprovada.
E, toda feliz, sorriu com a assertiva da colega. O plano havia dado certo.
Mais feliz, porém, fiquei eu, pois a faculdade que ela devia estar assistindo aula era a mesma que eu devia estar lecionando. Portanto, eu estava diante de uma companheira de enganação.
Em um outro momento, o anfitrião pergunta ao político como iria ficar ocaso de uma determinada pessoa. Apenas isso. E ele respondeu que tudo estava indo bem. O único problema era que na secretaria almejada já havia alguém concursado ocupando cargo que tal pessoa pleiteava, mas que ele não se preocupasse, pois estavam estudando uma medida legal (?) para transferir o "dito cujo" de função ou de setor para a vaga "do fulano" ser ocupada por ele.
"Ele é um que não pode ficar de fora, pois foi comprometido com agente até o fim", finalizou.
Em meio a tudo isso, não deixávamos de falar das CPI's, da corrupção dos políticos e da cumplicidade da sociedade que, apática, não movia uma palha para mudar nada.
Chegando em casa fui pensar naquela noite e em tudo o que havia presenciado.
De repente, me dei conta que o escritor baiano João UbaldoRibeiro está certo quando diz que "nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade e que esse negóciode dizer que as elites são corruptas mas que o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral, ou pelo menos um comportamento pouco recomendável".
O melhor era que eu não precisava pesquisar em nenhuma fonte bibliográfica para concordar com o escritor. A sua afirmação estava magistralmente retratada no meu comportamento e no comportamento dos meus amigos naquela noite e naquele churrasco que eu havia freqüentado.
Para começar, eu roubei o povo ao fazer de conta que estava dando aula quando na verdade não estava.
Da mesma forma, como professor, eu estou surrupiando (roubando) a sociedade quando adoto como metodologia de ensino os tão conhecidos seminários apenas para não dar aulas com a mentira disfarçada de desculpa bem intencionada de que os alunos precisam treinar a arte de expressar bem as suas idéias. Isso pelo fato dessa afirmação não ser verdade, mas parte de uma verdade maior.
É lógico que os alunos precisam treinar a arte de bem expressar as suas idéias, mas depois de serem ensinados e conduzidos pelo professor que, por sinal, é pago para fazer isso.
A verdade inteira é que, quase sempre por motivos pessoais, o professor acaba transformando o que seria uma, de várias técnicas de ensino, em sua prática regular de ensino e o resultado é uma enorme massa de estudantes "transfigurados", da noite para o dia, em professores dos professores que deviam ensinar, mas não ensinam.
E o que dizer do anfitrião da festa?
Do médico que estava "tirando plantão" e que, portanto, estava ganhando o seu salário e reclamou por ser incomodado, apenas porque um senhor de idade estava com suspeita de infarto?
Somos tão imersos na nossa convicção de que somos bons, quando na verdade não somos, que o médico chegou a dizer que, se ao menos o ancião tivesse sido diagnosticado por um profissional, então ele se sentiria na obrigação de ir atendê-lo.
Ele só esqueceu de um detalhe: se o plantonista do hospital que, por sinal era ele, estivesse cumprindo o seu plantão, o senhor de sessenta e quatro anos de idade, casado, pai de seis filhos, aposentado e que trabalhava desde os doze anos de idade e contribuía com a previdência há trinta, talvez tivesse sido atendido por um profissional e não tivesse sofrido um derrame cerebral.
É interessante vermos, também, o caso da universitária, a defensora dos valores morais.
E, aqui eu pergunto: quais valores seriam esses? O valor que nós damos ao "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?" O valor que depositamos nos nossos desejos pessoais e nas nossas vontades de uma maneira tão absoluta e absurda que, simplesmente, esquecemos que não vivemos sozinhos "nesse mundão de meu Deus?" O valor que damos ao famoso jeitinho brasileiro que, não custa lembrar, só virou instituição nacional porque nós lhe damos vida com as nossas atitudes?
Sim, porque se formos honestos e verdadeiros com nós mesmos, somos obrigados a admitir que, no geral, esses são os nossos valores porque é assim que nós somos e é assim que nós fazemos, com raríssimas exceções.
Os valores que almejamos como ideais, infelizmente, só existem no mundo das nossas idéias e/ou como metas a serem atingidas pelos outros e não por nós.
No caso do policial, ele me mostrou uma coisa bastante óbvia: que é fácil fazer favores com o esforço que não é nosso para sermos merecedores de créditos que também não nos pertencem, para depois declararmos que o nosso país é o país da impunidade, pois os outros, e não nós, são larápios da coisa pública. Por isso que ele resolveu alguns problemas de um amigo onerando o erário, para ser recompensado depois. Ou seja, roubou ocoletivo para ser beneficiado no particular.
A mesma coisa se aplica ao político que, lembrando mais uma vez, é também advogado, defensor da lei e da justiça.
Pode? Vergonhosamente, pode sim.
E, a prova de que isso é verdade está na própria justiça que fazemos. Uma justiça que liberta uma jovem que confessa o planejamento e o assassinato dos pais baseado em um argumento que ninguém sabe qual é e que, por mais legal que possa ser, é imoral e totalmente fora do bom senso; uma justiça que prende as pessoas que filmaram e denunciaram um esquema de corrupção nos correios enquanto deixa em liberdade o corrupto que foi filmado recebendo propina; uma justiça que manda para as cadeias apenas os pobres e os negros; uma justiça que sempre solta os ricos que são presos (quando são) e que é extremamente distante do povo que a mantém; uma justiça, enfim, injusta e, porque não dizer, muitas vezes criminosa.
Acredito que mais uma vez o Brasil passa por uma oportunidade de ouro para rever-se como país e sair crescido e melhorado de toda essa crise. O grande problema está nas pessoas. Em mim, em você, nos nossos familiares, colegas, amigos e inimigos, parentes e aderentes.
Isso, porque, se quisermos realmente uma nação melhor temos que assumir que nós também somos recebedores do mensalão e que, portanto, cada um de nós também é merecedor de sentar nas cadeiras da CPI.
Recebemos o mensalão quando sonegamos imposto, quando matamos aula e inventamos uma justificativa para não levarmos falta, quando faltamos ao trabalho e fazemos de conta que não faltamos (como eu fiz) ganhando o que é indevido, quando copiamos ou compramos CD's piratas, quando pagamos propinas ao guarda de trânsito para ele não nos aplicar uma multa que ele deveria aplicar, enfim, todos nós, cada um a seu modo e com o seu preço,também é culpado, pessoalmente, por tudo isso que está acontecendo nonosso país.
Finalizando, é bom não esquecermos que os nossos políticos não vieram deMarte; não vieram de uma outra galáxia ou do céu, mas do nosso meio, um meio que é corrompido por nós, pois somos, também, corruptos e corruptores.
É bom não esquecermos, de igual modo, que esse é o real motivo para a sociedade (nós) assistir apática a toda essa decadência, pois no fundo, não é apatia, mas cumplicidade. Nenhum de nós toma uma atitude de mudança porque acreditamos (ou temos a certeza) que se um dia estivermos no lugar dos políticos, faremos a mesma coisa que eles fazem, aumentando o nosso mensalão.
Como disse Freud, "seríamos bem melhores se não quiséssemos ser tão bons", e ele estava certo. Bom seria se tivéssemos a honradez de olhar para essa verdade constantemente."

Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo Psicólogo Clínico, Psicopedagogo e Professor Universitário de Psicologia e Sociologia.
Como registrei trata-se de um texto recebido via e-mail, não conheço e nem sei se existe o autor do texto. (LC)

15 de setembro de 2005

A sujeira pode ser boa - Por Silvio Persivo

Claro que não estamos falando da sujeira política, mas da sujeira comum. Na vida se sujar pode ser uma boa coisa. Não se trata de uma conclusão minha, embora concorde com a afirmação por observar, porém quem afirma é o Dr. John Richer, um especialista no assunto, que diz que as crianças se beneficiam muito da liberdade de se sujar que, para ele, é essencial mo seu desenvolvimento, principalmente em atividades saudáveis como os esportes, brincadeiras e descobertas.
Richer, no entanto também diz que não se trata apenas da criança, porém os adultos, especialmente os homens, ao se sujar, em certas atividades, se tornam atraentes para as mulheres e até sinalizam ter uma capacidade imunológica maior que a comum o que os faz saírem melhor do que outros. É certo que, por exemplo, nos exercícios e nos esportes, não é possível ter sucesso sem se sujar. Um jogador qualquer que quiser permanecer limpo, certamente, terá que ser menos competitivo.
A questão, aliás, é mesmo que é preciso precisar que tipo de sujeira, pois a sujeira, embora seja associada ao desleixo, à desorganização e até a renda baixa, também não pode estar completamente ausente da vida das pessoas, pois, nos dias atuais, certas alergias são creditadas justamente à falta da pessoa ter mais contato com ela. Sujeiras como as normais, de casa, ou o contacto com a terra, que nos fornece nutrientes e defesas, são, inclusive recomendáveis, pois a questão da sujeira são os patógenos, ou seja, até mesmo em relação à sujeira é preciso ter equilíbrio. Um certo grau de sujeira, portanto é desejável. Até porque no nosso próprio intestino existem mais “bichinhos” do que pessoas na terra, mas estes são indispensáveis para a digestão. No fundo a sujeira não é um mal em si, porém não abuse. Ser um sujismundo, é provável, que abre espaço para a proliferação de patógenos e doenças. Porém um pouco de sujeira não faz mal a ninguém e, para o desenvolvimento da criança é essencial.

Silvio Persivo é velho amigo das minhas andanças por Porto Velho que tem dois blogs linkados ao lado. Aproveite para conhecê-lo, vale a pena visitá-lo com regularidade.

14 de setembro de 2005

Herói ou vilão? Não importa, obrigado!

Votar sobre o desarmamento... leia sobre o assunto.



A pedra
O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da vida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já David matou Golias, e, Michelângelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!


Por que deputados e senadores se auto-excluíram das restrições à posse e porte de armas de fogo? Se desarmar o cidadão é tão importante assim, não deveriam Suas Excelências dar o bom exemplo sendo os primeiros a abrir mão desse odioso privilégio?


Não tenho arma nem pretendo ter, mas quero ter o direito de escolha. Vem aí o plebiscito sobre o desarmamento e precisamos votar com coerencia, maturidade e principalmente certo do que estamos escolhendo para nós. Clicando no título acessará o blog Vote Não!, com muitas informações sérias que ajudarão na hora de votar.

Gatão de Meia-Idade

13 de setembro de 2005

Cristo, olhai por nós...


