
Marcos Pernambuco - Extra
RIO - Se engana quem pensa que o verão de 2006 vai ficar marcado pela poluição das praias - que trouxe as desagradáveis gigogas para estragar a paisagem da orla carioca. Mas a sujeira (da areia e da água) serviu, pelo menos, para pôr em evidência a sensação do período mais quente e charmoso do ano: os chuveirinhos.

Nos dias de mar poluído e agitado, os chuveiros são uma espécie de oásis, atraindo freqüentadores que disputam os espaços ao seu redor:
- Nas férias, vou à praia diariamente, sempre onde tem chuveiro. Como o mar está sujo e de ressaca, nem vou mergulhar. Chego a usar o chuveiro umas seis vezes num só dia - conta a estudante de direito Thatiana Maia, de 18 anos, que escolhe um espaço perto do chuveiro para estender sua canga.

- Tenho a barraca em frente à Rua Maria Quitéria, em Ipanema, há 34 anos. Assim que instalei o chuveirinho, meu movimento dobrou - contou Severino Faustino da Silva, de 57 anos, sócio da esposa Nininha.
Já Regina Célia Alves, de 33 anos, não teve a mesma sorte:
- Minha bomba, que puxa a água, quebrou. Em consequência disso, meu faturamento caiu significativamente. Não vejo a hora de tê-la de volta, para resgatar minha freguesia - conta a comerciante, dona de uma badalada barraca na Praia de Ipanema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário