9 de dezembro de 2005

Xampu do Acre faz sucesso entre carecas do mundo, que exigem mais produção

O ex-seringueiro Carlos Pinto, 51 anos, pai de quatro filhos e que mora em sua colônia às margens do igarapé Esperança, em Tarauacá, continua chamando a atenção de carecas de todo o mundo por haver criado uma combinação de nove ervas que faz nascer cabelos em suas calvas.
Na fábrica construída às pressas na Vila Corcovado ele comanda uma equipe de nove pessoas que trabalham diariamente para produzir cinco mil frascos de 250 miligramas do Xampu Esperança. "Nunca esperei descobrir uma coisa dessas, é um sonho, quanto a gente produz é o quanto vende e nem dá para atender todos os pedidos, por isso mesmo, a partir de janeiro vamos dobrar nossa produção para dez mil frascos de xampu, por mês".
Mais do que comerciante, Carlos Pinto que um dia já foi careca e começou a recuperar sua cabeleira, que ainda nem está completa, afirma: "As vendas vão muito bem, com dois dias da flora compraram tudo, tive de pedir uns frascos emprestados para não ficar sem nada. Mas minha satisfação mesmo é quando as pessoas chegam contando que a caspa sumiu, que os cabelos deixaram de cair e outros animados com os cabelos que estão nascendo. Gosto de saber que estou deixando as pessoas mais felizes".
Ele recorda que para cada pessoa o xampu parece funcionar de modo diferente. "No meu caso, o pessoal começou a notar a diferença quando já fazia uns seis meses que eu estava usando. Sempre passo xampu na cabeça e espero uns dez minutos antes de tomar banho para tirar o excesso".
Carlos Pinto terceirizou a venda dos frascos e decidiu que vai cuidar da produção, até porque não contou a fórmula do xampu nem mesmo para a esposa.
O sucesso do produto atraiu a atenção de vários empresários de todo o Brasil, a maioria deles querendo comprar a formulo e, em alguns casos propondo sociedade para montar a fábrica de xampu. "Muitos ligaram com conversa mole, mas cinco deles foram até Tarauacá a fim de comprar a fórmula do xampu. Eu respondi pra eles que quem vende fórmula morre de fome. Vou trabalhando do meu jeitinho porque sei que chego lá".
É o primeiro produto acreano a ser vendidos para todo o Brasil, Japão, Portugal, Estados Unidos e até para Israel. "A partir de janeiro estaremos produzindo dez mil fracos por mês, preciso juntar os R$ 325 mil necessários para montar a minha fábrica. Quando ela estiver pronta vamos dar 12 empregos. O governador Jorge Viana e o senador Siba prometeram me ajudar, mas enquanto a ajuda não chega eu vou trabalhando como sempre fiz na vida".

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