Polícia se recusa a buscar carro roubado em favela

Depois de localizar por satélite seu carro roubado na quinta-feira passada, o marchand Sergio Gonçalves procurou a polícia para tentar recuperar o veículo na favela Furquim Mendes, na zona norte do Rio. Não conseguiu. A desculpa do policial que o atendeu no 16º Batalhão de Polícia Militar (Olaria) foi a de que seria muito perigoso entrar na favela, principalmente à noite, sem o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), grupo de elite da PM, que não iria se deslocar para recuperar carro roubado. Indignado, Gonçalves denunciou o ocorrido à imprensa. Só então o comandante do 16º Batalhão, José Luís Nepomuceno, deslocou uma equipe para a favela, com o objetivo de recuperar o carro, que não foi encontrado. Ele também determinou a abertura de uma sindicância para apurar o ocorrido, mas não quis dar entrevistas sobre o caso.
O roubo ocorreu na quinta-feira passada, quando Gonçalves voltava de São Paulo em sua Dakota. Na altura de Vilar dos Teles (zona norte), quatro homens armados interceptaram o veículo, levando também obras de arte do artista plástico Herton Roitman, que estavam no interior do veículo.
Uma hora depois, uma empresa de localização de veículos por GPS encontrou o carro na favela. Além do registro de ocorrência na 64ª Delegacia de Polícia, Gonçalves avisou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a PM, que lhe recomendou que procurasse o batalhão da área.
Depois de ser atendido pelo policial que se recusou a entrar na favela, Gonçalves disse ter perguntado qual atitude deveria tomar. "Vá para casa, tente descansar e amanhã ligue para cá", teria lhe dito o policial. A Secretaria de Segurança informou que a PM fez duas incursões à favela, mas não encontrou o veículo no local indicado pelo satélite. Outros dois veículos roubados foram recuperados e ninguém foi preso. O comandante Nepomuceno garantiu que continuará tentando encontrar o carro de Gonçalves.
Fonte: Agencia Estado

Consumidor ganha site para consultar denúncias nos Procons

BRASÍLIA - O Ministério da Justiça lançou nesta terça-feira o site do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Com o serviço, o consumidor saberá, por exemplo, se há registro no Procon envolvendo determinada empresa. O objetivo é permitir que o cidadão escolha de forma mais consciente a compra de seus produtos ou a contração de serviços. Além do histórico das empresas nos Procons, o site (www.mj.gov.br/dpdc/sindec) informará quais são as firmas com o maior número de consultas.
- A partir de agora, os Procons terão uma linguagem comum. Os procedimentos de registro do Acre serão os mesmos do da Bahia. O objetivo do sistema é conseguirmos o controle social, mais adequado e correto de todo o mercado de consumo - explicou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Ricardo Moreshita.
O site disponibilizará também gráficos e estatísticas de atendimento dos Procons. Será possível saber, por exemplo, quais as áreas - saúde, habitação, produto, financeiro,entre outros - que geram o maior número de demanda em cada estado. E mais. a mesma pesquisa poderá levar em conta critério como faixa etária do consumidor e sexo.
- Todos os dias, milhares de consumidores vêm seus direitos serem subtraídos - destacou o secretário de direitos econômicos, Daniel Goldberg.
O Sindep já funciona em dez estados - Paraíba, Tocantins, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e São Paulo. O Rio e outros três estados - Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Amazonas - aderiram nesta terça-feira ao site.
Eliane Oliveira - O Globo

Vixe!!!!!










Protesto radical impressiona vereadores
Presidente de cooperativa de donos de kombis e vans chumba corpo a bloco de concreto durante manifestação pela legalização do transporte alternativo

O presidente do Cooperativa de Transporte Alternativo de Belém (Cootransbel), Márcio Oliveira, resolveu radicalizar durante um protesto realizado ontem de manhã, na travessa São Pedro, em frente ao prédio da Câmara Municipal de Belém (CMB). Para chamar a atenção do Legislativo e exigir mais rapidez dos vereadores para a regulamentação do transporte alternativo em Belém, Márcio Oliveira se enfiou numa caixa cheia de concreto, deixando apenas o parte do tronco e cabeça de fora do caixote. Márcio contou que entrou no caixote às 22 horas de domingo. A caixa media aproximadamente um metro de largura, por 1,65 m de altura.Durante a manifestação em frente à CMB, Márcio Oliveira recebeu apoio de mais de 100 perueiros. Os veículos ficaram estacionados no meio da rua e causou um grande congestionamento na via. Por volta das 10 horas, o médico traumatologista José Lobato conversou com o manifestante e o aconselhou a mudar de idéia e desistir daquela forma de protesto. Mas os apelos foram em vão. O médico explicou que Márcio suportaria no máximo 24 horas. “A posição em que se encontra vai comprometer a circulação sangüínea. Ainda há o risco do choque térmico, por causa da alta temperatura”, explicou o traumatologista.

Sob medida



Para retratar a indignação que o Brasil sente em relação a Severino e suas propinas, o ilustrador e chargista Cássio Scavone, o genial Manga, dedicou uma “pizza-poema” ao presidente da Câmara.

12 de setembro de 2005

Extorsão - De acusador a suspeito...

Presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE)
Foto: Agencia Reuters

10 de setembro de 2005

Puxando a minha orelha...

