13 de julho de 2006

Mãe admite a culpa e ajuda na recuperação

Agencia Estado, por Ricardo Westin

Sao Paulo (AE) - O estudante Kaique de Moraes tem 13 anos e pesa 70 quilos. É o mesmo peso que ele tinha aos 9 anos. Kaique era uma criança obesa. E a mãe, Sandra Regina de Moraes, de 34 anos, admite que teve culpa. O problema começou quando Kaique tinha 7 anos. Sandra trabalhava fora. De manhã, ele ficava na escola. Passava a tarde toda vendo televisão. À noite, quando chegava em casa, a mãe procurava compensar a ausência com guloseimas.
"Cuidava do jeito que eu achava certo", ela conta. "Sempre trazia alguma coisa para ele, um amendoim, um chocolate, um doce, achando que eu estava agradando, para compensar o fato de ficar o dia inteiro fora. Eu sempre trazia alguma coisa."
Quando se deu conta de que o filho estava bem acima do peso, Sandra buscou tratamento. O menino tinha 9 anos. A perda de peso foi provisória. Os 10 quilos perdidos ressurgiram porque, apesar de ter diminuído a comida, Kaique continuou sedentário.
Depois buscou ajuda de uma equipe formada por pediatra, nutricionista, educador físico e psicólogo. Só assim obteve resultado. A mãe se engajou no tratamento. Passou a comer melhor e a acompanhar o filho nas atividades físicas. Os passeios de bicicleta juntos continuam até hoje. Kaique está nos mesmos 70 quilos desde fevereiro. "Na escola não me chamam mais de gordinho. É muito melhor ser magro."


Porque o comentário?
Simples, enquanto não responsabilizarmos os pais pelos delitos praticados pelos filhos, menores, não teremos uma mudança de comportamento.
O menor carente tem um apoio social pelo Estado e Município suficiente para compreender e viver.
Tem educação e alimentação.
Tem atividades disponíveis pelas milhares de ONG's, tem eventuais programas de saúde básica e cuidados sanitários suficientes para manter padrões de sobrevivência acima do desconhecimento existente na grande maioria de locais miseráveis.

Falta o comprometimento de quem pôs no mundo.

Que tal experimentarmos colocar penas alternativas para esses pais? Será que não iriam se preocupar mais com o que os filhos estão fazendo? Desconhecimento em época que discutem a novela? o futebol?

Temos que parar de ser paternalistas irresponsáveis, afinal a responsabilidade de fazer uma criança não significa simplesmente a justificativa de que não tinha camisinha, prá quem assiste TV.

Um comentário:

Anônimo disse...

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