8 de janeiro de 2006

Mau caráter. Desrespeitou a torcida que o escolheu como ídolo.



Jonílson já está no Cruzeiro
Cabeça-de-área desdenha da sua passagem pelo Botafogo e deixa Carlos Roberto revoltado



Jonílson mostra com "orgulho" o escudo do Cruzeiro, como fez em diversas oportunidades com o do Botafogo


Após a queda-de-braço entre o técnico Paulo César Gusmão e o vice-presidente de futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, e um dia depois de obter a liminar que o desvinculou do Botafogo, o cabeça-de-área Jonílson, de 27 anos, assinou contrato com o Cruzeiro por dois anos (com opção de renovação por mais três) e será o novo substituto do chileno Maldonado. “Agora, no Cruzeiro, vou realizar o sonho de jogar por uma grande equipe”, afirmou Jonílson, revelado nas categorias de base do Volta Redonda.
Ao tomar conhecimento dessa declaração, o técnico do Botafogo, Carlos Roberto, respondeu à altura: “Jonílson foi bastante infeliz. Ele já tem 27 anos e não sabe a história do Botafogo. E foi ingrato com o clube que o projetou para o futebol. Mas não tem importância, pois existem na sua posição muitos jogadores melhores do que ele.”
A polêmica transação teve um capítulo no Tribunal, já que os dirigentes alvinegros acusam os mineiros de terem aliciado o jogador, que move desde novembro contra o Botafogo, clube com o qual tinha compromisso até 2008, uma ação na Justiça do Trabalho reivindicando a liberação de seus direitos econômicos e federativos.
Jonílson revela que havia uma opção do Botafogo de prorrogação do contrato, que não foi exercida em razão do atraso no depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e obrigações previdenciárias: “Infelizmente, houve isso sim e optei por defender o Cruzeiro.”
O jogador foi derrotado em primeira instância, mas o julgamento definitivo da ação está marcado para o próximo dia 19, na Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. O vice jurídico do clube, Vantuil Gonçalves, garantiu que vai tomar as medidas cabíveis para cassar esta liminar que o cabeça-de-área obteve, sexta-feira passada — através do advogado Paulo Reis (vice-jurídico do Vasco) —, a fim de que pudesse deixar o Botafogo.
“Se Jonílson está sob o efeito desta liminar, pode fazer isso. A questão é que, se conseguirmos cassá-la, que é o que a gente espera, depois ele vai ter de se reapresentar ao Botafogo”, disse o advogado.

Jornal dos Sports

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