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Promoção: Movimento Evolução (http://movimento-evolucao.blogspot.com )
Eu concordo...
A Humanidade está duas doses abaixo do normal... meu Botafogo ainda me mata do coração... e a Vida é bela...
CAPITALISMO IDEAL:
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce.
Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!
CAPITALISMO AMERICANO:
Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas.
Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO FRANCÊS:
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.
CAPITALISMO CANADENSE:
Você tem duas vacas.
Usa o modelo do capitalismo americano.
As vacas morrem.
Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.
CAPITALISMO JAPONÊS:
Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
CAPITALISMO ITALIANO:
Você tem duas vacas.
Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!!
CAPITALISMO ENRON :
Você tem duas vacas.
Vende três para a sua companhia de capital aberto usando garantias de crédito emitidas por seu cunhado.
Depois faz uma troca de dívidas por ações por meio de uma oferta geral associada, de forma que você consegue todas as quatro vacas de volta, com isenção fiscal para cinco vacas.
Os direitos do leite das seis vacas são transferidos para uma companhia das Ilhas Cayman, da qual o sócio majoritário é secretamente
o dono.
Ele vende os direitos das sete vacas novamente para a sua companhia.
O relatório anual diz que a companhia possui oito vacas, com uma opção para mais uma.
Você vende uma vaca para comprar um novo presidente dos Estados Unidos e fica com nove vacas.
Ninguém fornece balanço das operações e público compra o seu esterco.
CAPITALISMO BRITÂNICO:
Você tem duas vacas. As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS:
Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO:
Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e
lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO:
Você tem duas vacas.
Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você para de contar e abre outra garrafa de vodca.
CAPITALISMO SUIÇO:
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar a vaca dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL:
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS:
Você tem duas vacas.
E reclama porque seu rebanho não cresce...
CAPITALISMO CHINÊS:
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas.
Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade.
E prende o ativista que divulgou os números.
CAPITALISMO HINDU:
Você tem duas vacas.
E ai de quem tocar nelas.
CAPITALISMO ARGENTINO:
Você tem duas vacas.
Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês.
As vacas morrem.
Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano do FMI.
CAPITALISMO BRASILEIRO:
Você tem duas vacas.
Uma delas é roubada.
O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca.
Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presumia que você tivesse 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo...
Recebido pela Internet...
Era só o que faltava! Um médium alemão garante que pode prever o futuro ao tocar nada mais, nada menos que no seu bumbum!
Clairvoyant Ulf Buck argumenta que as nádegas têm linhas semelhantes àquelas das palmas das mãos, revelando muito do caráter e do destino das pessoas. Quem diria que as estrias e as celulites acabariam tendo uma utilidade?
"Minha experiência diz que o bumbum é muito mais intenso, ele tem um poder muito maior de expressão do que as mãos. E o poder se desenvolve ao longo da sua vida", diz o alemão, que é cego desde os 3 anos. Huuuummmm...sei.
O cliente chega à tenda crente-crente que vai desnudar as mãos para Buck e de repente ouve do médium: "Baixa as calças". E lá vai o alemão passando os dedos pelas linhas do traseiro alheio. Segundo ele, rapidamente o futuro do cliente é delineado: da possibilidade de sucesso financeiro à saúde. Por sua "habilidade", Buck virou celebridade nos arredores de Hamburgo.
"Um bumbum em forma de maçã e musculoso indica que a pessoa é carismática, dinâmica, muito otimista e criativa. Uma pessoa que goza a vida. Já uma pessoa que tem os glúteos em forma de pêra é fiel, paciente e realista", explica.
Mas cá entre nós: Quem não reconhece mulheres "carismáticas" só de olhar o bumbum?...
Copiado do Blog "Page not found", do Fernando Moreira lá em O Globo Online
Algumas pessoas irão repensar sobre as apalpadas que levam... Ficarão na dúvida se é alguém utilizando a técnica para saber o seu futuro, que certamente será dolorido...
A publicação inglesa ouviu 4164 pessoas no Reino Unido. Cerca de 17% dos entrevistados apontaram os celulares como pior invenção. O telefone só perdeu para o quesito “armas”, considerado a pior invenção humana por 35% dos entrevistados.
