21 de junho de 2006

Jaguar vai devolver a medalha Pedro Ernesto

O cartunista Jaguar, colunista do O DIA, vai devolver nesta quarta-feira a medalha Pedro Ernesto, que recebeu da Câmara de Vereadores.
Confira a coluna de Jaguar desta quarta-feira:

"Como poucos sabem, sou fissurado em morangos e aspargos. Guardo no meu arquivo tudo que se publica sobre essas rosáceas e liláceas. Li avidamente os relatos dos 550 coleguinhas que foram cobrir a Copa. Todos, sem exceção, naquelas aldeias de esdrúxulos nomes teutônicos que hospedaram a seleção, só falavam nisso nos dias que antecederam os jogos. Depois foram as bolhas no pé de Ronaldo Fenômeno, também assunto interessantíssimo. Os consagrados Armando Nogueira e Tostão e outros luminares da crônica esportiva que me desculpem, mas a Cora Ronai arrebentou a boca do balão.
Parabéns para o editor genial que a convocou para ver o primeiro jogo de futebol de sua vida nesta Copa na Alemanha.
Hoje (ontem) continua no alto do pódio, enquanto Alemanha e Equador se enfrentam, curto sua coluna com informações fundamentais. Por exemplo, xampus e cremes devem ser comprados sempre no local ondese está, nunca traga na sua bagagem.
E agora, mudando de assunto, hoje, quarta, às três horas da tarde, vou devolver a medalha Pedro Ernesto que a Câmara de Vereadores me deu. Se é que tem alguém trabalhando lá a essa hora. Desconfio que o Ancelmo Góis tem um olheiro no Bracarense. Falei de sacanagem no boteco que me recusava a ser colega de medalha do Roberto Jefferson, a notícia saiu no dia seguinte na coluna dele.
Coisa parecida aconteceu quando joguei ovos na Academia Brasileira de Letras no dia da posse de Roberto Campos. Depois que o presidente da ABL disse “Jaguar é covarde, não vai fazer isso”, Ancelmo publicou e lá fui eu, “pressionado pela mídia”, como Ronaldo Fenômeno, aliás Fenô, porque não está jogando nem metade do que sabe.
Aluguei no Mundo Teatral um fardão de imortal, troquei de roupa no Vilarinho e, depois de tomar algumas doses para espantar a covardia, joguei meia dúzia de ovos nas paredes do vetusto prédio, devidamente cozidos para não emporcalhar mais ainda a cidade.
E por falar em sacanagem, pô, Bussunda!"



Esse é meu ídolo, etílicamente responsável pela limpeza da cidade... ovos cozidos!


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