30 de maio de 2006

Voltaire

François-Marie Arouet (21 de Novembro de 1694, Paris - 30 de Maio de 1778, Paris), mais conhecido pelo pseudónimo Voltaire, foi um poeta, ensaísta, dramaturgo, filósofo e historiador iluminista francês.


"Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas."

"Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas."

"Que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos, cuido eu."

"Todo aquele que desconfia, convida os outros a traí-lo."

"O segredo de aborrecer é dizer tudo."

"Todo o homem é culpado do bem que não fez."

"As paixões são como ventanias que enfunam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveria viagens nem aventuras nem novas descobertas."

Educado num colégio de jesuítas, desde jovem se proclama livre pensador. Poeta e satírico brilhante, Voltaire distingue-se nos salões parisienses, mas a sua actividade panfletária dirigindo versos contra o Regente de França, Filipe duque de Orleães, leva-o a ser detido na Bastilha (1717). Em onze meses de prisão conclui a sua primeira tragédia, Oedipe (levada à cena no ano seguinte) e inicia um poema épico sobre Henrique IV. Este seria publicado anonimamente em Genebra com o título de Poème de la ligue (1723).
Na sequência de um duelo com um membro da nobreza, o fidalgo Rohan, Voltaire é novamente preso na Bastilha. É liberto ao fim de duas semanas, mas compromete-se a sair de França; ruma então a Inglaterra em 1726.
Aí permanecendo até 1728 ou 1729, faz amizade com os escritores Pope e Swift, familiariza-se com a língua inglesa e com o pensamento de Isaac Newton, publica ensaios sobre Poesia e História e torna-se admirador do sistema político britânico.
De volta a França prossegue a actividade literária e publica Henriade (1728-30), Histoire de Charles XII (1731), Zaire (1732), Temple du Goût e Lettres philosophiques 1734), de exaltação do sitema liberal inglês e a condenação do despotismo. Esta última obra, a mais importante deste período, obrigou novamente Voltaire a deixar Paris e a refugiar-se intermitentemente em Cirey, no ducado da Lorena, onde gozou da hospitalidade de madame du Châtelet até à morte desta em 1751. Este foi um período de intensa produção literária. Com Mondain (1733) há nova necessidade de fuga, desta vez para a Holanda, onde publica Eléments de la Philosophie de Newton (1738) e onde passa a corresponder-se com Frederico da Prússia. O êxito obtido com Mahomet (1741) e Mérope (1743), aliado à boa influência de Madame de Pompadour, passa a servir Luís XV em missões na Prússia, é designado historiador do reino e é eleito membro da Academia francesa em 1746.
Muda-se para Potsdam em 1751, onde desempenha o cargo de camarista e guia literário de Frederico o Grande. Mas incompatibiliza-se com o rei da Prússia em 1753 e leva uma vida errante até 1755, ano em que se estabelece numa propriedade que baptiza Délices, próximo de Genebra. Em 1756 publica La loi naturelle, Le désastre de Lisbonne e Essai sur les moeurs. Em 1759 o conto filosófico Candide, seguindo-se Traité sur tolérance (1760), Dictionaire philosophique (1764).
Regressou a Paris em 1778, ano em que morreu. Que tragédia...


Pensamento
A razão de sua celebridade, são as suas obras literárias e filosóficas. Os seus textos são caracterizados pela leveza de linguagem, fugindo de qualquer tipo de grandiloquência. Mestre da ironia, utilizou-a como arma superior do indivíduo civilizado para atingir os seus inimigos, frequentemente por ele parodiados, demonstrando em todos os momentos um finíssimo sentido de humor.
São conhecidas as suas divergências com Montesquieu sobre o Direito dos povos à guerra. E Voltaire não vê oposição entre uma sociedade alienante e um indivíduo oprimido, ideia defendida por Rousseau, mas antes crê num sentimento universal e inato da justiça, que tem que observar-se nas leis de todas as sociedades. A vida em comum exige uma convenção, um contrato social para preservar o interesse de cada um. O instinto e a razão do indivíduo levam-no a respeitar e promover tal pacto. O propósito da Moral é ensinar-nos os princípios desta convivência frutífera. O trabalho do homem é tomar o seu destino nas suas mãos, melhorar a sua condição mediante a ciência e a técnica e dar beleza à vida através da Arte.
A sua filosofia prática prescinde de Deus, ainda que Voltaire não seja ateu; porém, como o relógio pressupõe o relojoeiro, o universo implica a existência de um "eterno geómetra" (Voltaire é teísta). No entanto, não crê na intervenção divina nos assuntos humanos e denuncia o providencialismo em Cândido. Onde muitos críticos percebem o ataque irreverente - e mesmo distorcido - ao pensamento de Leibniz.
Viveu como um fervoroso opositor da Igreja Católica que, segundo ele, era um símbolo da intolerância e da injustiça. Por esse motivo pode ter sido incapaz de fazer justiça ao Cristianismo. Mas revelou em 2 de março de 1778, em contrapartida à sua postura ideológica acerca da Igreja, sua profissão de fé à religião Católica, em um texto assinado por ele mesmo, publicado no tomo XII da revista francesa Correspondance Littérairer, Philosophique et Critique (1753-1793), nas páginas 87-88. Neste texto, o pensador francês pede perdão a Deus pelas faltas cometidas e por ter escandalizado a Igreja por anos. Empenhou-se, também, na luta contra os erros judiciais e na ajuda às suas vítimas. A burguesia liberal e anticlerical fez dele seu ídolo. Se por algum motivo Voltaire ficou na História, foi por ter-nos proporcionado o conceito de tolerância religiosa e por ter legado uma impressionante obra literária a um só tempo crítica e satírica. Dentres os muitos autores influenciados por Voltaire encontram-se Machado de Assis e Lima Barreto. Foi um incansável lutador contra a intolerância e a superstição e sempre defendeu a convivência pacífica entre pessoas de diferentes crenças e religiões.

Fonte: Wikipédia
Foi capaz de rever seus conceitos e declará-los publicamente...

3 comentários:

Kafé Roceiro disse...

Voltaire foi um grande nome, um grande lutador pelos seus ideais!
Belo texto.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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