Dez pedras no caminho dos alunos de Português
Nossa língua é maravilhosa, mas tão cheia de detalhes que muitas vezes os estudantes ficam com medo dela.
1. A vírgula. No meio do caminho havia uma vírgula. Ou não! Vacile nuns casos, esqueça algumas vírgulas, mas não cometa o erro mais feio: a vírgula que separa sujeito de verbo. Exemplos: Pedro fez aniversário. Eu sou homem e você é mulher. Quem ama não mata. Tudo sem vírgula.
2. Crase. Vou à Bahia pois vim da Bahia. Vou a Paris pois vim de Paris. Mesmo quem jamais viajou repete a fórmula, que abrange só um dos casos. Difícil mesmo.
3. Os porquês. Junto, com ou sem acento? Separado, com ou sem acento? O porquê é sempre complicado. Se tiver medo, tente um ''pois'', ou ''o motivo''.
4. A mesóclise. A criança é apresentada a ela lá pelos 10 anos. Assusta. Parece até nome de doença. E é tão pouco usada... Não seria melhor abafar o caso?
5. O verbo haver. Você diz ''há cinco pessoas na sala'', e não ''hão cinco pessoas na sala'', né? Então nada de falar ''haverão dias'', ''haviam pessoas''. Mole!
6. O hífen. As regras têm muitas exceções e elas nem sempre parecem lógicas. Melhor é imprimir exemplos, colar na parede e consultar a cada vez.
7. O trema.Antes de mais nada: ele existe, sim. E, apesar do medo generalizado, é facinho de usar: em qüe, qüi, güe, güi, sempre que o ''u'' for pronunciado.
8. A ortografia. Há quem desista de tudo quando topa com palavras que confundem e podem ser com ''s'' ou ''z'', com ''x'' ou ''ch''. Só há um jeito para isso: ler.
9. A internet. Por um lado, ajuda: muitos que não costumavam escrever hoje passam e.mails e, assim, treinam o Português. Mas aquela linguagem cifrada...
10. O dicionário. Seja ele o Aurélio, o Houaiss ou qualquer outro, os professores precisam botar na cabeça dos alunos que dicionário é um amigão.

Li, gostei e copiei

Notícia sobre a "Primeira Inutilidade"
"Via e-mail de um bug
Pela Lei, Marisa Leticia não pode ter despesas pessoais custeadas pela União: não é funcionária pública, não tem direito a diárias de viagens e roupas e cabeleireiro devem ser despesas pagas pelo marido, já que a primeira-dama não tem ocupação.
De janeiro a agosto, a funcionária Maria Emilia Évora usou, via cartão, R$ 441 mil (R$ 198 mil em dinheiro sacado) para despesas da primeira-dama. Equivale a uma média mensal de R$ 55 mil, ou ainda, perto de R$ 1.800 por dia.
As despesas de janeiro a agosto, por outro lado, equivalem à alimentação de 8.820 famílias pelos critérios do Fome Zero." (fonte: Blog do Vizinho)
Comentário: Você saberia dizer o que esta sra. faz o dia inteiro? Você saberia citar pelo menos UMA coisa de útil que ela tenha feito? Trabalha em alguma obra social? Qual? Faz exatamente o quê? E mais: você já ouviu a VOZ desta sra.? Não? Nem eu! Preço de tamanha inutilidade: R$ 1.800,00 por DIA. Você ganha isso com o seu trabalho?
Copiado do blog Por um Novo Brasil

7 de setembro de 2005

Fúria animal: jacarés atacam moradores do Lago Cuniã

Conhecido pela sua beleza natural, o Lago Cuniã reserva grandes atrações e também enormes perigos, com a existência de um número assustador de jacarés que, inclusive, deixam os moradores da localidade aterrorizados devido aos constantes ataques vitimando, principalmente, crianças e animais domésticos. O nível do lago, assim como do rio Madeira, também é baixo, fazendo com que os enormes répteis fiquem expostos esperando pelas vítimas. Há relatos de ataques dos répteis a alguns pescadores que ainda se arriscam no local e, muitas das vezes, ficam sem as pernas ou outros membros do corpo.
O assustador aumento de população de jacaré é um fato que vem deixando os moradores da área em constante estado de alerta, devido aos ataques, principalmente em função da escassez de peixes, fazendo com que os répteis busquem alimentos próximo aos moradores.
A comunidade do Lago Cuniã - onde residem mais de 65 famílias - por várias vezes já manifestou total preocupação em relação ao aumento assustador da população de jacarés, fato que conseqüentemente resulta em constantes ataques colocando em risco a vida dos moradores. O número de jacarés é tão assustador que chega a haver canibalismo entre as duas espécies mais encontradas no local: o jacaré-açu e o tinga. Os moradores afirmam que há jacarés que ultrapassam os quatro metros de comprimento.
O jacaré tem sua preservação mantida por Lei Federal e que a comunidade respeita fielmente a portaria do Ibama. No entanto, o número da espécie vem aumentando descontroladamente e ameaçando os moradores daquela região.
A população do Cuniã, por ser nativa, tem mostrado uma preocupação quanto à preservação do lago, inclusive a possibilidade de suspender a pesca do pirarucu. Porém, segundo comentam, nenhuma preservação será possível sem o controle sobre a reprodução dos jacarés que têm nos filhotes de pirarucu a alimentação básica para sua sobrevivência. Não há número exato de quantas pessoas foram atacadas nos últimos meses, mas, conforme relatos dos moradores, a quantidade de pessoas que sofreram ataques é grande. Há relatos de que um jacaré teria atacado uma criança que teve quase toda a perna devorada, quando houve a necessidade de se fazer um enxerto.
Fonte: Estadão

E ainda reclamamos dos políticos...

Ética
Entreouvido ontem, na hora do almoço, num restaurante carioca freqüentado por engravatados:
– Eu tento ser ético. Agora, você sabe, ética dentro do mercado financeiro é fogo...
Copiado da página A Palavra é do Sergio Rodrigues, site No Mínimo.

Belas imagens







Helicóptero militar sobrevoa cidade de Nova Orleans; Bush prometeu que vai investigar por que a ajuda federal demora tanto para chegar às áreas atingidas pelo furacão Katrina; os democratas apontam o despreparo do país para emergências
Ozier Muhammad/The New York Times
Turistas chineses observam choque de ondas provocadas pela mudança da maré do rio Qiantang.
Agencia Reuters

O Livro Vermelho de Citações do Presidente Lula

Lula Defensor dos fracos e oprimidos
“Quando se aposentarem, por favor, não fiquem em casa atrapalhando a família. Tem que procurar alguma coisa para fazer.”
(Ao assinar o Estatuto do Idoso perante uma delegação de idosos no dia 1º de Outubro de 2003).

