9 de junho de 2006

O ENCANTO DAS RUAS ENFEITADAS

A capacidade de um povo, sua beleza, sua fortaleza é possível se ver de muitas formas. E, no Brasil, por mais que as elites sejam muitos más, como diz com conhecimento de causa Cláudio Lembo, o povo é antes de tudo um forte, um bravo, um resistente, um adepto da esperança e da alegria. É o que, com prazer, constato ao ver as ruas sendo enfeitadas para a Copa do Mundo. Unem-se todos: homens, mulheres, crianças, velhos, jovens, empregados e comerciantes; brancos, negros e amarelos num só ato de fé verde-amarelo em torno da seleção brasileira. Cada um faz uma parte. Uns gastam seu dinheiro, outros entram com o seu trabalho. Outros apenas com os palpites, nem sempre adequados, mas que trazem o motivo para uma piada, ou uma palavra, que anima o ambiente. No fim tudo se ajeita e as ruas vão ficando bonitas, adquirindo o ar de festa, esperando pelos gols que, se espera, hão de vir.

A simplicidade de algumas improvisações, com suas bandeirinhas de festa junina, que torna a rua quase um arraial de São João, traz consigo um sonho coletivo que alimentamos, no fundo infantil, bobo, de sermos hexa campeão. Hexa campeão! O mágico título que, certamente, irá mudar pouco nossas vidas, porém que enfeixa uma forte vontade coletiva em nome da qual, temporariamente, se esquece tudo, se adiam os anseios individuais ou grupais em favor da pátria real de todos, a pátria de chuteiras. Nada de repente parece tão importante. De lado estão todos os males que nos afligem, criminalidade, corrupção, falta de dinheiro e de horizontes, todos os sonhos que nos movem, o desejo de fortuna, sucesso e de amor se rendem ao projeto conjunto do Brasil de ser campeão do mundo de futebol.

Pode parecer estranho, mas não é. O futebol, de alguma forma, nos oferece, mesmo não deixando de ter as mesmas doenças da sociedade, de quatro em quatro anos, o sonho comum de sermos uma nação, enfim, de termos um projeto que, por um passe de magia, une a todos superando até mesmo a indiferença dos que vêem o jogo como uma tolice de vinte dois homens correndo atrás de uma bola. O futebol solidifica o país. Oferece, nem que seja por um período breve, a experiência da unidade, da solidariedade, da beleza irmã que se veste de verde e amarelo e sofre, espera, torce e grita gol solidária na mesma emoção. Por esta razão ao ver, muitas vezes, a simplicidade de certos desenhos, os enfeites simples, porém criativos, as bandeirinhas verde-amarelas de São João esparramadas pelas ruas, não consigo evitar um sentimento de brasilidade, de orgulho mesmo. É um orgulho besta, é claro. Porém, em tempos assim, ser brasileiro parece uma dádiva sem par. Como se fosse a única chave possível para o mundo encantado que é este país, apesar de todos os males.

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Começou a Copa!!!!
Aproveito o texto do Silvio Persivo escrito em gentedeopinião.com para entrar definitivamente no clima da Copa.
Brasil mais uma vez campeão..... Assim esperamos.
Cervejas geladas, tira-gostos no ponto e cada um com suas manias, superstições e demais auxílios do sobrenatural.
Zagallo está preocupado com suas combinações de palavras que tenham 13 letras.
Descobri que:
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"Brasil Campeão" tem as 13 letras.
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"Brasil sem Lula", também.
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Viva o Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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3 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Infelizmente, Luiz Carlos, não vejo tanto "otimismo" como em outras "Copas". O povo está meio macambúzio, sorumbático, pachorrento, lerdeador e, até certo ponto, levantadiço.

É a minha observação. O que vc acha?

Kafé Roceiro disse...

Pra ser perfeito. Brasil Ganha, Lula perde. Tô contigo e não abro!

Saramar disse...

Você é perfeito e junto com Silvio fica imbatível!

Beijo