9 de dezembro de 2005

Gostei, muita criatividade...

Recebi com satisfação o livro O candiru do Madeira, dois anos e 1/2 tapando buracos (sem mala e mensalão) criação do Sued Pinheiro e Silvio Persivo, uma coletânea de publicações no jornal "Alto Madeira" de Rondônia, um dos mais antigos do Brasil.

Ao abrir o pacote e ver o livro, fiquei surpreso com um buraco no livro, na parte direita baixa, vazando todo o livro. Custou um tempinho para cair a ficha e aí é o motivo do meu comentário. A criatividade da dupla. Vocês sabem o que é um candiru?

Candiru: peixe da região amazônica: Ordem Siluriformes ; Família Trichomycteridae e Gênero Plectrochilus (veja aqui)

Como são peixes que vivem cercados por dúvidas e mitos, histórias de ataques a mamíferos causam preocupações, principalmente quando a vítima é um ser humano. A periculosidade do Candiru justifica-se pelo fato de penetrarem na uretra de homens e mulheres. Podem entrar no corpo através de outros orifícios, como ânus, vagina, ouvido, boca e nariz, mas todas as vezes que se teve notícia de que Candirus penetraram pessoas, a via de entrada sempre foi a uretra. “Isto se justifica porque se sentem atraídos pela urina, ocorrendo o mesmo quando atacam os demais peixes”, explica Pinna.
Ao urinar na água, a pessoa está dando sinal verde para que o Candiru ataque, pois se sente atraído pela uréia ou amônia. Segundo o especialista, se houver alguma tentativa para retirá-lo da uretra, o Candiru abre os dois dentes (semelhantes a espinhos) que ficam lateralmente nos opérculos, embaixo da cabeça, rasgando o tecido. A única maneira de tirá-lo é através de intervenção cirúrgica. Não é recomendado puxar o peixe. O ideal é tentar impedir que ele penetre mais no corpo e a solução é cortá-lo ou segurá-lo. Uma vez fora da água, o Candiru acaba morrendo.

O buraco no livro foi um dos lances mais criativos que já vi. Forte abraço nos dois, vou ler etilicamente à vontade e curtindo as histórias da terra onde fiz amigos e que tenho muitas saudades.

"O Ministério da Cultura adverte: Ler causa espasmos de inteligência, permanecendo os sintomas continue lendo."

Silvio Persivo e Candiru do Madeira

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