"Baile de Máscaras Severino é “cabra-macho”. Não tenho a menor dúvida. O cara fala e pronto! Em minha opinião não há sujeito mais corajoso no plenário.
Agora, entendam que minhas afirmações longe de serem elogios, representam preocupação: Severino é a amostra visceral, da maioria da classe política nacional. Com um atenuante: tem coragem de assumir o que pensa. Desde sua comentada eleição para o terceiro maior cargo republicano, Severino Cavalcanti é figura presente nos noticiários. Ora por suas declarações, ora por ações. Com passado de coronel reconhecido, nunca negou suas aspirações que em muito lembram o personagem político Justo Veríssimo, representado de forma brilhante pelo humorista Chico Anísio. Mas ao contrário que muita gente pensou e escreveu, ele não mudou seu discurso e continuou na defesa das mordomias, principalmente o aumento do seu “defasado” salário como Parlamentar.
Amigo leitor, sei que a figura de Severino causa horror e vergonha para muitos. A idéia que ele passa é de um cara insensível, sem escrúpulos. Eu, como você, acompanho as falas do Presidente da Câmara e concordo com muitos que pensam assim, só que se ampliarmos nossas análises opinativas vamos descortinar uma realidade presente na maioria dos nossos representantes políticos que, ao contrario de Severino não assumem publicamente suas verdadeiras aspirações. Escondem-se. Usam máscaras. Repito: Máscaras! E representam os mais diversos personagens: religiosos, defensores dos pobres, reformadores, moralistas e mais um monte de coisas! Por baixo da mascara, há a realidade que se reflete no que vivemos: um País cada vez mais pobre, e aí temos a injustiça social, o analfabetismo, salários defasados, fome, desrespeito, escravidão, desemprego, e por aí vai.
Conforme vou escrevendo, meus pensamentos vão até São João de Meriti, no Rio. Lembro-me de outro Severino (vamos chamá-lo assim). Uma criança. Idade: seis meses. Morto. De fome. Inanição. Terceiro grau. O nível da Etiópia, País Africano. Morto, como centenas Brasil à fora. Volto a Severino. O Cavalcanti. Ele fala. Diz pro que veio. E através de suas falas traduz o descaso e a omissão da classe política. Só que tem um detalhe: eleito com o nosso voto. E como ele, os outros que não asassumem que não estão nem aí pra nada, a não ser pro próprio umbigo. Então pergunto: não é hora de mudarmos? Não seria esta à hora de “enxergar” o cenário egocêntrico que assassina os “Severinos”? Só depende de nós, acabar com o desfile de máscaras e com os “severinos” que governam nosso País." Por Ubirajara Oliveira
Não conheço o autor, jornalista de Mesquita/RJ. Copiei o seu oportuno e excelente artigo enquanto navegava pelo Observatório da Imprensa/Verbo Solto (Luiz Weis) para dividir com vocês. Comentários para o autor podem ser feitos, via e-mail, clicando no nome.
Agora, entendam que minhas afirmações longe de serem elogios, representam preocupação: Severino é a amostra visceral, da maioria da classe política nacional. Com um atenuante: tem coragem de assumir o que pensa. Desde sua comentada eleição para o terceiro maior cargo republicano, Severino Cavalcanti é figura presente nos noticiários. Ora por suas declarações, ora por ações. Com passado de coronel reconhecido, nunca negou suas aspirações que em muito lembram o personagem político Justo Veríssimo, representado de forma brilhante pelo humorista Chico Anísio. Mas ao contrário que muita gente pensou e escreveu, ele não mudou seu discurso e continuou na defesa das mordomias, principalmente o aumento do seu “defasado” salário como Parlamentar.
Amigo leitor, sei que a figura de Severino causa horror e vergonha para muitos. A idéia que ele passa é de um cara insensível, sem escrúpulos. Eu, como você, acompanho as falas do Presidente da Câmara e concordo com muitos que pensam assim, só que se ampliarmos nossas análises opinativas vamos descortinar uma realidade presente na maioria dos nossos representantes políticos que, ao contrario de Severino não assumem publicamente suas verdadeiras aspirações. Escondem-se. Usam máscaras. Repito: Máscaras! E representam os mais diversos personagens: religiosos, defensores dos pobres, reformadores, moralistas e mais um monte de coisas! Por baixo da mascara, há a realidade que se reflete no que vivemos: um País cada vez mais pobre, e aí temos a injustiça social, o analfabetismo, salários defasados, fome, desrespeito, escravidão, desemprego, e por aí vai.
Conforme vou escrevendo, meus pensamentos vão até São João de Meriti, no Rio. Lembro-me de outro Severino (vamos chamá-lo assim). Uma criança. Idade: seis meses. Morto. De fome. Inanição. Terceiro grau. O nível da Etiópia, País Africano. Morto, como centenas Brasil à fora. Volto a Severino. O Cavalcanti. Ele fala. Diz pro que veio. E através de suas falas traduz o descaso e a omissão da classe política. Só que tem um detalhe: eleito com o nosso voto. E como ele, os outros que não asassumem que não estão nem aí pra nada, a não ser pro próprio umbigo. Então pergunto: não é hora de mudarmos? Não seria esta à hora de “enxergar” o cenário egocêntrico que assassina os “Severinos”? Só depende de nós, acabar com o desfile de máscaras e com os “severinos” que governam nosso País." Por Ubirajara Oliveira
Não conheço o autor, jornalista de Mesquita/RJ. Copiei o seu oportuno e excelente artigo enquanto navegava pelo Observatório da Imprensa/Verbo Solto (Luiz Weis) para dividir com vocês. Comentários para o autor podem ser feitos, via e-mail, clicando no nome.
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