19 de outubro de 2006

O PT é Ana Júlia, é Sarney, é Lula!!!!!

"MP deixa Ana Júlia falando sozinha

Hospital Sarah

Ministérios públicos Federal e Estadual negam que tenham ajuizado ações

O Ministério Público - tanto o Federal como o Estadual - desmentiu taxativamente, ontem, a candidata ao governo do Estado pela coligação Frente Popular Muda Pará, Ana Júlia Carepa (PT). Em seus discursos de campanha, inclusive os veiculados no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, ela tem afirmado que o hospital da Rede Sarah em Belém, muito embora com obras físicas inteiramente concluídas, ainda não pode funcionar porque os ministérios públicos Federal e Estadual ajuizaram ações embargando o empreendimento. Ambos os MPs confirmam que chegaram a instaurar procedimentos administrativos - apuração interna que precede o ajuizamento de ação -, mas até agora, pelo menos, não acionaram o Poder Judiciário.
O promotor de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do MP do Pará, Benedito Wilson Sá, disse ontem que em 2004 o Ministéiro Público recebeu abaixo-assinado dos moradores do bairro da Pratinha - local onde o Sarah está construído. O abaixo-assinado informava que o hospital ocupa razões. Uma delas era a de que o hospital estava localizado bem no cone de pouso e decolagem de aeronaves, ou seja, área propícia a acidentes aéreos. Além disso, como os aviões passam em baixa altura sobre o hospital, o ruído poderia desestabilizar o funcionamento do Sarah.
Outra razão levantada pelos moradores está relacionada à proximidade do terminal petroquímico de Miramar. Afirmam que a distância entre tanques de combustíveis e o hospital é inferior a 200 metros. Outro motivo é um igarapé, poluído, que passa ao lado do hospital. Os moradores alegaram que só há uma via de acesso, ou seja, pela rodovia Artur Bernardes, que está esburacada e, à noite, apresenta pouca iluminação.
'Diante de todas essas razões, o MPE não teve escolha e instaurou um procedimento administrativo e investigatório. Fomos verificar a denúncia e pedimos ajuda à Aeronática e para os engenheiros da UFPA (Universidade Federal do Pará). Passaram-se dois anos e ninguém nos deu uma resposta', disse o promotor Benedito Wilson Sá. Ele esclareceu ainda que a UFPA e Aeronática foram acionadas outras vezes, mas não deram respostas. 'Por conta dessa dúvida, o MPE não entrou com nenhuma ação solicitando a paralisação da obra. No entanto, se a UFPA e a Aeronáutica tivessem comprovado o que foi dito no abaixo-assinado, aí sim teríamos embargado a obra', afirmou o promotor Benedito Wilson Sá.
A Procuradoria da República no Estado disponibilizou em sua página na internet (http://www.prpa.mpf.gov.br/noticia/noticia.php) uma nota à Imprensa afirmando que, 'ao contrário do que foi citado pela coligação Frente Popular Muda Pará (PT, PC do B, PSB, PTN e PRB) em propaganda eleitoral, o Ministério Público Federal (MPF) não moveu qualquer ação para embargar as obras do hospital da Rede Sarah em Belém'.
A nota diz ainda que, 'ano passado, o Ministério Público Estadual enviou ao MPF informação de que o hospital havia sido construído em área imprópria para hospitais. Desde então, o MPF vem colhendo informações de órgãos governamentais e acadêmicos sobre os supostos riscos referentes à inadequação da localização do hospital. Até o presente momento, a investigação não chegou ao seu fim e, por isso, o MPF não pode fazer qualquer tipo de afirmação sobre o caso. Como é costume da instituição, o MPF só moverá ação se e quando houver provas suficientes para tanto'.
Programa lembra Superzona e critica 'gentileza' de candidata a Sarney
A presença do senador José Sarney (PMDB-AP) no palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da senadora Ana Júlia Carepa, no comício realizado em Belém, na segunda-feira à noite, acabou trazendo para o centro da campanha estadual no Pará, como uma bomba de efeito retardado, o episódio da Superzona Franca da Amazônia. O projeto, apresentado há cerca de dez anos pelo hoje senador amapaense - mas com origem política no Maranhão -, foi aprovado pelo senado no final de 2005, com o apoio da senadora que hoje disputa o governo do Estado pela legenda do PT. Na época, Ana Júlia se retirou do plenário para não votar contra a proposta, que excluía dos seus benefícios única e exclusivamente o Pará, entre todos os Estados que integram a Amazônia.