No ranking das 10 piores invenções ainda aparecem a religião, a TV, o fast-food, cigarros e carros. Para os organizadores da pesquisa, o fato de invenções como carro e celular serem citadas entre as piores criações humanas é surpreendente.
Apesar de serem explorados pela publicidade como “objetos de desejo”, os carros e telefones celulares “podem não estar agradando as massas”, avalia o estudo.
Veja a lista das piores invenções, de acordo com a Focus:
Armas 35%
Telefone celular 17%
Usinas nucleares 9%
Televisão 9%
Sinclair C5 (um tipo de carro compacto) 9%
Automóveis 6%
Fast food 3%
Câmeras 3%
Religião 2%
EUA- O Estado americano do Novo México apertou o cerco contra motoristas bêbados e acaba de encomendar 500 desodorizadores de mictório falantes. Eles são equipados com um sensor que detecta a presença de álcool na urina dos clientes de bares e restaurantes.
Quando isso acontece, o sensor dispara uma gravação com voz feminina e diz, em inglês: "E aí, cara, andou tomando uns drinques? É hora de chamar um táxi ou pedir para um amigo sóbrio lhe levar pra casa".
O assessor do departamento de transportes, S.U. Mahesh, disse que os desodorizadores falantes são uma boa maneira de atingir o público-alvo da campanha de segurança nas ruas e estradas. O número de homens bêbados que causam acidentes de trânsito é três vezes maior que o de mulheres.
O inventor do dispositivo, Richard Deutsch, disse que não existe público mais compenetrado do que um homem na frente de um mictório. "O cara não olha para a direita, não olha para a esqueda. Ele se concentra no aparelho."
Alguns bares de Albuquerque já instalaram o dispositivo nesta semana. As próximas cidades a receber a "conselheira do banheiro" são Santa Fé, Farmington, Gallup e Las Cruces.
Na fase inicial, o governo irá investir US$ 21 por peça. Caso o negócio dê certo, os donos de bares e restaurantes terão de arcar com os custos. As baterias agüentam até três meses de sermão.
As informações são do Terra
Rio - Agentes da Delegacia da Polícia Federal (PF) do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim prenderam, na manhã de ontem, um dos envolvidos na morte do escrivão Rônei Cândido Resende, 32 anos, executado com nove tiros de fuzil durante tentativa de assalto na noite do dia 9, na Linha Amarela. Carlos Henrique Martins Gonçalves, o Peixe, 21 anos, foi preso em casa, no Morro do Engenho, no Engenho da Rainha. De acordo com as investigações, o assassinato teria sido filmado pelos criminosos num celular e as imagens seriam exibidas em um baile funk.
O escrivão deixou a delegacia do aeroporto e seguia para casa, em Todos os Santos. Entre as saídas 2 e 3 da Linha Amarela, o policial foi cercado por pelo menos quatro homens armados, que queriam levar seu carro, um Vectra quatro portas. “É um carro veloz e ágil, de muito interesse para quem pratica os chamados bondes (comboio de bandidos)”, explicou a delegada Ana Maria Pompílho da Hora, responsável pelas investigações.
Pelo relato de testemunhas, os bandidos descobriram que Rônei era policial federal por causa de sua carteira funcional e pela credencial de acesso ao aeroporto, que estava escondida embaixo da camisa. Ao ser identificado como agente, ele foi levado pelos criminosos para o Morro do Engenho, onde foi torturado na presença de mais de 15 homens.
TORTURADO E QUEIMADO
Depois da tortura, Rônei foi morto e teve a parte de cima do corpo carbonizada, para dificultar a identificação. “Depois, os bandidos o colocaram no porta-malas do Vectra, que foi abandonado em área de facção criminosa rival, para prejudicar as investigações”, contou a delegada Ana Maria. “Uma testemunha viu a ação dos criminosos e ligou para o Disque-Denúncia (2253-1177), que recebeu diversas informações sobre o crime e nos ajudou muito na investigação”, completou a policial.
O veículo do escrivão teve os vidros quebrados e foi todo danificado. “Eles quebraram o carro todo para facilitar na hora de atear fogo ao veículo. O que não esperavam era que uma testemunha fosse jogar água no carro para apagar o incêndio, o que também nos ajudou muito na apuração do crime”, disse a delegada.
