8 de outubro de 2005

Te vejo hoje na Chiquita


A festa mais irrevente da quadra nazarena premia o Veado de Ouro no Bar do Parque

Quem não for, ou está morta ou operada. O aviso é do artista multimídia e performer Eloy Iglesias a quem não comparecer à tradicional Festa da Chiquita, hoje à noite, no Bar do Parque. Classificada por ele como o “grande censo cultural” de Belém, a festa entra no 27º ano de realziação reunindo artistas, jornalistas, formadores de opinião, comunidade GLS e descolados em geral ao som de carimbó e música eletrônica. Como destaques da noite, a entrega dos prêmios “Veado de Ouro”, “Rainha do Círio” e a escolha das melhores drag queens de Belém.
Como tudo na Chiquita, a escolha dos homenageados é meio anárquica. “A gente também tem uma diretoria da festa, mas é totalmente esculhambada. Não tem nada em cartório. Nosso cartório agora é o Iphan, porque está tudo tombado. Até essa coisa da memória foi uma pouco complicado, porque as pessoas que fazem a Festa da Chiquita têm um pouco de amnésia. No outro dia, muitos não querem nem lembrar do que aconteceu”, se diverte Eloy Iglesias.
Eloy Iglesias diz que o povo se encarregou de incorporar a festa à agenda cultural da cidade e do Círio de Nazaré. “O Círio é profano. Não é da igreja, é uma manifestação popular. E ainda é mais profano quando tem uma diretoria civil que toma conta da festa. O Círio não precisa de mídia, não precisa de cartaz. Ele acontece de qualquer jeito porque quem faz o Círio são as pessoas.
A única restrição que ficou foi a de horário. “Não temos hora para começar, mas temos hora para terminar, por um termo de responsabilidade assinado com a DPA (Delegacia de Polícia Administrativa) e com a Ctbel (Companhia de Trânsito de Belém), por causa da procissão do Círio no domingo. A festa termina e as pessoas ficam pelo caminho. São os incluídos na exclusão”, ri.

Fonte: Portal ORM

4 comentários:

spersivo disse...

Luiz,
Fico encantado com sua capacidade de criação! Rapaz só você mesmo com sua herança cari-paraense poderia, neste momento, me fazer ter vontade de estar la´no meio daq

spersivo disse...

Luiz,
Fico encantado com sua capacidade de criação! Rapaz só você mesmo para me fazer sentir, de uma hora para outra, saudades de estar lá no meio daquela bagunça organizada que é o Círio! Falo dele para alguns dos meus melhores amigos, mas eles ficam fazendo perguntas sobre as coisas mais lógicas (pra gente) como a corda, os barcos nas cabeças, os pés nos chãos e só respondo que não dá para entender. tem que se viver o clima lá. De longe olhando as imagens é tudo muito incompreensível, muito caótico. Não se apreende o algo mais que a festa tem, além da boa comida, da alegria e da religiosidade instrínseca. O Círio é um natal carnavalesco! Mágia pura que só o Pará tem! Viva Belém, meu amigo, viva você que sabe gostar do que é bom! Um abraço saudoso! Silvio.

Saramar disse...

Luiz, delícia de post.
Concordo inteiramente com o seu amigo Sílvio a respeito da sua criatividade.
E não é que me deu uma vontade danada de estar no Círio do próximo ano?

Saramar disse...

Oi Luiz, boa noite.
Seu blog está lá na minha lista dos melhores. Não fico mais nem um dia sem visitá-lo e ler tudinho.
Obrigada pelos seus comentários e pela música do Chico (coitado dele...deve estar sofrendo horrores para não se desdizer, hein?)
E quero agradecer a você mais ainda porque, por sua causa, ganhei mais um amigo. E que amigo...um poeta excepcional, lírico, amante, lindo.
Refiro-me ao Sívlio, claro.
Obrigada, querido, por só proporcionar alegrias.
Beijos