Lula Psiquiatra
“Falar de doença mental não deve ser difícil para ninguém (...) sabemos que o problema não atinge apenas os que já foram identificados como pessoas com algum problema de deficiência, porque a dura realidade é que todos nós temos um pouco de louco dentro de nós. Todos nós. Quem não acreditar, é só fazer uma retrospectiva do seu comportamento pessoal nos últimos dez anos”.
Estado de S. Paulo, 1º de novembro de 2003

Lula Sensível
“Estou vendo aqui companheiros portadores de deficiência física. Estou vendo o Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo! Agora, você está olhando pra mim...”
Página da Radiobrás – 27 de junho de 2003.

Lula Estrategista
“Não adianta ter um bando de generais e de soldados”.
Informativo do Exército Brasileiro – 17 de dezembro de 2003

Lula Cultural
“Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais”.
Primeira Leitura – 13 de setembro de 2003

Lula Heróico
“Cheguei à Presidência para fazer as coisas que precisavam ser feitas e que muitos presidentes antes de mim foram covardes e não tiveram coragem de fazer”.
Folha de S. Paulo – 30 de outubro de 2003.

Lula Poliglota
“Estou otimista porque estamos aumentando as taxas de interesses dentro do Brasil”.
(“Tasa de interes” significa, em espanhol, taxa de juros. “Taxas de interesses” não significa absolutamente nada em língua alguma.)
Discurso à Cúpula das Américas em Monterrey – 13 de janeiro de 2004

Lula Comerciante
“Vou fazer um desafio para que vocês aprendam a vender mais do que reclamar”.
(Falando em 27/01/2004 aos empresários que o acompanhavam durante visita a Índia).
Folha de S. Paulo, 28 de janeiro de 2004

Lula Oportuno
“Há males que vêm para bem”.
(Ao agradecer ao presidente da Rússia pelo apoio que seu país estava dando às investigações do acidente de Alcântara, quando morreram 19 técnicos).
Fonte: Vários jornais

Lula Matemático
“Aprendi a contar até dez, apesar de só ter nove dedos, que é para não cometer erros. Um erro em qualquer outro governo é mais um erro. No nosso, não pode acontecer”.
(Lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar, em 24/07/2003).
Folha de S. Paulo, 25 de julho de 2003

Lula Todo-poderoso
“Não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia. Não tem Congresso Nacional, não tem um Poder Judiciário. Nem Deus será capaz de impedir que a gente faça este país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar”.
(Em discurso na CNI, Confederação Nacional da Indústria)
Fonte: Vários jornais

Lula Legislador
“Tem lei que pega e tem lei que não pega. Essa do Primeiro Emprego não pegou”.
Fonte: Estadão

Lula Mártir
“O bom de ser governo é do dia em que você é eleito até a posse. Depois, é só problemas.”
(Discurso em 24 de março de 2004).
Fonte: Vários jornais

Lula Gourmet
“Por que em vez de perguntar você não enche a boca de castanha?”
(Falando a uma repórter que perguntava, em 5 de fevereiro de 2004, sobre o boato da saída de Henrique Meirelles do Banco Central).
Fonte: Vários jornais

Lula Bíblico
“Se fosse fácil resolver o problema da fome, não teríamos fome”.
“Deus pôs os pés aqui (no Brasil) e falou: ‘Olha, aqui vai ter tudo. Agora, é só homens e mulheres terem juízo que as coisas vão dar certo’”.
(Falando na abertura da Expo Fome Zero, em 10 de fevereiro de 2004).
Página da Radiobrás, 10 de fevereiro de 2004

Lula Profeta
“Será o maior programa social já visto na face da Terra”.
(Falando no Pará sobre o Bolsa-Família, em 26 de fevereiro de 2004).
Folha OnLine, 27 de fevereiro de 2004

Lula Prodígio
“Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta”.
(Falando no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2004).
Fonte: Radiobrás.

Lula Sutil
“Estou com uma dor no pé, mas não posso nem mancar, para a imprensa não dizer que estou mancando porque estou num encontro com os companheiros portadores de deficiência”.
(Encontro com atletas paraolímpicos, em dezembro de 2003).
Tribuna da Imprensa, 04 de dezembro de 2003.

Lula Sensível
“O objetivo desta competição é conquistar vagas para os jogos paraolímpicos de Antenas (sic), em 2004, nas modalidades basquete, vôlei masculino e feminino e adestramento. E aumentar a quantidade de vagas em atletismo, natação, ciclismo e esgrima”.
“Todos vocês vão competir a uma vaga para Antenas (sic)? E quem é que acha que vai ganhar? Levante a mão aí para ver”.
Fonte: Unifolha, 02/12/2003

Lula Ecumênico
“Um brinde à felicidade do presidente Al Assad!”.
(O presidente sírio não se levantou nem ergueu a taça porque os muçulmanos não ingerem bebidas alcoólicas).
Tribuna da Imprensa, 04 de dezembro de 2003

Lula Histórico
“O mínimo deveria ser de R$ 1.100,00 se levasse em conta o valor real de 1939. Os que recebem o mínimo deveriam receber pedidos de desculpas do governo”.
(Em outubro de 1998).
O Globo, 04 de maio de 2004

Lula herói do povo
“O ex-presidente (Fernando Henrique Cardoso) ainda vê um pequeno aumento no salário mínimo como custo. Deveria ver como renda. O trabalhador ganhando R$40,00 a mais não vai comprar dólar nem carro importado. Vai comprar feijão, arroz”.
(Durante a campanha para a presidência em 1998)

Lula Erudito
“Quando Napoleão foi à China”.
(Citado por Miriam Leitão, em O Globo, 01/05/2004 e lido em vários jornais).

