11 de fevereiro de 2006

Ah! O Rio, de novo...

Que delícia de chuveirinho!
Marcos Pernambuco - Extra

RIO - Se engana quem pensa que o verão de 2006 vai ficar marcado pela poluição das praias - que trouxe as desagradáveis gigogas para estragar a paisagem da orla carioca. Mas a sujeira (da areia e da água) serviu, pelo menos, para pôr em evidência a sensação do período mais quente e charmoso do ano: os chuveirinhos.

Até musas como Adriane Galisteu, Luana Piovani, Cléo Pires e Daniele Winits já se renderam à novidade e foram flagradas esbanjando sensualidade sob os jatos refrescantes de água doce. Beldades anônimas, que freqüentam points como o Coqueirão, os postos 9 e 10, em Ipanema, e o Baixo Bebê, no Leblon, também surfam na nova onda, competindo com as famosas.
Nos dias de mar poluído e agitado, os chuveiros são uma espécie de oásis, atraindo freqüentadores que disputam os espaços ao seu redor:
- Nas férias, vou à praia diariamente, sempre onde tem chuveiro. Como o mar está sujo e de ressaca, nem vou mergulhar. Chego a usar o chuveiro umas seis vezes num só dia - conta a estudante de direito Thatiana Maia, de 18 anos, que escolhe um espaço perto do chuveiro para estender sua canga.

Mas não são só os freqüentadores da praia que comemoram o sucesso da sensação do verão. Donos de barracas na areia contam que os chuveiros atraem clientela e podem aumentar o faturamento em até 80%.
- Tenho a barraca em frente à Rua Maria Quitéria, em Ipanema, há 34 anos. Assim que instalei o chuveirinho, meu movimento dobrou - contou Severino Faustino da Silva, de 57 anos, sócio da esposa Nininha.
Já Regina Célia Alves, de 33 anos, não teve a mesma sorte:
- Minha bomba, que puxa a água, quebrou. Em consequência disso, meu faturamento caiu significativamente. Não vejo a hora de tê-la de volta, para resgatar minha freguesia - conta a comerciante, dona de uma badalada barraca na Praia de Ipanema.

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