16 de junho de 2010

O senhor Pelópidas



Paulo Gracindo completaria hoje 99 anos de vida.
Iniciou a carreira de ator na era glamourosa da Rádio Nacional, nos anos 1930. Interpretou o médico Alberto Limonta, na radionovela o “Direito de Nascer”. Na tevê, atuou em vinte novelas. No teatro, em mais de sessenta peças. No cinema, trinta filmes. Desempenhos irretocáveis, como o “Primo Rico”, que contracenava com o “Primo Pobre”, representado por Brandão Filho, no programa “Balança, Mas Não Cai”. E também o folclórico e cômico prefeito Odorico Paraguaçu, personagem principal de “O Bem Amado”, telenovela de Dias Gomes. Pelópidas – seu nome verdadeiro – morreu em 1995, aos 84 anos, no Rio.

Como foi – Fui fotografar Gracindo para meu livro “Senhoras e Senhores”. Parecia-me triste. Havia completado 80 anos fazia poucos dias. Olhar fixo para um relógio de parede, falou-me: - Ficar mais velho é como mudar de casa. No começo você estranha a sala, o quarto, tudo. Depois, o tempo vai passando e a gente acaba acostumando. O duro é quando chega o momento em que você sabe de cor tudo que existe entre a varanda e o quintal. Orlando Brito



Prezados, eu como fã de carteirinha do Paulo Gracindo não podia deixar de compartilhar com vocês. Sua definição de ficar mais velho é fantástica. Não se esqueçam de ouvir e se atualizar com "Brasileiro, profissão: Esperança", ele e a Clara Nunes.

Pinçado da coluna do Orlando Brito no site do Claudio Humberto.

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