22 de junho de 2006

Simpatias, é hora de acreditar...

Festa Junina tem que ter simpatia, não é verdade? No Pará, a Feira do Ver-o-Peso é um dos lugares prediletos para quem aposta nas crenças populares. Mas até na literatura as simpatias são encontradas. O Dicionário do Folclore Brasileiro, de Luís Câmara Cascudo, traz algumas delas. Câmara Cascudo, escritor e folclorista, nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 1898 e faleceu na mesma cidade, em 1986. É um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil. E é através da pesquisa dele, que reunimos algumas das simpatias mais realizadas pelo nosso povo.

Um chute do destino
Coloque duas agulhas em uma bacia d’água. Se elas se juntarem, indicam casamento. Escreva em papeletes os nomes de várias pessoas. Enrole os papéis. Depois coloque-os numa vasilha com água; o papel que amanhecer desenrolado indicará o nome da noiva ou noivo.

Banana e casamento
Introduza uma faca virgem numa bananeira. Depois disso, você tem que voltar pra casa sem olhar para trás. No dia seguinte, aparecerá na faca a inicial da noiva ou do noivo. Se não tiver nada, paciência: não vai ter casamento.

Será que vai ser um coroa?
Passe um ramo de manjericão na fogueira e atire-o ao telhado. Se na manhã seguinte o manjericão ainda estiver verde, o casamento é com moço. Se murchar, é com velho.

Água suja, água limpa
Separe três pratos: um sem água, outro com água limpa e outro com água suja. Quem faz a experiência aproxima-se com os olhos vendados e põe a mão sobre um deles; o prato sem água não dá casamento; o de água suja indica que o casamento será com um viúvo, e o de água limpa, com solteiro.


Frio na espinha
Ponha uma bacia ou tigela com água e olhe para dentro, rezando a Salve Rainha; deve aparecer a imagem do seu futuro par. Se nenhuma imagem aparecer, é porque você morrerá neste mesmo ano. Pode-se também fazer a experiência olhando para o fundo de uma cacimba.


Aliança bate-bate
Passe sobre a fogueira um copo virgem contendo água. Depois amarre a aliança de uma mulher casada enrolada em um fio de cabelo. Reze uma Ave Maria. Tantas são as pancadas dadas pelo anel nas paredes do copo quanto os anos que o pretendente terá de esperar para se casar.

Nome de mendigo
Ponha uma moeda na fogueira e, no dia seguinte, a recolha, entregando ao primeiro pobre que aparecer. O nome do pobre é o nome do noivo.



Vamos sair do caritó, gente...
Oportunidade de dar mais um tiro na macaca!

Um comentário:

Kafé Roceiro disse...

Será que não tem uma reza pra tirar corrupto do governo, não?