Lula Cavalheiro
“... a galega (a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva) engravidou
logo no primeiro dia, porque pernambucano não deixa por menos”.
(Na Fenadoce, em Pelotas, 17/06/2003).
Fonte: Vários jornais

Lula Politizado
“Daqui a dois ou três anos possivelmente não estaremos aqui, talvez sejam outros. E nem será o Tony Blair que estará convidando, será outra pessoa”.
(Em reunião de Chefes de Estado em Londres, onde o regime é parlamentarista e o mandato do primeiro-ministro não tem prazo para acabar).
O Globo, 15/07/2003 e jornais do mundo inteiro

Lula Diplomático
“Estou surpreso porque, quem chega a Windhoek, não parece que está num país africano”.
(Em 8 de novembro de 2003, em Windhoek, capital da Namíbia, em discurso, ao lado do presidente Sam Nujoma, que, durante a fala, puxou o brasileiro pelo braço).
Fonte: jornais do mundo inteiro

Lula Diplomático
“Um país que constrói um monumento daquela magnitude tem tudo para ser mais desenvolvido do que é atualmente”.
(Na Índia, referindo-se ao Taj Mahal, em 29 de janeiro de 2004).
Citado por Miriam Leitão, em O Globo de 01/05/2004.

Lula Filósofo
“O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil”.
(1ª Conferência Nacional do Esporte, em 17 de junho de 2004).
Folha de São Paulo, 18 de julho de 2004

Lula Sindicalista
“Vocês fazem parte de uma minoria de 8 milhões que pagam Imposto de Renda. São privilegiados os que ganham para pagar IR.”
(Falando em 26 de abril de 2004 aos metalúrgicos do ABC sobre o pedido que lhe faziam para corrigir a tabela do IR. Seguiu-se uma estrondosa vaia....)
Fonte: Site da Radiobrás, Notícias Terra, Reuters e vários jornais.

Lula Poeta
“O Atlântico é apenas “um rio caudaloso, de praias de areias brancas”, que une os dois países”.
(Falando no Gabão sobre a aproximação entre o Brasil e aquele país).
O Estado de S. Paulo, 27 de julho de 2004

Lula Atento
“Cumprimento o presidente da Mercedes-Benz... Pois eu quero dizer na frente do presidente da Mercedes-Benz (...)”
(Falando no Palácio do Planalto, em 6 de fevereiro de 2004, ao presidente mundial da General Motors, Richard Wagoner).
Folha OnLine, 7 de fevereiro de 2004

Lula Diplomata
“O desafio colocado para nós é o de que não basta crescer para atender uma pequena casta da nossa sociedade”.
(Falando na Índia, em 21 de janeiro de 2004. A Índia é dividida em castas e a discussão do assunto com estrangeiros é vista com reservas no país).
Folha OnLine, 21 de janeiro de 2004

Lula Diplomata
“Conheço o Panamá só de dormir. Até recentemente, sempre que eu ia a Cuba, tinha que dormir uma noite lá”.
(Dirigindo-se ao embaixador do Panamá, em 16 de maio de 2003, no Palácio do Planalto, durante cerimônia de entrega de credenciais de embaixadores).
Folha OnLine, 17 de maio de 2003

Lula Gastroenterologista
“Na Amazônia, vivem 20 milhões de cidadãos que têm mulheres e filhos. Mulheres e filhos são apêndices dos cidadãos...”
Citado por Miriam Leitão em O Globo, 1º de maio de 2004

Lula Geógrafo
“O continente sul-americano e o continente árabe (?) não podem mais, no século XXI, ficar à espera de serem descobertos”. (Falando na Síria, em 04 de abril de 2004).
Diário de Notícias, 4 de abril de 2004

Lula Desafiador
“Vocês são um bando de covardes mesmo, hein? Não tiveram coragem de defender o Conselho Federal de Jornalistas”.
(Ao se encontrar com jornalistas brasileiros que cobriam sua viagem à República Dominicana).
Folha de São Paulo, 18 de agosto de 2004

Lula Geógrafo
“O Brasil só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia”. (Falando a empresários, em Nova Iorque, no dia 23/06/2004, demonstrando ignorar que temos 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia).
Revista Veja, 30 de junho de 2004

Lula Estadista
“Um dia acordei invocado e telefonei para o Bush”.
(Num discurso a lideranças do PTB, no dia 28/04/2004).
Fonte: O Globo, 30 de abril de 2004

Lula Agradecido
“Não pensem que vocês fizeram pouca coisa na história da humanidade, não. Possivelmente o cidadão que votou em mim não tem consciência do gesto dele num país importante como o Brasil”. (Falando para empresários na inauguração simbólica da fábrica da Cobrasma, em Osasco, no dia 3 de setembro).
Folha OnLine, 04 de setembro de 2004

Lula Geógrafo
“Por muitos anos o Brasil não pôde sequer conversar com a Líbia porque os americanos não gostavam dos libaneses”.
(Comentando sua viagem à Líbia para encontrar-se com Muamar Kadafi, em 10 de dezembro de 2003).
Fonte: Diego Casagrande, Netcomex e transcrição do Financial Times
em 3 de dezembro.

Lula Democrata
“Eu fui agora ao Gabão aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição”.
(Em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, 17/08/2004).
Folha OnLine, 22 de agosto de 2004

Lula Filósofo
“Todo brasileiro tem motivos para se sentir otimista. As perspectivas só são ruins para os desempregados”.
(Aniversário da RBS, 2 de junho de 2004, em Brasília).

