4 de maio de 2006

Petrobrás não tem seguro contra risco

Os investimentos da Petrobrás não são cobertos por seguro de risco político nem na Bolívia nem em nenhum dos outros 17 países onde a estatal brasileira atua. Este leque inclui desde nações sul-americanas em processo de mudança de regime político até países do Oriente Médio em constante conflito, como o Irã e Líbia, passando pelos africanos, como Angola e Nigéria.

O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, alega que, apesar da falta de cobertura do seguro, a empresa está garantida por acordos comerciais bilaterais. 'Há um tratado de garantia de investimentos entre a Bolívia e a Holanda', disse. A Petrobrás Bolívia é gerida por uma subsidiária holandesa, a Petrobras Netherlands (que cuida dos ativos da empresa no exterior). Por isso, a Holanda poderá ser um foro de arbitragem, em caso de quebra de contratos.

O diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, disse que a empresa não contrata seguro contra risco político porque isso inviabilizaria os investimentos. No Brasil, nenhuma grande empresa adota este tipo de seguro, que começa a ser avaliado pela Companhia Vale do Rio Doce. Nos Estados Unidos e na Europa, porém, a medida é bastante comum, principalmente para investimentos em países do Terceiro Mundo. Segundo o diretor de Trade Credit da seguradora AON, Phillip Krinker, uma apólice deste tipo para ativos em países latino-americanos, está cotada hoje entre 0,5% e 2% do total dos ativos. Agência Estado

Não existe uma cultura securitária no Brasil, ainda pensamos que é uma despesa desnecessária e cara.
Na realidade é a prevenção contra a incerteza.

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