De acordo com a PF, Peixe é gerente de uma das bocas-de-fumo do Morro do Engenho, dominado pela facção criminosa Comando Vermelho (CV). No depoimento prestado na tarde de ontem na delegacia do aeroporto, Peixe deu os nomes dos comparsas e confessou como matou o policial. A Polícia Federal agora tenta localizar os outros criminosos e o celular em que foi feito o vídeo da execução. Fonte: O Dia Online
Rio - O filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Cláudio, declarou nesta segunda-feira que sonha em dirigir a Seleção Brasileira e afirmou sua admiração pelo argentino Carlos Tevez, ex-Corinthians. As informações são da agência Ansa.
Em entrevista publicada pelo jornal Clarín, Luiz Cláudio confessou que sonha com a Seleção. "Isso seria o topo da minha carreira. Se Deus quiser algum dia chegarei a ocupar esse posto", disse. Atualmente ele é auxiliar-técnico das categorias de base do São Paulo.
Consultado sobre qual é o seu jogador preferido, o filho do presidente foi incisivo. "Ronaldinho é o melhor do mundo, mas eu gosto muito do (Carlos) Tevez, desde sua passagem pelo Boca Juniors até quando esteve no Corinthians", afirmou.
Segundo o diário argentino, "Luiz Cláudio é um garoto simples. Nasceu em São Paulo com seus pais e irmãos. Teve uma infância normal, rodeado por amigos e sempre ligado à família. Cresceu e completou a escola secundária. Rapidamente entrou na universidade".
O jornal argentino também especula sobre os possíveis motivos que levaram o São Paulo a contratar Luiz Cláudio, estudante de Educação Física. "Há muitas versões para explicar os motivos. A mais forte é que o presidente Juvenal Juvêncio está fazendo uma reformulação para transformar o Morumbi em sede brasileira da Copa de 2014, no caso do Brasil sediá-la".
Comentar o que?
Todos podem sonhar, ficar rico, veranear, luxar, sempre com a interferência paterna.
Nada me espanta, o 'ético' foi colocado lá pela maioria dos eleitores.
Fazer o que?
"Na terra institucionalmente detestada pelos inimigos de Roberto Abdenur e por todos os "nobres defensores dos direitos humanos", existe uma lei conhecida pela sua analogia com o baseball, esporte nacional. É a lei do "three strikes, you're out" - ou, numa adaptação canhestra, "acertou três, você está fora". Essa lei não vigora em todos os estados pelas próprias características de formação federativa dos Estados Unidos, mas basicamente quer dizer o seguinte: você cometeu três crimes, vai pra cadeia para sempre. Sem apelação, sem liberdade condicional, sem a picaretagem de progressão de pena, nada.
O que essa lei quer dizer? Que a sociedade não está disposta a tolerar - note, leitor(a), é daí que vem a expressão "tolerância zero" - o comportamento de alguns indivíduos que venha a ameaçar o bem estar coletivo. Em outras palavras, o sentimento de segurança e bem estar da coletividade é muito mais forte do que a ameaça representada por uma minoria criminosa. Pronto. Simples, assim. Sem meio termo.
No Brasil, o país da eterna reinvenção da roda, onde não existe problema com a previdência, onde o sistema de saúde é quase perfeito, onde a aceleração do crescimento de dois e meio para três e meio por cento ao ano vai nos deixar tontos, apenas o crime parece estar fora de controle. E isso é fácil de se observar em todos os níveis, do governamental ao popular.
O episódio mais recente de violência que comoveu boa parte do país - e se você esteve em Marte nos últimos dez dias, tem a ver com um menino de seis anos sendo arrastado por sete quilômetros do lado de fora de um carro roubado - apenas reitera uma necessidade premente para este lugar, algo que político nenhum terá coragem de defender ou tentar implantar, que é a pena de morte.
Se o Brasil fosse adepto da observação atenta e do aproveitamento das experiências externas, com o objetivo de realmente aperfeiçoá-las e beneficiar seu povo, dar prioridade ao bem estar da coletividade em vez de acochambrar as coisas para dar lucro a alguns poucos privilegiados, num esquema perverso de perpetuação de poder que está enraizado há décadas, algo poderia ser feito.
