Aos 10 anos de idade, mudou-se com a família para Campina Grande, na Paraíba. Aos 17, foi estudar no Recife. Começou a cursar faculdade de Medicina em 1936 e, no 3º ano, teve o seu primeiro contato com o rádio ao dar uma palestra sobre alcoolismo.
Interrompeu os estudos e foi para o Rio de Janeiro, onde se tornou locutor na Rádio Tupi. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo Chacrinha Barbosa.
Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. Dois anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo.
Alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais apresentava-se com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?" e "Quem não se comunica, se trumbica!".
Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas, que faziam coreografias bastante simples e ingênuas para acompanhar as músicas. Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fernanda Terremoto, etc. Apesar de vestidas de forma decorosa e rigorosamente acompanhadas pelo apresentador que lhes vedava, por exemplo, encontraram-se com fãs, elas fizeram parte do universo erótico de gerações de espectadores do programa.
Anualmente, lançava em seu programa uma marchinha para o Carnaval.
Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano.
Faleceu de infarto aos 72 anos, no Rio de Janeiro.
Chacrinha foi o maior comunicador do rádio e da televisão brasileira. E do bacalhau também.
É o autor de expressões que se popularizaram por todo o Brasil, como "Quem não se comunica, se trumbica!", "Eu vim para confundir e não para explicar", bordões como "Terezinhaaaaaa...." e da nossa predileta: "Vocês querem bacalhau?". E jogava o bacalhau para a platéia, ou o pepino, ou o abacaxi, não importava.Chacrinha era festa, alegria, o máximo. Seus programas eram cheios de calor humano e divertidíssimos. O povo o amava e não se esquece do Velho Guerreiro "balançando a pança e comandando a massa"(Gilberto Gil - Aquele Abraço).
Um comentário:
Publiquei uma frase do velho guerreiro na seção "Citação" do AZIMUTH. Veja em:
http://azimuth.zip.net/arch2005-11-20_2005-11-26.html#2005_11-24_08_20_01-2154971-3
Abraços!
N. Cotrim
Postar um comentário