“Ele me dizia simplesmente o seguinte: “Presidente, a nossa instituição está quebrada. O processo de corrupção que aconteceu antes de nós foi muito grande. Algumas privatizações que foram feitas em tais lugares levaram a instituição a uma quebradeira.” e prossegue: “Olha, se tudo isso que você está me dizendo é verdade, você só tem o direito de dizer para mim. Aí para fora você feche a boca e diga que a nossa instituição está preparada para o desenvolvimento do nosso país”.
(Discurso em Jaguaré (ES), em que afirmava haver determinado a um “alto companheiro” que silenciasse para não expor a corrupção ocorrida durante as privatizações no governo FHC, 24 de fevereiro de 2005)
Fonte: Toda a imprensa escrita, falada e televisionada em todo o mundo.

Lula Feminista
"Espero que vocês não sejam desaforadas e não comecem a pensar logo na Presidência da República!" - Discurso no Dia Internacional da Mulher em 8 de março de 2005
Fonte: Toda a imprensa escrita, falada e televisionada em todo o mundo.

extraído do Isto é Lula e site do Fernando Gabeira

Lula Herói?????

Lula Patriota
“Em qualquer lugar do mundo que eu vou, eu tenho que levar flores ao túmulo do herói nacional. No Brasil não tem”.
(Falando em 19 de julho de 2004 no lançamento da campanha “O melhor do Brasil é o brasileiro”).
Fonte: Site da Radiobrás e vários jornais.

Lula Controverso
“Pobre do país que precisa de heróis para defender a dignidade. Pobre do país que precisa de mártires para defender a liberdade ou de mortos para defender a vida”.
(Falando em 29 de junho, na abertura da Conferência Nacional dos Direitos Humanos).
Fonte: Site da Radiobrás e vários jornais.

6 de setembro de 2005

Astronauta brasileiro deve iniciar treinamento para ir para o espaço ainda este mês

Juliana Braga - Globo Online
RIO - Após sete anos de espera, o tenente-coronel Marcos César Pontes está bem próximo de realizar o sonho de ir ao espaço. Nesta terça-feira, a Agência Espacial Brasileira e a Agência Espacial da Rússia anunciaram ter rubricado o contrato acordando os termos para a viagem do brasileiro a bordo da espaçonave Soyuz. Se o documento for assinado até o dia 20 de setembro, Pontes chegará à chamada "Cidade das Estrelas", centro de treinamento dos cosmonautas russos localizado a 25 quilômetros de Moscou, no dia 27 de setembro.
- Já estou com as malas prontas - contou Pontes em uma entrevista por telefone. - Estou torcendo para que a viagem seja confirmada.
Segundo o astronauta, em geral o treinamento para ir ao espaço durante entre oito meses e um ano. No entanto, como desde 1998 o tenente-coronel participa do programa de astronautas da Nasa, a fase de preparação para o vôo pode ser menor, partindo em abril de 2006.
- Como eu já passei pelo treinamento da Nasa e não sou nenhum turista espacial, posso estar viajando em abril - explica o brasileiro.
Na mala de Pontes, já há espaço reservado para a bandeira do Brasil e para o chapéu nos moldes de Santos Dumont, que o astronauta sonha em levar para o espaço em uma homenagem ao centenário de vôo do 14-Bis.
- Nós temos uma cota do que pode ser levado à Estação Espacial e a bandeira e o chapéu de Santos Dumont são itens importantes nessa lista. Isso está previsto no contrato - assegura.Pontes também deve levar experimentos científicos para ser desenvolvidos no espaço, mas os itens ainda serão determinados pela Agência Espacial Brasileira.
- São cinco experimentos, alguns serão realizados durante os dez dias que devo ficar no espaço. Outros podem ter de ficar por lá - explica o astronauta.
Os astronauta contou que, devido aos problemas enfrentados pela Nasa durante a missão do Discovery, chegou a temer que a sua missão não ocorresse no próximo ano.
- Eu cheguei a pensar que a missão poderia não ocorrer, embora nós saibamos que esses problemas operacionais sejam comuns. Mas eu acredito que a atual administração da Agência Espacial Brasileira contribui muito para que a idéia da viagem fosse mantida - defende Pontes.
No momento no Brasil, o tenente-coronel deve embarcar para Houston assim que a sua viagem for confirmada.
- Antes de ir para Rússia preciso me desvencilhar dos cargos técnicos que exerço na Nasa - justifica.

5 de setembro de 2005

Estamos com você, valeu Gabeira!

Foto de Olivier Boels, extraída de O Globo online - Foto Galeria

4 de setembro de 2005

Selefogo de todos os tempos


Botafogo tem um ataque que deixaria as defesas em pânico: Garrincha, Heleno, Jairzinho e Quarentinha

Apesar de ter sido duas vezes campeão do mundo como jogador, Zagallo acabou não conseguindo uma vaga neste time de todos os tempos. Mas, mesmo assim, sempre será um símbolo botafoguense. Outros jogadores inesquecíveis, segundo os alvinegros: Carvalho Leite, Geninho, Otávio, Osvaldo Baliza, Sebastião Leônidas, Pirillo, Paraguaio, Paulo Valentim, Roberto Miranda, Paulo César Lima, Rogério, Mendonça, Túlio e Maurício.
Jornal dos Sports

3 de setembro de 2005

Um Brasileiro.