O caso foi trazido novamente à tona no horário de propaganda eleitoral da União pelo Pará, a coligação suprapartidária que tem como candidato ao governo Almir Gabriel, do PSDB. No seu programa veiculado anteontem à noite, e reprisado ontem durante o dia, a coligação pró-Almir bateu pesado na candidata do PT. 'Ana Júlia pede oportunidades a você. Mas quando o Pará precisou de Ana Júlia para crescer e gerar empregos, ela não estava lá. Ficou contra o Pará, contra a nossa gente, e a favor dos Estados vizinhos, excluindo nosso Estado da Superzona Franca', disparou.
A produção exibiu imagens do plenário do Senado por ocasião da votação do projeto, assinalando primeiro um círculo vermelho em volta de Ana Júlia e a seguir uma seta apontando a sua poltrona vazia depois que ela já se retirara para não votar contra a proposta. 'Veja', completou o programa eleitoral da coligação de Almir Gabriel. 'Ana Júlia saiu do plenário quando o Senado aprovou a criação da Superzona Franca, beneficiando todos os Estados do Norte, com dezenas de indústrias e geração de milhares de empregos, excluindo somente o Pará. Teve oportunidade de ajudar o Pará pelo menos votando contra, mas não fez nada'.
A seguir, entrou em cena o apresentador para dizer que a própria Ana Júlia confirmou o motivo de sua ausência. Em vídeo, apareceu a senadora, com a seguinte declaração: 'a pedido do governo, digamos assim, eu me abstive, né?' Aí voltou o apresentador, para dar mais força à acusação: 'Como assim, senadora?' E novamente apareceu o vídeo com a declaração de Ana Júlia, reiterando sua ausência da sessão a pedido do governo.
Com entrada do apresentador em off, o programa da coligação União pelo Pará exibiu um recorte de jornal em que o então presidente do PT, José Genoíno (mais tarde abatido pelo escândalo do mensalão), declarou, em defesa de Ana Júlia, que ela se absteve de votar contra o projeto para 'fazer uma gentileza política'. Completando, o apresentador voltou a atacar a atitude da senadora: 'O presidente do PT, José Genoíno, explicou o fato de Ana Júlia votar contra o Pará. Genoíno disse que Ana Júlia fez uma gentileza política ao autor do projeto, senador José Sarney'.
Reiterando a declaração de 'gentileza' ao senador José Sarney, o programa assinalou que, com a exclusão do Pará, houve uma reação da nossa bancada na Câmara dos Deputados, que, com muita luta, conseguiu incluir três municípios paraenses na Superzona Franca: Santarém, Almeirim e Barcarena. 'E veja o que ela (a candidata do PT) fez', assinalou o programa, exibindo a seguir outro vídeo com Ana Júlia. 'Agora eu quero dizer que eu vou trabalhar para que esse projeto seja rejeitado, e não para incluir o Estado do Pará', disse ela.
Exibindo, logo em seguida, imagens do comício realizado anteontem, com Ana Júlia e José Sarney no mesmo palanque, o apresentador completou: 'E agora, veja quem veio retribuir a ‘gentileza’ de Ana Júlia. Veja as imagens. Ele mesmo, José Sarney. De corpo presente, lado a lado no mesmo palanque. Os equipamentos do Hospital Sarah de Belém foram para a terra do Sarney. Lá, o Sarah já está funcionando. Pra completar, o Pará ainda foi tirado da Superzona Franca. E agora, Ana Júlia recebe o apoio e o ‘agradecimento’ do Sarney'.
No texto final, o programa da União pelo Pará buscou fulminar, uma vez mais, a candidata do PT. 'O que foi mostrado aqui são as palavras e imagens da própria candidata. O povo do Pará lhe deu mais uma oportunidade, elegendo-a para o Senado. Mas Ana Júlia, assim como fez com o Hospital Sarah, trabalhou contra o Pará no caso da Superzona Franca. Para o Maranhão, o Amapá, o Sarney, ela dá ajuda. Faz gentilezas... Mas para o Pará e os paraenses, que lhe deram o mandato e que ela devia defender, nada... Afinal, que mudança é essa que Ana Júlia quer para o nosso Estado?'

Está em "O Liberal" de hoje, é a mesma história...

2 comentários:

Al Berto disse...

Viva:

É a podridão total das mentes.
O povo esse, ignorante e ignorado, vai "pastando" guiado pelo seu "profeta".

Passa um óptimo fim de semana.
Um abraço,

Saramar disse...

Luiz, que história vergonhosa!
A eleição continuada de pessoas deste nível só é possível porque a maioria da população vive na ignorância total.

E o PT, hein? E seus integrantes "éticos"... onde estão? Quando o foram se desde sempre estão aliados a coronéis?

É de dar náuseas.