Minha sugestão envolve mais que o uso da injeção letal. A sistematização do uso dessa técnica deveria atender a pré-requisitos. Entre eles, a informatização e revisão de todos os processos atualmente em curso nos tribunais brasileiros. Todos os criminosos condenados por crimes considerados hediondos (tráfico de drogas, seqüestro, estupro, homicídio, etc) por mais de duas vezes teriam suas penas revisadas por uma corte especial, independente - e sobretudo afastada geograficamente do local de nascimento do criminoso e do local onde foram praticados os crimes, para assegurar a isenção do processo.
Confirmadas as pré-condições, eliminadas as perspectivas de um erro judiciário, a eliminação indolor ocorreria nos cinco centros de execução (um para cada região) montados pelo Brasil. Com dez macas sendo operadas oito horas por dia em cada um dos centros, não seria difícil, nem custoso, nem demorado acabar com a super-população carcerária, com os centros de mestrado e PhD em crime atualmente existentes e sustentados com o dinheiro rapinado do nosso imposto.
O ocasional ladrão de galinha receberia pena mais branda: condenado pela terceira vez, pegaria prisão perpétua, sem direito a recurso. Na mesma medida provisória (ou no improvável projeto de lei) que instituiria essa nova condição, seria triplicado o montante orçamentário destinado à educação, tornando-a muito mais abrangente e obrigando todas as crianças a um esquema de horário integral, numa espécie de CIEP super-vitaminado.
Dado o mérito da proposta, creio que os requisitos de constitucionalidade (a pena de morte é inconstitucional? Mude-se a Constituição!), jurisdicidade e boa técnica legislativa poderiam ser facilmente empregados e atendidos, e o país poderia, finalmente, entrar nos eixos.
O diabo é que Deus não deu asa a cobra."
Sobre o autor: Âncora, repórter e editor. Trabalhou na Rede Globo, Radiobrás, Voz da América, Rede Manchete, Rádio JB e CBS Brasil. Foi correspondente na Casa Branca durante vários anos. Vive e trabalha atualmente em Brasília.
08/02 - 14:10, atualizada às 21:07 08/02 - Nara Alves, repórter iG no Rio
... " A polícia chegou aos suspeitos com a ajuda de denúncias anônimas e investigações. Foram dez ligações através do Disque-denúncia com informações sobre a identidade dos suspeitos. Por meio desses dados, a polícia chegou até a casa de Diego, que não estava.
O pai dele, então, apresentou-se voluntariamente para prestar depoimento, o que ajudou a policia a chegar até Diego, o menor e Thiago. Segundo o subcomandante do 9º Batalhão da PM, Marcelo Malheiros, o pai de Diego disse estar chocado com a história e afirmou ter alertado ao filho sobre o mau caminho que ele estava seguindo.
Os três foram presos numa região chamada Beco da Vovó, no morro São José Operário, no bairro de Madureira. Thiago deve ser liberado por não ter tido participação na morte do menino, mas continuará a ser investigado por roubo de carros...."
Muita bobagem pretensiosa vai ser publicada neste final de semana, quando a imprensa reverenciará o analista político e crítico de cultura Franz Paul Trannin da Matta Heilborn, mais conhecido como Paulo Francis, que morreu no dia 4 de fevereiro de 1997, aos 66 anos de idade.
Ele, que sempre lamentou a derrubada de árvores para a fabricação do papel-jornal desperdiçado com tolices, certamente abominaria o que se escreverá a seu respeito agora. Talvez repetisse uma daquelas inesquecíveis frases ferinas, características do seu jeito carioca de ser. Por exemplo: "A sociedade de massas é, por definição, o fim da civilização. Bolsões de vida inteligente sobrevivem a duras penas."
Depois de estudar em colégios de jesuítas e beneditinos, Francis cursou por uns tempos a Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, trocada por uma pós-graduação
Chegou a ser ator amador, mas acabou no nicho tradicional dos que são melhores para escrever sobre suas paixões artísticas do que para personificá-las: começou sua carreira jornalística como crítico teatral, no Diário Carioca.
Relatou, mais tarde, um episódio pitoresco do seu noviciado. Entregou uma crítica toda pomposa, repleta de termos pernósticos, ao seu editor. Ao recebê-la de volta, viu um grosso traço vermelho circundando a expressão “via de regra”. E o comentário: “Via de regra é a vagina”. [Para os jovens que desconhecem o linguajar de outrora, esclareço que “regras” eram um eufemismo para menstruação. E, claro, a palavra usada para designar o órgão genital feminino foi outra, mais chula.]
