26 de outubro de 2005

Tirando o sofá da sala... Culpado é o exame.

26/10/2005 - 18h15
Exame da OAB reprova mais de 80% dos candidatos
Da Redação
Em São Paulo
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (26/10) o resultado final do Exame de Ordem nº 127, realizado nos dias 28 de agosto (primeira fase) e 18 de setembro (segunda fase). Do total de 17.978 inscritos, foram aprovados apenas 3.295, ou seja, 18,32% dos candidatos.
Para o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, o resultado está dentro da média. "Esse percentual supera a aprovação do último Exame (126), que apresentou o pior desempenho já registrado na história das provas, com apenas 7,16% de aprovados".
O Exame de Ordem concede licença para os bacharéis em direito atuarem como advogados. Ele é realizado em duas fases. Na primeira, a prova apresenta cem questões de múltipla escolha e, na segunda, quatro questões práticas e uma peça jurídica.

Proposta
Recentemente, o presidente da OAB SP condenou a proposta encaminhada à Câmara Federal pelo deputado Lino Rossi (PP-MT), sugerindo acabar com o exame e conceder habilitação para advogar a partir de dois anos de estágio em órgãos jurídicos federais.
O projeto não precisa ser votado pelo Plenário para entrar em vigor, basta ser referendado pelas comissões designadas para analisá-lo. "O PL altera o Estatuto da Advocacia e da OAB, autorizando o bacharel em direito a se inscrever nos quadros da Ordem sem prestar o exame, o que traz sério comprometimento à advocacia, em termos técnicos e éticos, uma vez que sem ele não se poderá mensurar a qualificação do bacharel para exercer a profissão. É uma proteção à profissão e aos interesses do cidadão, pois o desempenho do profissional despreparado pode trazer prejuízos ao jurisdicionado e à imagem da Advocacia", diz D'Urso.

Um comentário:

Saramar disse...

Oi Luiz, boa noite.

Duas observações a respeito do post.
1. Ou as faculdades de Direito, em geral, são um desastre, ou a OAB precisa rever os fundamentos da sua avaliação.
Sabemos que há faculdades neste país que são meras fachadas para isenção de impostos e outras falcatruas. Porém, esses índices constantes de reprovação quase total dos candidatos também não é normal.
2. Esse deputado, ou é analfabeto funcional, sei lá como os chamam hoje, ou está legislando em causa própria. Que absurdo esse projeto!

Beijos, tenha uma ótima noite