25 de março de 2007

Região Norte ainda desconhecida para muitos


MARAJOARAS FORAM EMBORA SEM DEIXAR PISTAS

Entre os anos 400 e 1.300 da era cristã, a Ilha de Marajó abrigou uma das civilizações mais desenvolvidas de seu tempo. Os marajoaras, como foram denominados, viviam em uma sociedade dividida por classes sociais, praticavam a agricultura — cujas bases eram a mandioca e o arroz-bravo — e viviam em aldeias populosas, verdadeiras cidades com até 10 mil moradores. Um sofisticado sistema de aterros protegia-os dos alagamentos periódicos na ilha. A cerâmica marajoara, com seus padrões de decoração sofisticados, é o traço mais conhecido dessa civilização. Transformou-se em símbolo da região.
O desenho mais comum é o da serpente, representada por espirais. Está presente principalmente em peças sacras e urnas funerárias, onde eram enterrados os membros da elite. Alguns deles traziam o crânio deformado propositalmente, por meio de faixas amarradas à cabeça desde o nascimento — prática de status comum também em algumas culturas andinas.
O desaparecimento dos marajoaras, por volta de 1.300, é ainda misterioso. Quando chegaram, os portugueses encontraram o território habitado por índios aruaques.

Biquini de barro?
Mais de mil anos antes do biquíni, as marajoaras já usavam tangas feitas de barro. Eram presas ao corpo por meio de cordões. Podem ter sido usadas como roupas de festa, exclusivas da elite, ou mesmo como vestimenta diária, já que algumas foram encontradas com os furos gastos, o que indica uso freqüente.




Stonehenge brasileiro

A 16 quilômetros da cidade de Calçoene, no Amapá, foi descoberto um possível observatório astronômico do Brasil pré-colonial. O monumento é formado por 127 blocos de granito em intervalos regulares. Com cerca de 2 mil anos de idade, marcava provavelmente a chegada do solstício de inverno. O mistério está sobretudo na tecnologia usada para cortar e transportar as enormes pedras.


Extraído do "Almanaque Brasil"

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2 comentários:

Anônimo disse...

podemos ver uma pequena amostra dessa cultura no emilio goeldi

Anônimo disse...

Entrei para conhecer o seu blog e notei que de uma certa forma tem muito a ver com o nosso trabalho.
Eu sou um dos responsáveis pelo Campinarte Dicas e Fatos , Informativo Comunitário de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

Acabo de lançar um blog
http://huayran.blogspot.com
Uma coletânea de artgos, crônicas, imagens, etc, que foram destaque nesses dez anos de trabalho em comunidades carentes.
O nosso site está temporariamente fora do ar por motivo de manutenção.

Estou me colocando a sua disposição (quem sabe?) para um intercâmbio, troca de idéias em realação as nossas propostas de divulgação.
Grato pela atenção - Huayrãn Ribeiro