Sem saber o que fazer com o rapaz envolvido com drogas, homem o entregou à polícia em Nova Iguaçu
Nádima Bonfim
Nádima Bonfim
O laminador desempregado Ronaldo da Silva Cassiano, 43 anos, tomou uma decisão difícil para um pai: denunciar o filho Sérgio Santos da Silva, 18, por tráfico drogas. Na segunda-feira, obrigou o rapaz a acompanhá-lo até a 58ª DP (Posse), em Nova Iguaçu, depois de encontrar dez trouxinhas de maconha que, segundo o pai, o rapaz estava escondendo na casa da família.
Na porta da delegacia, Ronaldo encontrou dois policiais militares e contou o que estava ocorrendo, e eles prenderam o rapaz. Sérgio negou fazer tráfico. Ele alegou ser usuário e que a droga apreendida era para consumo próprio.
Ronaldo desmentiu o filho e afirmou que ele vinha vendendo drogas, numa rua do bairro. Sérgio foi autuado e levado para a carceragem da 52ª DP (Nova Iguaçu).
Drama da família começou há cerca de dois meses
O drama de Ronaldo e a mulher dele, a empregada doméstica Angelita de Jesus Santos, 37 anos, que também está desempregada, começou há aproximadamente dois meses. Ele disse que ouviu comentários, no bairro, sobre o envolvimento do filho com drogas. “Nunca tinha visto nada, mas comecei a observá-lo ”, contou.
No mês passado flagrou o filho com uma trouxinha de maconha. Indginado, Ronaldo chegou a mandar o filho sair de casa, mas voltou atrás depois de três dias. Angelita contou que durante esse período, o filho ia em casa, mas só na ausência do pai, que faz biscates como pedreiro. “Nós conversamos com Sérgio, o alertamos sobre os riscos da atividade. E ele prometeu que não faria mais”, contou a mãe.
Promessa quebrada e novo flagrante com drogas
Menos de um mês depois, a promessa foi quebrada e Sérgio foi flagrado de novo com trouxinhas de maconha, segundo o casal. Os pais voltaram a conversar com ele, que fez nova promessa de mudar. Na segunda-feira, Angelita desconfiou da atitude do rapaz, que tentava esconder uma das mãos atrás das costas. Ela disse que conseguiu segurá-lo e arrancar uma trouxinha de maconha da mão do filho. Quando o marido chegou, Angelita contou o que aconteceu.
Indignado, Ronaldo chegou a bater no filho e ameaçou fazer “uma besteira”, caso ele não o acompanhasse até a delegacia. Angelita concordou com a decisão do marido. Ela disse que Sérgio, o mais velho dos cinco filhos do casal, só estudou até a quarta série do Ensino Fundamental. “Nós insistimos para que continuasse a estudar, mas ele não quis. Arrumou um emprego num lava jato, mas também saiu logo”, lamentou.
Fonte: O Dia On line
2 comentários:
Olá, Luiz, boa tarde.
Sabe, fiquei vendo essa matéria e imaginando o desespero desses pais, o sofrimento deles (ainda mais tão pobres) com as tentativas frustradas de impedir a perdição do filho.
É muito triste. Eu sempre tenho mais pena dos pais que dos filhos marginalizados, a não ser em caso de abandono claro.
Imagine, que dor, entregar seu filho para a polícia, assim?
Ué, cadê vc?
Lembrei-me do Jôka, agora. Desculpe, não é cobrança (risos).
Beijos
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