4 de novembro de 2005

Boêmios, parar tem riscos. Vamos morrer lúcidos...

Bebida alcoólica pode ajudar a manter as funções cerebrais
Reuters
NOVA YORK - Idosos - tanto homens quanto mulheres - com histórico de consumo moderado de bebida alcoólica podem experimentar um declínio mental menor na velhice, em comparação àqueles que quase nunca bebiam. Esta é a conclusão de um novo estudo sobre o consumo de álcool e manutenção da função cognitiva.
- Profissionais de saúde normalmente prestam mais atenção ao abuso e dependência de bebidas alcoólicas. Nosso estudo sugere que devemos considerar também os benefícios potenciais do consumo de doses moderadas - comentou o autor do estudo, Mary Ganguli, médico da Western Psychiatric Institute and Clinic, em Pittsburgh.
Alguns estudos já haviam analisado os benefícios do consumo moderado a médio de bebidas alcoólicas. Um deles, publicado no início do ano, mostrou que mulheres com mais de 70 anos que disseram consumir em média de um drinque por dia eram menos propensas que as abstêmias a apresentar sinais de declínio mental dois anos depois. Uma outra pesquisa também verificou os efeitos benéficos da bebida, sobretudo o vinho tinto, para a saúde do coração.
O novo estudo, que foi financiado pelo National Institute on Aging, nos EUA, se baseou em uma coleta de dados de mais de mil moradores da Pennsylvania com mais de 65 anos de idade, durante um período de sete anos.
Os idosos, que não apresentavam qualquer sinal de demência no início do estudo, foram divididos em três grupos: um que não bebia, um que bebia uma vez ou menos por mês, e um que bebida moderadamente (mais de um drinque por mês, porém sem ninguém apresentar indícios de abuso de álcool).
A função mental dos participantes foi medida no início do estudo e, depois, periodicamente a cada dois anos.
Os indivíduos que bebiam - pouco ou moderadamente - demonstraram um declínio menor nos testes que mediram função mental, funções motoras e ritmo psicomotor, em comparação aos abstêmios. Os que bebiam pouco também apresentaram resultados melhores em testes de aprendizagem.
Segundo a pesquisa, estas associações foram particularmente ressaltadas quando os consumidores de bebida alcoólica foram comparados com "ex-bebedores" do que quando a comparação era feita com idosos sem histórico de consumo de álcool.
- Isso não significa necessariamente que parar de beber é ruim. Porque é muito provável que as pessoas parem de beber devido a problemas de saúde ou distúrbios cognitivos - especulou Ganguli.
Se for assim, isso pode explicar, em parte, porque pessoas que bebem pouco ou moderadamente são associadas a um declínio cognitivo menor. O fato pode ocorrer porque os idosos que diziam não beber simplesmente eram mais saudáveis, afirmou o pesquisador. Outra razão potencial para os benefícios do álcool pode ter relação aos efeitos cardiovasculares, explicou Ganguli, que ajudam a manter limpos os vasos sangüíneos cerebrais.
Apesar dos resultados, Ganguli e sua equipe de pesquisadores ressaltaram que seus dados "não devem ser interpretados como uma recomendação para a pessoa começar ou continuar a beber com o objetivo de preservar suas funções mentais."
- A idéia não é estimular as pessoas a sair e se embebedar. É chamar a atenção para a necessidade de mais estudos sobre os efeitos precisos do álcool na estrutura e funções cerebrais - concluiu Ganguli.

2 comentários:

Saramar disse...

Obá!!!!!!!
É por isso que bebo. Quando chegar à velhice, quero ser muito mais inteligente do que sou hoje.
E o resto do pessoal ainda fica pegando no meu pé!!!

Beijos

P.S. Vou mandar essa matéria para minha mãe.

spersivo disse...

Luiz,
Que matéria perfeita! Eu sempre soube disto por intuição! E tenho a mais absoluta certeza: quando não se bebe mais por problemas de saúde ainda escapa. Mais homem que não bebe pode desconfiar! Não deve mesmo ter cerébro!Ho!Ho!Ho! Esta você acertou no alvo junto com a jaboticabinha! Pena a situação de violência do Rio. Silvio