Francis disse que essa foi a primeira e única lição aproveitável de jornalismo que recebeu: escrever com simplicidade e clareza, em vez de pavonear-se com exibições desnecessárias de erudição.
Também comentou que tudo que há para se aprender de jornalismo, aprende-se em 15 dias numa redação. Daí sua avaliação de que o fundamental para o exercício dessa profissão é uma formação cultural sólida, humanística e universalizante. Quanto às técnicas, poderiam ser ensinadas em meros liceus de artes e ofícios. [Concordo plenamente: se a especialização é castradora em outras atividades, muito mais no jornalismo, que tem tudo a ver com história, sociologia, psicologia, antropologia, política, economia, literatura. Quem não consegue refletir sobre o mundo em que vive, melhor faria direcionando-se para administração de empresas.]
Convidado por Samuel Wainer para assinar uma coluna política na Última Hora, assume posição de esquerda no conturbado ambiente político de 1963. E continuaria combatendo a direita após o golpe militar, inicialmente como um dos jornalistas mais respeitados do Rio de Janeiro.
O lançamento do semanário O Pasquim, em junho de 1969, lhe deu projeção nacional. Era o guru da turma em todos os assuntos referentes à política nacional e internacional, bem como à visão de esquerda da cultura. Com seus conhecimentos vastíssimos, dominava qualquer discussão.
Leitor assíduo de um sem-número de publicações estrangeiras, tinha sempre algo novo a dizer sobre a intervenção estadunidense no Vietnã, um dos grandes temas da época. Disponibilizava as informações que a grande imprensa, por ideologia, covardia ou incompetência, sonegava dos leitores.
E, sendo um dos críticos mais consistentes e contundentes do reacionarismo dos EUA, também não poupava a URSS, que analisava sob a ótica trotskista. Isso só fazia aumentar o seu prestígio aos olhos de uma geração que se decepcionara terrivelmente com o esmagamento da Primavera de Praga.
Cansado de ser preso e censurado pela ditadura, mudou em 1971 para Nova York, de onde mandava seus textos para o próprio Pasquim, a Tribuna da Imprensa, a revista Status e a Folha de S. Paulo (quando o diretor de redação era Cláudio Abramo, de formação trotskista).
Continuava, basicamente, um homem de esquerda, mas travava polêmicas azedas com o que ele considerava “esquerdistas de salão”, como a feminista Irede Cardoso. [Ela sofreu um dos maiores massacres intelectuais a que já assisti.]
Paulo Francis é mais um dos intelectuais brasileiros que foram perdendo o pique à medida que a ditadura ia deixando de exibir suas garras.
Como estava num posto de observação privilegiado, captou bem a tendência desestatizante do final do século passado, ajudando a impulsioná-la com seus escritos
Mas, se estava certo quanto à falta de pujança da economia soviética e o parasitismo das estatais brasileiras, não percebeu que o mundo engendrado pela globalização viria a ser uma versão mais desumanizada ainda do capitalismo selvagem.
Acabou como um daqueles medalhões midiáticos que antes ridicularizava, aclamado mais por ter se tornado celebridade do sistema do que pela real qualidade do seu trabalho – como suas incursões pela literatura, em que a racionalidade excessiva deixa tudo com um jeitão artificial, de trama concebida para provar tese.
Morreu na hora certa, antes que o admirável mundo novo erguido sobre os escombros do muro de Berlim mostrasse suas feições mais monstruosas.
Ou, pelo contrário, talvez tenha perdido a chance de constatar que o fim do socialismo real não significava o fim da História, com o status quo se tornando tão opressivo que os homens estão sendo obrigados a buscar uma nova utopia.
O certo é que, independentemente de haver caído numa armadilha da História em sua última fase, foi um intelectual articulado e consistente como dificilmente se vê nestes tristes trópicos, deixando o legado de uma atuação memorável na segunda metade dos anos 60 e ao longo de toda a década de 1970.
Talvez o melhor epitáfio para Paulo Francis seja outra de suas frases célebres: "Não há quem não cometa erros e grandes homens cometem grandes erros".
(*) Celso Lungaretti - é jornalista e escritor
Saudades!!!