Há muitos anos que o meu domingo começa, ainda na cama, assistindo ao Zé Hamilton no Globo Rural (o programa mais descompromissado e interessante da nossa TV). Ele retrata bem a alma humilde do brasileiro que ajuda os outros, paciente e de bom humor, solícito e solidário, um cara que, tenho a certeza, todos gostariam de compartilhar nos bate-papos. Culto e inteligente, bondoso, leal. Essa é a imgem que tenho dele e faço questão de mostrar para os meus filhos, sempre que ele aparece com suas brilhantes intervenções na TV.
Disponibilizo aos meus amigos o artigo do Ricardo Kotscho, site No Mínimo, que tem a competência literária necessária para homenagear o Zé.
José Hamilton, Zé Hamilton, me desculpe a intimidade pois não te conheço pessoalmente mas considero você um amigão experiente. Parabéns!

Ricardo Kotscho eu gostaria de ter escrito o artigo. Parabéns!


No Brasil de Zé Hamilton
– Fala, Zé!
Do alto dos seus 70 anos de vida e 50 de reportagem, aquele senhor magro, de cabelos brancos, de fala mansa e modos quase simplórios, reluta em subir ao pequeno estrado armado no Sítio Sanhaço, em Sarapuí, no velho interior paulista, onde os amigos lhe prestaram uma singela homenagem no sábado passado.
– Olha, pessoal, de tudo o que já vivi neste tempo todo de jornalista, posso dizer a vocês que aprendi duas coisas. A primeira é que não existe azeitona preta. Só tem azeitona verde no pé, no máximo marronzinha. O resto é azeitona tingida. Outra coisa: é sempre da torneira da esquerda que sai a água quente. Obrigado.
E foi tudo. Este jeito de ser e falar é próprio de José Hamilton Ribeiro, o maior repórter brasileiro da nossa geração, que há 25 anos conta suas reportagens no programa “Globo Rural”, da TV Globo, depois de ter passado pelas principais redações do país, a começar pela revista “Realidade”. Foi lá que ele se celebrizou na cobertura da guerra do Vietnã, que lhe custou a perda de uma perna ao pisar em terreno minado, mas não o tesão de prosseguir percorrendo o Brasil e o mundo em busca de boas histórias.
Zé Hamilton, ou Zé Parmito, como o chamam os amigos mais antigos, é um caso típico em que a obra se confunde com o autor. Circulando entre uma roda e outra de amigos no galpão do sítio de Hebe e Humberto Pereira, o eterno diretor do “Globo Rural”, Zé passa a tarde toda contando suas histórias com a mesma simplicidade das suas reportagens escritas nos jornais e nas revistas ou narradas em off na televisão há meio século.
Não é tão incomum um jornalista chegar aos 70 anos e continuar trabalhando na imprensa. Raríssimo – e acho que se trata de um caso único – é um jornalista completar 50 anos trabalhando como repórter, a atividade mais gratificante e, ao mesmo tempo, mais arriscada e desgastante da profissão. Mais do que isso: é ele continuar falando do seu mais recente trabalho com o mesmo entusiasmo, como se fosse a primeira reportagem da longa carreira. Só de ver a alegria do Zé Hamilton lembrando seus causos para os amigos, cercado da família e de toda a equipe que o acompanha há tanto tempo pelos fundões do Brasil, já teria valido a viagem, sem falar na fantástica costela que passou sete horas assando na churrasqueira e no tempero das pernas de carneiro. Mas tinha mais: por uma dessas bonitas coincidências da vida – serão mesmo coincidências? – estava lá para animar a festa o lendário sanfoneiro e compositor Mário Zan, que já tocava quando Zé Hamilton começou a escrever, entre outros músicos e cantores que o repórter foi conhecendo pelo caminho.
Aos 84 anos, mas com a animação de um cara muito mais novo, Mário Zan é o Zé Hamilton da música brasileira. Ambos são de natureza mais rural do que urbana, adoram o que fazem – e fazem questão de não se dar muita importância. Ao contrário das estrelas autobiográficas que infestam tanto o jornalismo como a música, os dois gostam mesmo é de elogiar os outros, contar as façanhas dos seus amigos, não as deles. No Brasil de Zé Hamilton, o papo é outro.
Aqui tudo é história, a começar pelo próprio Sítio Sanhaço, que Humberto Pereira comprou do Henfil, como ele conta no detalhado roteiro enviado aos amigos para não se perderem no caminho. “Originalmente, era um pequeno armazém do seu Campolim Machado. Está na margem direita do rio Itapetininga. Do outro lado, já é o município de Itapetininga. Uma grande fazenda que virou assentamento de reforma agrária (Assentamento Carlos Lamarca). Nessa fazenda, ninguém mais se lembra, nasceu Júlio Prestes, alijado de nossa história pela Revolução de 30. Era para ter sido presidente. Virou estação de trem em São Paulo e a estação virou sala de concertos de renome mundial.
”Como Zé Hamilton, Mario Zan também é movido a histórias e paixões. A maior delas, depois de cinco casamentos, é pela Marquesa de Santos, cujo túmulo, no Cemitério da Consolação, visita regularmente para depositar flores. Gosta tanto da história da marquesa que até comprou um túmulo em frente ao dela para o caso de algum dia vir a morrer.
No final do dia, ao pegar a estrada para Itapetininga, depois para Guareí, a caminho da minha pequena e querida Porangaba, vendo aquele sol de inverno, vermelhão, enorme, caindo para os lados da serra de Botucatu, dá até a impressão de que passei algumas horas fora do Brasil - embora não haja nada mais brasileiro do que esta gente e estas terras, onde a vida não corre assustada e triste na onda das notícias despejadas pela crise na Internet. A vida, afinal, também é feita destes dias e de personagens como José Hamilton Ribeiro e Mário Zan.
Se nascesse de novo, gostaria de ser qualquer um deles.

Ricardo Kotscho escreve no site No Mínimo, vale a pena conferir.