Sinceramente, andava sem esperanças, especialmente, depois de ler os relatórios de avaliação do Ministério da Educação que, mostrando adolescentes com sete ou oito anos de escola, não conseguem entender o que lêem e não dominam as operações da aritmética elementar.
Na mesma linha, a Unesco publicou um relatório indicando que o Brasil está muito mal em matéria de qualidade de ensino. 'Frequentar a escola é importante, mas não o suficiente, diz o documento. É preciso que as escolas ofereçam educação de qualidade, capaz de formar cidadãos autônomos com habilidades para enfrentar sociedades baseadas no conhecimento. Em suma, a qualidade é o coração da educação´ (Relatório Unesco, 2005).
Os dados trazidos pelo professor Chalita vão na direção da esperança. Eles mostram as ações do governo de São Paulo voltadas para melhorar a qualidade do ensino. Dentre elas, têm destaque: 1) as bolsas de estudo no valor de R$ 720,00 para os professores realizarem cursos de mestrado porque todo ele tem diploma universitário, o que é um grande feito no Brasil; 2) o pagamento de 50% do preço para adquirirem seu computador pessoal; 3) equipamento de todas as escolas da rede pública com recursos da informática com amplo acesso aos alunos.
Inúmeros resultados positivos foram citados pelo secretário. O que mais me impressionou é o da evasão escolar da primeira à quarta série que, em São Paulo, é de apenas 1%. Isso prova que as crianças são matriculadas e completam a escola (Gabriel Chalita, 'Revolução sob Impasse´, Estado, 23/11/2004).
A prioridade escolhida foi a do ensino médio, o que faz todo o sentido em um Estado como São Paulo onde, há vários anos, matriculam-se todas as crianças no ensino fundamental. Bem diferente é a estratégia do governo federal que, apesar da grave situação do ensino médio, concentra a maior parte dos recursos nas universidades.
A sociedade moderna não dá espaço para pessoas deseducadas ou mal preparadas. As exigências da cidadania e do mercado de trabalho são crescentes. Só com uma educação de boa qualidade se consegue formar seres humanos que conduzam bem suas vidas e contribuem para o progresso econômico e social da nação.
Anne Jullema, representante da Unesco na campanha pela melhoria da qualidade do ensino é enfática: 'é preciso ter seriedade no trato da educação. Se quisermos ajudar a montar escolas de qualidade é preciso levar em conta a necessidade de qualificar professores e de, em muitos lugares, pagá-los melhor´. Essa é a principal prioridade. Não há boa escola sem bons professores. É a lição do bom senso que, oxalá venha a ser adotada em todo o Brasil.
Excelente propositura de nosso secretário Gabriel Chalita. Parabéns!
Antônio Ermírio de Moraes, escrito em 28/11/2004
Sessão nostalgia....
Um artigo de um Brasileiro que tenho muito respeito e admiração.
2 comentários:
Pois é infelizmente ñé do interesse de alguns q o povo seja pense.
Acho q ai esta a minha maior motivação para estar afzendo historia e lecionar futuramente.
best regards, nice info
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