O computador, anunciado pela primeira vez no final de março deste ano, é produzido no Brasil pela fabricante taiuanesa de eletrônicos Phihong/FIC e está sendo distribuído pela Telefônica, em um projeto piloto na cidade paulista de Bauru, e pela integradora nacional MTech, em um plano de inclusão digital junto ao governo do Estado do Mato Grosso.
A máquina, chamada de PIC (Personal Internet Communicator), foi lançada pela primeira vez na Índia no ano passado por preço de 185 dólares (cerca de 420 reais). O equipamento faz parte de estratégia da AMD para levar a Web a países em desenvolvimento e ganhar participação de mercado frente à rival de maior porte Intel .
Na cidade de Bauru, o PIC --uma unidade do tamanho de um livro grande e equipada com disco rígido de 10 gigabytes, chip AMD Geode, sistema operacional Windows CE e monitor de 15 polegadas-- é vendido por 890 reais à vista ou em 36 vezes de 39,90 reais, informaram executivos da AMD e da FIC.
O preço à vista é 36,4 por cento menor do que os 1.400 reais do valor máximo do computador proposto pelo governo federal --equipado com HD de 40 gigabytes e sistema operacional livre -- na iniciativa PC Conectado de inclusão digital.
Apesar do preço baixo, os executivos presentes no anúncio não divulgaram expectativas de vendas. O presidente da FIC no Brasil, Luciano Lamoglia, justificou a cautela no lançamento do produto: "Estamos apalpando o mercado. Estamos cautelosos porque estamos estudando o produto e o mercado há pelo menos um ano e não queremos cometer erros."
Já o vice-presidente de Marketing e Vendas para a América Latina da AMD, José Antonio Scodiero, afirmou que o PIC explora um mercado novo de pessoas que ainda não acessam a Internet no país por falta de renda para terem um computador tradicional.
"O potencial (do produto) é fantástico, mas nesse momento os fatos são esses", disse Scodiero sobre distribuição inicial do PIC apenas em Bauru e no Mato Grosso e não em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Ele espera que o produto comece a ter uma distribuição "para todo o mercado" até o final do ano.
Fonte: Agencia Reuters
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